Exército dos EUA testa arma Laser de alta potência

Caminhão novo do laser do Exército dos EUA deu um grande passo para se tornar uma realidade.  Boeing integrou um sistema de controle de feixe de encontrar e rastrear alvos e ponto e se concentrar um feixe de laser sobre os alvos.  Foto: Boeing Company

Tradução e adaptação:E.M.Pinto

O demonstrador do US-Army,  High Energy Laser Movel Demonstrator (HEL MD) foi submetido a vários eventos de teste entre 18 de novembro e 10 de dezembro, em White Sands Missile Range, envolvendo mais de 90 disparos de  morteiros e vários veículos aéreos não tripulados em voo.

O diretor do feixe, uma parte fundamental do sistema de controle do feixe, é uma rotação, torre em forma de cúpula que se estende acima do teto do veículo enquanto se envolve alvos.  Foto: Boeing Company.

Foi a primeira vez que o Exército testou este laser de alta energia montado sobre veículos ao ar livre, utilizando fonte de laser de alta potência do sistema e diretor do feixe, ambos montados em um caminhão. Ao lado do sistema de laser, um não especificado sistema de radar multímodo apoiou o engajamento  a laser. A demonstração e teste confirma a capacidade de um sistema de armas laser de estado sólido móvel ema combater morteiros, UAVs de inteligência, vigilância e reconhecimento, bem como sensores montados nos UAVs, disseram autoridades.

O diretor do feixe, uma parte fundamental do sistema de controle do feixe, consistem em uma torre com capacidade de rotação, que se estende acima do teto do veículo enquanto se envolve alvos.
O MD HEL está sendo desenvolvido para demonstrar a capacidade de proteção por um sistema de  energia dirigida contra foguetes, artilharia e morteiros (RAM). Também se destina a proteger contra os veículos aéreos não tripulados (UAVs) e mísseis de cruzeiro. Estes apresentam um alvo amplo conjunto para o sistema de aquisição de alvos do sistema, considerando-se a grande variabilidade das velocidades alvo, capacidade de manobra e assinaturas de radar.

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A eficácia do sistema inicial foi comprovada nos testes de baixa e média potência que ocorreram em 2011. Atualmente na fase II de testes de alta potência, o teste recente aplicou um laser da classe de 10 kW. O programa de três anos inciado em setembro de 2012 está prevista para durar até 2015.

No futuro, um laser de classe de 50 kW será integrado na plataforma HEL MD, este laser está programado para ser atualizado posteriormente para uma  classe de laser de 100 kW.

Como parte dos aprimoramentos planejados, os subsistemas de apoio térmicos e de energia também será atualizados para suportar os cada vez mais poderosos lasers de estado sólido, de acordo com funcionários USASMDC / ARSTRAT. Eles disseram que essas atualizações  aumentarão o alcance efetivo do laser, diminuindo também o tempo necessário de engajamento e incidência sobre o alvo.

Fonte: Defense Update

26 Comentários

  1. MAIS UMA VEZ OS AMERICANOS FAZENDO HISTÓRIA… vai começar a rasgação de calcinhas dos russófilos… rsrsrsrsrsrsrs….

  2. Muito interessante o sistema, mas falta muito até ficar operacional. Até alcançar os 100 kW, que deve ser a potência mais ou menos necessária para se abater misseis de cruzeiro, vão se passar umas boas décadas. E para se poder dizer se a ideia é prática ou não, resta ver é a capacidade de engajar em rápida sucessão múltiplos alvos, se não o sistema estará fadado ao fracasso. Talvez seja por isso a intenção de aumentar a potência, disparar em rajadas curtas e certeiras de forma a destruir rapidamente o alvo para engajar múltiplos alvos em rápida sucessão. Seja como for, por enquanto ainda acho sistemas de misseis e canhões rotatórios mais interessantes, disparam mais vezes e mais rapidamente, o que os permite engajar múltiplos alvos mesmo sobre saturação, porque com apenas um laser e tão grande como esse caminhão, ele tá mais pra alvo do que qualquer coisa, não tem cara de que aguenta o calor de uma saturação de misseis. E por ultimo, ainda não saímos do problema das baterias, podem aumentar a potência do laser até 1 MW se quiserem, a questão é quanto tempo as baterias aguentam disparar, porque um sistema de ultra precisão como um laser mas que só dispara 3/4 vezes é algo meio inútil. Agora antigamente, o Pentágono tinha o plano de criar VANTS movidos a um reator nuclear super miniaturizado, no entanto o projeto foi cancelado devido ao protestos das instituições de aviação civil quanto ao risco apresentado no caso de acidente. Desconheço a que pé estava a ideia, mas se tiver maturado o suficiente, talvez ambicionem instalar um reator do gênero no laser, dessa forma se teria virtualmente uma fonte inesgotável de energia. O problema passaria dessa forma a ser o risco apresentado pelo reator no caso de destruição do sistema.

