Defesa teve maior corte de gastos entre ministérios, informa governo

Bloqueio da pasta somou R$ 3,5 bilhões, informa governo federal. Fazenda fica em 2º lugar: ‘Não vai ter nem água aqui’, brinca Mantega.

O ministério que mais sofreu com o bloqueio de recursos no orçamento deste ano – que totalizou R$ 44 bilhões – foi o da Defesa, cujo corte foi de R$ 3,5 bilhões em relação aos valores aprovados pelo Congresso Nacional.

Os números foram divulgados nesta quinta-feira (20) pelo Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão. A dotação aprovada pelo Legislativo, para o Ministério da Defesa neste ano, caiu de R$ 14,79 bilhões para até R$ 11,29 bilhões.

Em segundo lugar, aparece o Ministério da Fazenda, que sofreu um bloqueio de R$ 1,55 bilhão em seu orçamento. “Neste ano, não vai ter nem água aqui. Assim é a vida”, brincou o ministro da Fazenda, Guido Mantega, presente no anúncio. Segundo ele, a pasta tem de fazer “sacrifícios” para reduzir as despesas públicas.

Logo depois aparece o Ministério da Justiça, que sofreu corte de R$ 800 milhões em relação ao que foi aprovado pelo Legislativo, seguido pelo Ministério do Desenvolvimemto Agrário, com R$ 729 milhões.

O Ministério do Planejamento, por sua vez, terá um bloqueio de verbas de R$ 520 milhões, enquanto que o Ministério da Previdência Social sofreu uma redução de R$ 400 milhões.

Fonte: G1 via NOTIMP

17 Comentários

  1. Em outra reportagem vi que a compra dos 36 caças não vai ser afetada. Mas e o PROSUB ?, será que também não foi afetado?

    • Acho que não, até porque o PROSUB não depende do orçamento da MB nem do MD.
      E esses 3,5 bilhões é o mesmo de sempre, todo ano é o mesmo corte, lamentavelmente sem surpresas positivas, mas também não é nenhum susto para o MD.

  2. Era esperado, país que não tem controle é assim mesmo. Igual a casa da mãe Joana.

    Se querem cortar gastos: por que não acabam com o Senado. Nos municípios temos as Câmaras de Vereadores, nas Unidades da Federação temos as Assembleias Legislativas; então porque termos duas câmaras legislativas no Brasil? Bem ou mal com uma (01) Câmara Legislativa Nos Municípios e Estados, elas cumprem o seu papel, depende apenas do povo fazer seu papel… então acabar com o SENADO é a melhor opção. Outra coisa quando foi feito referendo ou plebiscito para saber se o povo queria o SENADO? Que eu sei nunca… então acabar com SENADO é o mais democrático. Na democracia quem manda é o povo, não é assim? Então está dada a ideia e vamos difundir isso:

    ACABAR COM O SENADO… serão bilhões economizados todos os anos e não apenas em um ano só.

    Aquela “estória” de representação federativa é balela para defender o osso…isso não cola. É igual defender os tais “menores de idade” delinquentes, enquanto que 93% da população quer o fim da menor idade.

  3. Deve afetar alguns programas de novo novamente outra vez…mas aí os maiorais economizam comprando miojo pros oficiais e mandam os soldados comerem em ksa.

  4. Não se pode mexer nos orçamentos da Previdência, Saúde e Educação, então sobra a Defesa, que é inchada de maneira absurda com pensões…
    O corte recai nos equipamentos. O aumento dos militares será mantido… As pensões sobem junto.

    • De fato, enquanto não revermos a questão destas pensões absurdas para marmanjonas solteironas convictas, e demais encostados, vai ficar dificil planejar um sistema de defesa por aqui.

