A China e a estratégia de combate contra Porta Aviões

À medida que a China vai desenvolvendo a sua competição militar com os EUA, um desenvolvimento em prazos relativamente curtos por parte de Pequim de meios para combater os grupos de ataque de porta-aviões começa a ter cada vez mais importância. Contudo, na maioria das áreas de desenvolvimento do seu potencial de combate contra porta-aviões, a China ainda está longe de alcançar a URSS.

Tupolev Tu-22M3 armado com dois mísseis de cruzeiro X-22

A componente principal das forças soviéticas de combate contra porta-aviões eram as divisões de bombardeiros Tu-22M2 e Tu-22M3 com mísseis de cruzeiro X-22. Esses aviões representavam o pico do desenvolvimento da aviação naval soviética equipada com mísseis. Contudo, uma operação para destruir um grupo de ataque de porta-aviões exigia a aplicação simultânea de, pelo menos, uma divisão da aviação naval porta-mísseis.

Cada divisão era composta por cerca de 90 aviões. Isso é muito mais que o total de bombardeiros H-6 de que dispõe toda a aviação naval do Exército de Libertação Popular da China e é comparável ao seu número total nas Forças Armadas chinesas.

Mesmo em caso de sucesso no uso de uma divisão, as suas baixas seriam muito elevadas. As previsões apontavam para perdas na ordem de metade da sua força; alguns aparelhos que, por exemplo, realizassem o reconhecimento final do alvo e o apontamento de precisão para os mísseis, estariam condenados a perecer com as suas tripulações ainda na fase de planejamento do ataque.

Avião de reconhecimento Tu-95RTs

O êxito do ataque dependeria de uma série de fatores, em primeiro lugar da obtenção de dados fiáveis sobre a localização do alvo. Essas tarefas seriam realizadas com recurso a aviões de reconhecimento Tu-95RTs e ao sistema de apontamento por satélite Legenda.

Contudo, os aviões de reconhecimento eram vulneráveis e o sistema de satélites não era muito fiável. Por isso, em tempos de paz, cada grupo de ataque de porta-aviões norte-americano era seguido por um navio de superfície que realizava a observação visual e transmitia em permanência as coordenadas do adversário. Em caso de abertura das hostilidades deveria provocar o máximo de danos ao porta-aviões até à sua própria eminente destruição.

As ações da aviação naval porta-mísseis deveriam ser coordenadas com ataques ao porta-aviões por parte de cruzadores porta-mísseis e de submarinos nucleares equipados com mísseis de cruzeiro pesados. No total, isso criava uma expectativa bastante elevada de superação do sistema de defesa do porta-aviões e da sua destruição.

Contudo, os cruzadores porta-mísseis e especialmente os submarinos nucleares também eram considerados como classes de armas de custo extremamente elevado. As forças chinesas destinadas a dissuadir uma potencial ingerência norte-americana nos possíveis conflitos que ocorram na Ásia, apesar de alguma semelhança de estratégias, são diferentes das soviéticas.

A China não possui nem cruzadores porta-mísseis, nem submarinos nucleares equipados com mísseis de cruzeiro supersônicos pesados. A quantidade de bombardeiros porta-mísseis de longo alcance existente à disposição da marinha chinesa é irrelevante.

A força de ataque da aviação naval chinesa é em grande parte composta por caças e bombardeiros táticos equipados com mísseis ar-superfície relativamente ligeiros. O objetivo dessas forças deve estar limitado à primeira cintura de ilhas e águas adjacentes junto a Taiwan, o que permite abdicar de construir uma enorme frota de bombardeiros pesados.

A China tem agora um novo tipo de arma – os mísseis balísticos anti-superfície, mas as suas reais capacidades ainda são um mistério. A marinha chinesa também está a ser ativamente reforçada com submarinos de propulsão convencional.

Os EUA estão enviando recursos consideráveis para fazer face à estratégia chinesa. Um dos resultados poderá ser o aumento das capacidades dos sistemas antiaéreos dos destacamentos navais norte-americanos. Como uma estratégia eficaz para contrapor à China também está a ser estudada a possibilidade de bloqueio das vias estratégicas de comunicação marítimas. Uma aposta nos mísseis balísticos anti-superfície como a solução para todos os males é demasiado perigosa.

Provavelmente a marinha chinesa terá, numa determinada altura, de fazer uma escolha estratégica do
seu caminho de desenvolvimento.

