Retrospectiva 2013: “Número de emigrantes transforma Cuba na ilha do “adeus definitivo”, diz blogueira Yoani Sánchez”

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The New York Times

Yoani Sánchez, de Havana, Cuba (*)

Organizar a agenda de endereços é sempre uma tarefa ingrata. Todo ano tenho que checar a minha, página por página, para conferir os nomes e dados dos meus contatos pessoais e profissionais. É como se estivesse na frente de uma tapeçaria, olhando os fios que ficaram e os que se perderam, só para perceber, com certo alarme, que a lista de nomes que tenho que riscar não para de crescer.

Eu vivo, como muita gente, num país de fuga. Uma ilha da qual saímos rumo a todas as direções, com um adeus definitivo, uma nação cujo número de emigrantes é cada vez maior do que o daqueles que decidem voltar. “Volver” (“voltar”) é um verbo conjugado por poucos aqui.

Embora a rota de exílio geralmente leve aos EUA, os cubanos estão indo para todo lugar. Um dia me surpreendi ao receber um e-mail de um grupo de conterrâneos que leem meu blog na Papua Nova Guiné. Trocaram uma ilha por outra. Se eu tivesse um mapa na parede da minha sala com um alfinete vermelho marcando todos os lugares do mundo onde meus amigos estão morando, daria a impressão de que o planeta pegou sarampo.

E os cubanos, é claro, não são os únicos. Este ano a ONU anunciou que há mais gente vivendo fora de seus países de origem do que nunca. As razões são muitas, entre elas a guerra – como no Afeganistão e na Síria – as dificuldades econômicas e a opressão dos Estados totalitários. Alguns, como os mais de 300 africanos que morreram afogados na ilha de Lampedusa há poucos meses, fazem parte da mesma estatística dos cubanos que perderam a vida no Estreito da Flórida, aqueles que abandonaram tudo através de meios precários, mas nunca conquistaram a chance de recomeçar.

Quando falamos de imigração, quase sempre pensamos nas circunstâncias que a pessoa vai enfrentar no país novo: as dificuldades com o idioma, seu estabelecimento na cultura, a obtenção dos documentos para legalização de sua situação; geralmente minimizamos o efeito na família e nos amigos que ficam para trás e meio que ignoramos a eterna questão do “e se…?”

“E se o Pedro ainda estivesse aqui?”

“E se a Maritza não tivesse ido para Nova York (ou Berlim), o que será que estaria fazendo?”

Eu vivi em exílio sob ambas as perspectivas: a daqueles que partiram e a daqueles que se despediram dos que foram e ficaram no aeroporto — e podem acreditar, as duas experiências são emocionais e difíceis.

Sempre refutei a ideia de ser julgada em relação a detalhes sobre os quais não tenho nenhum controle: o fato de ser mulher, branca, baixinha, cubana e falar espanhol, por exemplo, mas foi minha a decisão de ser filóloga, de lançar um blog, de ter um filho, de aprender um pouco de alemão e até de voltar ao meu país dois anos depois de viver nas montanhas nevadas da Suíça.

À eventualidade de ter nascido em Cuba, agreguei minha decisão pessoal de viver aqui para ver meus netos crescerem nessas ruas e praças, mas há muita gente nesse mundo que tem a impressão de ter nascido no lugar errado.

O dilema é antigo: ficar no lugar de nossa identidade, onde conhecemos os costumes profundamente? Ou ir para terras distantes e desconhecidas, com a esperança de alcançar grandes conquistas pessoais — Frutos ou raízes? Parece que para os mais de 232 milhões de imigrantes que há no planeta no momento — de acordo com a ONU, mais de 3% da população mundial — a escolha são os frutos.

Em Cuba, ter um parente no exílio é muito mais útil que um diploma universitário. Uma brincadeira de duplo sentido muito comum no país é perguntar para alguém: “Você tem ‘fé’?” sem, na verdade, querer saber a religião da outra pessoa, mas sim se ela tem “familia (en el) extranjero” ? ou “familiar no estrangeiro”, cujas iniciais são FE, ou “fé” em espanhol. Quem tem pode comer um pouco melhor e se vestir com um pouco mais de estilo.

