Protestos ‘mostram contradições’ da esquerda na América Latina

Gerardo Lissardy

BBC Mundo

Atualizado em  25 de fevereiro, 2014 – 16:53 (Brasília) 19:53 GMT
Menifestação em Caracas (AP)Protestos na América Latina mostram falta de sintonia de governos de esquerda com demandas populares

Os protestos de rua que surgiram na Venezuela, no Brasil e em outros países da América Latina representam um desafio especial para a esquerda da região, que cresceu por força de mobilizações populares.

Com contextos e demandas diferentes, as revoltas recentes de estudantes venezuelanos, brasileiros, idosos nicaraguenses e indígenas bolivianos têm em comum terem surgido sem bandeiras partidárias claras, complicando governos e partidos de esquerda.

Nelas, houve choques violentos entre policiais e manifestantes, que frequentemente denunciam o uso excessivo de força por autoridades.

Segundo analistas, a forma como a esquerda reagiu ao poder das manifestações, em algumas vezes com repúdio e noutras com desconcerto, reflete uma certa dificuldade para admitir que a mobilização popular pode ser usada contra ela.

“Eles pensaram que as ruas lhes pertencia, que as demandas das ruas são feitas ao poder e esse poder normalmente é ‘reacionário’, ‘de direita’ ou ‘fascista’”, disse à BBC Mundo Margarita López Maya, historiadora venezuelana especializada em protestos populares.

“Agora são um grande desafio porque, estando a esquerda no poder, os protestos continuam ocorrendo.”

Encapsulados

Em vários protestos recentes na região, houve atos de vandalismo e de violência por parte dos manifestantes – que foram rapidamente condenados pelo governo. Também houve políticos opositores tentando canalizar esse descontentamento.

Mas os presidentes atuaram de forma diferente em relação às exigências das ruas.

Protesto na VenezuelaEsquerda tem dificuldade em lidar com protestos

Diante de uma grande onda de manifestações no ano passado no Brasil, a presidente Dilma Rousseff disse “escutar as ruas” e responder às reclamações.

Porém, naquele momento, houve silêncio nos primeiros dias da revolta contra o aumento das tarifas dos transportes, a qualidade dos serviços públicos e os volumosos gastos públicos com a Copa do Mundo que afundaram sua popularidade por meses.

Dilma afirmou na semana passada que seu governo prepara um projeto de lei para “coibir toda a forma de violência em manifestações” e que, no Mundial deste ano, poderia posicionar as Forças Armadas nas ruas em casos de atos de vandalismo.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirmou que, em seu país, há um plano de golpe de Estado por trás dos protestos – que foram iniciados por estudantes e logo ganharam apoio social e político.

Maduro também defendeu a detenção do líder político opositor Leopoldo López para ser julgado por incitação à secessão – acusação que o opositor nega –e se declarou disposto a enviar “toda a força militar” para o estado de Táchira, zona onde começaram os protestos dos últimos dias na Venezuela.

Para Heinz Dieterich, sociólogo alemão autor do conceito de “socialismo do século 21”, Maduro acerta ao usar a força do Estado contra a violência, mas “equivoca-se totalmente em não apresentar um projeto estrutural para solução dos problemas”.

Segundo o sociólogo, que foi próximo ao ex-presidente venezuelano Hugo Chávez, os sistemas políticos da região têm falhas que também foram vistas no Chile governado por Sebastián Piñera, presidente de direita que enfrentou fortes protestos estudantis.

“Os governos estão encapsulados em suas próprias estruturas, e os canais de comunicação com as necessidades populares funcionam em uma só direção: de cima para baixo”, disse Dieterich à BBC Mundo.

“Eles não conseguem captar o que querem os movimentos sociais e dos cidadãos”, acrescentou. “Isso obriga os cidadãos a levar o protesto para a rua ou a assumir formas de dissidência mais fortes.”

“Guerras justas”

O descontentamento social em países da região governados pela esquerda são atribuídos ao desejo de muitos de conseguir novas melhorias após anos de programas sociais, que, por exemplo no Brasil, tiraram milhões da pobreza.

