O novo rosto da guerra

A guerra civil na Síria mostra claramente como o tipo de ações militares está mudando nas condições atuais. O confronto informativo, juntamente com métodos não tradicionais de luta armada, determinam o quadro dos conflitos em muitos pontos quentes do planeta. A Rússia pode perfeitamente ter de enfrentar essas ameaças já nas próximas décadas.

A origem do problema

O caráter laico do Estado sírio é condicionado pela construção do seu poder: o “regime de oficiais” dos Assad, que constitui uma direção militar autoritária clássica, não tencionava repartir o poder com as autoridades religiosas. Por um lado, isso garantia um caráter progressista do Estado: a tecnocracia, tradicional num número significativo de ditaduras militares, permitiu fazer da Síria um dos países mais desenvolvidos do mundo árabe, com uma indústria tanto ligeira e alimentar, bem como com indústrias mais complexas como a produção eletrotécnica, a indústria química, o fabrico de uma série de modelos de armas, etc.

Por outro lado, o próprio caráter do Estado num país com uma maioria islâmica da população criou certos pontos de tensão. Isso dizia menos respeito às grandes cidades com tradicional tolerância religiosa: Damasco, Aleppo, Homs, com um número historicamente maior de população cristã, mas os problemas começaram na província. Eles agravaram-se também devido às diferenças confessionais: desde o início dos anos 60 que a Síria é dirigida por representantes do Partido do Renascimento Socialista BASS, cuja parte significativa da elite é constituída por alavitas (o alavismo é um ramo da corrente xiita do Islã).

Hafez Assad, dirigente da Síria entre 1970 e 2000, e o seu filho, Bashar Assad, o atual presidente do país, são alavitas. Mas a maioria da população são muçulmanos sunitas. A revolta islamita na Síria de 1976-1982, cujo ponto mais alto foi o assalto da cidade de Hama pelo exército sírio, foi um dos maiores confrontos, um pouco semelhante à atual guerra. A revolta terminou com a tomada da cidade e a liquidação dos dirigentes do grupo Irmandade Muçulmana, mas as causas do problema continuaram.

O aviso sírio

A “carta sunita” foi jogada pelas monarquias do Golfo Pérsico com o apoio organizativo e informativo da Turquia e de importantes Estados ocidentais durante a “primavera árabe”. Os levantamentos na Síria, que começaram como protestos contra a organização sociopolítica e o regime dos Assad, adquiriram rapidamente um caráter religioso. Os grupos islamitas radicais tomaram a liderança nas fileiras da oposição armada.

Hoje, esses grupos, principalmente a Frente Na-Nurs e outros semelhantes, constituem a principal força ofensiva dos combatentes armados radicais, não obstante o Ocidente ter renunciado à ideia de uma operação militar direta contra a Síria. Segundo vários especialistas, a principal força motriz desses grupos são os radicais islâmicos da Arábia Saudita e de uma série de outros países árabes aliados dos EUA que, desse modo, lançam para o mundo externo as suas contradições internas, provocadas pela inadmissibilidade da cooperação com Washington para os árabes comuns.

Um fator fulcral na campanha anti-síria foi a guerra informativa desencadeada pelas monarquias do Golfo e pelo Ocidente, cujo objetivo foi acusar Bashar Assad e o exército sírio de conduzirem uma guerra contra o próprio povo. O ponto alto dessa guerra foram as falsificações ligadas ao suposto emprego de armas químicas pelo exército sírio.

Além das acusações “químicas”, foram também ativamente feitas acusações de destruição intencional de bairros e povoações inteiros, do extermínio da população civil e de outros crimes de guerra. Essas acusações tornaram-se o motivo formal para a preparação de uma operação militar por parte do Ocidente. A Síria soube aguentar esse ataque, embora seja evidente que a derrota final dos bandos exige ainda muitos meses.

Um dos fatores muito importantes foi o apoio da Rússia, cuja posição política obrigou o Ocidente a renunciar à planeada operação e cujo apoio militar manteve as possibilidades do exército sírio. O apoio informativo não foi menos importante: os meios de informação russos levaram a todo o mundo informação alternativa sobre os acontecimentos, diminuindo bruscamente o nível de apoio à operação militar, principalmente tendo como fundo a crise económica.

Porém, a ameaça de desenvolvimento de um conflito segundo o mesmo cenário existe também na própria Rússia. Grupos islamitas radicais atuam em todas as regiões islâmicas da Rússia e fora delas. Por exemplo, o recrutamento de apoiantes em Moscou e noutras cidades e regiões com significativa população islâmica, tanto habitantes locais, como forasteiros. Além disso, a peste do fanatismo islâmico é particularmente atraente entre os neófitos que não têm qualquer experiência espiritual séria em se encontram no meio de problemas económicos e sociais.

Deve ter-se em conta que, no caso de agudização da situação, a Rússia tem todas as possibilidades de ser sujeita a uma demonização nos meios de comunicação ocidentais maior do que a Síria e o bloqueio informativo poderá ser muito mais duro.

Os Estados da Ásia Central estão sujeitos a uma ameaça maior. A Rússia, tendo os seus interesses nesses territórios, deve ter em conta a probabilidade de um conflito na região. Nesse caso, ações ativas da parte da Rússia provocarão também inevitavelmente uma séria resistência informativa, o que merece prestar a maior das atenções à preparação atempada do respetivo fundo informativo.

Além disso, é evidente que as divergências da Rússia tanto com o Ocidente, como com os países do Golfo Pérsico, complicam mais a situação, garantindo ao potencial movimento islamita apoio externo.

O reforço do exército não é o aspeto decisivo nestas condições. Nas regiões problemáticas, a reação deve começar antes do início do conflito, com medidas sociais e informativas, e, nas primeiras fases, com ações de tropas especiais contra dirigentes dos terroristas. Mais, o emprego de instrumentos militares torna-se justificado também contra bases estrangeiras e contra cabecilhas que aí se encontram. É bom que a Rússia já tenha a experiência de liquidação do terrorista Zelimkhan Yandarbiev no Qatar.

