Por que o Brasil não está entre os melhores?

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Sugestão: Lucena

O Brasil reproduz acriticamente muitas das medidas educacionais dos Estados Unidos e ambos apresentam baixos índices no PISA, programa internacional que busca verificar o nível de preparo dos jovens para o exercício da cidadania. Participaram desta avaliação cerca de 500 mil estudantes de 65 países.

por Zacarias Gama
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.A grande imprensa brasileira está repercutindo largamente o desempenho dos nossos estudantes da Educação Básica no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes (Programme for International Student Assessment – PISA). Este Programa é desenvolvido e coordenado pela OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), e é aplicado a estudantes na faixa dos 15 anos. Seu objetivo é verificar o nível de preparo dos jovens para o exercício da cidadania na sociedade contemporânea matriculados em escolas públicas e particulares. Participaram desta avaliação cerca de 510 000 estudantes de 65 países.

As avaliações do PISA são trienais e abrangem três áreas do conhecimento – Leitura, Matemática e Ciências. A cada triênio uma das áreas é enfatizada. Na avaliação de 2012, que está sendo divulgada, a ênfase foi em Matemática. Em 2015 será em Ciências.

Muito embora os estudantes brasileiros tenham ficado abaixo da média dos países da OCDE, é de se registrar que o desempenho médio em Matemática tem melhorado desde 2003. São também visíveis as melhorias nos desempenhos de Leitura e Ciências. O problema, no entanto, é que o Brasil ainda está distante dos países situados no topo do ranking; as cinco melhores posições foram ocupadas pelos estudantes asiáticos, respectivamente de Xangai, Singapura, Hong-Kong, Taipé e Coreia. Os Estados Unidos e o Brasil ocuparam as posições de números 36 e 58 respectivamente. A Finlândia (12ª posição) mesmo tendo caído algumas posições e tendo ficado abaixo dos asiáticos já mencionados, do Liechtenstein, da Suíça, da Holanda e da Estônia, ainda compõe a elite mundial de bons desempenhos no PISA.

Os esforços brasileiros para a melhoria da qualidade da educação na última década têm sido grandes e estão sendo lentamente recompensados. No ano 2000 nosso escore geral foi igual a 368 e subimos em 2012 para 402. Nosso desempenho, no entanto, sempre fica abaixo da média dos escores dos países da OCDE em todo esse tempo de realização do PISA, em todas as avaliações. A média da OCDE em 2012 foi 494. 

Ao longo das aplicações do PISA o desempenho de estudantes de três países ocidentais chama a nossa atenção. O desempenho dos estudantes da Finlândia sempre conseguindo as melhores posições do ranking, obtendo escores superiores às médias da OCDE; o dos estudantes dos Estados Unidos que jamais superou o escore de 499 pontos, e dos estudantes do Brasil sempre ocupando as piores posições. Os estudantes destes dois últimos países vêm tendo desempenhos abaixo das médias da OCDE.

Os finlandeses obviamente se orgulham do sucesso obtido em todos os exames do PISA. E quando nos empenhamos a descobrir a sua fórmula, ela se revela incrivelmente simples e diferente daquelas que são aplicadas nos Estados Unidos e no Brasil. O Portal G1, em sua edição de 24 de maio de 2013, tornou pública essa simplicidade e as diferenças que apresenta ao veicular extensa matéria com o título País com a melhor educação do mundoFinlândia aposta no professor , baseando-se no depoimento de Jaana Palojärvi, diretora do Ministério da Educação e Cultura da Finlândia.

Na Finlândia, segundo Palojärvi, o sucesso nada tem “a ver com métodos pedagógicos revolucionários, uso da tecnologia em sala de aula ou exames gigantescos como Enem ou Enade”. Lá as apostas se concentram na valorização do professor e na sua autonomia para trabalhar. Desde a reforma educacional dos anos 1970 a valorização do professor traduziu-se em pagamento de salários competitivos e em atratividade da carreira docente. Hoje um docente da Educação Básica ganha em média R$ 8 mil reais por mês, algo em torno de 3 mil euros. Seu salário é compatível com a média salarial do país e aumenta com o tempo de serviço. Todos os docentes, entretanto, precisam ter formação mínima em nível de Mestrado e cumprir um tempo de treinamento antes de entrar em sala de aula. Quanto à autonomia de trabalho a diretora do Ministério da Educação e Cultura da Finlândia é muito clara: O material [didático] usado e o currículo são livres, por isso podem variar muito de uma unidade para outra. O mesmo ocorre quando fala do uso de novas tecnologias em salas de aula: tecnologia também não é o forte das escolas finlandesas, que preferem investir em gente. “Não gostamos muito de tecnologia, ela é só uma ferramenta, não é o conteúdo em si. Tecnologia pode ser usada ou não, não é um fator chave para a aprendizagem.”

