A crise por si na Ucrânia é gravíssima. Na lição básica de geopolítica (que mesmo os iniciados precisam relembrar), o país está no limbo, empacado na encruzilhada, é epicentro hoje de um conflito (quase um choque de civilizações) entre União Europeia e a Rússia. E para quem esqueceu a lição básica da história recente, a crise explodiu no final do ano passado quando o presidente ucraniano Viktor Yanukovich deu para trás e não assinou acordos de cooperação comercial e política com Bruxelas por instigação (e amaciado por um pacote bilionário de ajuda) do nosso homem em Moscou, Vladimir Putin.
E a escala de gravidade aumenta ainda mais por envolver o país do homem, um país absorto na missão quixotesca de restaurar glórias passadas, com Putin achando que “pode” com o Ocidente (e não há dúvidas que em algumas situações ele pode mesmo). Aqui não se trata de obsessão com Putin (existe esta impressão, hehehe?), mas da constatação de que é impossível falar de Ucrânia sem falar de Rússia. A partir de agora, eu posso passar a palavra para a inestimável Julia Ioffe (que já deveria estar recebendo parte do meu salário).
A última vez que tanta gente protestou em Kiev (embora não tenha ocorrido a atual escalada de violência) foi há nove anos na mobilização que derrubou o familiar Viktor Yanukovich que fora eleito com fraude (mais tarde, ele voltou num pleito mais limpo, mas esta é outra longa história). As manifestações de então se inseriram no contexto de revoluções coloridas no ex-bloco soviético (a ucraniana foi a laranja), mas muito mais estava em jogo em Kiev.
A cidade é berço da civilização russa. Para Putin, como lembra Julia Ioffe, a Ucrânia é uma província russa e não um país que se tornou independente com o fim da Guerra Fria. Com a encrenca ucraniana, Putin criou o bizarro conceito de “democracia administrada” (conceitos do tipo são inventados por milicos e ditadores). O conceito significa manter alguns penduricalhos da democracia, mas tudo nos “nossos” termos. Democracia para valer, nunca. Democracia, afinal, é instabilidade, desordem e, imagine, o outro pode ganhar o poder.
Protestos pró-democracia são o pesadelo para Putin, um terrível exemplo. Ainda por cima, quando ele considera que por trás da mobilização está o Ocidente tentando impor seu modo de vida e seus valores. Na expressão de Julia Ioffe, se acontece em Kiev, pode acontecer em Moscou. Por esta razão, Putin ceifa o “mal” pela raiz. Isto aconteceu no inverno russo de 2011/2012 na sua volta para o terceiro mandato presidencial. As manifestações na ocasião não iriam derrubar o seu regime, mas quando começam podem virar bola-de-neve, uma primavera democrática.
A prova está neste inverno ucraniano de 2013/2014. As manifestações eram pacíficas no começo e o governo deixou rolar. E como não? A Ucrânia não é uma mera “democracia administrada”. É uma democracia caótica em um país com uma classe política corrupta e incompetente (e não apenas no governo). O protesto cresceu e o governo passou a reprimir. Muitos manifestantes literalmente botaram para quebrar, com a ajuda de grupos oposicionistas fascistas e agentes provocadores (na típica narrativa russa, o protesto é obra basicamente de golpistas fascistas).
Chega um momento em que um dirigente acuado, como Yanukovich, mistura pancada com acenos conciliatórios. Na quarta-feira à noite, por exemplo, ele anunciou uma trégua e a disposição de mais uma vez negociar com líderes da oposição, que controlam cada vez menos a massa nas ruas. O anúncio foi feito depois de um dia de pressões ocidentais e movimentações rumo a sanções contra o governo ucraniano. Fica flagrante a fragilidade do presidente. E, assim, sua legitimidade é corroída. Quanto mais ele negocia, mais a oposição pede. Para Putin, é penoso ajudar este tipo de gente. Seu estilo de poder é outro.
O tom de Julia Ioffe é tenebroso. Ela diz que Putin acompanha com horror a degringolada ucraniana, um cenário inadmissível para o presidente russo. Houve a farsa de algumas concessões antes dos Jogos Olímpicos de Sochi (como a libertação de presos políticos), mas aí está Putin, apertando cada vez mais os parafusos. O que restou de imprensa livre está sendo estrangulada.
Traumatizado pelo colapso soviético há 25 anos, Putin não medirá esforços para assegurar a estabilidade de sua “democracia administrada”. Ele vai putinar ainda mais. Também tenebroso é o cenário em Kiev. Saberemos em breve até que ponto Putin estará disposto a intervir e qual será a reação ocidental, com a trégua firmada na quarta-feira destroçada pela realidade, em questão de horas.
O fantástico Caio Blinder e mais um de seus artigos medíocres onde mistura torcida e pseudoargumentação.