 

Fonte: Voz da Rússia

 

10 Comentários

  1. A guerra civil na Síria mostra claramente como o tipo de ações militares está mudando nas condições atuais. O confronto informativo, juntamente com métodos não tradicionais de luta armada, determinam o quadro dos conflitos em muitos pontos quentes do planeta. A Rússia pode perfeitamente ter de enfrentar essas ameaças já nas próximas décadas.==== Assim como outras pótencias, poderá ser dentro do seu território ou fora deles…Q o n país, ie, n “ortori//” se preprare, assim será o futuro das WAR…Sds.

  2. o texto esta correto ,tanto no que falou da síria quanto ao que pode vir a acontecer se tentarem fazer isso na russia
    o brasil tem que se preparar para esse tipo de guerra dissimulada que esta surgindo e usando os idiotas uteis que tem em cada pais do mundo
    pois idiotas uteis e vira-latas de gringo tem de monte

  3. Muito bom artigo, esclarecedor, realmente a Siria esta muito melhor governada por militares do que por radicais islamicos, o mesmo se aplica ao Egito e principalmente ao nuclear Paquistão.

  4. Pedi ao pessoal aqui do Plano Brazil para publicarem o artigo que fiz e que está disponível no meu blog: http://oantievangelico.blogspot.com.br/2013/12/guerra-subterceirizada-e-por-recursos_7.html. O Exemplo Sírio não é recente, há mais de vinte anos que a guerra mudou sua face só que para nós que vivemos sob a hegemonia do dito mundo Ocidental, não percebemos porque somos os maiores beneficiários de suas causas. Para pensarmos na nossa Amazônia, devemos estudar com afinco e detalhes a história do Congo. Aqueles que a conhecerem bem, e tiverem conhecimento de outras áreas saberão bem que a “rendição” do M23 é tão falsa quanto a sua própria criação, desenvolvimento e ação. Que o nosso general Santos Cruz foi convidado para “pacificar” o Congo apenas como um ultimato velado para dá uma ideia aos nossos militares que possuem juízo o que os arquitetos patrocinadores de todo aquele conflito que já matou mais de seis milhões de inocentes, vão tentar fazer conosco, caso não cedamos a seus interesses na Amazônia. Leiam com atenção e peçam ao editor, para que o mesmo o publique aqui no site, para ter maior visibilidade. O verdadeiro general responsável pela “pacificação” congolesa não é o nosso Santos Cruz, e sim o Grafeno. Leiam com atenção:

    GUERRA SUBTERCEIRIZADA POR RECURSOS MINERAIS: UM ESTUDO SOBRE O CASO DO CONGO

    As guerras convencionais com soldados, blindados, tanques, artilharia, helicópteros, caças, bombardeiros e informação militar tornaram-se anacrônicas e eleitoralmente caras demais para serem deflagradas e conduzidas. Para substituí-las, novas formas de criação de foco e difusão de conflitos foram criadas e outras foram amodernadas e adaptadas às tecnologias contemporâneas. É mais fácil, barato, e lucrativo armar criminosos no interior do Estado-Alvo do que criar pretextos para agredi-lo de forma convencional e depois pedir reparações financeiras – da qual ele será impossível pagar – que podem ser convertidas em direitos de exploração de seus recursos naturais e econômicos. Grupos criminosos armados, municiados, adestrados e bem informados juntos à populações desinformadas de imbecis úteis são mais baratos e menos trabalhosos do que os métodos convencionais conhecidos para alcançar o objetivo geoeconômico almejado – Carlos.

    Quem é quem neste novo jogo?

    Papéis e atores

    Estado Arquiteto: Estados Unidos, Europa e China.

    Aliado Regional: Ruanda, Uganda, Burundi e Tanzânia.

    Parceiro Econômico extracontinental: Índia

    Quintas-Colunas (guerreiros subterceirizados): M23, Coalizão de Resistência Patriótica Congolesa (PARECO), Forças Democráticas para a Libertação do Ruanda (FDLR), Exército de Resistência do Senhor (LRA), Forças Democráticas Aliadas (ADF), Milícias Mai-Mai e outros.

    Estado-Alvo: Congo

    Funções

    O objetivo do Estado-Arquiteto é patrocinar financeira (concedendo créditos) e comercialmente (vendendo armas, munição, treinamento militar e informações estratégicas ) seus aliados regionais para que estes incitem e apoiem com recursos materiais e humanos indivíduos e grupos nativos no interior do Estado-Alvo dispostos a promoverem convulsões sociais, rebeliões e revoltas para conseguir desestabilizar as instituições públicas do Estado-Alvo em uma primeira etapa, e em uma seguida, ocupe e lavre as minas com minerais cobiçados e controle as rotas necessárias ao seu contrabando rumo ao território dos Estados aliados regionais do Estado Arquiteto.

    Ouro do Congo

    Por mais de um século, a República Democrática do Congo tem sido assolada por conflitos regionais e uma corrida mortal para explorar os seus vastos e valiosos recursos naturais. Na verdade, a cobiça por recursos naturais do Congo tem sido a principal condutor de atrocidades e conflitos ao longo da história tortuosa do Congo. Hoje, no leste do Congo, estes recursos minerais estão financiando vários grupos armados, muitos dos quais usam o estupro em massa como uma estratégia deliberada para intimidar, desmoralizar e controlar as populações locais, garantindo assim o controle de minas, rotas comerciais, e outras áreas estratégicas.

