Morre aos 85 anos em Tel Aviv – Ariel Sharon ex-premiê israelense

O ex-primeiro-ministro israelense Ariel Sharon estava em coma desde que sofreu um derrame em 2006 – Foto: Getty Images

O ex-primeiro-ministro israelense Ariel Sharon morreu neste sábado, aos 85 anos, em Tel Aviv, segundo o “canal 1” da televisão israelense e a rádio do exército de Israel. Um dos políticos mais prestigiados e ao mesmo tempo controvertidos da história do país, Sharon morreu no hospital onde estava internado há oito anos em coma. Até o momento, não há uma confirmação do hospital Sheba, onde Sharon era tratado, mas um porta-voz da instituição anunciou um pronunciamento para as 15h (11h de Brasília).

A saúde de Sharon, que estava em coma desde que há oito anos sofreu um derrame cerebral, começou a se deteriorar há dois meses e meio, e nos últimos dias ele sofreu uma insuficiência renal que afetou vários de seus órgãos vitais.

Sharon foi o idealizador de um grande projeto, o de fixar as fronteiras de Israel, algo que poderia ter modificado o rumo do conflito israelense-palestino. Em estado vegetativo após um derrame cerebral em 4 de janeiro de 2006, Sharon nasceu em 27 de fevereiro de 1928 na Palestina sob mandato britânico e foi o braço direito do fundador histórico da direita nacionalista, Menahem Begin, que chegou ao poder em 1977, antes de revolucionar o panorama político israelense.

Como nenhum outro dirigente, este homem com fama de “falcão” colocou sob suspeita o sonho do “Grande Israel” ao ordenar a retirada da Faixa de Gaza, em 2005, após 38 anos de ocupação. Até então ninguém havia se atrevido a tocar na política de colonização para desmantelar assentamentos. Sharon concluiu que Israel tinha que renunciar a manter todos os territórios conquistados na guerra de 1967 se desejava continuar sendo um “Estado judeu e democrático”.

Ele queria a separação dos palestinos, mas segundo as condições de Israel. Esta era a missão histórica que pretendia realizar. Pouco depois de seu derrame, o homem forte de Israel passou a cair no esquecimento, preso a uma cama de hospital e velado pela família. O nome era citado de maneira esporádica pela imprensa

Com informações de agências internacionais.

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Fonte: Terra

Ariel Sharon – Relembre sua trajetória

Chamado de ‘bulldozer’ pelo estilo e pelo físico, o político israelense teve uma carreira de sucesso, mas também controversa, durante mais de meio século.

Obra de arte retrata o ex-primeiro-ministro de Israel Ariel Sharon em coma deitado em uma cama de hospital, na galeria Kishon, em Tel Aviv – Foto: Nir Elias / Reuters

O ex-primeiro-ministro israelense Ariel Sharon, que morreu neste Sábado, aos 85 anos, depois de passar oito anos em estado de coma, foi o idealizador de um grande projeto, o de fixar as fronteiras de Israel, algo que poderia ter modificado o rumo do conflito israelense-palestino.

Em estado vegetativo após um derrame cerebral em 4 de janeiro de 2006, Sharon nasceu em 27 de fevereiro de 1928 na Palestina sob mandato britânico e foi o braço direito do fundador histórico da direita nacionalista, Menahem Begin, que chegou ao poder em 1977, antes de revolucionar o panorama político israelense.

Como nenhum outro dirigente, este homem com fama de “falcão” colocou sob suspeita o sonho do “Grande Israel” ao ordenar a retirada da Faixa de Gaza, em 2005, após 38 anos de ocupação. Até então ninguém havia se atrevido a tocar na política de colonização para desmantelar assentamentos.

O mais surpreendente foi a decisão ter partido daquele que foi o paladino da colonização. Mas Sharon concluiu que Israel tinha que renunciar a manter todos os territórios conquistados na guerra de 1967 se desejava continuar sendo um “Estado judeu e democrático”.

Trajetória militar

Algumas decisões provocaram o ódio dos palestinos, a irritação da comunidade internacional e muitas críticas em Israel. Mas com a retirada de Gaza recebeu muitos elogios.

Antes, ele havia sido um chefe de guerra implacável. Quando era ministro da Defesa, Israel executou em 1982 uma interminável e desastrosa invasão do Líbano para tentar expulsar Yasser Arafat, o dirigente histórico palestino.

Uma investigação oficial o declarou culpado de não ter previsto nem impedido os massacres cometidos nos campos de refugiados de Sabra e Chatila em setembro de 1982 por uma milícia cristã aliada de Israel. Sharon teve que renunciar ao cargo.