 

Fonte: Voz da Rússia

29 Comentários

  1. Os EUA estão enviando recursos consideráveis para fazer face à estratégia chinesa. Um dos resultados poderá ser o aumento das capacidades dos sistemas antiaéreos dos destacamentos navais norte-americanos. Como uma estratégia eficaz para contrapor à China também está a ser estudada a possibilidade de bloqueio das vias estratégicas de comunicação marítimas. Uma aposta nos mísseis balísticos anti-superfície como a solução para todos os males é demasiado perigosa.

    Provavelmente a marinha chinesa terá, numa determinada altura, de fazer uma escolha estratégica do
    seu caminho de desenvolvimento.====== Uma coisa é certa, a China vai esperar, se preparar, e a passos rápidos;vide seu novo bombardeiro a ser construido.O seus missei DFs, satélites c armas;…torço p q fike só nessa corrida de loucos…Sds.

    • Off topic, más tem a ver com a China:
      —————————————————-

      Sonda espacial chinesa Chang’e-3 pousa na Lua

      A sonda espacial Chang’e-3 pousou neste sábado na Lua, tornando a China a terceira nação do mundo que consegue chegar ao satélite natural da Terra depois do Estados Unidos e da União Soviética, noticiou a TV pública CCTV.

      Após ter acionado os retrofoguetes para reduzir a velocidade, a Chang’e-3 “alunissou” em um território chamado Baía do Arco-íris, onde desembarcará o veículo de exploração teleguiado “Coelho de Jade”.

      Esta façanha tecnológica, que marca uma etapa importante no ambicioso programa espacial chinês, é um feito em 37 anos, pois é a primeira vez que uma sonda consegue posar lentamente na superfície lunar desde a missão soviética Luna 24, em agosto de 1976.

      A sala de controle de Pequim recebeu o momento com aplausos, segundo imagens exibidas ao vivo pela televisão chinesa, que mostraram o processo final de descida do módulo de uma altitude de 15 km sobre a superfície lunar, que começou às 21H00 locais (11H00 de Brasília) e durou 12 minutos.

      A imprensa estatal anunciou imediatamente o sucesso da operação.

      O módulo de aterrissagem deve desdobrar uma rampa que permita ao “Coelho de Jade”, um veículo móvel 4×4, descer na superfície lunar.

      Esta delicada manobra será realizada “algumas horas” depois do pouso, informaram em um comunicado as autoridades espaciais chinesas.

      O pouso havia sido descrito como a parte “mais difícil” da missão pela Academia Chinesa de Ciências em uma publicação no perfil da Chang’e-3 na rede social Sina Weibo (o equivalente chinês do Twitter).

      Este feito é o último passo do ambicioso programa espacial da China, que é visto como uma mostra do crescente poder deste país no mundo e de seus avanços tecnológicos, assim como do sucesso do Partido Comunista ao reverter a sorte de um país que antes foi pobre.

      A Chang’e-3 foi lançada ao espaço em 1º de dezembro por um foguete que decolou da base de Xichang, na província de Sichuan (sudoeste).

      Muitos chineses acompanham o desenvolvimento da missão, motivo de orgulho nacional, e milhões deles votaram pela internet no nome do veículo de exploração, que faz referência à mitologia chinesa.

      Segundo a lenda, este coelho ou lebre vive na Lua, onde tritura o elixir da imortalidade em concreto. O animal tem como companheira Chang’e, a deusa chinesa da Lua.

      O veículo é um “rover” lunar de seis rodas que pesa 120 quilos e que obtém sua energia graças a painéis solares.

      Sua missão é levar adiante análises científicas, especialmente geológicas, e enviar à Terra imagens tridimensionais da Lua.

      A máquina ficará operacional três meses, durante os quais se deslocará a uma velocidade máxima de 200 metros por hora.

      A Baía do Arco-íris é um território ainda inexplorado da Lua, segundo a administração espacial chinesa, que oferece condições favoráveis tanto por sua exposição ao sol quanto pela comunicação com a Terra.

      AFP

  2. Amigos,

    Navios como os cruzadores porta-mísseis são extremamente vulneráveis sem a proteção aérea, o que limita o seu uso a águas sob influência de quem os possui.