    As fontes da Revolução Digital

    Lucrar com o comércio mineral é um dos principais motivos para os grupos armados por todos os lados do conflito no leste do Congo – o mais mortífero desde a Segunda Guerra Mundial. Os grupos armados ganham centenas de milhões de reais por ano trocando quatro minerais fundamentais às necessidades econômicas comuns: Colúmbia-Tântalo, Cassiterita, Volframita e Ouro, respectivamente os minérios que produzem tântalo, estanho, tungstênio e ouro. Este dinheiro permite que as milícias adquiram meios para comprar grandes quantidades de armas, munição e acessórios de comunicação, para continuar a sua campanha de violência brutal contra civis, com os piores abusos contra os direitos humanos nas áreas de mineração conquistadas e administradas pelas mesmas. A maioria destes minerais eventualmente acaba em materiais usados para confeccionar componentes em dispositivos eletrônicos como telefones celulares, aparelhos tocadores de música portáteis e computadores. Dada a falta de uma cadeia de suprimentos minerais transparentes, os consumidores desses produtos não têm nenhuma maneira de garantir que suas compras não estão financiando grupos armados que regularmente cometem atrocidades, incluindo o estupro em massa de meninas e mulheres.

    Como funciona?

    O Estado-Arquiteto concede créditos financeiros para os seus aliados regionais, para que estes comprem armas, munições, combustível, adestramento militar e informações estratégicas e táticas sobre os objetivos e os mecanismos de defesa pública do Estado-Alvo, seus dispositivos, capacidades, mobilização e movimentação. Depois de treinado, armado, municiado e abastecido, o Aliado regional alicia criminosos e oportunistas e desordeiros de todos os matizes a se rebelar contra o governo do Estado-Alvo, para evitar uma ação direta, cara e trabalhosa que provavelmente culminaria com a derrota, pois o todo a nação do Estado-Alvo iria se unir e lutar até o fim contra a agressão externa. O Estado Aliado assim oferece os bens e serviços que os créditos do Estado-Arquiteto lhe permitiram comprar em troca do compromisso de rebelião e revolução separatista dentro do Estado-Alvo nas áreas onde estão os recursos minerais e energéticos de interesse das grandes corporações transnacionais industriais do Estado-Arquiteto. Aceito o convite, o criminoso é treinado, armado, municiado, motorizado, abastecido e simultaneamente informado tanto por elementos dos serviços de inteligência dos Estados-Aliados, quanto por similares do Estado-Arquiteto, que já estão previamente dispostos e disseminados dentro do Estado-Alvo. Depois de estourada a “rebelião” para pagar pelo apoio, os criminosos subversivos nativos do Estado-Alvo devem capturar, controlar e lavrar o máximo possível dos recursos minerais e energéticos cobiçados pelo Estado-Arquiteto e os contrabandear para os territórios dos seus Estados-Aliados (Uganda, Ruanda, Tanzânia e Burundi) , para que estes em seguida façam o recontrabando extracontinental para o território de seu parceiro econômico regional ( Índia), onde estão localizados amplos parques industriais de empresas filiais transnacionais do Estado-Arquiteto ( Estados Unidos ) especializado em transformar tais matérias primas em materiais. Efetivada esta etapa, esses materiais são processados e transformados em componentes e subsistemas de produtos que quando prontos são enviado ao território do Estado-Arquiteto para serem montados e integrados ao produto final para serem comercializados em seu mercado nacional e exportados.

    Quais os objetivos?

    Capturar e lavrar as jazidas de minérios estratégicos, controlar as rotas vitais ao seu contrabando e contrabandear o máximo possível das matérias-primas primeiro para o território do Estado-Aliado regional, para que deste seja recontrabandeado para outro continente, no território do parceiro econômico continental onde estão instaladas empresas especializadas em transformar tias minérios em materiais específicos à confecção de componentes usados na montagem de produtos finais, no território do Estado-Arquiteto.

    As minas miradas pelo Estado-Arquiteto que patrocina os seus aliados regionais para que estes incentivem e apoiem os criminosos nativos do interior do Estado-Alvo a se rebelarem contra as Instituições públicas do Estado, são dos seguintes minerais estratégicos:

    Colúmbia-tântalo (ou Coltan, o termo coloquial Africano) é o minério de metal a partir do qual o elemento de tântalo é extraído. O tântalo é usado principalmente para a produção de capacitores, especialmente para aplicações que exigem alta performance, um pequeno formato compacto e de alta confiabilidade, que varia muito de aparelhos auditivos e marca-passos , para airbags , aparelhos de GPS , sistemas de ignição e sistema de travagem anti-bloqueio em automóveis, por meio de para os computadores portáteis, telemóveis, consolas de jogos de vídeo, câmeras de vídeo e câmeras digitais. Em sua forma de carboneto, tântalo possui dureza significativa e as propriedades de resistência ao desgaste. Como resultado, ele é usado em motor / turbina a jato lâminas, brocas, fresas e outras ferramentas.

    Cassiterita é o principal mineral necessário para produzir o minério de estanho, essencial para a produção de latas e de solda nas placas de circuito de equipamento eletrônico. O estanho também é geralmente um componente de biocidas, fungicidas e como tetrabutil lata / lata tetraoctyl, um intermediário em cloreto de polivinilo (PVC) e na fabricação de tintas de alto desempenho.

    Volframita é uma fonte importante elemento de tungstênio. O tungstênio é um metal muito denso e é frequentemente usado por essa propriedade, como em pesos de pesca, dicas de dardos e golfe cabeças clube. Igual ao tântalo, o tungstênio possui dureza e propriedades de resistência ao desgaste e é frequentemente usado em aplicações como ferramentas de usinagem, brocas e máquinas fresadoras. Pequenas quantidades são usadas para substituir o chumbo em “munição verde”. Quantidades mínimas são usadas em dispositivos eletrônicos, incluindo na confecção mecanismo de vibração dos telefones celulares.
    Ouro é usado em joias, eletrônicos e produtos odontológicos. Também está presente em alguns compostos químicos usados em certos processos de fabrico de semicondutores.

    Além destes quatro minerais, outros minerais, em menor escala também são alvo desse tipo de ação. Minas de manganês, cobalto, cobre, diamante e zinco são extremamente disputada pelas quintas-colunas.

    Quem são as quintas-colunas? Quais são os grupos armados?