    • “Até alcançar os 100 kW, que deve ser a potência mais ou menos necessária para se abater misseis de cruzeiro””

      100 KW é várias vezes mais potência do que o necessário para abater mísseis de cruzeiro à longas distâncias, a não ser que alguém invente um míssil de cruzeiro blindado com vários centímetros de urânio empobrecido ou algo assim.

      Todos os mísseis de cruzeiro possuem sensores ou radomes frágeis fáceis de destruir mesmo por um laser de 10 KW. Na verdade 0,1KW já é suficiente para cegar qualquer sensor eletroótico, principalmente IR e IIR.

      • Meu caro, de fato, qualquer potência é suficiente, até 1 uW já seria suficiente, a questão é o tempo de exposição ao laser. Mais fácil destruir um míssil apontando numa rajada de 1 milésimo de segundo do que durante 1 minuto(relembrando a física do ensino médio: P=E/t). Agora usar urânio empobrecido nem seria a solução mais eficiente, a melhor forma de se evitar um laser é usar uma superfície reflexiva, dessa forma a maior parte da energia do laser seria refletida. Pelo que se falou do sistema lá no DefenseUpdate o sistema é mais para abater o alvo do que cega-lo, claro que só cega-lo já bastaria, mas isso resolve o problema de misseis guiados por IR, mas não resolve no caso de projéteis, JDAM, misseis balísticos e etc… Por isso creio que o sistema tenha mais o objetivo de ir aquecendo o metal até derrete-lo e destruir o míssil. Mesmo porque, é muito mais fácil seguir um alvo e apontar para ele o tempo todo, do que ter que mirar num ponto tão pequeno quanto a cabeça do míssil, que aliás poderia também tomar medidas evasivas de forma a dificultar o apontamento.

      • Quando falei em Urânio empobrecido estava sendo sendo irônico.

        Você leu a matéria?
        O sistema é de alta potência e é capaz de destruir progéteis de morteiros e UAVs. Tem mais do que energia suficiente para destruir um míssil de cruzeiro em poucos segundos.

        Exatamente ao contrário do você falou!

        “mas não resolve no caso de projéteis, JDAM, misseis balísticos e etc…”

        Estava falando sobre míssies de cruzeiro e você sabe muito bem disso, e nenhum míssil de cruzeiro de proteção de metal para ter que ser aquecida.

        Quanto às superfícies reflexivas, elas precisariam ter capacidade de refletir a frequência e tipo de laser certo. Não é como nos desenhos onde basta botar um espelho e o laser é refletido.

      • “O sistema é de alta potência e é capaz de destruir progéteis de morteiros e UAVs. Tem mais do que energia suficiente para destruir um míssil de cruzeiro em poucos segundos.

        Exatamente ao contrário do você falou!”

        Você leu o que eu escrevi?

        “que DEVE ser a potência mais ou menos necessária”

        Eu não afirmei nada, eu estava supondo, o único fato que temos aqui é que por algum motivo, eles pretendem aumentar em 10 vezes a potência do laser, o que não é pouco. Eu estava supondo as possíveis motivações para tal. Outra possível razão seria aumentar o alcance efetivo do laser. Mas isso tudo que eu escrevi eram suposições, em momento algum fiz afirmações.

        “Estava falando sobre míssies de cruzeiro e você sabe muito bem disso, e nenhum míssil de cruzeiro de proteção de metal para ter que ser aquecida.”

        Sim eu sei, e foi por isso que escrevi exatamente aquilo.

        “Quanto às superfícies reflexivas, elas precisariam ter capacidade de refletir a frequência e tipo de laser certo. Não é como nos desenhos onde basta botar um espelho e o laser é refletido.”

        Eu julguei que era por demais óbvio escrever isso, foi por isso que coloquei apenas “superfície reflexiva”, ninguém iria colocar um material totalmente opaco aquela frequência… Fica subentendido que ela é reflexiva a frequência do laser, e numa situação ideal, somente a ela.