Fora do Manhatan Conection ele não vale o ar que respira.
Aliás, não estaria na hora de apresentar artigos mostrando o contraditório nos casos da Venezuela e da Ucrânia?
Concordo com vc Roberto,o Caio Blinder é o exemplo do anão que se acha gigante,tem uma arrogancia impar,ele é o dono da verdade,ele e o Diogo matam o programa.
Veja o que é o “jornalismo imparcial”. A menor taxa da história e “o desemprego avança”!
Título do Estadão: “Taxa de desemprego avança e fecha janeiro em 4,8%”
O IBGE divulgou a taxa de desemprego em janeiro.
4,8%, a menor já registrada em toda a história, disparado.
Mas isso não impediu o Estadão de manchetear o que você está lendo na ilustração.
É obvio que o período de Festas emprega mais.
Até minha turma de faculdade arranjava bico de vendedor na Sears e na Mesbla para arrumar algum para viajar.
Mas é preciso sustentar a ideia do caos.
Afinal, vai que o pessoal, em vez de acreditar no jornal, acredite mais no cartaz do mercado aqui perto de casa.
“Precisa-se de repositor, deposista e operadora de caixa”.
Deve ser um gerente “comunista” que está fazendo isso.
Do contrário teríamos de achar que se pratica estelionato jornalístico por razões políticas, não é?
Ou que um jornal acredita que seus leitores são burros o suficiente para ser enganados por um título.
http://tijolaco.com.br/blog/?p=14311
PS: É essa a nossa imprensa imparcial….
MENTIRA DA VEJA SOBRE MÉDICAS CUBANAS
Nesta segunda-feira (17), um jornal regional de Jaraguá do Sul, Santa Catarina, “O Correio do Povo”, divulgou uma reportagem da colunista e editora de política Patricia Moraes, desmentindo a matéria da Veja que denunciava suposta pressão do governo cubano e do Ministério da Saúde em manter os médicos da ilha no Brasil.
A matéria da Veja afirmava que Vivian Isabel Chávez Pérez, uma “capataz”, teria ameaçado duas médicas cubanas e conseguiu mantê-las em Jaraguá do Sul. Uma das médicas citadas pela revista é Yamile Mari Min.
A colunista visitou Yamile, que está no posto de saúde do Bairro Santa Luzina, na cidade. Ela disse que foi procurada por Veja, mas que se negou a falar por já saber que parte da mídia está tratando o assunto com direcionamento político.
“Eu e todos os médicos cubanos sabíamos quanto iríamos ganhar ao vir ao Brasil. Ninguém é obrigado a nada, a gente se inscreve sabendo de tudo. Eu estou aqui para ajudar o meu país”, disse Yamile Mari Min um pouco mais a vontade, depois do temor e desconfiança que a reportagem da Veja gerou na médica.
Outra profissional que desmentiu a matéria para o jornal de Jaraguá do Sul foi Nádia Silva, a coordenadora de Atenção Básica da cidade, que segundo a reportagem da Veja, teria dito: “(elas) sofreram um impacto psicológico muito grande por causa dessa diferença de tratamento (salário). Não havia uma semana que não reclamassem das dificuldades de viver aqui”.
Nádia contestou a publicação. “Na verdade saiu tudo diferente do que a gente falou. Não sei se eles tinham um interesse com a matéria, mas estamos muito chateados”. Ela admitiu que, em dezembro, duas médicas pensaram em deixar o município, mas acredita que por dificuldade e estar longe da família e amigos.
Também o secretário de Saúde, Ademar Possamai (DEM), desmentiu o caso. Ele disse que, em dezembro, as médicas estavam com dificuldades de adaptação e quase chegaram a se desligar, mas o problema foi solucionado depois que o Ministério da Saúde entrou em contato com elas.
http://altamiroborges.blogspot.com.br/2014/02/mentira-da-veja-sobre-medicas-cubanas.html
PS: Em pensar que muito antes da internet eu era assinante!
Relembrando:
Naspers é um grupo racista da África do Sul que se associou à Abril, que edita a revista Veja; Fox é a emissora ultradireitista dos Estados Unidos que mente, distorce e manipula informação.
Os “libertários” que não queimam a bandeira americana, mas ateiam fogo à imagem do Pelé
Pelé, fora de campo, nunca foi santo de minha devoção. Já disse muita besteira e muita coisa correta, como tanta gente já fez. Mas, 40 anos depois de deixar os gramados, é impressionante como ainda é uma figura reconhecida e querida pelo mundo afora. Na prática, virou há meio século um símbolo do Brasil.