    Os grupos armados empregam o uso da força e da violência sistemática para alcançar objetivos políticos ou econômicos. Eles não estão dentro das estruturas formais militares dos estados aliados, nem as alianças estaduais ou organizações intergovernamentais. Os grupos armados não estão sob o controle do Estado ou estados em que operam e podem incluir movimentos rebeldes, milícias étnicas, e os empresários econômicos e militares. Estes últimos atua mediante financiamento de seu cliente, e os demais agem mediante apoio material que é pago com o contrabando das riquezas extraídas das jazidas nas localidades as quais conquistam.

    Atualmente, mais de 50 grupos armados atuam no Leste do Congo, entre eles, os principais são o M 23 que recentemente foi desbaratado, mas afirma continuar sua luta por vias políticas, as Forças Democráticas para a Libertação do Ruanda (FDLR), o Congresso Nacional para a Defesa do Povo (CNDP), as Forças Democráticas Aliadas (ADF), A Coalizão de Resistência Patriótica Congolesa (PARECO), o Exército da Resistência do Senhor (LRA) e as Milícias Mai-Mai.

    Elas possuem várias denominações e afirmam lutar contra o governo por várias causas que vão de étnicas, passam por religiosas, culturais e autonomistas. As principais e mais expressivas são:

    M 23

    O grupo rebelde M23 foi criado em março de 2012 com base em um motim liderado por Bosco “O Exterminador do Futuro” Ntaganda e Sultani Makenga. De acordo com o Grupo de Especialistas da ONU sobre o Congo, vizinha Ruanda e Uganda estão apoiando a rebelião, a fim de promover seus próprios interesses econômicos e de segurança. Além disso, o M23 vem tentando ganhar o apoio de vários grupos armados locais, incluindo um ramo da brutal Raia Mutomboki.

    A rebelião tomou o nome “M23” em reconhecimento de 23 de março de 2009, a data do tratado de paz que integraram o Congresso Nacional para a Defesa do Povo, ou CNDP, no exército nacional. M23 rebeldes afirmam que o governo congolês não realizou o seu lado de um acordo de paz anterior.

    Depois de algumas faíscas intensas de combate em Kivu do Norte, o M23 ocupou Goma, capital da província de Kivu do Norte, em 20 de novembro de 2012. O exército nacional congolês e a missão internacional de manutenção de paz pouco fizeram para deter a invasão. Em primeiro de dezembro de 2012, M23 retirou-se de Goma e concordou com conversações de paz com o governo do Congo. Infelizmente, as negociações em curso em Kampala, capital de Uganda, estão a avançar com pouca urgência.

    Em março de 2013 M23 líder Bosco Ntaganda entregou-se à embaixada americana em Kigali, Ruanda, e foi transferido para o Tribunal Penal Internacional para o julgamento.

    Forças Democráticas para a Libertação do Ruanda (FDLR)

    As Forças Democráticas para a Libertação do Ruanda, ou FDLR, é um dos grupos armados mais poderosos que operam no leste do Congo. Formada pelos autores do genocídio de Ruanda em 1994, o FDLR está na lista do Departamento de Estado de organizações terroristas dos Estados Unidos. Enquanto os soldados ruandeses originais eram exilados, a maioria dos soldados das FDLR atuais foram recrutados em campos de refugiados no leste do Congo. Cerca de 1.000 a 2.000 combatentes das FDLR rank-and-file estão a ser dito atualmente operando no leste do Congo. O FDLR recebe assistência e orientação de Ruanda, na África, Europa e Estados Unidos.

    Congresso Nacional para a Defesa do Povo (CNDP)

    O Congresso Nacional para a Defesa do Povo foi um grupo rebelde que virou Partido Político que se dissolveu em abril de 2012. Fundada em dezembro de 2006 por Laurent Nkunda, o CNDP supostamente tentou proteger a minoria tutsi no leste do Congo contra a discriminação e maus-tratos, especialmente nas mãos da FDLR. Antes da fundação do CNDP, Laurent Nkunda foi um grande líder de outro grupo rebelde, o Rally para a Democracia Congolesa, ou RCD, que foi uma força beligerante importante na Segunda Guerra do Congo, entre 1998-2003.

    Até que se tornou um partido político em março de 2009 e foi rebatizado o ex-CNDP, o CNDP foi um dos grupos mais destrutivos a operar no leste do Congo, cometendo violações dos direitos humanos e outros crimes hediondos. Em 2008, o CNDP participou de uma guerra em grande escala contra o exército nacional congolês e as forças internacionais de paz da ONU.

    Em janeiro de 2009, após uma campanha militar de Ruanda e do Congo conjunta contra a CNDP, Nkunda foi preso. CNDP comandante Bosco Ntaganda encheu seu papel como líder do grupo rebelde e assinou um acordo de paz com o governo congolês em março 2009. Ntaganda concordou em acabar com a rebelião e integrar o exército congolês. A integração, no entanto, falhou: De 2009 até 2012, os ex-rebeldes do Ntaganda operado sob a sua própria cadeia de comando dentro da FARDC-um exército dentro do exército, e foram capazes de ganhar o controle do lucrativo comércio de minerais no leste do Congo. Em 4 de abril de 2012, 300 ex-soldados se amotinaram e formaram o M23 revolta, acusando o governo congolês de não conseguir segurar o seu lado do acordo. A maioria dos soldados eram ex-rebeldes do CNDP.

    Forças Democráticas Aliadas (ADF)

    As Forças Democráticas Aliadas é um grupo rebelde muçulmano de Uganda com atividades limitadas em Uganda e República Democrática do Congo. Em 2010, as forças ADF estavam ativas no distrito de Beni, perto da fronteira com Uganda até que uma operação FARDC teria desalojado forças ADF. De acordo com funcionários da ONU, a operação também deslocado cerca de cem mil civis congoleses.