Mas a situação econômica se complicou em vários países, com o crescimento menor e a limitação dos recursos.

O cientista político venezuelano Carlos Romero acredita que as manifestações devem ser analisadas a partir das expectativas de mudanças que a esquerda gerou durante anos e que nunca foram completamente satisfeitas.

Manifestante nas ruas de Caracas (AFP)Economia fraca inflamou as manifestações

Romero diz que a esquerda acumulou experiência com partidos e sindicatos, mas agora tem um desafio com as demandas de movimentos sociais, muitas vezes sem uma estrutura ou ideologia concreta por trás.

Em 2013, na Nicarágua presidida pelo sandinista Daniel Ortega, gerou irritação o despejo de idosos que reivindicavam pensões. Na Bolívia de Evo Morales, primeiro presidente indígena do país, houve no passado confrontos entre a polícia com índios que se opunham à construção de uma estrada.

Na Argentina, houve nos últimos anos protestos convocados por redes sociais contra o governo de Cristina Kirchner, que é parte do movimento peronista – que soube fazer das ruas seu grande bastião.

Isso não quer dizer que a esquerda tenha abandonado a estratégia de mobilização popular.

Nos últimos dias, também ocorreram na Venezuela grandes atos a favor de Maduro, e a Colômbia vivenciou em dezembro e janeiro grandes protestos contra um pedido de destituição do prefeito de Bogotá, o ex-guerrilheiro Gustavo Petro.

Mas algumas pessoas enxergam uma contradição entre a pregação clássica da esquerda a favor da mobilização de rua e das guerrilhas de outrora e sua atitude quando no poder diante dos protestos, com manobras violenta ou para desestabilizá-los.

“Eles reprimem e falam contra os protestos e assumem facilmente um vocabulário que antes era usado pela direita”, disse o brasileiro Marcelo Coutinho, professor de Relações Internacionais e especialista em América Latina.

Por outro lado, alguns acreditam que as circunstâncias mudaram.

O presidente uruguaio, José Mujica, um ex-guerrilheiro que não vem enfrentando grandes protestos durante seu governo, referindo-se à situação da Venezuela, afirmou que “antigamente podia haver o que chamávamos de guerras justas, sobretudo aquelas de independência”.

“Mas, nos últimos 20 ou 30 anos”, acrescentou Mujica à emissora venezuelana TeleSur, “todas as guerras e todas as formas de violência servem para que se prejudiquem aqueles que já são naturalmente mais fracos”.

Fonte: BBC Brasil

20 Comentários

  1. No Brasil achavam fácil ficar 20 anos criticando e jogando tomates da arquibancada, assumiram e pegaram a melhor fase econômica (mundial inclusive) de todos os tempos e não fizeram nada para melhorar a infraestrutura, produtividade tecnológica e industrial do país, achando que a bonança era eterna…. criaram todos os tipos de cabide de emprego possíveis, emperrando e onerando ainda mais a máquina pública, criaram 39 ministérios que não valem por um de tanta incompetência e agora não admitem que possam protestar contra eles! … Mas o carnaval está aí, depois agente pensa nisso… a… e tem copa também… estádios tinindo de novos…. uma maravilha… crise? O que é isso mesmo?
    Abraços,

  2. Posso dizer só uma coisinha off ? Então la vai:

    .
    ————-
    Petrobras vê lucro crescer 11% em 2013, para R$ 23,6 bilhões

    A venda de ativos, no valor de R$ 8,5 bilhões, contribuiu para o crescimento da receita da Petrobras em 2013, de R$ 304,89 bilhões, 8% a mais que em 2012. A área de Exploração e Produção contribuiu com R$ 42,2 bilhões, menos do que os R$ 45,5 bilhões do ano anterior, por conta da queda de 2,5% na produção de petróleo.

    Apenas no quarto trimestre, a receita da estatal somou R$ 81,028 bilhões, o que representa um aumento de 10,4% sobre o mesmo período de 2012.

    Fonte: folha de São Paulo

    ————-

    .
    .

