Vietnã continua adquirindo armamentos russos

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Foto: RIA Novosti

Em Kuala Lumpur, capital da Malásia, em 14 de abril foi inaugurada mais uma exposição asiática internacional da indústria de defesa. A expo é promovida sob os auspícios das entidades de defesa e da polícia da Malásia uma vez em dois anos e faz parte das cinco maiores exposições mundiais de armamentos.

A Rússia é um dos participantes mais ativos desta exposição: no período de 2013 a 2016 os maiores compradores de armamentos russos serão precisamente os Estados asiáticos – a Índia, o Iraque e o Vietnã. Note-se que a parcela do Vietnã no total da importação de armamentos russos vai chegar neste lapso de tempo a 9%, quase duplicando, portanto, o volume correspondente ao setênio anterior.

O diretor do Centro da Análise do Comércio Mundial de Armas Igor Korotchenko constata:

“O Vietnã é um dos mais importantes parceiros da Rússia na esfera de colaboração técnico-militar. Temos assistido ao crescimento permanente do dinamismo de contatos e à assinatura de novos e novos acordos, o que permite a esta república receber da Rússia o armamento de mais alta classe. Isto é muito atual nas condições da atual situação na região Asiático-Pacífica em que se verifica o agravamento dos litígios entre os Estados por causa das plataformas continentais, que possuem grandes jazidas de hidrocarbonetos, e em torno dos espaços aquáticos insulares. Os fornecimentos de armamentos russos são importante fator que permite ao Vietnã sentir-se firme independentemente do desenrolar da situação”.

Graças aos contatos com a Rússia o Vietnã recebeu dois complexos de mísseis litorâneos automotrizes Bastion (Bastião). Cada um destes complexos, munidos de mísseis alados de orientação automática, é capaz de assegurar a defesa de 600 quilômetros do litoral e controlar o espaço aquático de 200 mil quilômetros quadrados. Quatro lanchas porta-mísseis Molnia (Relâmpago) granjearam fama tão boa que o Vietnã chegou a firmar com a Rússia o contrato para a produção sob licença no seu próprio território de mais dez lanchas deste tipo. Em breve vai dobrar o número de fragatas porta-mísseis Gepard (Guepardo), fornecidos pela Rússia. Estas belonaves podem servir na qualidade de bases para helicópteros. Falando a propósito, os helicópteros russos constituem 90% do total do parque destes veículos do exército vietnamita.

O Vietnã já recebeu da Rússia dezenas de aviões de combate Sukhoi. São caças multifunção, capazes de atingir alvos não somente aéreos, mas também os da superfície da água ou da terra. Os primeiros dois submarinos, do total de seis encomendados por esta república na Rússia, já fazem parte da marinha vietnamita.

Eis a opinião de Igor Korotchenko:

“A colaboração técnico-militar entre a Rússia e o Vietnã tem perspectivas boas e claras pois a aquisição de diversos sistemas de armamento é base de novos contratos. Por exemplo, a aquisição de submarinos é motivo para pensar no sistema do seu baseamento e na defesa dos locais em que eles estarão estacionados. É preciso também desenvolver o plano do centro de comunicação que garanta a transmissão de ordens de comando aos submarinos que se encontram em patrulhamento de combate e criar este centro.

Na opinião do Sr. Korotchenko, o Vietnã deu início ao melhoramento radical da sua estrutura militar. Portanto, a república estará interessada em que a Rússia participe da modernização de complexos de mísseis antiaéreos que tinham sido fornecidos ainda pela União Soviética. Além do sistema de mísseis antiaéreos S-300, já adquirido à Rússia, o Vietnã cuida do ulterior incremento de sistemas modernos de defesa antiaérea, assim como, do reforço da sua aviação de caça. Tudo isso lança bases para a assinatura de novos contratos entre Moscou e Hanoi.

Igor Korotchenko apontou também o seguinte:

“A Rússia sempre parte das exigências do freguês e vai tomar uma decisão positiva a respeito de qualquer nomenclatura de armamentos, em que o Vietnã estiver interessado”.

O Sr. Korotchenko está certo de que o stand russo na exposição e Kuala Lumpur permitirá aos fregueses do Vietnã e dos outros países conhecer ainda melhor as possibilidades da colaboração técnico-militar com a Rússia.

Fonte: Voz da Rússia

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