    As milícias Mai-Mai

    Mai-Mai é uma coleção vagamente agrupado de milícia congolesa operacional no leste do Congo. Atualmente são seis os principais grupos que operam no Kivu: o Mai-Mai Yakutumba, Raia Mutomboki, Mai-Mai Nyakiliba, Mai-Mai Fujo, Mai-Mai Kirikicho e Resistência Nacional Congolesa. Grupos Mai-Mai são muitas vezes formadas por combatentes que se recusam a participar de processos de reintegração FARDC, e atribuem a crenças autonomistas, ou seja, eles acreditam que a terra deve pertencer a seus habitantes originais. Grupos Mai-Mai se sentem ameaçados por Rwandophone, comunidades Hutu e Tutsi, que eles veem como estrangeiros que tentam assumir suas terras e poder. Eles não estão unificados sob qualquer filiação política ou racial, mas todos ativamente civis como alvo e as forças de manutenção da paz das Nações Unidas no leste do Congo.

    Coalizão de Resistência Patriótica Congolesa (PARECO)

    A Coalizão de Resistência Patriótica Congolesa foi criada em 2007 e é atualmente o maior grupo de milícia Mai Mai operante no País. O grupo operou em estreita colaboração com o FARDC até 2008. Até 2010, mais de PARECO integrado no FARDC exceto uma facção: a Aliança Patriótica para um Congo livre e soberana, ou APCLS, liderado pelo general Janvier Buingo Karairi. Os APCLS possui uma aliança com FDLR e se recusa a se dissolver e ser integrada como unidade da FARDC.

    Exército de Resistência do Senhor (LRA)

    Exército de Resistência do Senhor é um grupo rebelde de Uganda liderado por Joseph Kony, que atua desde meados dos anos 1980. Neste momento, não está claro se ou não o LRA tem uma agenda política. Esta milícia cruel dirige sua violência contra os civis e atava as comunidades locais, que captura, depois massacra pessoas inocentes, arrasando aldeias e raptando crianças e em seguida as força a servir como soldados, carregadores e escravas sexuais. O LRA é atualmente muito ativo em partes da República Centro-Africano e leste do Congo.

    Guerra psicológica: estupros em massa contra meninas e mulheres

    Dezenas de milhares de mulheres e meninas foram e continuam a serem vítimas de violência sexual no Congo. Os ataques são comuns e o acesso à assistência médica e psicológica é muito limitada. As vítimas de violência sexual ficam muitas vezes com demasiado medo ou vergonha de procurar tratamento e passam a ser evitadas pela sociedade e suas famílias por causa de suas experiências.

    Os grupos de criminosos apoiados pelos Aliados regionais norte-americanos, Ruanda, Uganda, Tanzânia e Burundi, juntamente com o Exército Nacional Congolês, são os responsáveis por violações aos direitos humanos e estupros coletivos, que levam a lesões e à morte suas vítimas. São também responsáveis por milhares de raptos de mulheres e meninas.

    Por fim, a prevenção da violência sexual no leste do Congo vai exigir compromissos políticos e financeiros para a reforma das Instituições segurança e defesa públicas do Congo, a justiça e as instituições econômicas. Em abril de 2011 o Departamento de Estado americano – o mesmo país (Estado-Arquiteto) que arquiteta a grande estratégia e concede créditos para a compra de armas, munições, aparelhos de comunicação, adestramento militar e fornece informações em tempo real aos seus aliados regionais que por “coincidência” são também apoiadores e incentivadores desses criminosos estupradores -, divulgou uma estratégia para trabalhar com o governo congolês e as Nações Unidas para combater a violência sexual baseada em gênero no Congo.

    Cumplicidade da grande mídia global

    A grande mídia global se recusa a divulgar as reais causas desta guerra por motivos diretos e indiretos. Indiretos, porque boa parte dos seus clientes são corporações que estão intrinsecamente interessadas nos recursos minerais congoleses para assegurarem sua economia de escala e satisfazerem às necessidades e desejos de seus consumidores. E diretamente porque o próprio poder da mídia global cresce à medida que os produtos característicos da Revolução da Informação (televisões, computadores, satélites, lançadores de foguetes, antenas, transmissores, receptores, celulares, ipodes, laptops e etc.) são fabricados com esses mesmos minerais que causam este conflito. São os desinformados e subdesenvolvidos pagando o preço da informação e do desenvolvimento dos informados e desenvolvidos.

    Efeito grafeno..

    Após mais de seis milhões de mortes, há aproximadamente dois meses, o Exército do Congo em conjunto Forças da ONU comandas pelo general brasileiro Santos Cruz desencadeou uma ofensiva que obrigou o principal grupo criminoso a agir no Congo, o M23 a se render. Encurralados, os criminosos do M23, entregaram as armas e seu líder, o autointitulado general Bosco Ntaganda, se rendeu na embaixada norte-americana em Ruanda. No fim do ano passado, este mesmo grupo invadiu uma das principais cidades do Congo, Goma. Lá acampou e permaneceu por dias sem ser incomodado por nenhuma das autoridades congolesas e da MONUSCO da ONU. Esta, era então liderada pelo general indiano Chander Prakash.

    Em tempo, não esqueçamos que uma das condições para os franceses aceitarem o acordo dos 50 helicópteros foi uma concessão especial à cientistas franceses para se instalarem na Amazônia e que recentemente, a Colômbia fez um acordo de cooperação com a OTAN. Se tal um dia evoluir e se tornar em uma adesão à aliança militar americana-européia, pode ter certeza que o objetivo será mesmo a nossa Amazônia.

    Abraços e reflexões a todos. Pátria e amor: BRASIL!

    • o DEA americana ,faz o mesmo serviço , ela diz que combate as drogas ,mas ela além de negociar as drogas entrega armas para os traficantes exemplo mexicanos e quando a casa caiu disseram que era para monitorar ,além de esse papo furado de combate as drogas colocam bases no território latino.
      o presidente do Uruguai acertou ,pois agora o traficante perdeu a forma de dinheiro fácil, pois essa foi para mãos do estado
      os traficantes aqui em são Paulo estão comprando vários comércios pois tem que lavar o dinheiro ,armamento chegando de container
      e isso tem as mãozinhas cheias de sangue do estados unidos
      armaram os traficantes e do outro lado
      as mortes da juventude aquela que vai para linha de gente esta morrendo pelo trafico ,tudo isso já é feito na américa latina faz tempo
      agora que estamos percebendo que por dia toneladas de drogas vários armamentos ,mas nunca acaba ???
      quem ganha com isso além de policos envolvidos e vários de farda envolvido também ,pois é muito dinheiro
      mudando de assunto cade a matéria em que o congresso do Paraguai aprova a entrada da Venezuela no mercosul ??????

