Um cartaz em Sevastopol em 11 de março de 2014 pedindo às pessoas para escolher entre Crimeia em vermelho com uma suástica, e Crimeia com as cores da bandeira da Rússia. Foto por AFP
A Ucrânia pediu nesta terça-feira à comunidade internacional que não reconheça a independência da Crimeia, aprovada no domingo em um referendo condenado pelo Ocidente, nem os acordos que a península possa anunciar com outros países.
As autoridades separatistas desta península ucraniana pró-Moscou solicitaram a incorporação à Rússia, algo que deve ser ratificado por um acordo entre Moscou e seu “Estado”.
“Levando em consideração que a independência da Crimeia foi proclamada por um organismo ilegítimo depois de um referendo inconstitucional, realizado em violação manifesta das normas europeias, o ministério das Relações Exteriores da Ucrânia envia a todos os membros da comunidade internacional uma solicitação urgente de que se abstenham de reconhecer a nível internacional a ‘República da Crimeia'”, afirma um comunicado da chancelaria de Kiev.
O direito internacional vigente proíbe aos Estados reconhecer os “pseudo-estados” ou “qualquer situação, acordo ou entendimento” consecutivos a sua criação, “se o mesmo é resultado do uso ilegal da força” para apoiar a proclamação da independência da Crimeia, completa a nota.
“Considerando o status de potência nuclear da Rússia, este procedimento apresenta um caráter particularmente perigoso para a integridade territorial da Ucrânia, assim como para a paz e a segurança internacional em seu conjunto”.
O presidente Vladimir Putin e a Duma (câmara baixa do Parlamento russo) já anunciaram que apoiam a incorporação da Crimeia à Rússia, apesar das críticas e sanções dos países ocidentais.
AFP
Putin dá sinal verde para incorporação da Crimeia à Rússia
O presidente da Rússia, Vladimir Putin, deu seu sinal verde para a minuta de um tratado para a incorporação da Crimeia à Federação Russa, informou nesta terça-feira o site oficial de informação jurídica do país.
O documento, com data de ontem, aprova “o projeto do Tratado entre a Federação Russa e a República da Crimeia sobre a incorporação da República da Crimeia à Federação Russa”. “Considerar conveniente a assinatura do tratado contemplado na presente resolução ao mais alto nível”, conclui a resolução do chefe do Kremlin.
Putin se dirigirá hoje ao parlamento russo em uma reunião extraordinária no Kremlin por ocasião do pedido da Crimeia sobre sua incorporação à Federação Russa.
O discurso do chefe do Estado vai acontecer na sala São Jorge do Grande Palácio do Kremlin às 15h locais (8h de Brasília), no mesmo formato em que apresenta seu relatório sobre o estado da nação uma vez por ano. Putin reconheceu ontem, por decreto, à região autônoma ucraniana da Crimeia como um Estado soberano e independente.
“Levando em conta a expressão da vontade do povo crimeano no referendo realizado em 16 de março de 2014, (decreto) reconhecer a República da Crimeia, na qual a cidade de Sebastopol tem um status especial, como um Estado independente e soberano. Este decreto entra em vigor hoje”, diz o documento.
O parlamento da Crimeia aprovou ontem uma resolução pela qual a república autônoma foi declarada independente da Ucrânia e pediu oficialmente sua incorporação à Rússia depois que mais de 95% de sua população apoiou no domingo em referendo sua reunificação ao país ao qual pertenceu até 1954.
EFE
Q ñ reconheçam , basta os Russos..sds
Se o Brasil reconhecer, o que acontece com o Cyclone Space, Kiev vai cumprir o contrato???
Eles nunca vão cumprirem o contrato na integra meu caro ja estão em Cabo Canaveral a mais de 2 anos.
Neo-Nazista,venderam o proprio pais e o proprio povo.
Que mentira e desinformação.
Agora vão dizer que metade da população da Ucrânia é neonazista e manipulada pela CIA.
O povo Ucraniano deve escolher o que é melhor para eles, mas é natural que muitos queiram fazer parte do mundo desenvolvido e ficar livres da tirania e corrupção capitalista russas.
Isso sem contar o ressentimento pelas dezenas de milhões de ucranianos que os russos assassinaram.
Mas não adianta, um dia essa geração Putin, de ex-comunistas humilhados e revanchistas, vai morrer e Rússia vai se adaptar ao mundo moderno como uma nação pacífica e civilizada.
Inclusive a cultura americana já está tomando conta da juventude capitalista russa, a dominação ocidental é inevitável.