Perfil

Ariel Sharon, um personagem impetuoso e tenaz, com físico imponente e humor mordaz, pouco cuidadoso com o financiamento das campanhas eleitorais, deu as costas em novembro de 2005 ao Likud para criar o partido de centro Kadima, enquanto planejava outras retiradas da Cisjordânia.

Nascido em uma família procedente da Bielorrússia, Ariel Sharon mostrou durante a longa carreira no exército, iniciada aos 17 anos e onde foi ferido em duas ocasiões, um gosto pelos métodos expeditos.

À frente da unidade 101 dos comandos e depois das unidades de paraquedistas, liderou operações de punição, a mais violenta terminou em 1953 com a morte de quase 60 civis na localidade palestina de Kibia.

Em 1969, Sharon debilitou por muito tempo a resistência palestina em Gaza com operações dos comandos.

Durante a guerra de outubro de 1973, voltou a demonstrar suas capacidades militares ao atravessar o canal de Suez e cercar o exército egípcio com uma manobra ousada.

A segunda Intifada

Em 28 de setembro de 2000, sua visita à Esplanada das Mesquitas em Jerusalém Oriental, terceiro local sagrado islã, provocou indignação. No dia seguinte explodiu a segunda Intifada.

Mas Sharon considerou a situação apenas uma pequena batalha de uma “guerra de 100 anos” contra o sionismo e Israel. Com a promessa de esmagar a revolta palestina, foi eleito de maneira triunfal primeiro-ministro em 6 de fevereiro de 2001 e reeleito em 28 de janeiro de 2003.

Ele queria a separação dos palestinos, mas segundo as condições de Israel. Esta era a missão histórica que pretendia realizar.

Pouco depois de seu derrame, o homem forte de Israel passou a cair no esquecimento, preso a uma cama de hospital e velado pela família. O nome era citado de maneira esporádica pela imprensa

AFP

 

Fonte: Terra

 

21 Comentários

  1. por LUCENA
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    Hoje ele se encontra do lado de Ronald Regan;Margaret Tatcher;Yaser Araft,Sadan Hussei,Garrastazul Medis,Carlos Marighella,Augusto Pinochet;Costa e Silva;Ghadaf;…tec.
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    Todos de mãos dadas ou melhor,abraçados como irmãos…rsrsrsr…que castigo maior do que esse,onde todos eles vão ter se suportarem pela interinidade…hhahahah..
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    Esse é o que o destino de todos os americanófilos e sionistas..hahahha….o inferno.
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    Os comunistas, não vão para o inferno porque até o diabo os detesta;já os socialistas, vão para o céu viver com os Ajos pois, sabem viver em fraternidade;que é o caso dos capitalistas,estes não aguentariam dividir o maná com os outros,ao contrário,eles extorquia e causariam outra desordem para particar golpes de estado no paraisso….Hehheheh

    • por LUCENA
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      Hoje ele se encontra do lado de: Ronald Regan;Margaret Tatcher;Yaser Araft,Sadan Hussei,Garrastazul Medis,Carlos Marighella,Augusto Pinochet;Costa e Silva;Ghadaf;…tec…. 😉
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      Todos de mãos dadas ou melhor,abraçados como irmãos…rsrsrsr…que castigo maior do que esse,onde todos eles vão ter se suportarem pela interinidade…hhahahah..
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      Esse é o que o destino de todos os americanófilos e sionistas..hahahha….o inferno. 🙂
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      Os comunistas, não vão para o inferno porque até o diabo os detesta;já os socialistas, vão para o céu viver com os Anjos pois, sabem viver em fraternidade;que não é o caso dos capitalistas,estes não aguentariam dividir o maná com os outros,ao contrário,eles extorquiria os Anjos e causariam outra desordem para particar golpes de estado no paraisso….Hehheheh… 🙂 😀

    • Por que coitado $ Se na terra povoada por oxiuros existisse pessoas com apenas 10% da capacidade e patriotismo deste heroi, nao estaria na dependenncia de terceiros e sendo continuamente parasitada ! Mas esperar uma atitude sensata de um pedicao que ODEIA e discrimina outros brasileiros nascidos em MINAS GERAIS eh pedir demais ( deu ate rima )kkkkkkkkk

      • teropodre ,troçopodre ,ou TREMpodre ,rsrs
        odeia e discrimina outros brasileiros ???? você com certeza esta falando de você !!!!
        não passa de um criagem do trollogia ,fraco pra caramba .