Não foi à imagem do cidadão Edson Arantes do Nascimento que este panaca da foto ateou fogo ontem, numa manifestação que reuniu 300 pessoas (“O País em Protesto”, como diz a Folha) em Porto Alegre. Foi ao Pelé que todo mundo gosta, o Pelé do futebol. Nos protestos, há décadas, volta e meia alguém, mais radical, punha fogo numa bandeira americana.
A gente evitava, ninguém queria ofender o povo americano, mas aquilo era um grito contra o império, contra a dominação. Mas os nossos coxinhas são diferentes. Protestam contra a Copa, mas não protestam contra a sangria dos juros que o mercado nos impõe e que leva, todo ano, oito ou nove vezes o gasto com a Copa, no cálculo mais modesto.
Carregam cartazes “Dilma=Maduro”, um presidente eleito que se está tentando derrubar.
E ateiam fogo a uma imagem do Pelé.
Depois, vão dizer que são “libertários” e “pacíficos”. Quando são intolerantes e belicosos. Eles acordaram a direita fascista brasileira. Que não queima bonecos, mata pessoas. Não adianta que um ou outro dos que fazem parte disso digam que não concordam.
É isso o que se pôs em marcha, querendo ou não.
Quem quiser se confundir, que se confunda.
Talvez só descubra tarde demais.
PS. Reparem que a foto, tirada por Carlos Macedo, da Zero Hora, não foi parar nos jornais em geral. A mídia sabe que é uma imagem que repugnaria os brasileiros, não vai ela “queimar” assim os seus prestimosos filhotes.
http://tijolaco.com.br/blog/?p=14337
O comentarista Nascimento conseguiu a façanha de juntar quatro comentários sem correspondência com o tópico do artigo acima: Ucrânia e Putin. Ou seja, totalmente fora de foco.
Isso é enganar o leitor que está de boa fé… Que espera alguma coerência na falta de alguma boa ideia ou informação.
Eita!
Na realidade com os meus posts, chamo atenção para suposta “imparcialidade da imprensa empresa”. Por causa disso que existe Lei de Médios na Inglaterra (caso Rupert Murdoch)
Não a toa que empresas como Estadão e Veja estão a venda….
Que bosta de texto… Não informa, desinforma, além de estar eivado de opiniões rasteiras, típicas de um escolar do ensino médio…
Se você quer saber o que se passa na Ucrânia, procure os seguintes autores:
Pepe Escobar;
Paul Craig Roberts,
M. K. Bradakumar…
O primeiro é um colunista e repórter de campo que dispensa apresentações. É brasileiro. O segundo é um economista, liberal, responsável pela política economica da era Reagan, e o terceiro é um ex-diplomata graduado da Índia.
Além destes existe um observador, que escreve protegido por um pseudônimo, “The Saker”, cujo ultimo texto sobre a Ucrãnia é muito mais informativo, honesto, direto e explícito do que o texto horrível e dispensável de Veja, acima.
Aqui está o link:
http://vineyardsaker.blogspot.com.br/2014/02/the-geopolitics-of-ukrainian-conflict.html
O mesmo texto em português, traduzido pelo coletivo da Vila Vudu:
http://redecastorphoto.blogspot.com.br/2014/02/geopolitica-do-conflito-ucraniano-de.html
Se você quer se informar, procure então o Redecastorphoto. É o único lugar onde se pode encontrar na língua portuguesa aquilo que acontece no mundo, e que a mídia corporativa faz questão de lhe esconder.
😉
Pepe Escobar;, Paul Craig Roberts, M. K. Bradakumar… RSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRSRS…. se seguirmos esse seu conselho, deixamos de consumir bosta e passamos a usa-la como perfume, pois esses três são essência de merda… que mente mais deturpada !!!…
Só para terminar, vejam só…
A Rússia independe da Ucrânia, a Ucrânia depende da Rússia, que lhe é consumidora dos seus produtos agroindustriais e manufaturados.
A proposta da UE era típica… A Ucrânia entraria com a bunda… A proposta europeia preconizava um empréstimo de apenas 700 milhões de Euros, com juros comerciais, e um acordo aduaneiro, onde os produtos subsidiados da UE poderiam entrar no mercado ucraniano a salvo de taxas…
A Rússia, que entre outras coisas mantém de pé a indústria aeroespacial ucraniana, bem como a automotiva, ofereceu a compra de 15 bilhões em US$ Dolar em títulos da dívida ucraniana, além de preços subsidiados para o consumo de gás…
Não interessa à Rússia a atual bagunça… Mas, aos saqueadores europeus e americanos, para variar…
Use o cérebro e ligue os pontos. O texto de Veja é uma agenda do Departamento de Estado… Compra quem quer, ou é cego.
Esqueça, comuna… a URSS nunca mais existirá… para seu amargor… 🙂
VEJA DESCOBRE QUE BRASIL NÃO ACABOU E PEDE: SORRIA!