Minha família teve “fé” durante os dois anos que morei na Suíça, país onde me estabeleci com a ideia de fugir do meu. Embora as separações sejam sempre difíceis, há também os benefícios. Eu me lembro de ter dividido todos os pertences que acumulei ao longo dos anos entre meus parentes e amigos. Os 22 quilos permitidos pela companhia aérea não me permitiam levar muita coisa, então comecei a distribuir parte das minhas roupas, sapatos, livros e até as plantas da minha sacada. Cada peça era recebida como uma benção naqueles anos de dificuldades econômicas. Ah, sim, a imigração também desatravanca sua casa — seja para doar aquela cama em que outros podem dormir ou o computador de que tanto precisa o sobrinho, o primo ou o vizinho.

Ao voltar do meu exílio autoimposto, fui recebida com alguns olhares tortos, como se aquelas pessoas temessem que fosse reclamar minhas coisas de volta. Foi assim que entendi que muitos daqueles que partem ajudam a família não só mandando dinheiro e presentes, mas também permitindo que quem ficou para trás aproveite tudo o que deixaram.
Nenhum relatório de nenhuma organização internacional vai poder definir esse aspecto tão pessoal da imigração ? nem refletir a vida dupla, dividida em dois, com que aqueles que deixam seu país têm que lidar, sabendo que somente escolhendo os frutos para si é que poderão expandir suas raízes.

Eu chamo esse fenômeno de “síndrome da imigração”, que se manifesta com mais força nos primeiros anos. Os meus sintomas se mostraram claramente, fazendo com que comparasse o tempo todo o que estava vivendo na minha cidade nova com o que meus familiares estavam sentindo naquele exato momento em Cuba. Sentar-me à frente de um prato farto e apetitoso era um dos momentos mais dolorosos do dia. O que será que a minha mãe estava comendo? Será que ela já tinha provado kiwi? Será que ia dormir de estômago vazio?

Nos meus devaneios diários, estabelecia um “câmbio permanente” que me fazia calcular o valor de cada franco suíço em termos de pesos cubanos — e na minha obsessão, traduzia esse valor em horas de trabalho que meus familiares e conhecidos teriam que cumprir para ter o que eu tinha no “país do chocolate”: uma cerveja, dois dias para o meu pai, engenheiro ferroviário; uma maçã, oito horas para o meu vizinho que era cinegrafista de TV; uma barra de Toblerone, uma semana inteira para a minha irmã, que era farmacêutica.

Os frutos estavam ao meu alcance, suculentos, atraentes — mas tão doloroso foi o processo de transplante de minhas raízes que não conseguia aproveitar o que tinha conquistado. Fiz as malas e mais uma vez espremi minha vida em 22 quilos. No último dia, deixei um livro de T.S. Eliot, companheiro de mais de quinze anos, num dos bancos da estação de trem de Zurique.

Sim, eu sou uma das poucas a voltar para essa ilha de fuga onde vivo. (Só em 2012, 46.662 cubanos imigraram, de acordo com o relatório demográfico anual da Agência Nacional de Estatísticas.)

Em 2014, essa tendência de buscar novos horizontes — do sul ao norte, ou mesmo do sul para o sul — sem dúvida deve continuar e crescer. É da natureza humana, está no nosso código genético procurar horizontes mais amplos e não nos confinarmos aos limites estreitos a que ficamos sujeitos pelo destino: um país, um idioma, uma cor de pele, uns centímetros a mais ou a menos na estatura.

Aqueles que partem, porém, devem saber que deixam para trás sentimentos contraditórios: saudade, preocupação, alegria, alívio — e um mar de gente com pontinhos vermelhos no mapa da parede, com as melhores roupas separadas para o dia em que a pessoa querida voltar; gente que, ao final de cada ano, tem que refazer seus cadernos de endereços e apagar, apagar, apagar.

(*) Yoani Sánchez é jornalista e autora do blog Generación Y.

Tradutor: Mary Jo Porter

Fonte: The New York Times via UOL, 28/12/2013

 

Leia, veja e acesse também:

1) Acesse, veja as fotos e leia a matéria do Instituto Ludwig von Mises Brasil:  “A medicina cubana – um modelo?

2) Acesse também, e ouça com atenção o rap do Eskuadron Patriota solidário ao Povo Cubano, não aos ditadores irmãos castros!

