Obama recebe premiê ucraniano e garante apoiar a integridade territorial da Ucrânia

Barack Obama e o primeiro-ministro ucraniano Arseniy Yatsenyuk Foto: Reuters

O presidente americano Barack Obama expressou nesta quarta-feira seu apoio à Ucrânia na crise com a Rússia, reiterando que a incursão de Moscou na região da Crimeia violou a lei internacional.

Obama recebeu na Casa Branca o primeiro-ministro ucraniano Arseniy Yatsenyuk, a quem garantiu que Washington apoia a integridade territorial da Ucrânia, além de alertar ao presidente russo Vladimir Putin sobre os custos de tomar um curso diferente sobre este conflito.

Yatseniuk chegou à Casa Branca por volta das 14h30 locais (15h30 de Brasília) para sua reunião com Obama no Salão Oval.

No encontro também esteve presente o vice-presidente americano, Joseph Biden, que devido à crise na Ucrânia cancelou uma visita que faria hoje à República Dominicana após sua viagem ao Chile, onde assistiu à posse presidencial de Michelle Bachelet.

Os EUA repetiram nos últimos dias que apoiam a “legitimidade” do governo de Yatseniuk, que assumiu o poder após três meses de protestos populares populares que terminaram com a queda do presidente Viktor Yanukovich.

Isso contrasta com a postura da Rússia, para quem o que tirou Yanukovich do poder foi “um golpe de Estado”.

Antes de sua reunião com Obama, o primeiro-ministro ucraniano foi recebido pelo secretário de Estado americano, John Kerry.

Yatseniuk também encontrará em Washington com a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Christine Lagarde, e nesta quinta discursará em Nova York em uma nova sessão do Conselho de Segurança da ONU que visa analisar a crise na Ucrânia.

O presidente e o premiê estão dando entrevista coletiva após encontro na tarde desta quarta-feira e ucraniano agradeceu apoio do governo e do povo americano.

AFP

Com informações da EFE e Reuters.

 

Fonte: Terra

10 Comentários

  1. Garantir apoiar a integridade territorial é uma coisa. Garantir a integridade territorial é outra, bem diferente….

  2. Mauro Santayanna, certamente um dos mais aguçados olhares na imprensa sobre as questões internacionais, escreve hoje sobre as dificuldades do Ocidente de entender que nem a Rússia, nem seu presidente, Vladimir Putin, são molambos mafiosos, sem capacidade política e sem sofisticação em gestos e palavras.

    Sem mais a União Soviética às suas costas mas, ao contrário de líderes fracos como Gorbachev e Yeltsin, Putin move sempre as peças com uma percepção milimétrica da distância entre a provocação e a flexibilidade.

    Provocação, obvio, à hegemonia americana no mundo, como que a dizer “é, vocês podem muito, mas não podem tudo”.

    Contem um a um os episódios destes últimos meses: Síria, Edward Snowden, Criméia. Em todos eles, os russos deram um nó de valsa nos EUA, que sempre ficaram presos pelas linhas morais que Moscou traçava diante deles e que não podia ultrapassar.

    A quatro dias do referendo para decidir sobre a separação da Ucrânia e associação à Russia, não parece haver “sanções” que os EUA ou seus parceiros da Europa possam impor diante de um resultado eleitoral adverso.

    A linha moral estará mais uma vez, e desta vez com votos, traçada diante de qualquer ousadia.

    E Putin livre para retaliar com suas diversas matrioskas ousadias que dificilmente virão.

    Trecho retirado http://tijolaco.com.br/blog/?p=15278

  3. A OTAN E AS MATRIOSKAS

    Toda nação tem seus símbolos. Um dos mais tradicionais símbolos russos, à altura de Dostoiévski, e de Pushkin, são as Matrioskas, as bonecas de madeira, delicadamente pintadas e torneadas, que, como as camadas de uma cebola, guardam, uma dentro da outra, a lembrança do infinito, e a certeza de que algo existe, sempre, dentro de todas as coisas, como em um infinito jogo de espelhos e surpresas.

    Ao se meter no complicado xadrez geopolítico da Eurásia, que já dura mais de 2.000 anos, o “ocidente” esqueceu-se dos russos e de suas Matrioskas.
    Para enfrentar o desafio colocado pela interferência ocidental na Ucrânia, Putin conta com suas camadas, ou suas Matrioskas.

