Top 5 helicópteros russos

Hoje em dia, qualquer conflito militar conta com a presença de helicópteros, seja para transportar carga e pessoas, dar apoio sob fogo inimigo, participar de operações de busca e salvamento ou de missões de reconhecimento. A Gazeta Russa selecionou os principais veículos do gênero produzidos em território nacional.

1. O maior: Mi-26

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Primeiro voo: 1977

Fabricação: 310 unidades

Capacidade de carga: 20 toneladas de carga ou 80 paraquedistas

Por suas dimensões impressionantes, o helicóptero Mi-26 foi apelidado pelos pilotos de “vaca voadora”. Mesmo quando colocado ao lado de um Boeing 737, esse helicóptero ainda é maior. A área total coberta pelas hélices do Mi-26 ultrapassa 800 metros, e a altura do aparelho corresponde a um prédio de três andares.

Os Mi-26 estiveram na Somália, Camboja, Indonésia e atuaram na ex-Iugoslávia, como parte das operações de manutenção de paz da ONU. Em 2002, chegaram a prestar assistência às Forças Armadas norte-americanas. Aliás, foi o Mi-26 que trouxe, de uma região de difícil acesso no Afeganistão para a base norte-americana em Bagram, o helicóptero abatido CH-47 da Boeing, o Chinook.

2. O mais popular: Mi-8/17

Primeiro voo: 1961

 

Fabricação: Mais de 17.000 unidades

Capacidade: 3 toneladas ou 24 pessoas

Carga bélica de ataque: 2-3 metralhadoras e até 1,5 toneladas de armamento em 6 conjuntos de suspensão, incluindo mísseis de 57 milímetros não guiados, bombas de queda livre e sistema antitanque Falanga

Criado há mais de meio século, esse helicóptero fez tanto sucesso que até hoje continua sendo o modelo de helicóptero de fabricação russa mais exportado. Não existe tarefa que o MI-8 não consiga realizar: retirar os seus operativos das ‘zonas quentes’, efetuar combate próximo, levar cargas preciosas para locais de dificílimo acesso. Teve casos onde o Mi-8 foi usado até mesmo como lança-minas.

Esse helicóptero esteve presente em diversos conflitos militares, incluindo no Afeganistão, na Tchetchênia e no Oriente Médio, e está em serviço nas forças armadas de 50 países. Por sua fiabilidade, infalibilidade e excelência técnica, a máquina impressionou pilotos e técnicos, recebendo o apelido de “Bela Vassilissa”.

3. O que subiu mais: Mi-38

Primeiro voo: 2012

Fabricação: 3 protótipos de teste

Capacidade de carga: 13 toneladas

O Mi-38 é um helicóptero de nova geração, herdeiro do carro-chefe Mi-8. Mas esse helicóptero se difere do seu “pai” pela hélice de seis pás e presença de materiais compósitos na empenagem, bem como por uma aviônica mais avançada. Foi concebido para sobrevoar superfície de água em qualquer clima como helicóptero transportador, de busca e salvamento.

Em 2012, durante os testes de voo, o Mi-38 subiu a uma altitude de 8.500 metros e se tornou o helicóptero de sua classe a atingir o teto mais alto. Além disso, os pilotos que estavam no comando naquele dia deixaram escapar que, se não fosse a carga externa, o MI38 teria subido a uma altitude de 9.000 metros.

4. O mais rápido: Mi-24

Primeiro voo: 1969

Fabricação: mais de 2.000 unidades

Armamento embutido: metralhadora quádrupla de 12,7 milímetros em instalação móvel, armamento suspenso, bombas de queda livre, foguetes não guiados com calibre desde 57 até 240 mm, sistemas de mísseis antitanque Falanga, gun pods suspensos e até 8 passageiros no compartimento dos paraquedistas.

O Mi-24 foi apelidado de “crocodilo” por causa de sua aparência incomum. Concebido como um veículo voador de combate de infantaria (com blindagem pesada, um grande compartimento de carga e poderoso armamento a bordo), essa máquina, no sentido geral, não é um helicóptero. Tem uma espécie de asas e, por isso, o “crocodilo” não consegue ficar imóvel no ar, e na decolagem requer pista para ganhar velocidade e levantar voo, tal como um avião.

O Mi-24 bateu o recorde mundial de velocidade absoluta para helicópteros – 368,4 km/h. Além disso, o rápido e manobrável “crocodilo” salvou mais de mil vidas, motivo pelo qual os veteranos da guerra do Afeganistão preferem chamá-lo de “andorinha”.

5. O mais combativo: Ka-52 Alligator

Primeiro voo: 1997

Fabricação: 65 unidades

Armamento: base móvel com metralhadora 2A42 de calibre 30 mm e 460 munições, Míssil antitanque guiado Vikhr com canal de controle a laser (CCL), blocos de foguete não guiados calibre 80 mm, bombas, mísseis ar-terra

A versão mais desenvolvida do famoso Ka-50 é o Tubarão Negro. Inicialmente com apenas um lugar, o helicóptero passou a ter dois lugares, o que aumentou a sua funcionalidade.