“Todavía tienen el DESCARO de decir…Que Cuba es una potencia médica. Gracias Eskuadron Patriota, por manifestar en su música la triste situación de um pueblo que siente mucho MIEDO.” Alberto Lau

“Es increible cuando los extranjeros visitamos la isla nos muestran la cara amable del pais, pero uno busca y encuentra, encuentra a una mujer que te pide que le compres leche a su hijo, no queria dinero, queria leche, ahi lo entendi todo. Fuerza a lo cubanos.” Gabriela Lezana

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CUBA… Hospitales de Cuba demuestran una vez mas, el fracaso …

28 Comentários

  1. Sejam contra Cuba, contra Castro, ou contra qualquer coisa ou quem não gostem, mas essa imagem é sacanagem contra a medicina cubana. Já é sabido por todos que não devemos julgar o todo por um, sob pena de sermos injustos, mas se quiser seguir essa linha, para ser justo, poderiam pelos menos mostrar imagens da vitimas do “Dr” Abdelmassi, assim como outros tantos que deixaram marcas iguais ou até maiores em vitimas brasileiras, e que viraram astros nesse nosso sistema de saúde, que é tão candidamente aceito e comprado pela associações médicas brasileiras, que fazem lobbie para mantê-lo exclusivo.

    • Exatamente , aqui tambem a casos de ERROS de pseudomedicos , nao vou ver o video porque ja deu pra perceber que querem forçar a barra , cuba eh lixo no que tange a idiologia politica , o mesmo lixo que desgraça o brasil , porem o povo cubano deve ser respeitado ,sao vitimas de uma situaçao criada para causar dependencia cronica do estado e serem escravisados !

  2. Que conversa furada! Yoani Sánchez não tem credibilidade alguma, pois é reconhecida e comprovadamente, agente paga pelos gringos.

    E os únicos numeros que ela cita são de 2012, e se utliza de numeros oficias do governo de Cuba, a Agência Nacional de Estatísticas.

    Porque não falou nada dos numeros de 2013? Que foi o primeiro ano de liberdade para viagens ao exterior.

    28 de dezembro de 2013

    Segundo o correspondente em Havana do jornal espanhol Publico.es ( http://www.publico.es/internacional/491769/cuba-vive-su-primer-ano-de-libertad-de-viaje-sin-estampidas ) , Cuba está encerrando seu primeiro ano de liberdade para viagens ao exterior sem registrar a fuga em massa de cubanos que seus políticos temiam e seus adversários desejavam.

    Durante décadas, o regime cubano impôs restrições de viagem a seus cidadãos. A justificativa para tal medida era que consistia numa defesa estratégica do patrimônio intelectual cubano, visto que os EUA, principalmente, e outros países, patrocinavam campanhas para que profissionais cubanos saíssem do país. Pouco tempo após a revolução cubana, por exemplo, o país perdeu a metade de seus médicos, que emigraram para os Estados Unidos.

    Mas a roda da história girou, e este ano Cuba removeu as restrições de viagem. Os principais dissidentes cubanos, como a blogueira Yoani Sanchez, viajaram o mundo como bem quiseram.

    Segundo o Chefe do Serviço de Emigração, Coronel Lamberto Fraga, 250 mil cubanos viajaram ao exterior em 2013, 35% a mais que no ano anterior, e isto apesar dos EUA ter quase duplicado o número de visas concedidos em Cuba. A maioria desses viajantes já voltou a Cuba e alguns já saíram e entraram do país várias vezes. Não houve fuga massiva de cérebros, como temiam setores do governo. Os médicos, por exemplo, continuam participando, aos milhares, de programas de cooperação das missões cubanas em outros países, apesar de que hoje podem emigrar legalmente com toda a família.

    Mais interessante ainda: há cubanos vivendo em outros países que estão voltando a Cuba. Só este ano, 3.500 cubanos se repatriaram. Segundo a reportagem, o número de solicitações é de dezenas de milhares, mas as autoridades demoram meses para aprovar cada caso.

    É quase inacreditável constatar isso. Mas aquela ilhazinha frágil, quase colada na Flórida, para delírio de seus adversários, ainda resiste!