Há bons empregos à frente, diz a publicação; capa desta semana pode representar um momento de inflexão de uma empresa mergulhada em profunda crise econômica; comandada por Fábio Barbosa, editora colocou à venda Abril Educação para tentar salvar a área de revistas; recentemente, Barbosa também esteve em Brasília, pediu socorro oficial e não foi atendido; migração da publicidade para plataformas digitais atinge duramente a Abril, que estuda fechar revistas e concentrar seus esforços apenas nas marcas mais importantes, como Veja e Exame; o Brasil vai bem, a Abril vai mal
22 DE FEVEREIRO DE 2014 ÀS 08:09
247 – A capa deste fim de semana da revista Veja surpreende um leitor acostumado a receber da publicação, quase sempre, uma imagem negativa do País. Veja pede ao leitor que sorria. E mais: afirma que existem bons empregos à frente. Num país em pleno emprego, que fechou janeiro com a menor taxa de desocupação da história, com apenas 4,8% das pessoas em idade ativa fora do mercado do trabalho, Veja se curva ao óbvio: o Brasil vai bem, obrigado.
O que não significa, porém, que a Editora Abril, que edita Veja, esteja em boa saúde. Ao contrário. Mergulhada em profunda crise financeira, a empresa da família Civita colocou à venda sua “galinha dos ovos de ouro”, a Abril Educação, que reúne sistemas de ensino e escolas de inglês como o Red Balloon e a Wise Up – esta última, comprada por valores exorbitantes, é uma das causas da crise. Com esses recursos, a Abril pretende socorrer suas divisão de revistas, que sofre com a migração da publicidade de meios impressos para publicações digitais.
Com a capa desta semana, Veja transmite uma mensagem ao poder. Talvez, uma bandeira branca, ao reconhecer que a situação econômica do País não é desastrosa como foi pintado em capas recentes da revista – quem não se lembra, por exemplo, da célebre “Dilma pisou no tomate”?
O esforço de diplomacia é uma das estratégias de Fábio Barbosa, executivo que comanda a gestão da empresa. Recentemente, ele foi a Brasília e pediu ajuda de bancos oficiais para uma operação que ajudaria a recuperar a saúde financeira da companhia. A resposta foi negativa. Ao que tudo indica, a Abril terá que se virar com as próprias pernas.
Mas há uma clara inflexão editorial nas páginas de Veja, cujo objetivo parece ser o de transmitir sinais de uma possível pacificação. O que se torna ainda mais necessário num momento em pesquisas mostram o enfraquecimento das revistas num mundo em que as pessoas se informam cada vez mais por outros meios – especialmente a internet.
Fábio Barbosa estendeu a bandeira branca. Resta saber se será atendido e até quando irá durar a trégua.
http://www.brasil247.com/pt/247/economia/131086/Veja-descobre-que-Brasil-n%C3%A3o-acabou-e-pede-Sorria!.htm
PS: Por que não faz uma vaquinha entre os simpatizantes?
KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK!
O texto de Caio Blinder é irretocável. Em linguagem simples e clara ele desnuda os focos de tensão na Ucrânia que culminaram na destituição do Presidente – Capacho Yanucovich. Ainda assim, vimos aqui infrutíferas tentativas de desqualificar o texto. Pior: ainda fazendo menção à risíveis comentaristas da esgotosfera esquerdalha.
Ilya Ehrenburg
22 de fevereiro de 2014 at 1:04
Só para terminar, vejam só…
A Rússia independe da Ucrânia, a Ucrânia depende da Rússia, que lhe é consumidora dos seus produtos agroindustriais e manufaturados.
A proposta da UE era típica… A Ucrânia entraria com a bunda… A proposta europeia preconizava um empréstimo de apenas 700 milhões de Euros, com juros comerciais, e um acordo aduaneiro, onde os produtos subsidiados da UE poderiam entrar no mercado ucraniano a salvo de taxas…
A Rússia, que entre outras coisas mantém de pé a indústria aeroespacial ucraniana, bem como a automotiva, ofereceu a compra de 15 bilhões em US$ Dolar em títulos da dívida ucraniana, além de preços subsidiados para o consumo de gás…
Não interessa à Rússia a atual bagunça… Mas, aos saqueadores europeus e americanos, para variar…
Use o cérebro e ligue os pontos. O texto de Veja é uma agenda do Departamento de Estado… Compra quem quer, ou é cego. ===== Essa quantia q a UE ofereceu seria q nada;já os russos faria a diferença e sem falar q o gás está “ainda” subsidiado p à Ucrânia…Se os interesse Russos forem abalados isso acaba e o novo governo cai.Quem viver verá.sds.
A Rússia é o verdadeiro amigo urso, ninguem quer ficar perto.