      • O termo mais correto aqui nem seria bem opaco, o que eu quis dizer com essa palavra seria um corpo que se comportaria como um corpo negro para aquela frequência, isso é, absorve por completo ela, sem refletir nada.

      • “seria um corpo que se comportaria como um corpo negro para aquela frequência, isso é, absorve por completo ela, sem refletir nada.”

        Absorver a
        frequência simplesmente transformaria o laser em calor.

        Física básica.

      • E também, ao contrário do você diz canhões rotatórios tem curtíssimo alcance por causa das características balísticas dos projéteis, portanto sua janela de engajamento é extremamente limitada.

    • Você colocou problemáticas interessantes. Mas pode ter certeza de que vão/estão considerar/ando todas e mais algumas… como por exemplo a renovação eficiente da energia utilizada.

      Agora, pra descontrair, como eu sou tiozinho e assisti Spectreman, Ultraseven e afins, só não podem utilizar a energia do sol pra esta renovação porque os japoneses já nos ensinaram que dá problema! rsrsrsrs…..

  3. Os soviéticos já tinham experimentos com armas lasers (veículos anti-aéreos) não?
    —–
    Imaginem essas armas com suas pontências ampliadas e elas equipadas em Cruzadores e Encouraçados não só como armas defensivas contra mísseis e UAV, mas como armas ofensivas, imaginem um disparo de canhão derretendo centímetros de blindagem, claro isso não será para agora mas nada é impossível ^^

  4. Cá estão os novos meios de defesa anti-aérea… Mas é improvável que sistemas como esses venham a substituir por completo os mísseis ( ao menos nesse primeiro terço de século ).

    Mísseis, embora sejam mecanismos complexos e cada vez mais caros de serem adquiridos e mantidos, ainda assim serão sistemas que poderão perseguir seus alvos pelos seus próprios meios ( radar ativo e IIR ); coisa que um laser jamais será capaz de fazer.

    Um laser deverá, tal como um canhão guiado por radar, contar com sistema ativo ou passivo que esteja “lockando” o alvo para ele, podendo torna-lo mais vulnerável a artefatos anti-radar.

    Mísseis, por outro lado, quer sejam dotados de radar ativo ou IR/IIR, embora necessitem basicamente dos mesmos sistemas em um primeiro momento, permitem que radares mantenham-se pelo menor tempo possível ativos ( quando necessário ), ao que após o lançamento podem ser desligados e deixar o míssil por conta própria.

    Evidente que o laser, dependendo do alcance, pode oferecer uma proteção tão ou mais eficaz, mas ainda assim fica patente o fato de se necessitar de um sistema ativo para localizar e engajar grande quantidade de alvos a distância. E como o laser teria que ser direcionado para eles, haveria a necessidade de um sistema ativo ligado o tempo topo, até que o engajamento dos alvos em série seja concluído. Em outras palavras, para dar proteção total contra a aviação e tempo de reação que chegue, ele teria que ter realmente um grande alcance ( o que também significa potência ); talvez muito além dos atuais SAMs. E sistemas passivos de detecção, nesse caso, pecariam por manter a unidade de tiro limitada ao alcance visual, podendo fatalmente expô-la contra aeronaves de caça…

    Ou seja, a evolução dos radares também deverá acompanhar o laser ( como não poderia deixar de ser com qualquer sistema anti-aéreo de média e longa distância ), com sistemas LPI e muito mais alcance, para poder engajar aeronaves e mísseis de baixíssima detectabilidade em sequência e em uma distância que permita uma reação eficaz e preserve a segurança da unidade. Apresenta assim, a grosso modo, as mesmas vulnerabilidades de um SAM convencional nesses dois parâmetros ( interceptar aeronaves e mísseis de cruzeiro ), embora possa chegar a ser mais eficiente.

    Já no tocante ao engajamento de projéteis, bombas guiadas, morteiros e foguetes, inquestionavelmente não haveria arma melhor, haja visto que as dimensões reduzidas desses artefatos podem comprometer a eficacia de mísseis convencionais, e cuja interceptação ( mesmo que bem sucedida ) poderia gerar fragmentos que cairiam na zona do alvo, podendo gerar vitimas ( algo muito mais difícil de ocorrer com um laser )…

    Em resumo, creio que mísseis ainda continuarão a dividir espaço com lasers para interceptar aeronaves e mísseis de cruzeiro, mas tenderão a assumir o papel dos SAMs no que diz respeito a outras interceptações ( embora ainda podendo ou não serem secundados por mísseis ).