      • Caro CAPA PRETA, o problema é que o orçamento de defesa no Brasil engloba custeio, investimentos e salários juntos, o que deveria ser separado. O grande erro até hoje pois sempre haverá a desculpa que os aposentados e pensionistas consomem a verba de investimento das forças… e não as mordomias dos altos escalões. E quanto à pensão para filhas solteiras, tb não sou a favor mas vou dar um exemplo que conheço de um senhor que entrou para a Marinha em 1950 e contribui até hoje, mesmo na reserva, com o desconto mensal no contra-cheque para este fundo. Os novos não tem mais… mas os antigos contribuíram ou contribuem para tal, como uma espécie de previdência.. ou seja, não é tão de graça assim! Abraço,

      • Tem toda razão Julio, se contribuiram, o direito deve ser garantido, e não ter as regras mudadas no “meio do jogo”
        Mas uma reforma previdenciaria se faz urgente, e não panas no meio militar.
        E sim , seria de suma importância para as forças se custeio e investimento, fossem separados da previdência, acredito que o tesouro nacional deveria cobrir isto ( se estamos fazendo porto em Outros paises, devemos ter dinheiro para uma questão de segurança nacional)
        Quanto as marmanjonas encostadas, minha bronca e que conheço duas, que já passaram dos 40, são emancebadas com seus companheiros, nunca se casaram no papel para não perder a mamata.

      • A contribuição é fato mas concordo com vc, tem gente burlando “casamento” para garantir uma pensão que deveria ser para outros fins… falta fiscalização como tudo nesse país.

    • por LUCENA
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      Acreditem,nesse trem da alegria das pensões é imexível….se mexerem a cobra realmente vai fumar,ai sim que os militares “marajás” irão fazer maior inferno,mais do que já está !!!
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      Muitos desses militares reformados,já de pijama carcomidos pelo mofo e o ceroto de tanto usarem,vivem hoje reclamando de barriga cheia á custas do erário público,com aposentadorias gordas e pesões fabulosas,bem ao estilos das safadezas da politicagem que aliás,esses dinossauros vivem apontando com as suas patas sujas,as patifarias dos seus congeneres na maracutaia da coisa pública,os políticos sujos deste meu Brasil espoliado !!

      • Caro helveciofilho ou Lucena, que seja….. tirando os “generais” (diga-se as três forças) quais as mordomias dos militares?? a minha família é toda de militares e não tem nenhum “marajá” neste meio… depois de 35 ou 40 anos servindo o país, sem hora-extra, sem reposição inflacionária, sem escala definida, indo pra onde se manda sem questionar e estando permanentemente de prontidão para servir o país (muitas vezes sem os mínimos meios) e depois ver que seu contracheque tem que ter uma centena de penduricalhos para se ter um salário minimamente decente…. um oficial aviador hoje ganha menos que um garçom ou motorista do congresso, menos que os milhares de assessores dos governos federal, estaduais e municipais (deve ter mais gente pendurada nestas mordomias do que o efetivo das três forças)….. vire suas farpas para quem realmente avilta o país…. certamente vc nunca usou uma farda!

  5. Novidade nenhuma, todo ano e assim no governo revanchista, e todo final de anos a mesma coisa na caserna, a verba aperta, conscrito vai para casa meio dia, por não ter comida no rancho, tem que levar papel higienico de casa atc.
    E isto que me diz são vários irmãos de farda, que tenho contato no 2°BPE de Osasco.
    Mas o mais grave e a GAp tecnologico e operacional que fica nossas FAAs, projetos que deveriam durar 10 anos, por conta destes cortes de orçamento e outros desmando ( Buffets para altas patentes e politicos custando os olhos da cara em eventos militares, campeonatos inuteis como o de hipismo etc) estes projetos acabem se arrastando por 15, 20 anos ou mais.

  6. Quem dá mais?

    O que de pior poderia acontecer ao Brasil seria reduzir a eleição de outubro a uma gincana para escolher o melhor amigo dos mercados.

    O que de pior poderia acontecer ao Brasil nesse momento seria reduzir a eleição de outubro a uma gincana para a escolha do melhor amigo dos mercados. Esta semana Eduardo Campos abriu o seu baú e mostrou um pedaço dos dotes que pretende oferecer à praça.

