Cooperação técno/militar da China com a Rússia – E a Ucrânia

A crise na Ucrânia é um momento crucial no desenvolvimento das relações políticas entre a Rússia e os países do Ocidente. Praticamente não há esperanças de que a crise ucraniana termine nos próximos tempos.

A economia da Ucrânia está arruinada, o aparelho estatal enfraquecido e as contradições nacionais agravaram-se. Mesmo se a tenção da crise diminuir, a Ucrânia continuará a gerar problemas durante muitos anos, envenenando as relações da Rússia com o Ocidente. A crise terá também consequências prognosticadas para a cooperação militar-técnica da Rússia com a China.

Nesta situação, para a Rússia é muito importante o apoio por parte de tais países, como a Índia e a China. Atualmente, a RPC é o maior parceiro comercial da Rússia e a manutenção de relações estreitas faz com que sejam fracassadas quaisquer estratégias ocidentais voltadas para isolar a Rússia.

As principais consequências da crise ucraniana não dirão respeito ao destino da Ucrânia, mas sim ao caminho escolhido pela Rússia. É muito provável que a Rússia entre num período duradouro de confrontação com os EUA; a luta contra a pressão americana irá transformar-se, pelo visto, na principal tarefa que prevaleça outras razões. Tal aumentará a importância da cooperação militar-técnica da Rússia com a China, que se firmará definitivamente nos próximos tempos no papel de principal parceiro da Rússia na política externa.

Anteriormente, a posição da Rússia em relação aos projetos militar-técnicos conjuntos com a China se formava sob a influência de um jogo complexo de fatores. Foram levadas em conta previsões da política externa, o nível corrente das relações com o Ocidente, o perigo de fuga de tecnologias à RPC, ameaças de concorrência chinesa em mercados de armamentos em terceiros países, assim como o planeamento crítico no caso do pioramento brusco, pouco provável, mas hipoteticamente possível, das relações bilaterais. Regra geral, por estas razões, a China tinha um acesso mais limitado a tecnologias militares russas em comparação com a Índia.

É muito provável que a nesta situação a Rússia comece a livrar-se de condições e restrições que influem na política na esfera das exportações militares. A Rússia torna-se seriamente interessada no crescimento rápido do potencial militar de outros países de BRICS, sobretudo da China. Face à transformação dos EUA na fonte principal de ameaças e ao desdobramento gradual de uma nova versão de guerra fria, cresce o interesse da Rússia em reforçar rapidamente o potencial combativo do Exército de Libertação Popular da China. O reforço do progresso no rearmamento das Forças Armadas chinesas significará que os Estados Unidos terão cada vez menos forças e possibilidades para pressionar a Rússia.

Deste modo, se a crise ucraniana se desenvolver negativamente, podemos esperar que surjam novos vetores na cooperação militar-técnica russo-chinesa, que abraçam esferas mais sensíveis, tais como a projeção e construção de submarinos atômicos e de respectivos equipamentos; a entrega de alguns tipos de equipamentos espaciais, incluindo reatores nucleares para aparelhos espaciais, que há muito provocam interesse da parte chinesa; a cooperação no desenvolvimento de um sistema de aviso de ataques de mísseis, etc.

Ao mesmo tempo, pode ser alargado também o quadro da cooperação militar-técnica com a Índia. Em condições atuais, os interesses da Rússia dizem respeito a uma rápida transformação dos países de BRICS em potentes centros independentes de força com consideráveis potenciais militares. Sem resolver esta tarefa, a Rússia terá de resistir em separado à pressão ocidental.

Deste modo, há todas as razões para esperar que no ano em curso apareçam novas grandes iniciativas na esfera da cooperação militar-técnica da Rússia com a China e outros países emergentes.

A economia da Ucrânia está arruinada, o aparelho estatal enfraquecido e as contradições nacionais agravaram-se. Mesmo se a tenção da crise diminuir, a Ucrânia continuará a gerar problemas durante muitos anos, envenenando as relações da Rússia com o Ocidente. A crise terá também consequências prognosticadas para a cooperação militar-técnica da Rússia com a China.

Nesta situação, para a Rússia é muito importante o apoio por parte de tais países, como a Índia e a China. Atualmente, a RPC é o maior parceiro comercial da Rússia e a manutenção de relações estreitas faz com que sejam fracassadas quaisquer estratégias ocidentais voltadas para isolar a Rússia.

As principais consequências da crise ucraniana não dirão respeito ao destino da Ucrânia, mas sim ao caminho escolhido pela Rússia. É muito provável que a Rússia entre num período duradouro de confrontação com os EUA; a luta contra a pressão americana irá transformar-se, pelo visto, na principal tarefa que prevaleça outras razões. Tal aumentará a importância da cooperação militar-técnica da Rússia com a China, que se firmará definitivamente nos próximos tempos no papel de principal parceiro da Rússia na política externa.

Anteriormente, a posição da Rússia em relação aos projetos militar-técnicos conjuntos com a China se formava sob a influência de um jogo complexo de fatores. Foram levadas em conta previsões da política externa, o nível corrente das relações com o Ocidente, o perigo de fuga de tecnologias à RPC, ameaças de concorrência chinesa em mercados de armamentos em terceiros países, assim como o planeamento crítico no caso do pioramento brusco, pouco provável, mas hipoteticamente possível, das relações bilaterais. Regra geral, por estas razões, a China tinha um acesso mais limitado a tecnologias militares russas em comparação com a Índia.