    • Mas ai é que está o problema do laser. O sistema de guiagem do feixe. Seja ele qual for, ele fica limitado a precisão desse sistema. Não seria nada difícil derrubar um alvo tão grande quanto um cargueiro ou bombardeiro por exemplo, a longa distância, não seria necessário uma grande precisão, mas se forem alvos tão pequenos quanto um míssil de cruzeiro por exemplo, seria necessário que a precisão do radar fosse tão pequena que o erro ainda mantivesse o laser no alvo, desde que mirado no centro. Esse é um dos piores limitadores, pois isso determinaria a distância ao qual o sistema poderia engajar. Da forma como os radares funcionam hoje, um sistema como esse ficaria limitado a curtas e medias distâncias. Agora, não creio que lasers venham a substituir os canhões, os misseis sim, quanto o sistema tiver maturado o suficiente pode até vir a substituir. Mas os canhões sempre serão um meio simples e extremamente barato de se abater alvos. Além de servir de complemento. Outra vantagem de sistemas de misseis e canhões é não terem a limitação das baterias, isso é, no futuro, quando lasers vierem a ser a resposta imediata para ameaças, esses sistemas poderão ser mantidos como “backups”, isso é, caso as baterias se esgotem, ainda existem esses outros sistemas como resposta. Sem contar alvos que estejam simplesmente longe demais para poderem serem atingidos com eficiência por lasers, como satélites, misseis balísticos fora da atmosfera, etc…

  5. Deste a descoberta do laser que se tenta dar utilidade militar para ele.. são satélites que destroem objetos no solo, canhões que destroem satelites, aviões que destroem foguetes e até blindados que destroem aviões.. enfim..
    Isso me lembra o paradoxo de Fermi: ” Aonde eles estão?” Fermi se referia aos nunca vistos ETs, mas tambem pode ser aplicado a viabilidade das armas lasers…

    • Walfredo,

      Pelo que sei, não é assim… Conforme os amigos Deagol e Lucas Senna lembraram lá em cima, um escudo reflexivo precisaria estar de acordo com a frequência do laser em específico para poder resistir as emissões. Não é, portanto, algo simples de ser conseguido… Creio que a potencia do laser também influencia nesses casos…

      • Ele pensa com a mente de uma criança… sua física é aquela que ele ainda estudava no primário… difícil manter uma conversa intelectualmente mediana com o walfredo… faltam subsídios neurológicos para tal empreita… as crianças de 4 anos com quem eu dialogo de vez em quando tem a mesma percepção que ele… só senso comum e achismo… elas, pelo menos, ficam o tempo todo perguntando “o que é isso” ou “como funciona tal coisa”… ele, nem isso…

      • Olha, de fato, um espelho seria capaz de refletir a um raio laser(que geralmente estão na frequência do visível), mas apenas por pouquíssimo tempo, alguns milésimos de segundo. No caso específico do laser, isso se deveria mesmo a potência, a energia seria tanto, que mesmo ele refletindo mais de 90% dos raios luminosos, o pouco que é absorvido já seria suficiente para pulveriza-lo em poucos segundos. Um outro problema de se usar um espelho, seria que ele refletiria toda a frequência visível, isso é, toda a luz emitida sobre ele seria refletida, inclusive a solar. Seria como uma estrela brilhando no céu noturno.

        A dificuldade aqui, seria criar uma superfície que refletisse a frequência do laser com grande eficiência e que possui-se um alto calor específico. Além disso, a única forma de contornar o problema da detecção seria se o objeto refleti-se todos os raios diretamente para a fonte emissora, isso é: ser um retrorrefletor(existe um desses objetos na lua, levado pela Apolo 13, ele nos permite saber com precisão a distância entre a lua e a Terra). Outra vantagem do retrorrefletor seria redirecionar o feixe de volta ao canhão que o disparou, danificando-o ou mesmo destruindo-o. Por último esse material deveria ser transparente ao radar, para permitir que se use uma camada de RAM por baixo. Como dizem os americanos: “easier said than done”. Enfim, não é impossível, mas não é simples nem fácil, nada que uma boa física de materiais e nanotecnologia não resolva.

      • Uma correção: Não foi a Apolo 13 e sim a 15. Na verdade foram deixados na 11, 14 e na 15, mas o da 15 é o maior e mais famoso deles. Existem outros dois retrorefletores de origem soviética também.

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