  5. Em tempo, não esqueçamos que uma das condições para os franceses aceitarem o acordo dos 50 helicópteros foi uma concessão especial à cientistas franceses para se instalarem na Amazônia e que recentemente, a Colômbia fez um acordo de cooperação com a OTAN. Se tal um dia evoluir e se tornar em uma adesão à aliança militar americana-européia, pode ter certeza que o objetivo será mesmo a nossa Amazônia.

    Abraços e reflexões a todos. Pátria e amor: BRASIL! ==== Esse é o grd perigo,e já foi ventilado por um general esse fato;sem contar q a tal OEA e outros organismos internacionais, (às famifegeradas ONGs ) estão trabalhando às mentes de n irmãos nortistas…E oi q temos feitos p mitigar e ou anular à ações desses nefastoSS intruSSoSS?!?! Pindorama nem caças de 1ª linha tem…falar + o quê? Trágico.Sds.

  6. Caro Giancarlos Argus, em uma hierarquia de potenciais ameaças, não coloco os franceses entre os primeiros, nem entre os últimos, pois as atuais condições dos mesmos não lhes permite tal pretensão.

    Esse acordo dos submarinos vai sair ao Brasil, no valor geral por volta de R$ 20.000.000.000,00; sendo R$ 1.000.000.000,00 pago todos os anos. O acordo da venda dos helicópteros também e o do Rafale, se vier a vencer, seguirá os ditames de um estudo grã-estratégico encomendado pelo Estado Francês à nata acadêmica francesa para saber o que era necessário para que a França pudesse fazer frente ao poderio econômico alemão mundial e a influência que o mesmo arrastava na Europa e no mundo. O resultado de tal estudo recomendou ao Estado Francês fazer parcerias em diversas áreas com todos os países dos BRICS e entre os mesmos, escolher um para se associar proativamente. E para tal, devido à cultura, por serem, dentro da Civilização Ocidental, países do mesmo tronco linguístico, e pelo fato do Brasil ter a maior fronteira terrestre com a França na Guiana. Em matéria de economia, sabemos que parcerias são ações cooperativas ou mutuamente transmissivas em áreas específicas e de âmbito limitados. Devido à fraqueza natural geográfica de seu inimigo histórico, a Alemanha, a França e a Rússia cooperam proativamente em segmentos da defesa de tecnologia clássica. Como sabemos, os franceses cederam aos russos recentemente, o direito de os mesmos reproduzirem seu navio multipropósito da classe Mistral, fazem exercícios aéreos táticos com os mesmos e também estão usando armas russas em seus caças, além de transferirem tecnologias eletrônicas e unificarem parte de seus programas de modernização infantarias Fellin e Ratnik+. A França também fez acordos técnico-militares com a índia, quando vendeu seis submarinos Scórpenes aos mesmos com transferência parcial de tecnologia e agora negocia o Rafale com os mesmos. A França investem em ciência e tecnologia com a China, faz poucas parcerias com a África do Sul, e tem por objetivo se associar ao Brasil. Nós temos o que eles querem ( população, território, economia, prestígio geopolítico, influência crescimento e paz ) , e eles possuem o que nós precisamos ( tecnologia, técnica, conhecimento, armas clássicas e avançadas) para nos tornarmos uma potência completa. A França é uma potência sem poderio físico, humano,econômico e cultural, enquanto o Brasil é um país em desenvolvimento ,- assim como os nossos demais vizinhos subcontinentais é um país em desenvolvimento com os potenciais do qual a França carece – e que tal carência lhe impede de sustentar seu poderio de forma contínua em situações de tensão ou crises prolongadas – que ainda está formando e aperfeiçoando o seu poderio econômico, científico, tecnológico e industrial. Nossa gente dispensa qualquer comentário, qualquer elogio e nosso território também.