    AGORA, DÊEM UMA OLHADA NO QUE O TAPADO COM CURSO DE PILOTO FALOU UM DIA DESSES…. ESSE POBRE COITADO NAO DA UMA DENTRO… CADA VEZ QUE ABRE ESSA FOSSA QUE ELE CHAMA DE BOCA SÓ PASSA VERGONHA:

    —————————
    Posso ir embora? Posso me aposentar?

    Ganhei o ANO com essa!

    Há muuuuuuuuuito tempo que eu venho dizendo exatamente isso aí aqui. E tome PaTrulha da caterva esquerdóide pra tudo que é lado.

    E aí seo GR? A notícia é do PIG né? Como sempre…

    O governo do PT QUEBROU a Petrobrás, com seu aparelhamento político e sua política de preços e de investimentos puramente eleitoreira.

    A PeTrossauro não tem condições de sonhar em explorar o tal pré-sal que, aliás, pode levar o país à bancarrota!

    Ganhei o ANO amigos. A verdade tarda, mas NUNCA falha.

    Fonte: http://www.naval.com.br/blog/2014/01/08/pre-sal-vai-da-euforia-a-realidade/#comments

    ———————

    .

    Aparece ai, tapado com curso de piloto (assim mesmo, em minúsculo) pra passar mais uma vergonha na frente da gente

    Tem muito mais Prints das besteiras que vc fala

    Doente mental

      • No mais, a reportagem da BBC mostra o óbvio ululante ou seja, o fracasso da Esquerda, tem o que a ver com a sua fixação erótica pelo Vader?

      • O lucro da Petrobras atingiu R$ 23,6 bilhões em 2013, alta de 11% em relação aos R$ 21,2 bilhões alcançados em 2012. No quarto trimestre do ano passado, no entanto, a empresa apresentou lucro líquido de R$ 6,28 bilhões, uma queda de 19% em relação ao mesmo período de 2012.
        O balanço foi divulgado nesta terça-feira (25), após o fechamento da Bovespa, que encerrou o dia em baixa, influenciada pelas ações da companhia. Junto com os números, a Petrobras também anunciou seu plano estratégico até 2030.
        “Esse aumento é explicado pelos maiores preços de venda de combustíveis, em função dos 3 reajustes do diesel e 2 da gasolina realizados ao longo do ano, pelo significativo aumento da produção de derivados em nosso parque de refino, pelos expressivos resultados de redução de custos e aumento de produtividade, bem como pelos ganhos com as operações de venda de ativos”, disse a presidente da companhia, Graça Foster, no balanço.
        O lucro de 2013 foi o segundo menor nos últimos seis anos, desde a crise mundial econômica de 2008. O pior resultado nesse período foi o de 2012, quando o lucro caiu 36% em relação ao do ano anterior.
        Veja abaixo o lucro líquido anual da Petrobras nos últimos anos:
        2008: R$ 32,99 bilhões
        2009: R$ 28,98 bilhões
        2010: R$ 35,19 bilhões
        2011: R$ 33,13 bilhões
        2012: R$ 21,18 bilhões
        2013: R$ 23,57 bilhões
        Produção abaixo do previsto
        A produção de petróleo da Petrobras em 2013 ficou 2,5% abaixo do planejado, com a média de 1,931 milhão de barris diários (bpd). O endividamento total da empresa subiu 36% no ano, para R$ 267,82 bilhões e o de longo prazo aumentou 38%, para R$ 249 bilhões. Também houve alta de 27% na alavncagem, calculada a partir da dívida líquida dividida pelo lucro antes de impostos (Ebitda), para 3,57.
        A estatal tem sido vista com desconfiança pelo mercado, por conta da produção estagnada, das importações de combustível em alta e das dívidas bilionárias – que tendem a continuar crescendo.
        No resultado do ano, foi destacado o aumento de 43% das reservas provadas no pré-sal em comparação a 2012. Na manhã desta terça, a Petrobras anunciou que a produção do pré-sal bateu novo recorde, chegando a 407 mil barris por dia.
        Também foi citado no balanço o mais recente reajuste no preço dos combustíveis, de 8% para o diesel e 4% para o gasolina, em novembro do ano passado, além das vendas de ativos do “Programa de Desinvestimentos”, que renderam uma contribuição de R$ 8,5 bilhões ao caixa da empresa em 2013.