  2. “Pouco depois de seu derrame, o homem forte de Israel passou a cair no esquecimento, preso a uma cama de hospital e velado pela família. O nome era citado de maneira esporádica pela imprensa”

    Senhor Ariel Sharon, pergunto-lhe: valeu a pena? 🙂

    • TUDO VALE A PENA ,QUANDO A ALMA NAO EH PEQUENA (F,pessoa),E quando se trata da pessoa de Sharon ai eque esta frase faz sentido, foi um icone mundial, seus feitos foram elogiados na epoca ate pelos sovieticos, o cara prestou um grande favor ao seu estado ,o povo israelense tem orgulho deste bulldog . A morte esta pra todos , alguns passam pela vida levantando poeira e fazendo historia, achar que seus feitos patrioticos deixaram de ser importantes apenas porque ele sofreu um derrame eh de uma idiotice digna de esquerdoburros, todos os estamos sujeitos a estes acontecimentos, ate vermes esquerdopatas sao vitimas desta enfermidade ,BOA VIAGEM !!!!

      • “Pouco depois de seu derrame, o homem forte de Israel passou a cair no esquecimento, preso a uma cama de hospital e velado pela família. O nome era citado de maneira esporádica pela imprensa”

        Senhor Ariel Sharon, pergunto-lhe novamente: valeu a pena? 🙂 🙂 🙂 🙂

      • Caro André, qntos não fizeram o que tinham que fazer em prol dos seus e não foram reconhecidos… a sua pergunta não é pertinente… não nessa questão… se bem que acho que Sharon foi reconhecido sim, por aqueles que defendeu… mas isso não é problema nosso…

  3. À frente da unidade 101 dos comandos e depois das unidades de paraquedistas, liderou operações de punição, a mais violenta terminou em 1953 com a morte de quase 60 civis na localidade palestina de Kibia.

    Em 1969, Sharon debilitou por muito tempo a resistência palestina em Gaza com operações dos comandos. ==== Sabra e Chatila,os + de 2000 Palestinos mortos, e ninguém foi punido até hj…Vai começar a festa.:-) Sds.

    • Logicamente , os derrotados irao comemorar, mas o cara nao era eterno, a morte esta ai pra todos e quanto aos civis palestinos mortos,kkkkk, danos colaterais macaco, que culpa teve os israelenses se os combatentes palestinos sao COVARDES ,se cagando todo quando os filhos de JACO caminham em suas direçoes, ainda nao inventaram fraguimentes e projeteis inteligentes, quando isto for possivel os civis utilizados como escudo sofreram menos , no mais deixemos de ser papagaios de pirata !

  4. Comemorem dancem,gritem, afinal aos derrotados so resta isto , porque quando o CARA tava vivo ele cansou de dar passa muleque nos beduinos , no mano a mano nao tinha pra beduino algum !

    • com certeza comeu pequi estragado quando era criança !!!!!
      ta com peninha do shaton faz o seguinte antes de enterrarem aquele esterco pede para abrir o caixão e pede para ser enterrado junto com ele rsrsrs
      vou ser sincero você não fara falta !!!

  5. Caio Blinder escreveu brilhante artigo sobre Sharon:

    11/01/2014 às 10:55 \ Ariel Sharon
    Ariel Sharon (1928-2014)

    Jonathan Freedland escreveu com propriedade no jornal britânico The Guardian: Ariel Sharon passou os últimos oito anos no limbo, entre a vida e morte, depois do derrame de 4 de janeiro de 2006. A imoblidade e o estado de ambivalência não combinavam com este homem resoluto, de ação, do tudo ou nada e que gerava ódio ou admiração. Sharon era o açougueiro de Beirute, aquele que deu sinal verde para as milícias cristãs (os falangistas) massacrarem palestinos nos campos de refugiados de Sabra e Shatila em 1982. Era também Arik, o rei de Israel.

    Eu, soldado desde a infância do sionismo de esquerda, cresci com ódio de Sharon, embora ele fosse afilhado do meu herói, David Ben-Gurion, o pai da independência de Israel. Sharon é um dos últimos a partir da geração dos guerreiros da independência em 1948, combatente de ousadas campanhas militares, mas também de guerras sujas, de massacres de palestinos e patrono das colônias judaicas nos territórios ocupados, que deixaram de ter propósitos meramente estratégicos para se tornarem um delírio nacionalista e religioso.