O Alligator faz no ar aquilo que outros helicópteros da sua classe nem sonham em fazer, como, por exemplo, voar para trás ou fazer um “funil” – ficar voando em torno de um ponto de mira, com o nariz, cheio com seus sistemas de armas, constantemente dirigido para ele.

É possível obter figuras de acrobacias aéreas graças ao design único do Alligator. O helicóptero feito sob esquema coaxial (quando duas hélices giram em direções opostas uma da outra e não existe hélice cauda). Esse helicóptero é mais manobrável, controlável e seguro. O livro Guinness World Records reconhece o Ka-52 Alligator como o melhor helicóptero de combate do mundo.

Fonte: Gazeta Russa

12 Comentários

    • Salve RobertoCR,
      .
      A forma que a repórter da Gazeta Russa Tatiana Russakova coloca algumas das peculiaridades do aparelho Mi-24 são meio que, simplório-exagerada, mas, refletem de certa forma os fatos característicos deste helicóptero singular.
      .
      Esta dificuldade de executar voo pairado do Mi-24 veio causar problemas para aquisição em alguns interessados no aparelho, mas, o Mi-35 com suas “asas” menores, veio reduzir de forma significativa esta questão do voo pairado, contudo, ele ainda não o faz de forma igual, mas, semelhante, por assim dizer, a um helicóptero sem as ditas “asas”.
      .
      Saudações,
      .
      konner

  1. Acho que essa do Mi-24 não pairar é furada.
    Quanto à corrida de decolgem, todo rotor principal é uma asa rotativa. Portanto, qualquer vento relativo auxilia na decolagem.
    Eu tive a oportunidade de estar por diversas vezes numa base de operações offshore, onde via-se cerca de 50-60 helicóptoros de vários modelos, S-76, Bell 214, Douphin, BO-105, S-61, Super Puma e outros. Todos corriam para a decolagem, até mesmo o Bell, que não tem trem de pouso. Ele pairava baixinho, se deslocava para a pista e corria baixinho até ganhar velocidade antes de subir.
    O mesmo acontecia na aterrizagem, com excessão do Bell, o pouso também era corrido, como os aviões. Isso é feito por segurança, para que se tenha vento relativo sobre os rotores (asas giratória) garantindo maior sustentação.
    No caso do Mi-24, as asas tem a função de auxiliar na sustentação e aliviar a carga sob os rotores que assim tem mais reserva de carga para manobras.

      • O Ka-50 é monoposto, e a sua versão Ka-52 Alligator é biposto com a tripulação colocada lado a lado. As hélices, são ejetáveis, para permitir que os pilotos também ejetem, sendo, que o Ka-50/52, são os únicos helicópteros com a capacidade de ejeção dos pilotos, em operação hoje. O grau de resistência a danos é elevado, e houve um caso em que uma aeronave conseguiu voltar para a base depois de perder a cauda o que é impressionante. Um helicóptero com o rotor tradicional teria caído nessa circunstância. A blindagem do helicóptero, é totalmente blindado contra munição calibre .50, ou 12,7 mm, além de que na “banheira”, onde o piloto fica, a blindagem segura projéteis de 23 mm.
        Tem mais,o armamento usado neste poderoso helicóptero é seguramente, um dos mais pesados, em termos de poder de fogo já construído. O único concorrente, que pode ser usado em uma comparação objetiva é o Boeing AH-64D Apache Longbow. Para começar a descrição deste aspecto do Ka-50, basta dizer, que o piloto está equipado com o mesmo capacete HMD usado nos caças Mig-29 e Su-27 Flanker, para designação de alvos, e este sistema está integrado ao lançamento, pelo Ka-50, de mísseis ar ar R-73 archer, com capacidade de lançamento fora do ângulo de visada do helicóptero. De cara, nenhum helicóptero, no mundo, hoje, é armado com um míssil com essa capacidade para combate ar ar. Com esta arma, o Ka-50, seria um sério problema para qualquer aeronave, mesmo os de asa fixa, a jato, como caças voando baixo. Contra tanques de guerra, o armamento principal é o míssil AT-16 Vihr, que além de ser um míssil supersônico, possui um excelente alcance de 8 a 10 Km.

        Viva internet. 😀 😀

  2. “Por suas dimensões impressionantes, o helicóptero Mi-26 foi apelidado pelos pilotos de “vaca voadora”. Mesmo quando colocado ao lado de um Boeing 737, esse helicóptero ainda é maior. A área total coberta pelas hélices do Mi-26 ultrapassa 800 metros, e a altura do aparelho corresponde a um prédio de três andares.”

    Eita porra, mas a área correta não seria de 80m²? 800m² é maior que um campo de futebol.

    • Olá sem dúvida esta informação está equivocada. Basta dar um pulinho na internet procurando por imagens deste helicóptero e verá que não é todo este gigantismo.

  3. Esqueci de um comentário sobre o Mi-24.
    Prova de que ele pairava está demonstrado em suas operações no Afganistão, vejam no Youtube.
    Sua função principal era desembarcar tropas especiais e prover apoio de fogo para essa tropa desembarcada.
    Não havia como desembarcar ou recolher esta tropa em voo corrido. E nem havia como fazer um pouso / decolagem corrido desembarcar / embarcar a tropa.

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