      • Petrobras gastará 140% mais com importação de combustível até 2020

        Seis anos após as primeiras extrações das reservas gigantes do pré-sal e quase 8 anos após a anunciada, mas já perdida autossuficiência na produção de petróleo, a Petrobras tem sido vista com desconfiança pelo mercado, por conta da produção estagnada, das importações em alta e das dívidas bilionárias – e que tendem a continuar crescendo.
        Desde o fim de 2010, logo após a megacapitalização de R$ 120 bilhões, o endividamento da gigante brasileira de petróleo praticamente quadruplicou, com um aumento médio de mais de R$ 40 bilhões por ano. A produção de óleo e gás, por sua vez, caiu 2,5% em 2013, para 1,93 milhão de barris por dia em 2013. Foi a segunda queda anual consecutiva e o menor resultado desde 2008.
        No terceiro trimestre do ano passado, a companhia teve lucro de R$ 3,395 bilhões, uma queda de 45% em relação ao trimestre anterior. Já as dívidas chegaram a R$ 193 bilhões, o que fez com que agências de risco reduzissem a nota da empresa, que passou também a receber da Bloomberg o título de “petroleira de capital aberto mais endividada do mundo”. O resultado consolidado de 2013 será divulgado pela Petrobras nesta terça-feira (25).
        Parte dessa dívida tem origem no descompasso entre o crescimento da produção da Petrobras e do consumo de combustíveis no Brasil, que fará com que os gastos com importações de gasolina e diesel da estatal saltem 140% até 2020, passando dos US$ 12,68 bilhões de 2013 para um gasto anual de US$ 30,42 bilhões, segundo cálculo do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), feito a pedido do G1. Enquanto isso, as exportações da estatal – que já caíram 37,4% em 2013 – não devem acompanhar o crescimento das compras externas, já que a produção da Petrobras também não cresce.
        Outro lado da conta das perdas, segundo analistas, é a falta de reajustes maiores nos preços dos combustíveis e a interferência do governo, que não abre mão de ter a Petrobras como arma contra a inflação. O CBIE estima que a companhia deixou de ganhar cerca de R$ 47 bilhões nos últimos 3 anos em função da defasagem dos preços da gasolina e do diesel vendidos no Brasil em relação aos valores internacionais.

        Endividamento e produção
        A Petrobras tem sido obrigada a tomar empréstimos no Brasil e no mercado externo para equilibrar as contas e garantir os investimentos em novas plataformas e campos de exploração. Para o período 2013-2017 estão previstos US$ 236,7 bilhões, anunciados pela estatal como o maior plano de investimentos corporativo do mundo.
        “A dívida fechou 2013 acima dos R$ 200 bilhões, a produção não cresce e estamos importando cada dia mais derivados”, resume o diretor do CBIE, Adriano Pires, lembrando que a ação da companhia chegou a ser cotada a quase R$ 50 entre 2007 e 2008 na Bovespa, e atualmente patina entre R$ 13 e R$ 14.
        “O grande trade-off (dilema) da Petrobras é: como um presente tão ruim pode dar um futuro tão brilhante? Não vejo nenhuma mudança de política para que tenhamos esse céu de brigadeiro que projetam”, opina.