    Como outro integrante desta geração, Yitzhak Rabin (o primeiro-ministro assassinado por um extremista judeu de direita em 1995), Sharon fez a transição de soldado implacável para estadista, quem sabe até para profeta da paz. Meu ódio se transformou em perplexidade e mesmo admiração com esta guinada de Sharon. No essencial, ele nunca mudou: a defesa de Israel antes de tudo, mas com a madura, fria e honesta constatação de que o fardo da ocupação era muito pesado. Corajoso e implacável, Sharon, o primeiro-ministro, empreendeu a retirada unilateral da faixa de Gaza em 2005.

    Sharon olhava para frente. Dizia-se que ele não parava no sinal vermelho. Sharon assumia os riscos sem hesitação. E este homem resoluto foi mais uma vez para frente (certa vez na guerra, cruzou o canal de Suez) quando reconheceu que a ocupação não poderia continuar. Quem mais tinha tanta credibilidade para dar esta guinada? A direitona israelense ficou com ódio de Sharon (o meu já tinha sido sufocado) e os palestinos e sua claque internacional também preferem ficar imobilizados na sua narrativa sobre o açougueiro, o assassino, o carrasco, mas Sharon deu a guinada por amor a seu país e ao seu povo. Só os judeus deveriam controlar o seu destino, mas não poderiam fazer isto controlando outro povo. O general construtor de assentamentos foi à luta para destruí-los. Sempre fazendo justiça ao apelido de “bulldozer”.

    Sharon não era um hippie geopolítico. Seu curso de ação para o desengajamento nos territórios foi modesto. Ele topou o desmantelamento de todos os 21 assentamentos de Gaza, mas apenas de quatro na Cisjordânia. Mais adiante, quem sabe mais desmantelamentos. Mas, já foi um divisor de água em Israel. Falava-se até em guerra civil em 2005 (e não vamos esquecer que dez anos antes Rabin fora assassinado por um judeu), mas Sharon era um visionário com os pés no chão. Ele impediu que as coisas fossem para o espaço ou que o lobby dos colonos revertesse sua decisão histórica em Gaza. Os passos mais ousados rumos à paz, do lado israelense, foram dados por calejados generais como Rabin, Sharon (e também Ehud Barak).

    O combatente que improvisava no campo de batalha (e também na política) passou a ver as coisas de forma menos dogmática, conforme diz David Landau que este mês publicará a biografia “Arik”. O militar que muitas vezes desacatava autoridades e descumpria ordens, rendeu-se à realidade e disparou para o centro. Sharon novamente se rebelou, abandonou o direitista partido Likud (do atual primeiro-ministro Benjamin Netanyahu) e fundou o Kadima, que em hebraico significa à frente. Sharon venceria facilmente as eleições quando foi derrotado pela derrame. Hoje, o Kadima é um partido anêmico, embora voz vigorosa a favor do processo de paz e integrante da coalizão de governo liderada por Netanyahu.

    Um tarimbado jornalista israelense, Ben Caspit, definiu bem Sharon, o guerreiro-estadista. Ele concluiu que a força de Israel não estava no tamanho do seu território, mas na sua legitimidade, na sua coesão interna e na sua aliança com os EUA (mais difícil com a Europa). Para muita gente, Sharon se tornava uma voz que pregava no deserto, um profeta equivocado. Esta gente está equivocada. O resultado da retirada de Gaza foi o terror do Hamas e seus foguetes. Mas isto não invalida a visão estratégica de Sharon.

    Os líderes palestinos que amadureçam como o general-estadista israelense. Na sua visão realista e coragem, Sharon ainda não foi acompanhado pelo outro lado. Será preciso muita paciência. A história do Oriente Médio não se mede por um punhado de anos. Hoje o cenário está desolador. Os palestinos têm líderes venais e Israel, medíocres como Netanyahu.

    O Oriente Médio precisa de Mandelas ou pelo menos de bulldozers nativos como Ariel Sharon.

    http://veja.abril.com.br/blog/nova-york/ariel-sharon/ariel-sharon-1928-2014/

  6. Sharon é considerado um criminoso de guerra por diversos cientistas políticos e defensores da resistência palestina e da libanesa, principalmente, mas não apenas, pelos massacres nos campos de refugiados palestinos de Sabra e Chatila, no Líbano, durante a invasão israelense ao país, em 1982, quando era ministro da Defesa.

    Os ataques, perpetrados sobretudo por milícias da extrema-direita libanesa, foi amplamente denunciado como facilitado e até acompanhado pelas tropas israelenses sob o comando de Sharon. Além disso, outros episódios de violência extrema como no campo de refugiados de Jenin, em 2002, por exemplo, somam à lista de atos pelos quais os palestinos esperavam ver Sharon responder criminalmente.

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