O desempenho dos estudantes dos Estados Unidos, ao contrário dos estudantes finlandeses, desde a primeira aplicação do PISA em 2000 vem se situando abaixo da média dos escores dos países da OCDE, oscilando entre 499 (em 2000) e 492 (em 2012).  A ex-conselheira de educação dos governos Bill Clinton e George W. Bush, Diane Ravitch, em seu livro “Vida e morte do grande sistema escolar americano” (2011)  responsabiliza os testes padronizados (tais como os testes do ENEM e do SAERJ – aplicados no sistema educacional brasileiro e fluminense) e o modelo de mercado adotado pelo sistema educacional como os grandes vilões do fracasso na educação dos jovens americanos. Segundo afirma os testes tornaram-se definidores de toda a vida escolar americana. A partir dos resultados obtidos é que são tomadas as decisões pelos formuladores de políticas educacionais, as famílias podem fazer as suas escolhas acirrando a competição entre escolas, e os professores recebem gratificações e bônus sempre que os seus estudantes apresentam bons rendimentos.

A crise educacional americana é profunda e já dura algum tempo. Em 1983 o relatórioNation at Risk (Uma Nação em Risco – NAR), elaborado pela Comissão Nacional de Excelência em Educação na gestão do presidente Ronald Reagan, alertou acerca da erosão das instituições educacionais “por uma onda de mediocridade que ameaça o nosso próprio futuro enquanto povo e nação”. Para a Comissão responsável pelo NAR o unilateral desarmamento educacional posto em prática nas escolas básicas dos Estados Unidos tanto compromete a segurança nacional em um futuro próximo, como também afeta o país econômica e socialmente. Entre as recomendações feitas pelo NAR, todas citadas por Ravitch, estavam a elevação de exigências para o ensino básico, desempenho e conduta escolar dos estudantes, formação de professores, assim como mais tempo para as instruções e deveres de casa, e valorização da carreira docente com o imediato aumento dos salários. Ravitch destaca que tal relatório coincidiu com os resultados anteriores do Relatório SAT de 1977 (Scholastic Aptitude Test ou Scholastic Assessment Test). O SAT já apontava o fracasso e insistia igualmente que os estudantes tinham poucas horas de disciplinas básicas, poucos deveres de casa, muitas faltas às aulas, poucas leituras críticas e reflexivas e uma escrita muito descuidada. Contudo, a entrada em um novo século, praticamente não alterou a situação americana apesar de alguns esforços salvacionistas de economistas, “líderes da América corporativa”, consultores e empresários que pouco ou nada entendem de educação. Em 2002 Michel Bloomberg, ao assumir a prefeitura de Nova Iorque considerou o sistema educacional da cidade em “estado de emergência”.

A administração do prefeito Bloomberg para a educação, de fato, fez grande esforço para melhorá-la. Basicamente sua “reforma” educacional incluiu estratégias de responsabilização vertical, que segundo Ravitch significava “mais reformas de mercado que incluíam escolha escolar, autonomia, competição e incentivos”. Apenas eram “autônomas” as escolas administradas privadamente com recursos públicos (School Charters); elas tinham turmas menores, mais recursos, estudantes selecionados e criavam uma dualidade de oferta de matrículas e ensino na rede de escolas públicas da cidade. Para incrementar as escolhas familiares, foram criadas inúmeras pequenas escolas de nível médio, com mais ou menos 500 alunos, todas elas temáticas voltadas para atender às demandas do mercado.

No Brasil, no Estado do Rio de Janeiro e em Pernambuco, já há algumas escolas temáticas de ensino médio tais como a NAVE (Núcleo Avançado em Educação em parceria com a OI Futuro) e a NATA (Núcleo Avançado em Tecnologia de Alimentos em parceria com o Grupo Pão de Açúcar e com a CCPL).