        Importações em alta
        Em 2013, a importação de petróleo e derivados no país superou a exportação pela primeira vez desde 2004, segundo dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP). Somente nos gastos com compra de gasolina e diesel no exterior, a alta foi de 22%.
        O aumento das importações e a queda da produção de petróleo afetou inclusive a balança comercial brasileira, que registrou em 2013 o pior resultado em 13 anos. As receitas com exportações da Petrobras caíram 37,4% na comparação com 2012, para US$ 13,85 bilhões.
        Segundo levantamento do CBIE, feito a pedido do G1, os gastos da Petrobras com compra de diesel do exterior passarão de US$ 10,4 bilhões, em 2013, para US$ 22,9 bilhões, em 2020, o que corresponderá a uma alta de cerca de 12% ao ano. Já a despesa com importação de gasolina saltará para US$ 7,5 bilhões em 2020, ante US$ 2,3 bilhões em 2013, aumento médio anual de 18,4%.
        A projeção leva em conta o ritmo de crescimento do consumo no último ano e a expansão da capacidade de refino projetada pelo plano de negócios da empresa.
        “A produção de gasolina continuará constante de 2013 a 2020 porque nenhuma das novas refinarias vai produzir mais gasolina no país”, afirma Pires, citando os atuais projetos em implantação: a Refinaria Abreu e Lima e o 1º Trem de Refino do Comperj.
        No caso da produção de diesel, as refinarias em construção conseguirão apenas reduzir parte do déficit do combustível, elevando a produção atual do patamar de 844 mil barris/dia para 1.011 mil barris/dia em 2016, chegando a 1.206 a partir de 2019.
        Autossuficiência perdida
        A última construção no país de uma refinaria relevante ocorreu em 1980, a Revap, em São José dos Campos. A consequência é o aumento crescente das importações de combustível para atender a uma frota automotiva em expansão. Em 2013, foram comercializados 3,7 milhões de veículos no país.
        O descompasso entre produção e consumo interno levou o país a perder a autossuficiência, comemorada pela Petrobras e pelo governo em 2006, quando a produção de petróleo equiparou-se ao volume de derivados consumidos à época no país, ainda que mantida a necessidade de importação de algum volume de combustível.
        Em 2008, o primeiro óleo extraído do pré-sal foi comemorado. Em 2010, a produção da Petrobras fechou o ano ultrapassando a marca de 2 milhões de barris por dia. Mas desde 2011 o país voltou a consumir mais do que produz. E nem mesmo os recordes sucessivos de produção no pré-sal evitaram a queda no resultado anual.

        Interferência do governo e perdas
        Para os analistas, porém, mais grave que a produção estagnada e a falta de refinarias é a interferência política e o uso da estatal como arma contra a inflação.
        “A desgraça da Petrobras se chama governo, que exorbita da sua autoridade de poder ao não deixar a Petrobras aumentar preços. A empresa foi penalizada no seu fluxo de caixa e está pagando mais do que poderia por investimentos”, critica o diretor do Instituto de Energia e Ambiente da USP, Ildo Luís Sauer.
        Levantamento do CBIE mostra que a defasagem vem ocorrendo continuamente desde o final de 2010. A venda de combustíveis a preços menores que os internacionais representou para a Petrobras nos últimos 3 anos um “custo de oportunidade negativo” – ou seja, uma sangria – de cerca de R$ 34 bilhões na operação com diesel e de R$ 13 bilhões na distribuição de gasolina, segundo a consultoria.
        “O subsídio para gasolina e diesel, além de estar sangrando a Petrobras, está quebrando o setor de álcool”, diz o consultor David Zylbersztajn, ex-diretor da ANP, citando a perda de competitividade do etanol. “É difícil entender essa política, pois quanto maior o lucro, maior a distribuição de dividendos e o recolhimento de impostos, cujo maior beneficiário é o Tesouro”, completa.
        Segundo ele, o principal risco da Petrobras é financeiro, uma vez a defasagem dos preços de combustíveis tem diminuído a lucratividade e a capacidade de gerar caixa, o que além de elevar o endividamento da companhia já coloca em risco, inclusive, o “famoso” grau de investimento concedido pelas agências de risco.
        “A Petrobras vive um círculo perverso: está andando com o freio de mão puxado em razão da dificuldade de autofinanciamento e do maior endividamento, o que torna o custo de captação mais caro e afeta o ‘timing da empresa”, diz o ex-diretor da ANP.

    • KKKKKKKKKKKKKKKKKK, Eu que ganhei o dia hj, vc escreveu só o que te interessa ou nem leu a matéria completa???