    • A verdade dói, amigo comunista… acabaram com um paraíso só para implantar uma ideia sabidamente mórbida de governo de poucos sobre muitos, ironicamente chamado de socialismo…

    • No dia que eu ver alguém dos Estados Unidos ou qualquer outra pessoa de alguma nação querer morar em Cuba eu viro comunista (Só que não). Na boa, até Lula não quer morar lá.

      “maioria desses viajantes já voltou a Cuba e alguns já saíram e entraram do país várias vezes. Não houve fuga massiva de cérebros, como temiam setores do governo.”

      – LÓGICO!!, essas pessoas possuem familiares lá. Essas mesmas pessoas temem por retaliações aos seus familiares caso inventam de pedir asilo em qualquer lugar do mundo.

  3. só para destacar:

    “Mais interessante ainda: há cubanos vivendo em outros países que estão voltando a Cuba. Só este ano, 3.500 cubanos se repatriaram. Segundo a reportagem, o número de solicitações é de dezenas de milhares, mas as autoridades demoram meses para aprovar cada caso.”

  4. E a crise na europeia Espanha está tão braba, que:

    ” Varios españoles casados con cubanas están aprovechando el matrimonio poder obtener la residencia legal en Cuba, el proceso inverso al que hicieron cuando se llevaron su pareja a España.”

    • PERFEITO !!!… rsrsrsrsrsrsrsrsrs… apagaram-se as luzes do passado iníquo dos castros… assim esperamos… comunismo com um rei barbudo: só latinos para aceitarem isso por longas décadas…

  5. As excelentes linhas de Yoani Sánchez são perturbadoras, provocativas, instigantes e incômodas.Não é à toa que a sua mera visita ao Brasil demandou uma operação de guerra entre o governo cubano e setores mais obscurantistas do Governo Federal, dos partidos de esquerda, dos sedizentes “movimentos sociais” e dos jornalistas da esgotosfera governista no intuito de hostilizar, desacreditar, desqualificar e atacar a corajosa dissidente cubana.

  6. Só mesmo trouxa para acreditar que a ilhota é uma beleza, se 3.500 voltaram 35.000 deve ter abandonado a ilha dos irmãos Castro. O último q sair apague à luz, verdade seja dita giancarlos.

    • Não a toa MILHARES tentaram atravessar os poucos quilômetros de mar que separam cuba dos EUA… muito morreram tentando… isso é prova inconteste do qnto o governo cubano é maravilhoso !!!… mas somente para os esquerdopatas brasileiros de boutique, tipo o bicheirento, o empalado, o lucenático e agora um tal de guarac1… putz… é muita nóia pra pouco assunto, caro esquerdopatazinhos mequetrefes… os EUA não varreram aquela porcaria do mapa por consideração a população cubana que é escrava em seu próprio país… preferiram esperar que a história confirmasse o que eles já sabiam: regimes socialistas sempre desaguam em miséria e morte… e assim foi na “uma vez paradisíaca” Cuba…