Contudo, apesar dos esforços da administração municipal de Nova Iorque, a reforma educacional do prefeito Bloomberg pode ser bastante criticada em função da dos grandes déficits de democracia que produziu no sistema educacional com a centralização das decisões e com o autoritarismo na implantação de políticas. Ravitch afirma que “a reorganização foi um modelo corporativo de controle fortemente centralizado, hierárquico e vertical”.  Outro ponto crítico igualmente importante foi a atenção mínima foi prestada ao currículo escolar: à exceção de Matemática e Leitura todas as demais disciplinas curriculares tiveram importância reduzida.  Os escores obtidos pelos estudantes nova-iorquinos no National Assessment of Educational Progress (NAEP) entre 2005 e 2007 em Leitura e Matemática demonstraram que eles não tiveram ganhos significativos. Segundo Ravitch “na Leitura da quarta e da oitava séries e na Matemática da oitava série, os escores do NAEP demonstraram que não houve mudanças significativas. Tampouco houve qualquer estreitamento da distância de desempenho entre diferentes grupos raciais”.  O New York Times, na edição de 16 de novembro de 2007 , estampou em grande matéria que os resultados de Nova Iorque nos testes federais demonstraram a estagnação educacional da cidade, apesar dos ganhos em Matemática da quarta série. E asseverou que medida após medida, os resultados mostraram que não houve nenhuma mudança significativa no período entre 2005 e 2007.

O Brasil reproduz acriticamente muitas das medidas aplicadas nos Estados Unidos como que repetindo a fórmula o que é bom para os EUA é bom para o Brasil. Diversas unidades e municípios da nossa Federação estão gerindo os seus sistemas educacionais com forte centralização, hierarquização rígida e vertical, e responsabilização das direções e professores pelos avanços e retrocessos porventura existentes. Aqui as famílias também estão sendo levadas a escolher as escolas para os seus filhos pautadas pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – IDEB. O ranking que resulta da apuração do IDEB favorece as escolhas familiares, apesar das poucas pistas que fornece acerca do tipo de cidadãos que estão formando. Da mesma forma que em diversos estados e cidades dos Estados Unidos é comum entre nós o pagamento de gratificações por mérito e bonificações para os professores e escolas que cumprirem determinadas metas a contragosto dos nossos sindicatos. Também aqui raramente as comunidades educacionais são envolvidas em discussões sobre a aplicação de recursos, organização curricular, carga horária etc. Como lá estamos longe de uma ampla discussão pública para criação de um projeto nacional de educação.

A Finlândia que poderia nos inspirar sequer é visitada pelos formuladores nacionais de políticas públicas. Sua fórmula de sucesso parece não sensibilizar nossos tecnoburocratas educacionais e desembarcá-los da ponte aérea para Manhattan. Interessante ainda é que esses mesmos técnicos desconsideram os temores e as recomendações do relatório Nation at Risk que a Finlândia parece ter adotado para si. Não por acaso o sucesso desse país é produzido por professores experientes, ensino efetivo, estudantes motivados, recursos adequados e uma comunidade que valoriza a educação. Os atalhos e respostas rápidas parecem ser a obsessão dos nossos formuladores de políticas educacionais tanto quanto tiraram o sono do prefeito Bloomberg. Ravitch (2011) em ato de contrição por ter contribuído com as erráticas políticas educacionais de Bill Clinton e George W. Bush assevera que o fracasso americano decorre da “falta de visão educativa” e do “alistamento de um exército de consultores empresariais”. Para essa ex-secretária de educação a maneira mais durável de melhorar o sistema educacional americano é a adoção de um currículo mais forte, melhoria das condições de trabalho e remuneração dos professores e melhoria das condições de ensino e aprendizagem.

Muito possivelmente por conta dos modismos da nossa tecnoburocracia que se mostra incapaz de aprender com a Finlândia, estamos insistindo na aquisição de competências e habilidades básicas que se mostram insuficientes para formar homens e mulheres que irão produzir novas tecnologias, fazer novas descobertas científicas, edificar novas e grandes obras de engenharia ou resolver problemas alimentares e hídricos. Dificilmente estarão aptos sequer para apreciar as realizações culturais da nossa sociedade ou a compreender e fortalecer a herança democrática. Como simples homo faber se equipam mal para tomar decisões baseadas em conhecimentos, debates e razão.

Muito provavelmente por causa dos limitados e imediatos horizontes educativos de nossa dos nossos formuladores de políticas educacionais ainda estamos longe da posição que a Finlândia e seus estudantes ocupam no cenário educacional mundial. E isto nos aflige particularmente num momento em que nos encaminhamos para ocupar o lugar de 5ª economia mundial. Como poderemos nos manter nessa posição?

Zacarias Gama

Professor Associado da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. Doutor em Educação. Professor do Programa de Pós-graduação em Políticas Públicas e Formação Humana. 