      Veja abaixo o lucro líquido anual da Petrobras nos últimos anos:
      2008: R$ 32,99 bilhões
      2009: R$ 28,98 bilhões
      2010: R$ 35,19 bilhões
      2011: R$ 33,13 bilhões
      2012: R$ 21,18 bilhões
      2013: R$ 23,57 bilhões….
      …… O endividamento total da empresa subiu 36% no ano, para R$ 267,82 bilhões e o de longo prazo aumentou 38%, para R$ 249 bilhões. Também houve alta de 27% na alavancagem, calculada a partir da dívida líquida dividida pelo lucro antes de impostos (Ebitda), para 3,57.

      Sou acionista dessa joça, a administração é tão boa que as ações só caem há doze anos seguidos. kkkkkkk

  3. PARA ONDE VAI ESSA TAL DINHEIRAMA QUE A PETROBRAS ARRECADA ???,,, pro meu bolso é que não é… pagamos caríssimo nesse mijo amarelo que a PETROBRAS refina… algum RALO tem, para onde esse dinheiro flui com vigor… eita Brasil que gosta de alimentar ratos…

    • Se esses BILHÕES fosseM parar na saúde e na educação teríamos índices sociais bem melhores que estes que ai estão… mas tão DANDO bolsas esmolas no lugar da educação de qualidade e da saúde padrão FIFA… o povão aceita tudo que os “salvadores” da pátria põe nas costas deles… não sabem que são roubados e espoliados pelas isquerdas…

  4. “”no Brasil e em outros países da América Latina representam um desafio especial para a esquerda da região, que cresceu por força de mobilizações populares””
    Vemos as mesmas manipulações executadas nos quatro cantos do planeta.Os dominadores Ocidentais falidos insuflando póvos e do outro lado essa esquerda imunda Narco-Latrina que conquista votos com BOLSISMOS.
    De um lado e de outro so tem FDPs e o otario povo no meio.
    Deus é mesmo Brasileiro se não fosse me daria poder ai voces veriam como tudo isso deixaria de existir com um piscar de olhos.
    DEPURAÇÃO AMPLA TOTAL E IRRESTRITA cortando na propria carne para dar exemplo trazendo justiça e igualdade pra quem desenvolve e paga todas as contas.
    É preciso extinguir sistemas politicos e instituir sistema profissionalizado,sem estabilidade para que assim quem não produz de lugar para os que anseiam oportunidade.
    Insistir nos velhos modelos é viver alternando entre essa ralé medieval Albanizada e os entreguistas capachos de Yankees.
    Bordunada neles todos Cobrada aos Brasileiros o que é dos Brasileiros e as ratazanas CHUMBINHO.

    • Começou bem… rsrsrsrsrss… já tá sabendo que os MENSALEIROS PETRALHAS FORAM ABSOLVIDOS PELO STF ???… os ministros colocados pelo luladrão votaram em coro pela não condenação dos “coitadinhos” por formação de quadrilha… rsrsrsrsrsrs… agora, qualquer mané pode se unir com outros LADRÕES e ROUBAR o erário público, bem como se prostituir e prostituir os demais membros do Congresso que não responderão por formação de quadrilha, mas somente como coautores… ABRIU-SE PRECEDENTE para todo salafrário unir aos demais e corromper o sistema sem medo de ser feliz… esse é o Brasil dos PETRALHAS… eles estão em todo lugar… acho que nem vc, com todo o poder que fosse lhe dado conseguiria depurar esse país… ia faltar veneno para tanto rato…

  5. Gleisi bate um bolão. Enquadra Barbosa e depena tucano no senado.

    Na tribuna do senado, Gleisi Hoffmann (PT-PR) discursou sobre o crescimento do PIB e apontou avanços no setor industrial. Após um aparte do senador Aloysio Nunes (PSDB-SP), ela “depenou” o tucano:

    http://www.youtube.com/watch?v=prWwBSug4UE

    Em entrevista ela refutou as ilações do presidente do STF, ministro Joaquim Barbosa, por ele ter levantado suspeita de que as indicações dos ministros do supremo feitas pela presidente Dilma Rousseff foram feitas para votar contra o crime de formação de quadrilha aos condenados na Ação Penal 470.