  7. Não conheço Cuba, mas gostaria de conhecer, logico que apenas por motivações turísticas. Mas causa-me espanto a quantidade de especialistas em Cuba, que se baseiam em dados passados pela “instituição de pesquisas” Yoani.
    Logico qualquer outra instituição publica Cubana que disser o contrário terá duas respostas, ou negação ou suspeição, já que a verdade está com a dissidente de direita da ilhaé. Mas de certa formo isso é até logico, afinal apoiar não a necessária verdade mas os seus, os mesmo interesses. Respeito o direito da Yoani não gostar de seu país, não gostar de seus dirigentes, amar o modo de vida americano, é seu direito. Até de servir a esses interesses. Não aceito que uns brasileiros ignorantes, venham cuspir suas idiotices sobre algo que demonstram ignorar solenemente, que foi o passado da ilha, as motivações de seu povo por seus governos alinhados e vendidos que faziam de sua gente mercadoria enquanto lucravam com os prazeres de seus patrocinadores. Logico, muitos desses críticos nacionais já deram provas do quanto são brasileiros, que venderiam a própria irmã para a prostituição, desde que o lucro fosse bom.
    Essa mesma gente critica da ilha, e de sua ditadura, são os mesmos que criticam nossos avanços quer com deboche quer por despeito milimetricamente calculado. Defendem a ditadura que tivemos, com certeza. Por que para eles nossa foi justificada, construída para vender o país, apesar de toda a falácia sobre interesses comunistas, para a unidade cultural americana. E sob muita propaganda do qual são donos dos meios e melhores métodos, sobre a forma como se instalavam, comendo criancinhas no almoço. Tudo isso, enquanto entregavam o que tínhamos de mais puro, que foi a dignidade de nossa cidadania. Para atender aos interesses alienígenas que se somaram com os de nossos “heroicos” algozes nacionais.
    A ignorância sobre a construção da história dos povos, quando impressa por gente que tem interesses particulares ou alinhados nunca será isenta. E mesmo minha impressão não é isenta, mas tento construí-la sob bases históricas humanistas onde a dignidade humana sem hipocrisias, foi motivadora de muitos levantes. Com disse não conheço Cuba , mas gostaria de conhecer, como turista é claro, já que não abdico um só minuto de minha brasilidade, de minha cidadania, mas apesar de tudo respeito este povo e a história de resistência ante um inimigo opressor internacional e poderoso e o preço que sabiam que poderiam ter que pagar ante tanto poder. Mas um a coisa é certa, em todas as nações e em todos os tempos existiram e ainda existem os traíras, os conformados, os que se vender por um punhado de dólares, ou ouro, ou qualquer vil metal, sei lá. Vêm motivações justificáveis para rejeitar o país, ou qualquer país que se pretenda soberano e autônomo, assim como para se justificar como traíras que nos vendem sem motivações logicas aparentes até num simples, porem de assuntos complexos, blog.

    • Como sempre o coitadismo alegando como mote o suposto inimigo externo poderoso para justificar as misérias implementadas por mentes diabólicas contra seu próprio povo pelo único motivo de escraviza-lo… quem tem olho, que veja… quem tem ouvido, que ouça… quem tem cérebro, que pense… quem não sabe das coisas, que se cale…

      • Logico, no seu mundo perfeito isso não existe, e você participa de blog militar apenas por ser adorador de armas. Ou talvez você saiba que existe só é muito hipócrita para reconhecer, mas como todo hipócrita usa de falácias para apoiar a tirania que te seja favorável. Você é um daqueles casos que citei que venderia a irmã por um lucro que justificasse seu preço. E, ainda que venda esse discurso de interesse no país, e de demonstrar ser mais um daqueles do tradição família e propriedade, onde o bem estar de sua clã esta acima do bem estar das demais, o limite de sua solidariedade vai até onde seu lucro possa ser compatível com o preço que já esta estabelecido para a sua consciência.

      • Mas até onde eu saiba e meus anos de estudo permitem, esquerdalhas não possuem o atributo “consciência” para poderem questionar esse valor em outrem… ademais, não reconheço na coletividade valor algum de interesse da nação, exceto qndo usados como força de mão de obra escrava e ideológica útil para a esquerda que tanto se esmera em manter essa figura social que muito lhe é útil… NUNCA, nunca a coletividade vai ser mais importante que o indivíduo, até porque é no indivíduo que nasce o interesse em progredir e melhorar o país e não em uma cooperativa de interesses que sempre, SEMPRE tem algum esperto que toma sua liderança e não entrega ao demais aquilo que reivindicam, exceto para si próprio, o líder… mas assim são os tolos… acreditam naquilo que querem acreditar, mesmo que tal crença seja despida de realismo e objetividade prática… assim foram todos os movimentos revolucionários anteriores e assim serão os posteriores, que somente criaram mais miséria e morte do que melhoraram de fato o mundo que tanto gostariam de mudar “para melhor”… que falta faz uma educação de qualidade !!!… e assim caminha a esquerda burra e falaciana… destruindo vidas e pisando em suas carcaças… em tempo: se não sabes das coisas, não critique… o PB é um blog EMINENTEMENTE de GEOPOLÍTICA, INTELIGÊNCIA, HISTÓRIA, TECNOLOGIA, NEGÓCIOS E SERVIÇOS e DEFESA… só para o seu conhecimento, que aliás, tá devendo, e muito… nem só de armas vive o PB… understand ???…