Fonte: Diplomatic

17 Comentários

  1. por LUCENA
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    “(…)Os finlandeses obviamente se orgulham do sucesso obtido em todos os exames do PISA. E quando nos empenhamos a descobrir a sua fórmula, ela se revela incrivelmente simples e diferente daquelas que são aplicadas nos Estados Unidos e no Brasil. (…)”
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    Está mais do que na Hora de repensarmos dessa mania de achar que tudo nos EUA é o máximo e que devemos copiá-los em tudo,a china está fazendo o mesmo e vai,no futuro bem próximo,cair nas mesmas armadilhas que caíram os EUA.
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    O Brasil tem muita coisa na sua política educacional necessitando ser revista,e Sir.Paulo Freire;(um educador e filósofo brasileiro; Patrono da Educação Brasileira;considerado um dos pensadores mais notáveis na história da Pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica e reconhecido pela realiza aristocrática britânica);reconheceu a tempo essa grande chaga que até hoje imácula a sociedade brasileira.
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    Como se vê,nem tudo que é bom para os EUA é bom para o Brasil,a despeito daqueles que vivem apregoando a ideia “American live” aqui. 😉

    • ok não podemos imitar os gringos em tudo mas a matéria enrola ,e o que ela quer é apenas falar mau do enem e dos outros testes brasileiros e americanos
      primeiro falam da finlandia mas quem são os primeiros são os asiáticos
      e sobre a finlandia quantos alunos eles tem ????
      filandia qual o numero da população
      querem comparar países continentais como estados unidos e brasil com finlandia ????
      quem ganhou foram os asiáticos ,e suas mães tigres que fazem os moleques serem verdadeiros CDFs , culturalmente totalmente diferente do ocidente

  2. Brasil não está entre os melhores porque há anos não se faz uma reforma no método de ensino brasileiro, a ciência brasileira esta muito atrasada em relação aos grandes centros de ensino mundial,tanto a escola publica como a privada são de péssima qualidade !

    O Estado investe em propagandas enganosas para iludir o povo,mas quem leciona nesse país sabe que em muitos lugares não há sequer espaço físico suficiente e descente para se ensinar, nossos professores são verdadeiros heróis pois matam um leão a cada dia, e muitos carecem também de aprimoramento para melhor lecionar isso sem contar a violência a que estão submetidos no dia a dia !

    Nunca iremos estar nos primeiros lugares agindo desse jeito,só os bem preparados irão triunfar. o que não é o nosso caso !

    • por LUCENA
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      Sr. César,o senhor disse tudo,a educação deveria ser a prioridade número um desde o início da independência do Brasil.

      • Saindo pela tangente, né ESQUERDOPATAZINHO ???… para quem canta loas a esse governo INCOMPETENTE, tá muito tímido… rsrsrsrsrsrsrs…

    • Não tenho como não concordar contigo, César… um país de gente ignorante, com uma elite política corrupta e um governo INCOMPETENTE, fica difícil sair do lodo… por eles, o povão vai continuar na lama, ignorante e sem perspectiva de ascensão social real; não como essas falácias que o governo gosta de colocar no horário nobre na tv, fazendo parecer que tá tudo bem… só se for para eles que estão sugando o país… TRÁGICO…

  3. Lucena

    Concordo com suas afirmações.

    Mas… Sir!?!? Ai… doeu no coração. Paulo Freire está muito acima disso. 🙂

    Sobre o artigo creio que ele é muito feliz em destacar a acriticidade do nosso sistema educacional. Este é um dos maiores absurdos que ocorrem desde 1808, com a vinda da família real portuguesa para o Brasil colônia. E depois a prática continuou através do modelo francês (da Proclamação da República até meados do século XX), e finalmente o modelo dos EUA à partir da década de 1960. Só cópia. E cópia ruim.

    Mas tem uma coisa que eu acho importantíssimo, e é citada pela educadora da Finlândia:
    “Todos os docentes, entretanto, precisam ter formação mínima em nível de Mestrado e cumprir um tempo de treinamento antes de entrar em sala de aula.” Nosso professores escolares, alem de não terem perfil para a função, são pouco capacitados. Estamos em um estágio em que pseudo-universidades mostram com orgulho a titulação “Mestre” de seus docentes, quando não deveria haver nenhuma abaixo de “Doutor”. Enfim, estas instituições são tratadas como empresa, com estrutura mercadológica, o que é erro fundamental.