    Em troca de apoio e indulgência dos mercados, o neto que envergonharia o avô quer entregar um mandato fixo ao BC, com metas plurianuais de inflação e superávit fiscal.

    Uma espécie de outro país dentro do Brasil.

    Ao lado de um Presidente da República escolhido pelo voto direto, teríamos um presidente da republica do dinheiro. Com autonomia, e dotado de ferramentas calibradas e com abrangência suficiente para induzir e condicionar o destino do desenvolvimento, os limites da democracia, a sorte da sociedade.

    Assessores do tucano Aécio Neves, sendo o economista Edmar Bacha o mais loquaz entre eles, não deixam por menos.

    Um revival do PSDB no poder faria tudo isso e muito mais, asseguram pregoeiros de bico longo.

    Por exemplo: deflagraria um choque de ‘eficiência’ com a derrubada em série de tarifas sobre importações.

    O que sobrasse da indústria local e do emprego seria de primeira linha, garantem.

    Outro arquiteto de países paralelos, o tucano Pérsio Arida, acha pouco a independência do BC.

    Para ir além, sugere a independência da própria moeda nacional em relação ao governo.

    Seu projeto, antigo fetiche do neoliberalismo verde-amarelo, é assegurar a conversibilidade automática do Real em relação ao dólar.

    Viraria um anexo do dólar.

    Terceirizar a moeda de uma nação é o equivalente econômico a renunciar ao monopólio da força por parte do Estado: abdica-se de um dos instrumentos cruciais na defesa do interesse público para entregar a sua gestão ao apetite privado.

    A politica monetária vira uma espécie de Ucrânia nas mãos dos francos atiradores dos mercados.

    O governo Dilma, sob as turquesas das agências de risco e da guerra de expectativas da mídia e do capital financeiro, falou a língua que eles entendem na última 5ª feita.

    A oito meses das eleições, o governo cortou R$ 44 bi em investimentos, rebaixou a expectativa de crescimento do PIB para 2,5% e fixou o superávit fiscal em 1,9% do PIB.

    O monólogo que anuncia ‘tempos difíceis’ vai impondo a sua ordem unida na frente da produção, do dinheiro, do emprego e da própria política.

    Por tempos difíceis entenda-se a ampliação da margem de manobra dos capitais especulativos, que passam a ter na cambaleante recuperação das economias ricas um ponto de fuga adicional.

    Graças a ele, amplificam seu já robusto poder chantagem sobre nações, governos e candidatos do mundo em desenvolvimento.

    Ninguém sabe exatamente qual o fôlego ou a consistência da dita recuperação.

    Depois de quase sete anos de colapso da ordem neoliberal, os indicadores mostram um saldo de terra arrasada no emprego e nos índices sociais e saneamento financeiro.

    Por exemplo: hoje os fundos de investimento e de pensão tem 31% mais dinheiro do que o saldo anterior à crise. Com uma bolada equivalente a 75% do PIB mundial, eles detém um poder de comando apreciável sobre bolsas, moedas, governos e economias carentes de capitais, de um modo geral.

    A narrativa conservadora faz o resto ao festejar o poder coercitivo adicional dessa alavanca , a cada suspiro na ‘recuperação’ das economias ricas.

    O cheiro da virada de ciclo já basta.

    Massas monstruosas de capitais se movimentam pelo mercado, ou apenas ameaçam faze-lo, ‘precificando’ hoje um amanhã que ninguém tem a certeza de quando virá nem como será.

    Não importa: a incerteza é a água dos cardumes especulativos.

    Governos, povos e nações precisam de chão firme: planejamento, regulação, metas de investimento, planos de crescimento de longo prazo.

    O dinheiro grosso e os magos da arbitragem, ao contrário, respiram melhor debaixo do oceano da incerteza.