    No futuro, com a ascensão das civilizações Indiana e Chinesa, e quando estas mesmas se lançarem em suas corridas imperialistas em outros continentes como Oriente Médio e África em busca por matérias primas para as suas respectivas economias de escala humanamente bilionárias, a Civilização Ocidental, da qual nós fazemos parte, irá se dividir segundo o seu tronco linguístico e as simetrias dos seus principais portadores. Do ponto de vista tecnológico, científico, técnico, histórico e cultural, podemos separar duas vertentes distintas que irão bifurcar sem promover inimizades a Civilização Ocidental: a vertente anglo-saxônica e a vertente latina. A primeira vertente, como sabemos e já conhecemos, é liderada pelos Estados Unidos em aliança com a Inglaterra e demais membros da comunidade anglo-saxônica. E a segunda, liderada pela França. Mesmo, visando a Alemanha, os franceses sentem receio de se isolarem e se complexarem com os alemães e ficarem de fora da Geopolítica americana e portanto, sabem que precisam, de um jeito ou de outro, de uma aproximação através de uma associação técnica, científica e militar com o único Estado na América e na civilização Ocidental com condições físicas, humanas, institucionais e econômicas para fazer frente ao desejo de liderança hegemônica da vertente anglo-saxônica, que é o Brasil, para assim unificar ao prestígio geopolítico brasileiro a sua tecnologia, técnica e ciência de clássica e avançada, de sua indústria e repassar parte de sua experiência militar, para que o Brasil se torne capaz de fazer frente à sua maneira ao poderio militar e econômico estadonudiense no subcontinente sul-americano e se torne um contrapeso tácito permanente ao mesmo. E assim assegurar a autonomia, progresso e liberdade na América do Sul. Os americanos já tomaram dos franceses várias licitações tanto de armamento, quanto de tecnologias civis e de exploração de recursos em várias partes do mundo, graças ao poder de sua economia, via sua diplomacia. Foi assim no Congo, quando os franceses pediram para os americanos não intervirem indiretamente através da subterceirização intestina do conflito, como disse assim e foi assim também no caso da Coréia do Sul, quando o Rafale venceu o concorrente americano, F-15, e os americanos mais uma vez usaram sua diplomacia para defender seus interesses econômicos e estratégicos e conseguiram reverter o a vitória meritocrática do Rafale para a adoção do antiquado F-15 K, por parte da Força Aérea Sul-Coreana, dá mesma forma que fez com o nosso tanque médio Osório, da engesa, com os sauditas em prol do seu Abrans . França e Rússia estarão sempre próximas uma das outras devido à inimizade, desconfiança e ressentimento histórico da Alemanha e à fraqueza desta última que é a sua geografia. Os franceses sabem que seu poderio militar é muito avançado e de ponta, mas que em suas mãos, devido às condições de sua população e do seu território, tal poderio nunca seria explorado e aperfeiçoado ao máximo por um estado de apenas 65.300.000 habitantes nos seus 543 965 km² é facilmente destrutível, mesmo com uma ou duas centenas de Rafales, dez submarinos nucleares, um ou dois porta-aviões com propulsão nuclear e um exército moderno, histórica, cultural e tecnologicamente à altura. Melhor será para os franceses em vez de enfrentar diretamente potenciais inimigos que que são convencionalmente tratados como aliados, se comercializar e transferir parte de seu poderio para Estados que estejam no mesmo continente de seu potencial rival-aliado intra-civilizatório, com populações próximas as deste e com um território fisicamente muito mais rico do que o mesmo. Rafales ou Gripens, serão mais úteis e melhor explorados, aperfeiçoados e aplicados no Brasil do que nos seus países de origem, França e Suécia. O problema do caça desta última, é apenas o seu motor de fabricação norte-americana e sem possibilidade de repasse tecnológico para cá. Na minha opinião, mesmo que fosse escolhido, aqui deveríamos com base no Gripen NG Brazil desenvolver uma versão maior e com uma segunda turbina. Isso mesmo, uma versão bi turbinada e maior, com capacidade de pelo menos umas oito toneladas de armamento, sem contar o combustível. Com o nosso talento, criatividade e engenhosidade aditiva, tal projeto ficaria melhor que o Eurofighter, mas essa questão do motor trava tudo. Enfim, Franceses precisam mais do Brasil do que o Brasil precisa da França. Mas ainda assim, precismos dos franceses também. O certo seria o Brasil pedir um estudo às universidades e faculdades de pesquisa e engenharia, acerca de suas capacidades científicas e tecnológicas de conceberem, desenvolverem e fabricarem um motor com as características ou mesmo levemente superior, ao GE 404 produzido sob licença pela Volvo da Suécia para o Gripen com 10% a mais de potência. Havendo condições, delegaríamos tal missão à Polaris que já produz as turbinas do nosso AV-MT 300 e que afirmou ser capaz de produzir uma turbina para o Super-Tucano. Caso contrário, se for para comprar com o motor americano, é melhor o Rafale, mesmo.

    Enfim, deixa eu voltar ao assunto que me trouxe aqui para escrever: da mesma forma que o lobby dos grandes conglomerados das corporações industriais dos segmentos automobilístico, eletroeletrônico, aeroespacial, transformação material, joalheiro e equipamentos hospitalares forçaram seus Estados a arquitetarem e desenvolverem através de seus aliados regionais que apoiam materialmente as quintas-colunas do interior do Estado-Alvo que é o Congo que socialmente o convulsiona, institucionalmente o desmoraliza e economicamente rouba e contrabandeia seus recursos para serem transformados nos territórios de alguns de seus aliados regionais – Quênia, Ruanda e Uganda – e depois recontrabandeados para os territórios de seus parceiros econômicos, já no continente asiático, com a evolução do grafeno e sua consequente e ampla substituição aplicativa em vários ramos desses mesmos segmentos industriais que juntos obrigaram seus Estados a promoverem esse conflito, a demanda por tais minerais irá cair, e isso fará com que a vez do lobby ceda para outros segmentos muito mais importantes e complexos que são o fármaco, medicinal e cosmetológicos que a essa altura já conseguiram grandes avanços com o maior desenvolvimento da bionanotecnologia e que querem explorar a biodiversidade amazônica. A diferença do Congo para o Brasil é que não dá para cortar todas as árvores da amazônia e engaiolar a fauna, colocar em vários navios e levar para outro país e lá replantar e recriar tudo de novo, como foi o caso dos minerais roubados, contrabandeados e usados na fabricação de diversos produtos, inclusive estes computadores pelos quais estamos nos comunicando. No caso brasileiro, a única alternativa do Estado-Arquiteto é mesmo a divisão territorial das populações das áreas de interesse dessas corporações, a autonomia política e a nossa amputação pátria. Impossível e inaceitável.

    O ciclo de rebelião, roubo, exploração, contrabando e recontrabando dos minerais congoleses é composto pelas seguintes fases:

    1. A Quinta-Coluna captura as jazidas de minas, controla as rotas vitais ao seu contrabando e paga pelo apoio material inicial do Aliado Regional com o contrabando dos minerais capturados no interior do seu Estado, o Congo;

    2. Após sair ilegalmente do Estado-Alvo, os minerais são separados e refinados ainda nos territórios dos Estados Aliados – e apoiadores das Quintas-Colunas – Quênia, Ruanda e Uganda, onde estão instaladas empresas transnacionais do Estado-Arquiteto especializadas e fazer a triagem do mineral e seu aproveitamento e separação, já em estado de minério. Depois dessa ser triado, o ser transformado em minério, o mineral contrabandeado é recontrabandeado para o leste asiático.

    3. Ao chegarem no leste Asiático e na Índia, os minerais recebem tratamento químico e posteriormente são processados e misturados a outros elementos até serem transformados em material com alguma aplicação industrial.

    4. Quando já em estado de material, o mineral é enviado a outras empresas que a partir dele o confeccionam em capacitores, transistores e placas de estanho.