    Daí não surpreender que estudantes, ao participarem de uma destas avaliações tecnicistas como, por exemplo, ENEM, se neguem a realizá-la pelo motivo de que as questões são “ideológicas”. Um absurdo pois mostra justamente o despreparo desse jovem em identificar e compreender as nuances de uma questão. E aí temos mais alguns milhares de analfabetos saídos de dentro de nossas escolas e universidades. E estas pessoas são as que encontramos cotidianamente, é a população do país e que paga muito por um serviço péssimo.

    Mas tão ruim quanto estes pouco pontos que descrevi acima está a interdição sobre o tema da educação no Brasil. E, sob meu ponto de vista, o professor é o maior culpado. No início desse ano foram realizadas discussões para a reforma/reavaliação do nosso sistema educacional. Deveriam participar professores, estudantes, pais, administradores do sistema, etc, para que as propostas e decisões fossem acatadas em Brasília. Mas praticamente só professores participaram. Porque? Porque a relação pai/profesor no país é horrível. A maioria dos professores adora falar da desvallorização do estatus da carreira, mesmo ele sendo um incompetente. É o discurso do mártir. E não faz questão nenhuma de dicutir educação com quem estaja fora do “círculo de profissionais da educação” porque, obviamente, ele é mais preparado para isso. É pura exclusão. E muita arrogância. E assim criamos pais pouco envolvidos no cotidiano técnico da escola, incapazes de analisar como funciona o sistema. Mas quando tem festa, formatura, reforma, dá-lhe rifa, porque pra isso pai serve.

    • por LUCENA
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      Sr. RobertoCR,
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      Realmente houve de minha parte, uma troca de freires;troquei o Gilberto pelo Paulo,más o que este fez é com a sua Pedagogia da Libertação ,é louvável de ser um nobre.
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      Diga-se de passagem,esse grande brasileiro,é um patriota humanista mais homenageado da história: ganhou 41 títulos de Doutor Honoris Causa de universidades como Harvard, Cambridge e Oxford.

      • Grande coisa !!!… o mula tem 26 e nem por isso deixou de ser o que sempre foi: um molusco, rasteiro e trapaceiro… mas vindo de vc é por demais óbvio… da bosta se faz o esterco…

  4. A (des)educação brasileira, e uma merda devido a doutrinção coletivista fanática paulo freiriana de ser, não se ensina o mérito, mas sim o coitadismo e revisionismo histórico permanente.
    Na verdade isso já vem acontecendo há algum tempo. São os princípios de Gramsci que estão sendo postos em prática, com a cumplicidade e apoio dos governos que rezam na cartilha do barbudo Fidel castro. Buscam a divisão da sociedade, o enfraquecimento das instituições e da família; enfim, querem que o caos do Estado como um ente organizado e, a partir daí, eles surgem como os salvadores da Pátria. E vá contrariar o que esses “democratas” dizem para ver o que acontece: você será taxado de Nazista, Fascista, reacionário e muitas outras coisa.
    Vejam isto:
    https://fbcdn-sphotos-a-a.akamaihd.net/hphotos-ak-ash3/558083_729012173777233_807028346_n.jpg
    Qual a diferença entre colocar uma bandeira com a suástica em sala de aula para o símbolo do comunismo? Nenhuma… exceto que uma ideologia no Brasil é proibida e a outra não. ”ah mas o nazismo fez o holocausto…”, que não seja por isso: O comunismo só na Ucrânia exterminou milhões de ucranianos e possivelmente até mais que o nazismo fez com os judeus. Comunistas de merda corrompendo as mentes dos adolescentes.

    • pedagogia do comprimido paulofreiriana… rsrsrsrsrsrsrs… toma-se um comprimido de imbecilidade e vira-se um esquerdalha fanático… assim esse país não tem salvação !!!…

    • Como sempre acontece, alguém tem de colocar a culpa em Gramsci.

      O povo sem imaginação!

      Aliás, seria um grande favor que você nos prestaria se explicasse o contexto da foto sugerida no link.

      Só porque um grupo de garotas estão, aparentemente, fazendo algum tipo de atividade em uma sala de aula com camisas o símbolo do Comunismo, cartaz de com fotos de Marx, mais a bandeira do PT no quadro, não quer dizer que elas foram “doutrinadas” a seguirem o Comunismo. Se notar bem a maioria delas também esta usando botas. O que isso quer dizer? Que são periguetes? É claro que não. O máximo que é possível extrair dessa foto é:
      – grupo de alunas fazendo apresentação de (provável) trabalho de História, Sociologia ou Filosofia (isto se forem do Ensino Médio);
      – para caracterizar o tema, estão todas vestidas com roupas que remetem a noções do senso comum sobre Socialismo/Comunismo;
      – claramente houve um grande esforço das garotas para que a apresentação fosse bem avaliada pelo professor(a), por isso a vestimenta e os itens apresentados no quadro;

      Qualquer conclusão além destas só serve para encher as páginas dos parvos que acham que uma foto explica tudo, e que feicibuk é privada.