    Mesmo o uso de poderosas formações de bombardeiros pesados seria problemática, tornando-se quase que impraticável a grandes distâncias da costa, quando não seria possível contar com alguma escolta…

    E submarinos somente seriam capazes de fazer o seu melhor contando com meios aéreos com que cooperar ( P-3 Orion, por exemplo ).

    Há de se entender, portanto, que os atuais meios disponíveis aos chineses e russos são tão e somente defensivos; para a negação do mar e não domina-lo propriamente. São extremamente limitados no que diz respeito a projetar poder sobre o mar… E para se dominar o mar, deve se manter a presença das forças navais nas zonas de interesse; forças essas que devem garantir a capacidade de combater em todas as dimensões do combate marítimo ( combater no mar, abaixo de sua superfície, e sobre ele ).

    Em resumo, não há alternativa aos chineses ou russos… Sem uma frota de superfície respeitável, calcada em poderosos porta-aviões, jamais serão capazes de defender seus interesses para além de seus mares…

    • Interessante sua análise, mais o alcance do DF-21D é bem extenso e os porta-aviões dos EUA um grande alvo fácil de achar, vamos as contas o novo DF-21D, sendo lançado, contará com 8 ogivas separáveis, ou seja, oito alvos para neutralizar de um único DF-21D, agora um ataque de saturação envolvera uns 150 por ai.

      Com uma saraivada infernal desta nem um grupo de batalha conseguira impedir que algumas delas acertar os porta-aviões.

      Mais como foi dito, será usado apenas para defesa de casa. Por que seria inviável transportá-lo e mantê-lo em zonas de interesse.
      Porém seu alcance é o suficiente para negar um bloqueio de rota comercial no Sul da China.
      Pelo Amor de Deus, não diga que um sistema CIWS vai interceptar boa parte, que daí não vou ler mais nada de sua resposta.
      Um dos meios a qual se pode bloquear será o Estreito de Ormuz, Canal do Panamá e Canal de Suez.
      Mais uma coisa, oque é mais rápido de construir um DF-21D ou um Destroyer, Cruzador ou Porta-Aviões.
      Ninguém vai ler T_T.

      • MalExGrimmjow,

        Como disse no meu comentário abaixo, depende de como se usa a arma…

        Os americanos não precisam entrar em águas chinesas para utilizar seus porta-aviões… Com um poderio aéreo que possa ser levado a qualquer parte do globo, os americanos podem dar caça a qualquer mercante chinês onde quer que ele vá, e liquidar qualquer provável escolta… Contando com o poderio aéreo embarcado, poderiam cobrir muito mais área, de forma mais eficiente e mais depressa que submarinos… Mesmo que os chineses possam negar suas águas, não teriam as condições de evitar que os americanos negassem as águas mais longínquas a eles ( por isso investem desesperadamente em porta-aviões; para ter superioridade aérea nas áreas de interesse e evitar ficar somente na defensiva )… E um carrier-group avançando por aí a 30 nós não é algo tão fácil de achar…

        Por fim, há de se verificar a precisão do DF-21… Mesmo que um porta-aviões seja um algo grande, seria extremamente difícil apontar um míssil balístico com precisão a centenas de quilômetros da costa em um alvo móvel… E para defender a frota, ali estão os destróieres e cruzadores AEGIS armados com os mísseis RIM-161…

  3. Os EUA estão enviando recursos consideráveis para fazer face à estratégia chinesa. Um dos resultados poderá ser o aumento das capacidades dos sistemas antiaéreos dos destacamentos navais norte-americanos. Como uma estratégia eficaz para contrapor à China também está a ser estudada a possibilidade de bloqueio das vias estratégicas de comunicação marítimas. Uma aposta nos mísseis balísticos anti-superfície como a solução para todos os males é demasiado perigosa.

    Provavelmente a marinha chinesa terá, numa determinada altura, de fazer uma escolha estratégica do
    seu caminho de desenvolvimento.====== Uma coisa é certa, a China vai esperar, se preparar, e a passos rápidos;vide seu novo bombardeiro a ser construido.O seus missei DFs, satélites c armas;…torço p q fike só nessa corrida de loucos…Sds. ==== Os Russos e chineses estão defendendo os seus mares, nada de expansionismo. A China vai reanexar taiwuan q sempre foi dos Sinos. As tais ilhas sempre foram Chinesas .Sds.