    “Lamento que o presidente de um Poder sugira trama conspiratória do Poder Executivo e Legislativo para indicações do STF (…) Por não estar de acordo com uma decisão da Suprema Corte, coloca em suspeição todo o processo de nomeação e designação dos membros do STF. Como se ele próprio não fosse resultado desse processo. Isso não faz bem à democracia brasileira”, disse Gleisi.

    http://osamigosdopresidentelula.blogspot.com.br/2014/02/gleisi-bate-um-bolao-enquadra-barbosa-e.html

    • Esse é o PT:

      http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/delubio-que-esta-preso-e-chefe-do-governador-agnelo-que-esta-solto/

      A Vara de Execuções Penais do Distrito Federal proibiu, por enquanto, Delúbio Soares de deixar o presídio da Papuda para trabalhar. É uma medida justíssima. Antes de mais nada, necessária. Trata-se de impor um mínimo de decência e razoabilidade nessa relação. A coisa passou de todos os limites. No caso do ex-tesoureiro do mensalão e peça-chave do escândalo, a prisão estava servindo par debochar da Justiça.

      A igualdade perante a lei é um dos pilares de uma sociedade democrática. Há, sim, todo um debate ligado à lógica da reparação social que defende que se tratem desigualmente os desiguais, o que já estava na retórica de um Rui Barbosa e orienta, por exemplo, a política de cotas nas universidades — que não são do meu agrado, deixo claro! Ocorre que tratar desigualmente os desiguais compreende a garantia de direitos especiais aos mais vulneráveis. Seria esse o caso de Delúbio Soares e dos mensaleiros petistas?

      O regime semiaberto é um regime fechado com algumas regalias. O preso tem a possibilidade de deixar o presídio para trabalhar, mas essa é uma concessão que faz a Justiça, e tudo depende do comportamento do apenado. Delúbio recebe visitas fora do horário estipulado, tem acesso a refeições especiais, como feijoada; nega-se a cortar a barba — regra que vale para os demais detentos —; tem à sua disposição um motorista da CUT, que entra no pátio interno para pegá-lo e levá-lo ao trabalho. Um nababo! A sua desenvoltura na cadeia já causou a queda de dois diretores do Centro de Progressão Penitenciária.

      Agora, a Vara de Execuções Penais do Distrito Federal cobra que o governo Agnelo Queiroz, do PT, mesmo partido de Delúbio, diga em 48 horas se tem condições de manter o mensaleiro preso em condições compatíveis com a de um apenado. Se a resposta for negativa, ele pode até ser transferido para um presídio federal. Isso não deve acontecer. O governo do DF certamente vai prometer se emendar — e não cumprirá a promessa. A razão é simples: na hierarquia petista, Delúbio, que está preso, é o chefe do governador Agnelo, que está solto.

      Um dos temas mais estudados pelas ciências sociais no Brasil é o chamado “patrimonialismo”, que consiste na submissão da coisa pública a interesses privados em razão da posição social e econômica de determinados grupos. Muito se falava, por exemplo, e não faz tanto tempo assim, no tal coronelismo nordestino, lembram-se? Os petistas inauguraram um novo patrimonialismo, um novo coronelismo. As leis que não são do seu interesse não valem para eles, que exercem com desassombro privilégios que, obviamente, não estão em lei nenhuma.

      Noto que a Vara de Execuções Penais fez muito mal em permitir que Delúbio trabalhasse justamente na CUT, onde ele é chefe. Quando a banqueira Kátia Rabello passar para o regime semiaberto, permitirão que ela trabalhe no Banco Rural, que pertence à sua família? Duvido! Ora, a CUT é o banco de Delúbio; pertence à sua “famiglia”.

  6. CAI O CASTELO DE CARTAS DE BARBOSA

    As palavras finais do presidente da corte suprema, depois da decisão que absolveu os réus da AP 470 do crime de quadrilha, soaram como a lástima venenosa de um homem derrotado, inerte diante do fracasso que começa a lhe bater à porta. A arrogância do ministro Barbosa, abatida provisoriamente pelo colegiado do STF, aninhou-se em ataque incomum à democracia e ao governo.