      • Hehehehe, sabe cidadão alienígena, você é realmente muito previsível.
        Acho que superestimei sua capacidade de dialogar em bom nível, sua inteligencia.
        Sabe, sua arrogância sobre a sua pseudo cultura limita sua leitura sobre o nos brasileiros vivemos no Brasil. Sua ideologia do dinheiro, te impede de exercitar raciocínios lógicos sobe a nossa realidade e nossa história e aí te expõe. Você ainda está lá na década de 60, da guerra fria, quando seu discurso mofado, era usado e não percebeu que está ultrapassado, que ninguém se dobra mais a essas abobrinhas. Sabe por que? por que de lá para cá o muro caiu, a China cresce economicamente, a Russia segue, a India? segue, o Brasil se independia, a África do Sul se libera de grilhões imperiais, meu caro o mundo mudou e você ainda aferrado a herança de seu avô? Você meu caro é um elemento admirável, de tão patético.

      • Esse seu discursinho, caro Julio, já há muito leio nestas paginas… não admiraria se tu fosses apenas mais um nick montado de elementos do naipe de walfredo e outros esquerdalhas… pensas que me comove ou me irrita com essas “conclusões” premeditadas sobre minha pessoa ???… engano seu… o que digo, o digo sob a mais transparente e lúcida vontade de demonstrar que, por mais que o diabo tente transmutar-se em anjo, continua sendo o diabo… a esquerda foi cooptada pelos internacionalistas/mega-capitalistas a pelo menos algumas décadas e se deixou levar para essas paragens por pura necessidade, pois seu mundo caiu com a queda do muro de Berlim… agora comem nas mãos do capital internacional e a ele serve… talvez, eu disse, talvez na esperança de um dia ganhar a hegemonia total e dar um golpe em seus senhores (e eu acredito que conseguirão)… assim, nada do que vc fala me é novidade ou eu não tenha percebido… a esquerda (aqueles que nada produzem) necessita que a direita (aqueles que produzem) continue a existir, apenas que esteja sob seu jugo… o mundo sempre foi assim… mas, com certeza história universal não deve ser seu forte… fostes formado em escola pública brasileira ???… dependendo da resposta saberei de que lavra fostes moldado… do lodo, barro ou metal…

      • Meu caro, (uso o caro já que voltaste ao respeito e ao razoável em sua civilidade e humildade) devo te dizer que uma das minhas preferencias culturais se traduz numa dedicação, quase devoção, a analise da historia mundial através do tempos. E mais uma vez me fazes obrigado a te contradizer, já que me obrigas, por afirmar que a esquerda nada produz (o que pode evidenciar aí tua posição na escala social) evidencia você poder fazer parte de uma minoria insensível que sempre lucrou a custas do suor alheio. E essa sua já tradicional posição, vinda de elementos da direita mundial, nada mais faz que repetir ( como um grande seguido do preceitos Goebellianos) como um mantra a ordem de subestimar, melhor até menosprezar, os cidadãos que realmente fazem acontecer no mundo. Que são os que botam as mãos na massa, os operários em todas as atividades. Diferente de você, eu reconheço a existência da importância econômica dos elementos da direita (mas apenas dentro da atual conjuntura econômica forjada em adaptações depois que escravismo for tornado algo indecoroso mundialmente, pelas necessidades havidas na revolução industrial e todas as revoluções que ela produziu em escala e em auto criticas humanas). Já você se evidencia cada vez mais como um elemento desprovido de conteúdo analítico próprio, que vive na defesa do indefensável modus vivendi de uma raça em extinção. Defendes algo que contraria o que é visível até , por que ao contrário de tua conclusão pretenciosa, para estatísticos, lúcidos, que é o crescimento populacional. E meu caro nesse crescimento surgem mais trabalhadores operários que proporcionalmente, até que dirigentes com propensão a opressores estigma do poder, e esses serão potencialmente esquerda, ainda que ainda nem saibam. Você afirma nada produzirem, negligenciou que a força que produz é justamente a base das esquerdas mundiais? os operários trabalhadores? E esses só passaram a existir pela necessidade da busca de equilíbrio nas relações capital-trabalho. E esquece que a preferencia do capitalista sempre foi trabalho não remunerado, escravo mesmo, ainda que sob o manto da virtual generosidade. Tu cospe na esquerda, mas ignorantemente acredita que ser esquerda é ser do PT, do PC do B, da sopa de letrinhas diversionistas criada pelos elementos da direita para fragilizar o entendimento do operariado sobre seu poder, seus interesses, mas não, ser esquerda e estar na vanguarda do mundo em prol do humanismo, do equilíbrio de poder entre os diversos cidadãos. Do nivelamento direitos e deveres em suas proporcionalidades. Você, se empregado de alguma empresa, deve a esquerda essa relação um pouco mais humana e respeitosa, inclusive contratual que existe hoje. Isso é histórico.
        Já se não for um proletário, então tu acaba fazendo o teu papel, reivindicar o retorno ao passado escravocrata mundial. É esse perfil que tu demonstra, e que caracteriza cada vez mais seus interesses.