    5. Ainda na Índia e no Leste asiático, esses capacitores, transistores e placas de estanho são integrados a outras peças e se tornam componentes específicos de produtos finais. Quando concluída, eles são exportados aos territórios do Estado-Arquiteto, nos Estados Unidos e Europa.

    6. Já em solo do Estado-Arquiteto, os componentes são soldados, rebitados, e parafusados a outros componentes e peças até se tornarem um produto acabado e irem direto para as prateleiras das grandes redes atacadistas e varejistas dos mercados consumidores do Estado Arquiteto e de seus importadores.

    Outros países como Angola, República Centro-Africana, Sudão do Sul e Zâmbia participam como aliados regionais de segunda grandeza do Estado Arquiteto, junto aos aliados regionais de primeira grandeza que conhecemos que são Ruanda, Uganda, Tanzânia, Uganda e Quênia.

    Enfim, imaginar um conflito militar regular ou irregular sem um Estado para fazer o papel de Cabeça de Ponte subcontinental é difícil, porque é praticamente impossível sem alguma aliança real um Estado razoável aqui na América do Sul. E se vier, será pela biodiversidade e água e com o auxílio de uma Cabeça-de-Ponte de uma coalização militar poderosa. Mas ainda assim é muito difícil. Mas a moral da história desse comentário é de que a ascensão do Brasil como potência militar tácita e capaz de fazer frente aos interesses estado-unidense aqui no subcontinente não é apenas uma necessidade brasileira como também um gosto dos europeus. Ingleses, franceses, italianos e alemães sabem que o Brasil, é de fato o único estado com condições naturais e humanas capaz de fazer frente aos excessos americanos. Sabem que seu poderio depende de suas capacidades físicas e geográficas para sustentá-los e que é melhor transferir parte deles para um país que seja humana, física e moralmente capaz de recebê-los e usá-los em favor da justiça do que ficarem com os mesmos para si e o usarem de forma limitada. O Brasil não deve se lançar em uma corrida armamentista e deixar de fazer o que sabe fazer para ir aprender o que não sabe e o que talvez nem venha a aplicar de forma serena, para evitar cair na velha estratégia da lassidão econômica. Deve continuar a fazer o que faz agora: adicionar. Buscar com aqueles que sabem fazer de forma aperfeiçoada, mas que não possuem potencial para sustentar seus poderios por longos prazos, para assim defender seus interesses. Brasil não precisa quebrar a cabeça pesquisando e aprendendo a fazer blindados sobre rodas ou esteiras de diferentes trações para transportar suas tropas, os italianos já aprenderam da pior forma, na guerra a fazer tal e concordaram em transferir tais habilidades para cá. O Brasil também não precisa quebrar a cabeça estudando forma de construir carros de combate sob esteira, sem expectativas de lucrar, apenas para se defender, os alemães da KMW já o fazem muito bem – por sinal, da melhor possível e quem diz isso não são eles, não e sim aqueles contra quem seus produtos foram empregados, os russos, americanos e franceses – e estão trabalhando com nossas universidades, estudantes, engenheiros e cientistas para mantermos os seus produtos que já usamos e aprovamos e se for preciso, conceber um de acordo com o nosso gosto. O mesmo vale com os russos e suas defesas anti-aéreas, são os melhores nesse ramo e nós teremos a oportunidade de aprender com tais, para fazermos a nossa e destravar suas restrições alfandegárias no comércio conosco. Com os franceses, na questão dos submarinos, idem; helicópteros, também….enfim, estamos no caminho certo. E mesmo os turcos, também estão conosco: se tudo der certo aprenderemos a fazer helicópteros de combate com os mesmos e estes montarão o nosso C-390 em seu território. Agora é só estudar, progredir e se desenvolver.

    O Brasil é camarada. Cada país coopera conosco em nossa formação técnico-militar. Com todas as diferenças, nossa camaradagem unifica os mesmos em uma frase: “Vou te dá uma parte do que eu tenho de melhor, para que caso você precise, irmão, você use, se proteja e seja feliz.”

    Blindados, carros de combate, helicópteros de transporte, combate, manobra e baterias anti-aéreas, são equipamentos de tecnologia clássica. Se quiséssemos, os poderíamos conceber, desenvolver e produzir, mas só perderíamos tempo e gastaríamos recursos humanos e financeiros em máquinas de tecnologia clássica, portanto é melhor comprar e fazer disso uma oportunidade para futuras exportações. Temos que nos concentrar mesmo é nos projetos de tecnologia avançada como o nosso submarino com propulsão nuclear, o nosso programa espacial, a conclusão da nossa família de lançadores de satélites Cruzeiro do Sul e na fundação de institutos e mesmo redes dedicados à pesquisa, desenvolvimento e inovação em áreas como o grafeno, nanociência, nanotecnologia, nanobiotecnologia e outras áreas característcas da Quarta Revolução Industrial e sem esquecer de que a Embraer tem que crescer. Daqui para 2030, no máximo, quando estivermos geopolítica, econômica e militarmente maduros, a Embraer não mais poderá ficar represada e contida produzindo aviões de até 130 passageiros, não. Acredito que agora mesmo já existam projetos e estudos para a construção de uma nova família de aviões capazes de transportar de 150 a 300 passageiros para competir diretamente com Boing e Airbus, e vencer como sabemos sermos capazes.

    Abraços a todos. Pátria e Amor: BRASIL!

  7. “ESTE MUNDO TEM UMA ORDEM NATURAL… TODOS AQUELES QUE TENTAREM SUBVERTE-LA SE DARÃO MAL”… retirado do filme “A viagem” (Cloud Atlas, 2012)…

    EIS UM AVISO A ESQUERDOPATIA REINANTE… NÃO PREVALECERÃO CONTRA A ORDEM NATURAL DAS COISAS… AINDA QUE DESVIRTUEM O CAMINHO DA VERDADE ELA MESMO SE VINGARÁ DE SEUS TRAIDORES…

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