      Mas você nos fez realmente um favor: mostrou o quão deficitária é nossa educação formal, pois se baseou em algo do o estático (foto) para tirar conclusões das mais tresloucadas. Você materializou aquilo que é criticado no artigo do post: o sistema educacional brasileiro só forma pessoas incapazes de perceberem a realidade a sua volta, daí uma foto pode ser analisada de qualquer maneira, sem a mínima responsabilidade.

      E esse é o maior problema de nossos estudantes, que depois viram adultos: incapacidade de estabelecer crítica consistente sobre fatos, pois não conseguem concatenar o que é um “fato” de uma “suposição”, tirando dali o que, infelizmente, chamará de “sua opinião”.

      • Me engana que eu gosto… rsrsrsrsrsrsrs… garotos de 15 anos portando AK’s47 na periferia do RJ não são traficantes, apenas “estudantes” preparando uma peça teatral para a próxima matinê estudantil… rsrsrsrsrsrsrs… engraçado, para não dizer trágico… rsrsrsrsrsrsrsrs…

  5. O ensino no Brasil há muito vem sendo desmantelado e a julgar pela qualidade dos ministros que ocupam certas cadeiras estratégicas no cenário nacional, não irá melhorar muita coisa por muito tempo. Basta ver pérolas como: “o que museu tem a ver com educação?” …. entre outras. Daí é mais fácil impetrar cotas do que reforçar de fato o ensino do país.
    Quando vc avalia estudantes do ensino médio que não sabem o que é uma constituição, o que representa os poderes ou instituições civis de um país, que sequer sabem o hino nacional e muito menos que temos hino da bandeira e pior, não sabem fazer uma conta com regra de três…. percebemos o quão “capenga” e frágil nosso sistema é! Há algum tempo fiz testes com alguns estudantes de uma escola técnica federal que não sabiam fazer cálculo, conversão de medidas ou mesmo usar um paquímetro !!!!
    Em compensação ou em contrapartida nossas Universidades Federais formam excelentes profissionais e, como exemplo, muitos Engenheiros que contratei foram destaque no exterior mantendo ranking de colocação sempre entre os primeiros lugares! …. Imaginem se o ensino fundamental e médio formasse melhor nossos jovens até chegarem às portas das universidades?
    Temos talento, temos uma riqueza humana que pode ser plenamente desenvolvida em qualquer coisa… só faltam políticas sérias e de fato estratégicas que visem um ensino forte e de qualidade a longo prazo neste país pois nossa real independência ou soberania (e de qualquer nação) se baseia sempre no capital intelectual de seus cidadãos.
    Abraços,

  6. Não li todos os comentários, mas percebi que muitos falam em educação.

    Na minha opinião, acho que um dos grandes responsáveis pela falta de interesse, pelos estudos e pelas ciências, das nossas crianças e jovens é a mídia.
    Pelo que vejo, os programas de TV ensinanam valores fúteis como beleza, riqueza fácil, ostentantação e mais um monte de besteiras que assistimos nas novelas e programas humorísticos como o Pânico e BBB, por exemplo.

    Nossa mídia não demostra valorizar o trabalho, a intelictualidade e os estudos. Uma vez vi num programa de televisão, o apresentador dizendo que estava rico e fazendo sucesso e que muito do se aprendia na escola era inútil.

    Segundo o exemplo dado pela Globo.

    O sonho americano: Trabalhar e enriquecer!
    O sonho Brasileiro: Enriquecer sem trabalhar!

    Claro que todos nós sabemos que o povo brasileiro é trabalhador, esforçado e competente, mas os exemplos de sucesso exaltados pela nossa mídia são péssimos.

  7. Esperemos que os lucros do pré-sal realmente possibilitem o avanço no sistema educacional brasileiro, torcendo para a menor efetividade da corrupção e a consolidação de uma plano reformista, não necessariamente semelhante ao aplicado em outros países, pelas divergências inevitáveis com qualquer que seja, mas ainda sim é útil analisar a influência de seus planos para talvez adaptar à realidade brasileira.

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