Brasil poderá desenvolver seu caça, diz executivo

Erik's Future Gripen

A sueca Saab, fabricante do caça Gripen, já tem protocolos de entendimento com cinco empresas brasileiras que fornecerão componentes para o Gripen NG.

Brasília – Vencedora de um dos processos de escolha mais longos do País, a sueca Saab, fabricante do caça Gripen, já tem protocolos de entendimento com cinco empresas brasileiras que fornecerão componentes para o Gripen NG – o escolhido pelo governo brasileiro -, incluindo a Embraer, onde serão desenvolvidos os equipamentos de tecnologia e onde o avião será montado.

Preparada para começar a produzir o caça em 2015, a Saab diz que 100% da alta tecnologia usada pela empresa será repassada ao Brasil. “A transferência será extensiva. O Brasil vai ganhar a capacidade própria de desenvolver um caça. Claro que isso tem como base o fato de que o Brasil já tem uma indústria muito capaz. O que trazemos é um conhecimento específico sobre caças”, diz o vice-presidente executivo da Saab, Lennart Sindahl. Quando o processo de transferência estiver concluído, afirma, o Brasil será capaz de construir um caça por conta própria.

Uma das maiores vantagens da Saab no processo, na visão da Aeronáutica, era justamente o fato de que o caça será construído no Brasil e a tecnologia, desenvolvida aqui, em conjunto. Sindahl diz que mesmo as partes militarmente mais sensíveis serão divididas com o País, com a propriedade intelectual compartilhada. “O governo sueco é muito aberto, não temos nenhum problema com isso.”

Cinco empresas brasileiras já têm protocolos assinados com a Saab e são os primeiros fornecedores e parceiros da empresa na produção nacional do Gripen. A primeira delas é a Embraer, onde os componentes eletrônicos mais sensíveis serão desenvolvidos. A empresa tem uma unidade militar no município de Gavião Peixoto, a 300 quilômetros de São Paulo, com uma pista de 5 mil metros, que deve concentrar também a montagem e o teste final dos Gripen.

Também estão na lista de fornecedores a AEL, subsidiária gaúcha de uma empresa israelense, que produzirá displays e outros equipamentos eletrônicos de bordo; a Mectron, que pertence ao grupo Odebrecht, que fornecerá armamentos; a Atec, de softwares; e a Akaer, de projetos estruturais, que já trabalha com a Saab.

“Temos um compromisso muito forte de encontrar fornecedores brasileiros. O Gripen será construído aqui com componentes brasileiros, suecos e de outros países”, afirma Sindahl, explicando que uma das políticas da Saab é não ter fornecedores que vivam exclusivamente de fornecer peças para o caça.

Uma das críticas feitas pela concorrência ao Gripen é o fato de o avião ser um protótipo, não um avião pronto e testado, como os rivais derrotados Rafale, da francesa Dassault, e F-18 Super Hornet, da Boeing. Sindahl explica que o Gripen já voa há 30 anos e está na 4.ª geração. A política da empresa, no entanto, é desenvolver produtos locais, com o comprador, adaptados à necessidade de cada país.

Uma das coisas que mais ouvimos dos nossos clientes é que precisam da capacidade de defesa, mas não podem pagar o altíssimo preço cobrado. Então encontramos uma forma de atender a essa demanda”, afirmou. “Nossos críticos são muito bons em falar mal do Gripen e ruins de defender os seus produtos. Nós fazemos o contrário.”

Surpresa. O anúncio do resultado da escolha brasileira pelo Gripen NG surpreendeu a própria Saab. Sindahl admite que a empresa ficou “um pouco surpresa”, pois esperava o anúncio apenas para 2014.

Apesar de considerar sua proposta muito boa, e ter o menor preço, os rumores de que os demais concorrentes estavam na frente deixaram o Gripen como o azarão da disputa. Nenhum dos ministros da Defesa, em todo o processo, visitou a Suécia, e o lobby sueco era bem menos agressivo que o francês e o americano.

“Fizemos uma proposta que preenchia muito bem as necessidades brasileiras, podemos oferecer a transferência de tecnologia de uma maneira muito eficiente porque temos o desenvolvimento em andamento e essa é a melhor maneira de transferir, trabalhar juntos. Estamos muito felizes”, diz Sindahl.