      • Essas suas palavras cairiam bem em um discurso no século XIX… vc se esquece da revolução tecnológica que hoje vivemos e tratas os “trabalhadores” como se os mesmo fossem os braçais de antigamente… o mundo mudou, caríssimo… veja que qndo digo “direita produtiva” o faço não nos moldes marxistas ou da tradição da escola esquerdista europeia de então… eu faço essa distinção para exatamente separar o trabalhador em todas a sua representatividade, que representa a produção e a conservação de valores sociais e a esquerda que joga com esse eterno contrassenso que vc ainda usa: a da luta de classes, sejam elas entre pobres e ricos (agora caiu no descrédito; está demodê), entre pretos e brancos, entre ateus e religiosos, entre heterossexuais e homossexuais, entre homens e mulheres, enfim, vivem do atrito e da suposta representatividade sobre essas coletividades para que possam ter uma serventia política e social que permita a eles manterem-se a frente dos cargos políticos e administrativos dos estados-nações… só sobrevivem sob esse manto de discórdia, sempre instigando o conflito e recebendo dividendos pela equalização dos mesmos… são simples sanguessugas… a figura típica dos advogados representa bem a esquerda utópica… nunca resolvem a questão por que senão causa ganha não rende honorários… queria ver a esquerda com total hegemonia para resolver todos os males do país… queria ver qual seria a desculpa depois de décadas no poder… assim foi na Rússia e assim será em todos os países onde marcaram presença… no final só desgosto e mentiras…

      • Meu caro olhos Azuis, a cada novo argumento seu, mais firma em mim a convicção de que não és brasileiro, ainda que conheças bem muitas das coisas que são historia em meu país, apesar de muita distorções naturais para quem não é daqui, como o conceito alienígena de Amazônia internacional. E veja, te digo isso sem qualquer ranço raivoso contra a tua nacionalidade, seja ela qual for, mas apenas por que muitos de nós brasileiros sabemos que países estrangeiros preparam alguns de seus cidadãos sobre costumes de povos que pretendam influenciar, para ter poder. A famosa espionagem tão em voga nos noticiários. Mas vamos lá, você se mostra de uma teimosia impar ao repetir questionamentos que eu já abordei e respondi. Fala, sem criatividade, que sou eu estou no século XIX, quando é você que tem trazido antepassados, para justificar seus pré conceitos, e até pensadores de épocas passadas, que podem ter inspirado esquerdistas doutrinados (o que não é meu caso), que como você também doutrinado, só que de uma vertente diferente, apenas voltado para o lado oposto (sem reconhecer) que defende uma visão de mundo que nunca será a minha. Mas respeito isso, é seu direito aspirar a modelos antigos, que se provaram incompatíveis com o nível de humanidade que se pretende para este século XXI e pra frente. Isso faço tentando mostrar as diferenças e consequências nos resultados e aplicabilidades para a maioria, onde me insiro. E talvez por isso tenhamos posições tão irreconciliáveis meu caro, eu busco algo que reflita de forma mais justa e igualitária a cidadania que me insiro, algo que a revolução francesa veio para instituir, criando uma nova ordem, uma ordem onde liberdade, igualdade e fraternidade foi o mote. Mas sei que para isso acontecer foi necessário cabeças rolarem, as que eram aferradas ao seu poder material quem mantinham com tirania e totalitarismo. E sei que esses ainda se mantem até hoje, disfarçadamente camuflados, vivendo através dos séculos como cidadãos comuns, com cidadãos de bem, gente do povo, mas que apenas esperam as oportunidades para emergir das sombras, mas covardemente para evitar ainda possam perder seus pescoços. E reconheço que muitos tem tido muito sucesso nisso, mas sempre os reconheço, são aqueles usam e colocam para a degola (hoje, em sentido mais figura, porem nem tanto) a cabeça dos trabalhadores, a antiga plebe, gente sem valor e sem reconhecimento de seus méritos, por esses. Sds.