Bom dia ai vai opinião da Mídia Independente com relação a situação da Ucrânia.
* Despojos de guerra e mudança de regime
Reservas-ouro da Ucrânia evacuadas secretamente
– Confiscadas pelo New York Federal Reserve?
– Como os ucranianos foram “libertados” do seu ouro pelo governo fantoche
– Um governo de banqueiros, fascistas e oligarcas imposto pelo golpe orquestrado pelos EUA
por Michel Chossudovsky
Patos ucranianos. Um sítio internet russo de notícias, o Iskra (Fagulha) com base em Zaporozhye, na Ucrânia do Leste, informou em 7 de Março que “as reservas de ouro da Ucrânia haviam sido apressadamente transportadas por via aérea para os Estados Unidos a partir do Aeroporto de Borispol, a Leste de Kiev.
Mais se encontra no Site:http://resistir.info/chossudovsky/ouro_ucrania_14mar14.html
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União Europeia e EUA cúmplices do fascismo ucraniano
por Miguel Urbano Rodrigues
Nazis encapuzados. Na Ucrânia está a acontecer o que era inimaginável há poucos anos.
O fascismo age como poder real num país que vive uma situação de caos político e social.
Alguns dos principais dirigentes discursam ainda encapuçados, mas nas camisas exibem uma suástica estilizada como símbolo das suas opções ideológicas.
Bandos dessa escória humana assaltam e destroem sedes do partido comunista, exigem a expulsão de russos e judeus, a execução sumaria de adversários políticos, invadem a Rada (Parlamento) e retiram dali e humilham deputados que os criticam.
Esses bandos atuam com disciplina militar, exibindo armamento moderno fornecido por organizações dos países centrais da União Europeia e, segundo alguns observadores, pela CIA.
O apoio oficioso do Ocidente dito democrático ao fascismo é transparente.
Dirigentes da Alemanha, da França, do Reino Unido não escondem a sua satisfação. A baronesa britânica Catherine Ashton, responsável pelas relações internacionais da UE, correu a Kiev para oferecer apoio à “nova ordem” ucraniana.
Van Rompuy, o presidente da União, também expressou a sua alegria pelo novo rumo da Ucrânia. Fala-se já de uma ajuda económica de 35 mil milhões de dólares da UE, dos EUA e do FMI logo que seja instalado em Kiev um “governo democrático”.
Cartaz nazi na Ucrania. Estranha conceção da democracia perfilham os senhores de Bruxelas e Washington.
Viktor Yanukevitch deixou uma herança pesadíssima. Totalmente negativa. Governou como um déspota e será recordado como político corrupto, que acumulou uma grande fortuna em negócios ilícitos.
Mas serão democratas os parlamentares que controlam hoje a Rada e recebem a bênção da União Europeia? Com poucas exceções, os membros dos partidos que se apresentam agora como paladinos da democracia e defensores da adesão da Ucrânia à União Europeia mantiveram íntimas relações com a oligarquia que, sob a presidência de Yanukovitch e no governo de Júlia Timoshenka, roubaram o povo e arruinaram o pais, conduzindo-o à beira da bancarrota.
Essa gente carece de legitimidade para se apresentar como interlocutora dos governos europeus que, com hipocrisia, lhe dirigem felicitações.
A situação existente é alias tao caótica que não está claro quem exerce o poder, partilhado pela Rada e pelas organizações fascistas, que poem e dispõem em Kiev e em dezenas de cidades, praticando crimes repugnantes perante a passividade da policia e do exército.
A HIPOCRISIA DO OCIDENTE
A hipocrisia dos dirigentes da União Europeia e dos EUA não surpreende.
O discurso sobre a democracia é farisaico de Washington a Londres e Paris.
Invocando sempre valores e princípios democráticos, esses dirigentes são responsáveis por agressões a povos indefesos, e, quando isso lhes interessa, por alianças com organizações islamitas fanáticas, armando-as e financiando-as.
Isso ocorreu no Iraque, na Líbia, em monarquias feudais do Golfo.
Na América Latina, Washington mantem as melhores relações com algumas ditaduras, promove golpes de Estado para instalar governos fantoches. Entretanto, monta conspirações contra governos democráticos que não se submetem; sempre em nome da democracia de que se dizem guardiões.
Os governos progressistas – Venezuela Bolívia, Equador – são hostilizados como inimigos da democracia, e governos de matizes fascizantes – Colômbia, Honduras – tratados como aliados preferenciais e definidos como democráticos.
Mais se encontra no Site: http://resistir.info/ucrania/mur_ue_cumplice.html