Nesta sexta-feira, em telefonema ao ministro da Defesa, Celso Amorim, a ministra da Defesa da Suécia, Karin Enström, manifestou a satisfação do governo sueco com a escolha do governo brasileiro. Amorim disse para a ministra que, com a opção pelo Gripen, o Brasil inicia um relacionamento de longo prazo com a Suécia.

Essa parceria, acrescentou ele, inclui transferência e desenvolvimento conjunto de tecnologias relacionadas à aeronave. A ministra informou que, no início de 2014, seu país apresentará ao Brasil propostas concretas sobre a cessão antecipada de caças, e sobre a capacitação da Força Aérea Brasileira para operar os modelos agora comprados.

Fonte: Exame

16 Comentários

      • Comeu nada.
        Ele é cara de pau mesmo. Desonesto.

        Lembro muito bem dele e de sua tropa de choque, defendendo o Collor durante o processo de impechment. Não sei qual é o motivo que leva alguns órgãos de imprensa a repercutirem o que ele escreve. E ele só escreve bobagens. Não dá uma dentro.

        Outro que fazia parte dessa turma da tropa de choque do Collor é o Roberto Jefferson, um dos mais safados políticos que já vi, e que hoje é tratado como arauto da moralidade na nossa imprensa.

      • Eu não duvidaria… vindo desse governo pastelão cuja diplomacia altiva e pantanosa costuma enfiar os pés pelas mãos, pode se esperar tudo…

    • VELHOS MIRAGES DO BRASIL JÁ ESTARIAM NA COREIA
      Publicado: 23 de dezembro de 2013 às 0:00 – Atualizado às 22:11

      Mirages da FAB já estariam na Coreia do Norte, com pilotos brasileiros instruindo os colegas norte-coreanos no porto de Nampo, segundo uma revista on-line de Paris. Os caças serão adaptados em Pyongyang com napalm e outras armas químicas, para ataques-suicidas à Coreia do Sul. A FAB não tem notícia de interessados na compra dos caças desativados, que sem peças de reposição voariam por pouco tempo.

      NÃO ACREDITO EM TAMANHA ABERRAÇÃO ! NUNCA DEI CREDIBILIDADE AO QUE ESSE SR. FALA !

    • Bem que o Cláudio Humberto poderia vender o Nae São Paulo para os norte coreanos,já que ele vendeu os Mirages porque não ofereceu o pacote completo? Nós não usamos o Nae São Paulo mesmo !kkkk

  1. “Quando o processo de transferência estiver concluído, afirma, o Brasil será capaz de construir um caça por conta própria.”
    Isso não é verdade nem mesmo a SAAB pode “construir” um caça o que ela pode fazer e nós poderemos no futuro proximo é montar um caça.

    • Isso que você diz é verdade Carl,pois a SAAB assim como a Embraer,não domina todas as tecnologia embarcada em suas aeronaves,inclusive já li que somente EUA, Rússia e França são capazes de produzir aeronaves sozinhos sem depender de ninguém !

      Mas pelo que vejo a SAAB, possui tecnologias e expertise na fabricação de caças ,que se não irão capacitar a Embraer a construir o seu próprio caça por conta própria, irão promover um salto tecnológico excepcional à nossa indústria aeronáutica !

    • A Saab não pode, assim com a Boeing , lockheed e Dassault tb não, dependem de GE, PW, Snecma e Thales etc..p/ integrarem sistemas deles.

  2. Preparada para começar a produzir o caça em 2015, a Saab diz que 100% da alta tecnologia usada pela empresa será repassada ao Brasil. “A transferência será extensiva. O Brasil vai ganhar a capacidade própria de desenvolver um caça. Claro que isso tem como base o fato de que o Brasil já tem uma indústria muito capaz. O que trazemos é um conhecimento específico sobre caças”, diz o vice-presidente executivo da Saab, Lennart Sindahl. Quando o processo de transferência estiver concluído, afirma, o Brasil será capaz de construir um caça por conta própria. === Foi p isso q entramos nessa empreitada…e q seja logo e p ontem.Sds.

  3. Quanta ilusao senhores, nao eh possivel que as cabeças de bagre ainda nao sabem quais os fatores que justificam o investimento no desenvolvimento de um vetor, se o brasil conseguir concluir o projeto do NG ja estara de bom tamanho, nao adianta agora querer atropelar o tempo !

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