É muito provável que a nesta situação a Rússia comece a livrar-se de condições e restrições que influem na política na esfera das exportações militares. A Rússia torna-se seriamente interessada no crescimento rápido do potencial militar de outros países de BRICS, sobretudo da China. Face à transformação dos EUA na fonte principal de ameaças e ao desdobramento gradual de uma nova versão de guerra fria, cresce o interesse da Rússia em reforçar rapidamente o potencial combativo do Exército de Libertação Popular da China. O reforço do progresso no rearmamento das Forças Armadas chinesas significará que os Estados Unidos terão cada vez menos forças e possibilidades para pressionar a Rússia.

Deste modo, se a crise ucraniana se desenvolver negativamente, podemos esperar que surjam novos vetores na cooperação militar-técnica russo-chinesa, que abraçam esferas mais sensíveis, tais como a projeção e construção de submarinos atômicos e de respectivos equipamentos; a entrega de alguns tipos de equipamentos espaciais, incluindo reatores nucleares para aparelhos espaciais, que há muito provocam interesse da parte chinesa; a cooperação no desenvolvimento de um sistema de aviso de ataques de mísseis, etc.

Ao mesmo tempo, pode ser alargado também o quadro da cooperação militar-técnica com a Índia. Em condições atuais, os interesses da Rússia dizem respeito a uma rápida transformação dos países de BRICS em potentes centros independentes de força com consideráveis potenciais militares. Sem resolver esta tarefa, a Rússia terá de resistir em separado à pressão ocidental.

Deste modo, há todas as razões para esperar que no ano em curso apareçam novas grandes iniciativas na esfera da cooperação militar-técnica da Rússia com a China e outros países emergentes.

 

Fonte: Voz da Rússia

8 Comentários

  1. por LUCENA
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    ” Em terreiro onde tem dois galos,um será a galinha ”
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    Por enquanto,o que faz o urso e o dragão se respeitarem é o inimigo em comum,a água !.
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    Se os EUA ficar bem longe da Asia e deixar que as coisas tenham um dinamismo próprio,os EUA terá ,sem se estressar,a questão russa e chinesa resolvida.
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    A aproximação entre a Rússia com os chineses,é motivada pela prepotência e as burrada que o tio Sam vive dando na sua geopolítica naquela região.
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    Isso não é amadorismo;é a presunção misturado com muita prepotência…coisa típica de potência decadente…. 😉

  2. Creio que vale apena dar uma olhada nesta matéria elucidativa de 19 de março de 2014 no site horizontenews.blogspot.com.br…

    A Eurásia não só para os russos mas também para seus colegas chineses
    O avanço do Dragão chinês para a Eurásia

    Por Mahdi Darius NazemroayaGlobal Research, 19 de março de 2014RT Op -Edge 17 de marco de 2014

    Como os EUA militarmente voltam-se à Ásia-Pacífico , os chineses constantemente marcham para o oeste , simplesmente através da construção orientada para o comércio e projetos econômicos.
    Os chineses têm terminado a construção de um grande túnel que faz parte de um corredor de transporte na montanha de Turpan para Kurla que está ligada ao Paquistão. O corredor faz parte da extensão da estrada de Karakoram , que é parte de um projeto de re- integrar a parte ocidental da República Popular da China com as áreas da Eurásia a seu oeste.
    Pequim tem estado na criação de seus próprios oleodutos de infraestrutura de transporte e energia na Eurásia , e a infra-estrutura a ser construída será o motor de um renascimento econômico que está se desenrolando. Os chineses têm agora uma presença em toda a velha Rota da Seda e as antigas rotas comerciais marítimas no Oceano Índico que vendiam especiarias e metais preciosos.
    A China tem estado ocupada construindo portos de águas profundas , segurando baías , ferrovias , rodovias , túneis e centros de transporte ao longo destas regiões.
    Apesar da pressão e tentativas para militarizar e controlar rotas de navegação do Oceano Índico pelos EUA , os chineses foram ocupados na criação de uma rede de infra-estrutura que se estende por todo o caminho para Gwadar , próximo ao Golfo Pérsico, no Paquistão e Hambantota no Sri Lanka a partir de Chittagong , em Bangladesh e Kyaukphyu em Mianmar.
    Enquanto os EUA marcam com desagrado do lado de fora , esses projetos chineses estão tecendo os tecidos de integração euro-asiática …

    http://horizontenews.blogspot.com.br/2014/03/a-eurasia-nao-so-para-os-russos-mas.html

  3. Resumindo, graças a política intervencionista abusiva e imperialista dos EUA, a Rússia se afastará do Ocidente e se aproximará dos países que lhe condicionam confrontar os EUA, isso por meio de diversas alianças. Os xing ling ping pongs agradecem vossa insensatez EUA.

  4. Ofereçam-nos Su-34 por leasing em condições de pai para filho que os Eua ficaram fulos e a defesa nacional agradece.

      • Somos na verdade um povo alienado que não sabe a importância que terá num futuro próximo e nem que para sobreviver num mundo tecnológico e competitivo que não admite educação folclórica e utópica teremos que mudar nossa condição de subdesenvolvido educacional, pois folclore e demagogia não preparam ninguém… quem se preparar para um futuro técnico-científico pode escapar ileso dessa turbulência porque passaremos, inexoravelmente… ainda que nossa consciência esquerdopata não permita tal análise da realidade, principalmente num país que acha que se resolve o problema da segurança pública desarmando a população… https://www.youtube.com/watch?v=BfPhVHZZXgQ … só para exemplificar como NOSSO GOVERNO ESQUERDOPATA NÃO TÁ NEM AI PARA O POVO…

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