      • Julio, ” eu busco algo que reflita de forma mais justa e igualitária a cidadania que me insiro, algo que a revolução francesa veio para instituir, criando uma nova ordem, uma ordem onde liberdade, igualdade e fraternidade foi o mote. Mas sei que para isso acontecer foi necessário cabeças rolarem, as que eram aferradas ao seu poder material quem mantinham com tirania e totalitarismo. E sei que esses ainda se mantem até hoje, disfarçadamente camuflados, vivendo através dos séculos como cidadãos comuns, com cidadãos de bem…”… se isso não é a mais pura descrição do PENSAMENTO ESQUERDOPATA, então não sei mais o que é esquerdismo… vc se entrega com sua própria boca e quer que não enxerguemos quem é vc realmente ???… o que seria a revolução francesa senão uma REVOLUÇÃO, com todo o seu aparato de desatinos e falsas promessas NUNCA CUMPRIDAS… a esquerda nada mais é que uma vigorosa ave de rapina carniceira que não sabe produzir NADA e sem revoluções e destruição não consegue amealhar seu butim… por traz de sua aparente polidez se esconde a mesma antiga e conhecida face de MAQUIAVEL e sua pedagogia do cinismo (não no sentido pejorativo, mas de conclusão analítica) tão necessária a criação de artimanhas e revanchismo do espírito revolucionário… ademais, compreende-se facilmente em suas linhas a vertente de continuar criando cizânias entre classes para justificar a arregimentação das massas ignaras para a conclusão de propósitos inconfessáveis, ainda que elas, as massa, sempre percam no final da revolta a qual servem suas vãs esperanças, apenas são usados como bucha de canhão… hoje, alguns desiludidos estão se voltando até a monarquia por entenderem que apesar de suas dificuldades, eram menos ruim que muitas republiquetas esquerdofrênicas mundo afora… se havia distorções, essas eram passíveis de serem corrigidas… hoje, o aparato do estado opressor não permite em muitos casos que se endireite as veredas políticas do país… pior do que um déspota não esclarecido é uma corja política revolucionária ávida por riqueza e pobre em seus princípios morais…

      • E, Julio, o fato de eu não assinar “brasileiro” em meu nome não muda em nada minha condição de pessoa natural brasileira, com todos os meus direitos e deveres de cidadão brasileiro… se pensas, sinceramente, que eu não seja brasileiro, só porque não tenho um nickname aportuguesado, é porque vc deve ser uma pessoa que só enxerga o que quer ou não tem condições de analisar algo a uma profundidade maior que a de um pires… espero que nem um e nem outro, apenas que vc não esteja preparado para sair dessa sua Matrix infernal… saudações…

      • Meu caro pires, analisar pessoas como vc são fáceis de analisar, até para incapazes como eu segundo suas palavras, suas palavras, sem se dar conta, identificam você como alguém avesso a natural cidadania brasileira, seu nick, principalmente, é inspirador mas é apenas um indicio para essa identificação o resto, suas palavras,é que o identificam.
        Sirva bem a seus país, que eu procurarei servir ao meu. Sds.

  8. bati um papo com um frances que morou 7 anos em cuba. cai na besteira de elogiar yoani sanches e me lasquei. ele me mostrou por 2 + 2 que o que ela fazia podia ser considerado traição.

    inclusive como ele mostrou se fosse na frança ela seria condenada por traição por ser paga por serviços secretos e organizações de outros países.

    ela fala que cuba é ilha do adeus definitivo, mas ela mesmo não sai de cuba. qualquer país do mundo daria a ela a condição de perseguida politica e a acolheria.

    mas não, ela entra e sai de cuba como quer, é paga por serviços secretos de outros países, ganha muito dinheiro, poder e fama com sua traição…

    • Quem está agindo aqui a soldo dos mesmos que tentaram desqualificar a blogueira quando ela veio ao Brasil é você meu caro militonto partidário. Agora a gente apenas precisa saber de onde você vem: MST, UJS, PT….

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