EUA, Rússia, UE e Ucrânia pedem fim da violência ucraniana

Créditos: Oxfordresearchgroup

Por Arshad Mohammed e Alexei Anishchuk

GENEBRA/MOSCOU, 17 Abr (Reuters) – Os Estados Unidos, a Rússia, a União Europeia e autoridades ucranianas se reuniram nesta quinta-feira e pediram a interrupção imediata da violência na Ucrânia, onde as potências ocidentais acreditam que a Rússia está fomentando um movimento separatista pró-Moscou.

O presidente dos EUA, Barack Obama, disse que o encontro em Genebra entre a Rússia e as potências ocidentais foi promissor, mas que seu país e aliados estão preparados para impor mais sanções aos russos se a situação não melhorar.

O presidente russo, Vladimir Putin, falando em Moscou, acusou os líderes da Ucrânia de cometerem um “crime grave” por usar o Exército para tentar silenciar os tumultos no leste do país, e não descartou enviar tropas russas.

Putin espera não precisar tomar tal medida e disse que a diplomacia pode resolver o impasse, a pior crise nas relações entre Ocidente e Oriente desde a Guerra Fria.

Seus comentários foram feitos horas depois de separatistas atacarem uma base da Guarda Nacional ucraniana e Kiev dizer que três homens foram mortos no pior derramamento de sangue até o momento nos dez dias de rebelião pró-Rússia.

Diplomatas ucranianos, russos e ocidentais buscavam resolver a confrontação, na qual combatentes pró-Rússia tomaram edifícios oficiais em todo o leste da Ucrânia enquanto Moscou mobiliza dezenas de milhares de soldados na fronteira.

“Todos os lados devem se abster de qualquer tipo de violência, intimidação ou ações provocativas”, afirmou um comunicado conjunto divulgado depois que os quatro chanceleres se reuniram em Genebra, na Suíça.

“Todos os grupos armados ilegais devem ser desarmados; todos os edifícios tomados ilegalmente devem ser devolvidos aos seus legítimos donos; ruas, praças e outros locais públicos ocupados ilegalmente nas cidades e vilas da Ucrânia devem ser desocupados”, acrescentou.

Obama disse a repórteres na Casa Branca que “existe a possibilidade, a perspectiva, de que a diplomacia consiga atenuar a situação”.

“A questão agora é, de fato, se eles (russos) vão usar a influência que exerceram de forma desestabilizadora para restaurar um pouco de ordem para que os ucranianos possam realizar uma eleição e avançar com as reformas de descentralização que propuseram”, disse ele.

Não ficou claro se a Rússia irá acolher as exigências ocidentais para que pare de atiçar os tumultos no leste e retire suas tropas da fronteira ucraniana. Moscou nega estar ativo na Ucrânia.

“Será um teste para a Rússia, se a Rússia realmente quer se mostrar disposta a ter estabilidade nessas regiões”, declarou o ministro ucraniano das Relações Exteriores, Andriy Deshchytsia.

O Departamento de Estado norte-americano afirmou que as conversas alcançaram mais do que algumas pessoas esperavam, mas um porta-voz acrescentou: “Apesar disso, não é um avanço até que seja implementado na região, e precisamos ver se os russos dão sequência às palavras com ações”.

O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, disse que haverá sanções adicionais sobre a Rússia se esta não atuar para acalmar as tensões na Ucrânia.

“Se… não virmos um movimento na direção certa, haverá sanções adicionais, custos adicionais como consequência”, afirmou Kerry a repórteres.

Os EUA e a União Europeia já impuseram uma proibição de vistos e o congelamento de bens a um pequeno número de russos, reação que Moscou desdenhou abertamente. Entretanto, os países ocidentais dizem estar agora cogitando medidas que podem prejudicar mais amplamente a economia russa.

Mas algumas nações da UE estão relutantes em impor sanções adicionais, temendo que isso possa provocar ainda mais a Rússia ou acabar atingindo suas próprias economias.

Kerry também aproveitou a oportunidade para criticar como “intoleráveis” as insinuações de que, na cidade de Donetsk, no leste ucraniano, judeus receberam ordens de se registrar com as autoridades.

(Reportagem adicional de Richard Balmforth, em Kiev; de Stephanie Nebehay, Arshad Mohammed e Catherine Koppel, em Genebra; de Christian Lowe e Alexei Anishchuk, em Moscou; e de Jeff Mason, David Brunnstrom e Mark Felsenthal, em Washington).

Fonte: Reuters

 

5 Comentários

  1. Mas algumas nações da UE estão relutantes em impor sanções adicionais, temendo que isso possa provocar ainda mais a Rússia ou acabar atingindo suas próprias economias. ==== O gatilho do gás poderá ser disparado, p ferir, atrasar e manter o desemprego em alta ou próximo disto, na UE e ñ matar, por tabela no globo, afinal se essas economias dos iankss e UE vão mal..a extrema direita avança;e os judeuss vão sentir na UE e adjacências o q os Palestinos sofrem sobre os tacões deles…quem viver verá.Sds.

  2. primeitamente a russia esta dentro da ucrania a seculos
    segundo entregar as armas significa guardalas em casa
    terceiro depois do governo golpista ter trocado os pés pelas mãos , as eleições serão bastante disputadas
    sair dos predios publicos é até engraado pois una 60 por cento qe invadiu ja trabalhava na instituiçao rsr
    quarto e para finalizar ,os russo depois de perceberem que tem apoio de mais da metade dos militares ucranianos agora espera pela aprovaao de leia que dêem maa autonomia as regioes
    e como todos foram anistiados voltam como heróis e se precisar fazem de novo

    sobre os estados unidos e sua retorica de fazer sançoes é igual no caso d síria sobrou essa saida para os yankes pois ae pagar para ver a russia toma a ucrânia inteira e de la começa a recuperar as outras republicas soviéticas

    o qe ficou de lição , é que a russia e forte em todas as republicas qe toveram seu controle se quiser influencia a metade da alemanha oriental também

  3. E continua o processo ” a culpa é só da Rússia”.

    Vendo estas declarações dos beatos apoiadores do atual governo ucraniano, reforçadas por truques cínicos da redação da Reuters, fica realmente impossível querer que alguma coisa séria apareça nessa nossa imprensa.

    A propósito, os manifestantes do leste ucraniano exigem garantias para entregar as armas, sinal da grande confiança que depositam no governo de Kiev. Segue o link (segundo vídeo).
    http://actualidad.rt.com/actualidad/view/124915-protestas-regiones-contra-gobierno-ucrania-crisis

    • Complementando

      Eu quero ver se essa concórdia sobre quem governa a Ucrânia permanecerá se, mantida a eleição para 25 de Maio, ganhar um candidato moderado pouco amigo da dupla UE/EUA ou algum outro que seja, por exemplo, mais associado ao Partido das Regiões do Yanucovitch.

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