    A primeira camada, a maior e a mais óbvia, é o poder nuclear.
    A Rússia, com todos os seus problemas, é a segunda potência militar do planeta, e pode destruir, se quiser, as principais capitais do mundo, em uma questão de minutos.

    A segunda é o poder convencional. A Rússia dispõe, hoje, de um exército quatro vezes maior que o ucraniano, recentemente atualizado, contra as armas herdadas, pela Ucrânia, da antiga URSS, boa parte delas, devido à condição econômica do país, sem condições de operação.

    A terceira, é o apoio chinês, a China sabe que o que ocorrer com a Rússia, hoje, poderá ocorrer com a própria China, no futuro, assim como da importância da Rússia, como última barreira entre o Ocidente e Pequim.

    A quarta Matrioska é o poder energético. Moscou forneceu, no último ano, 30% das necessidades de energia européias, e pode paralisar, se quiser, no próximo inverno, não apenas a Ucrânia, como o resto do continente, se quiser.

    A quinta, é a financeira. Com 177 bilhões de superávit na balança comercial em 2013, os russos são um dos maiores credores, junto com os BRICS, dos EUA. Em caso extremo, poderiam colocar no mercado, de uma hora para outra, parte dos bilhões de dólares que detêm em bônus do tesouro norte-americano, gerando nova crise que tornaria extremamente complicada a frágil a situação do “ocidente”, que ainda sofre as consequências dos problemas que começaram – justamente nos EUA – em 2008.

    Finalmente, existe a questão étnica e histórica. Para consolidar sua presença nas antigas repúblicas soviéticas, Moscou criou enclaves russos nos países que, como a Ucrânia, se juntaram aos nazistas, para atacar a URSS na Segunda Guerra.
    Naquele momento, o nacionalismo ucraniano, fortemente influenciado pelo fascismo, não só recebeu de braços abertos, as tropas alemãs, quando da chegada dos nazistas, mas também participou, ao lado deles, de alguns dos mais terríveis episódios do conflito.

    Derrotados pelo Exército Soviético, na derradeira Batalha de Berlim, em 1945, os alemães sabem, por experiência própria, como pode ser pesada a pata do urso russo, quando provocado.

    E como podem ser implacáveis – e inesperadas – as surpresas que se ocultam no interior das Matrioskas.

    http://www.maurosantayana.com/2014/03/a-otan-e-as-matrioskas.html

  4. por LUCENA
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    Eis uma boa foto onde se vê um fantoche pedindo a sua benção ao seu senhor,fica ai a ideia o quanto que o novo boneco do Tio Sam está ganhando para fazer esse papel emblemático de 5º coluna…r$r$r$r$…..

    • Pois entao ! O antecessor tambem era um fantoche ,que apos ser eleito traiu o povo , nao ha como menosprezar um fantoche e esquecer do outro , a diferença eque a russia ganhou uma migalha ,o IMPERIO ganha TODA a ucrania , basta uma consulta no googlemap para ver quem levou a melhor ! Para dar mais enfase nesta armadilha,putin poderia ordenar a espulsao dos ucranianos de forma trucolente, a CIA deveria providenciar alguns confrontos, neste sentido !

    • por Lucena
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      Fantoche por fantoche,realmente dá no mesmo más,para quem adora balizar o diabo pelo capeta,deve vê alguma diferencia… 😉
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      Se o teropode estudasse a história da Crimeia e em especial a última guerra em que lá houve,vai observar que a questão é de estratégica,a Crimeia sempre foi uma ambição dos europeus,turcos e dos russos,o resto pera eles, não interessa muito e em “especial”, os ucranianos e os seus direitos como nação livre !
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  5. É de tão mão gosto esses discursos hipócritas do governo americano que culpa a Rússia por um golpe de estado, quando este que assenta ao lado do Barack Osama e o mesmo,são os golpistas que se apoderaram do governo da Ucrânia de forma totalmente ilícita, através de incitação das massas e violência. Nem preciso ressaltar que é mero compromisso de etiqueta essa reunião, não vai dar em nada. Os EUA já sabem muito bem que a Crimeia vai se anexar a Rússia, e não há nada que possa ser feito a respeito, e brevemente a Rússia vai começar a retaliar comercialmente Kiev, demonstrando sua desaprovação ao novo governo. Xeque-mate.

  6. O apoio do Obama a integridade territorial da Ucrânia é igual ao meu apoiando a integridade territorial da Argentina. As malvinas são Argentinas. Pronto aí está meu apoio.

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