    “Sinto-me autorizado a alertar a nação brasileira de que este é apenas o primeiro passo”, discursou o relator da AP 470. “Esta maioria de circunstância foi formada sob medida para lançar por terra todo um trabalho primoroso, levado a cabo por esta corte no segundo semestre de 2012.”

    Sua narrativa traz uma verdade, um insulto e uma fantasia.

    Tem razão quando vê risco de desmoronamento do processo construído sob sua batuta. A absolvição pelo crime de quadrilha enfraquece fortemente a acusação. Se não há bando organizado, perde muito de sua credibilidade o roteiro forjado pela Procuradoria Geral da República e avalizado por Barbosa. A peça acusatória, afinal, apresentava cada passo como parte minuciosa de um plano concebido e executado de forma coletiva, além de permanente, com o intuito de preservação do poder político. Se cai a tese de quadrilha, mais cedo ou mais tarde, as demais etapas terão que ser revistas. Essa é a porção verdadeira de sua intervenção matreira.

    A raiva de Barbosa justifica-se porque, no coração desta verdade, está a neutralização da principal carta de seu baralho. O ex-ministro José Dirceu foi condenado sem provas materiais ou testemunhais, como bem salientou o jurista Ives Gandra Martins, homem de posições conservadoras e antipetistas. A base de sua criminalização foi uma teoria denominada “domínio do fato”: mesmo sem provas, Dirceu era culpado por presunção, oriunda de sua função de líder da eventual quadrilha. Absolvido do crime fundante, a existência de bando, como pode o histórico dirigente petista estar condenado pelo delito derivado? Se não há quadrilha, inexiste liderança de tal organização. A própria tese condenatória se dissolve no ar. O que sobra é um inocente cumprindo pena de maneira injusta e arbitrária.

    Derrotado, Barbosa recorreu a um insulto: acusa o governo da República de ter ardilosamente montado uma “maioria de circunstância”, como se a fonte de sua indicação fosse distinta dos demais. Aponta o dedo ao Planalto sem provas e sem respeito pela Constituição. Atropela a independência dos poderes porque seu ponto de vista se tornou minoritário. Ao contrário da presidente Dilma Rousseff, que manteve regulamentar distância das decisões tomadas pelo STF, mesmo quando eram desfavoráveis a seus companheiros, incorre em crime de Estado ao denunciar, através de uma falácia, suposta conspiração da chefe do Executivo.

    A conclusão chorosa de seu discurso é uma fantasia. Não se pode chamar de “trabalho primoroso” uma fieira de trapaças. O presidente do STF mandou para um inquérito secreto, inscrito sob o número 2474, as provas e laudos que atestavam a legalidade das operações entre Banco do Brasil, Visanet e as agências de publicidade do sr. Marcos Valério. Omitiu ou desconsiderou centenas de testemunhas favoráveis à defesa. Desrespeitou seus colegas e tratou de jogar a mídia contra opiniões que lhe contradiziam. Após obter sentenças que atendiam aos objetivos que traçara, lançou-se a executá-las de forma ilegal e imoral.

    O ministro Joaquim Barbosa imaginou-se, e nisso há mesmo um primor, como condutor ideal para uma das maiores fraudes jurídicas desde a ditadura. Adulado pela imprensa conservadora e parte das elites, sentiu-se à vontade no papel do pobre menino que é glorificado pela casa grande por suas façanhas e truques para criminalizar o partido da senzala.

    O presidente do STF lembra o protagonista da série House of Cards, que anda conquistando corações e mentes. Para sua tristeza, ele está se desempenhando como um Frank Underwood às avessas. O personagem original comete incríveis delitos e manobras para chegar à Presidência dos Estados Unidos, derrubando um a um seus adversários. O ministro Barbosa, porém, afunda-se em um pântano de mentiras e artimanhas antes de ter dado sequer o primeiro passo para atravessar a praça rumo ao Palácio do Planalto.

    Continua em http://altamiroborges.blogspot.com.br/2014/02/cai-castelo-de-cartas-de-barbosa.html

Comentários não permitidos.