O disparo de um mito

Ekaterina Turicheva

Os fuzis da série AK foram reconhecidos como os melhores do mundo e incluídos na lista de invenções mais proeminentes do século 20.

Entenda a razão da popularidade sem precedentes do fuzil de assalto Kalashnikov e de seu criador, e como ele influenciou o mercado mundial de armas de fogo.

O fuzil Kalashnikov, junto com o avião dos irmãos Wright e carro Ford, foi reconhecido como uma das três grandes invenções do século 20 que mudaram radicalmente a história da humanidade. Os rifles da série AK são a arma mais difundida no mundo. Nas suas várias versões modificadas, ele é a base do armamento de pequeno porte de dezenas de países. Tal escala de produção foi lhe proporcionado por suas incomparáveis características de combate​​.

Mikhail Kalashnikov alcançou a combinação ideal de uma série de características que garantem a alta eficácia do fuzil e sua segurança excepcional em combate. Entre elas estão a facilidade de montagem e desmontagem do mecanismo, sem praticamente nenhum encaixe com parafuso ou rosca, um sistema de obturação simplesmente genial, a preliminar expulsão do cartucho depois do disparo, impedindo que encrave na extração do cartucho, a resistência à sujeira e a sua utilização sem problemas em qualquer clima.

Em todos os cantos do mundo os soldados dos mais diferentes exércitos guardas vários elogios ao fuzil de assalto Kalashnikov. Como o próprio Mikhail Kalashnikov explicou mais do que uma vez, em 1947 ele conseguiu cumprir a tarefa que tinha diante de si: desenvolver uma arma que fosse fácil de entender para o soldado simples. De acordo com ele, o seu rifle não tem nada a mais, é como que se cada peça “pedisse para estar naquele lugar, como o único que lhe é destinado”.

Mesmo nas condições de combate mais duras, no meio da lama, poeira, humidade elevada e calor extremo, o sistema automático da máquina cumpriu claramente o que era exigido em situação de combate real.

Mercado mundial

Se os países que usam o AK fossem pintados de uma mesma cor no mapa, essa cor seria dominante em quase todo planeta. De acordo com fontes diversas, em 60 anos foram produzidas mais de 100 milhões de Kalashnikovs, com todas as suas atualizações. As AK fazem parte do armamento de mais de 100 países. Elas são, ou foram, fabricadas na Bulgária, Hungria, Alemanha Oriental, Egito, Iraque, China, Polônia, Romênia, Coreia do Norte e Iugoslávia.

“Uma vez, nos Cursos Superiores para oficiais Vistrel (Disparo), nos arredores de Moscou, eu, juntamente com outros dos grandes construtores de armas, tive que falar para uma plateia com público de países socialistas e em desenvolvimento. Na sua essência, se tratava aqui da elite militar dos países nossos aliados na Ásia e África”, disse Kalashnikov ao descrever o público diverso.

Na ocasião, antes de Kalashnikov terminar de falar, um senhor africano bem forte levantou-se, segurando uma bandeira na mão. Era o ministro da Defesa de Moçambique. “Eu quero lembrar com gratidão ao nosso distinto construtor que a silhueta da sua arma está desenhada na bandeira da nossa jovem república. Ela se tornou símbolo da luta pela nossa liberdade contra o jugo dos imperialistas estrangeiro. Ao lado dela está um livro aberto, sinal da luta contra o analfabetismo, e a enxada, sinal de trabalho emancipador”, disse em voz alta perante todos os presentes.

Sem concorrência

A única arma que pode, talvez, chegar mais perto da AK em questão de difusão é o fuzil belga FN FAL, que foi construído quatro anos depois do AK-47. O FAL é usado pelo Exército de 55 países e produzido em 13 países em todos os continentes.

Uma outra comparação, desta vez com o rifle norte-americano M16, também acabará dando a vitória ao AK. No total foram fabricados cerca de 10 milhões de M 16 de diferentes modelos que estão ao serviço de 27 países. Alguns desses exércitos têm simultaneamente M 16 e AK.

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Comentário: konner

Na narrativa da II Guerra Mundial, a Batalha de Briansk é um conflito menor, pouco merecedor de uma nota de rodapé. Mas Bryansk tem outro lugar na história.

Foi lá que um comandante de tanque então desconhecido, chamado Mikhail Timofeevich Kalashnikov , decidiu que seus camaradas russos nunca mais seriam derrotados.  Nos anos seguintes, à Grande Guerra, ele foi criar e fabricar uma arma tão simples e tão revolucionária, que iria mudar para sempre a maneira de lutar e ganhar as guerras que seriam travadas no futuro.

O que foi que ele criou, nada mais nada menos, que ‘uma lenda’ — O fuzil de assalto AK-47, o “BAD BOY”, ou como alguns preferem, o “Senhor da Guerra”.

 

Fonte: Gazeta Russa

 

2 Comentários

  1. Ekaterina Turicheva, “…junto com o avião dos irmãos Wright…”, o cacete!
    Os irmãos Wright são uma fraude, um embuste comercial…

    Se a invenção do avião pode ser atribuida a uma pessoa, então é de Santos Dumont este mérito.

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