    Ao não se confrontar as duas lógicas sanciona-se um esbulho.

    O do jornalismo econômico, por exemplo, que mantém intacta a fé nas virtudes do laissez faire , como se 2007/2008 nunca tivessem existido no calendário econômico mundial.

    A crítica cerrada ao Brasil por ‘ter abandonado’ as reformas amigáveis abafa uma pergunta básica: ‘Onde estaria o país hoje se a sua condução na crise tivesse sido obra dos sábios tucanos, por exemplo?’

    O espelho europeu oferece a inquietante pista de que seríamos agora um grande Portugal.

    Ou uma dilatada Espanha – um superlativo depósito de desemprego, ruína fiscal e sepultura de direitos sociais, com bancos e acionistas solidamente abrigados na sala VIP do Estado mínimo (para os pobres).

    Incorporar os imperativos das agencias de risco, sem abrir uma discussão com a sociedade sobre os desafios da transição em curso no desenvolvimento brasileiro, pode gerar no imaginário social o efeito de uma gigantesca empresa demolidora.

    Marretas sabidas golpeiam dia e noite a confiança erigida ao longo de uma década de construção negociada da democracia social no país.

    O desafio progressista é fazer o contraponto desse desmonte.

    Mesmo ao ceder no varejo –quando inevitável– é crucial reafirmar as linhas de passagem no atacado e distinguir um projeto de desenvolvimento da mera contabilidade pró-mercados.

    O quadro latino-americano e mundial sinaliza uma inflexão de tempo histórico.
    Não por acaso o site de O Globo desta 5ª feira editava como irmãs siamesas as imagens dos conflitos em Caracas e em Kiev.

    A mensagem é nada sutil: afrontar o mainstream leva ao caos.

    Não por coincidência, no mesmo dia, Obama emitia ordens imperativas a Maduro e ao governo da Ucrânia.

    Mitigada a crise no front interno das nações ricas, cuida-se de restabelecer a ordem nos quintais indóceis.

    É nesse ponto que o timming das ações do governo – de qualquer governo – faz enorme diferença na reordenação em marcha da correlação de forças.

    Cada gesto, cada decisão, cada anúncio adquire uma dimensão estratégica; a forma como as providências são comunicadas, ademais de sua projeção e escopo mais geral, sobre o qual não pode pairar dúvida , ganha importância decisiva na disputa pelos corações e mentes da sociedade.

    Uma crise de incerteza tem um tempo certo para ser abortada, ou derrotará o governo –a produção, o emprego e o imaginário social.

    Os tempos são outros; a globalização tornou tudo mais difícil, alega-se.

    E é verdade.

    Mas é verdade também que a lógica dos mercado não vai resolver os problemas que ela mesma criou.

    Não se pode amesquinhar o único espaço no qual esse poder imperial se defronta com um outro de igual para igual: a luta política na democracia.

    O governo Dilma disse aos mercados nesta 5ª feira como pretende zelar pelos seus interesses.

    É preciso que diga, a partir de agora — e de forma contundente na campanha— como um novo mandato progressista vai construir hegemonia dos interesses sociais mais amplos na travessia para o novo ciclo de desenvolvimento brasileiro.

    http://www.cartamaior.com.br/?/Editorial/Quem-da-mais-/30311

  7. Estava lendo em outro site que o Brasil gasta por ano quase 5 bilhões de reais por ano com essas pensões!! Cara, falar o que?
    De vez em quando aparece uma nota de um militar aposentado reclamando do governo, mas eles criaram um monstro que devora uma grande parte de suas verbas, e aí como é que fica???
    É triste!

    • Vão esperar que as mulheres morram para diminuir custos, mas porque não se investiga, se essas mulheres tiverem união estável com ou sem papel é casamento – bem vale quando é para a mulher pedir pencão e metade do que é do paceiro -, será que não seria prudente investigar e quem saber reduzir esses 5 bilhões para quem sabe 100 mil?

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