  4. A China parece estar acordando para a necessidade de se preparar para fazer frente aos grupos capitaneados por porta aviões
    Como foi dito, a capacidade Chinesa de enfrentar um grupo destes e muito inferior à capacidade dos Russos.
    Por enquanto, os Chineses tem se preocupado em projetar poder, e isto fica bem claro com a recente divulgação de que em breve iniciarão a construção de dois novos porta aviões.

    …As ações da aviação naval porta-mísseis deveriam ser coordenadas com ataques ao porta-aviões por parte de cruzadores porta-mísseis e de submarinos nucleares equipados com mísseis de cruzeiro pesados. No total, isso criava uma expectativa bastante elevada de superação do sistema de defesa do porta-aviões e da sua destruição…
    – A meu ver, a aviação naval teria poucas chances de sobreviver a um ataque a um porta aviões. Quanto aos cruzadores, da mesma forma que os porta aviões inimigos, estes também se tornariam alvos importantes para o força inimiga.

    …Contudo, os cruzadores porta-mísseis e especialmente os submarinos nucleares também eram considerados como classes de armas de custo extremamente elevado…

    …A China não possui nem cruzadores porta-mísseis, nem submarinos nucleares equipados com mísseis de cruzeiro supersônicos pesados. A quantidade de bombardeiros porta-mísseis de longo alcance existente à disposição da marinha chinesa é irrelevante…
    – Se a china quiser ter uma real capacidade para enfrentar com sucesso os porta aviões Americanos e suas escoltas, terá que investir pesadamente na construção de submarinos equipados com os mais modernos meios de combate.

    A arma mais eficaz no combate ao porta aviões é sem duvidas o submarino moderno e com tripulações bem treinadas.
    A coordenação com meios aéreos e de superfície é necessário, mas para que estes meios se tornem eficientes seria preciso que estivessem dotados de misseis de cruzeiro de longo alcance em quantidade para poderem tentar saturar as defesas do porta aviões e de suas escoltas.
    Me arrisco a dizer que uma força capitaneada por porta aviões não teria chance de sobreviver a um combate contra uma força de submarinos.

    A historia nos da alguns exemplos de ações onde tripulações bem treinadas de submarinos demonstram a supremacia desta arma.

    Caso ainda restem duvidas, temos alguns casos bastante significativos de como o submarino é uma arma eficaz para neutralizar um porta aviões, e mesmo uma força tarefa capitaneada por um porta aviões.

    Vale a pena conferir estes links:

    Em 1997, em um exercício da OTAN, o submarino Brasileiro Tamoio conseguiu penetrar o perímetro defensivo do porta aviões Príncipe de Astúrias e teve êxito em “afunda-lo”. Veja: (observe as informações relativas ao ano de 1997) http://www.naviosbrasileiros.com.br/ngb/T/T007/T007.htm

    Em 14 de setembro de 2008, a marinha do Japão desdobrou cinco navios de guerra, entre ele um Aégis, e dois aviões de patrulha para procurar um submarino que foi detectado em suas aguas. Depois de ter sido perseguido por duas horas por um Aégis, o submarino simplesmente desapareceu deixando a frota Japonesa atordoada e chupando o dedo.
    Veja: http://www.naval.com.br/blog/2008/09/17/japao-encerra-buscas-a-submarino-intruso/.

    O submarino atômico multifuncional russo do projeto 971 Schuka-B (Akula na classificação da Otan) permaneceu no golfo do México durante algumas semanas entre junho e julho. Tal ocorrência veio a público somente após a partida da embarcação.
    O primeiro a dar a notícia, referindo-se a funcionários americanos não identificados, foi Bill Gertz, jornalista do “Washington Free Beacon” …
    O submarino da classe Akula é considerado um dos mais silenciosos e, portanto, de difícil detecção… Veja: http://gazetarussa.com.br/articles/2012/08/20/submarino_russo_passa_quase_um_mes_despercebido_no_litoral_dos_eua_15247.html.

    Um submarino chinês se aproximou a poucos quilômetros de um porta-aviões americano em águas internacionais perto de Okinawa, no Japão, sem ser detectado, confirmou nesta terça-feira um porta-voz do Pentágono.
    As informações da época dão conta de que este submarino, da classe Song, se aproximou a 8 quilômetros do porta aviões Kitty Hawk, colocando este barco dentro do alcance de seus misseis e torpedos. Se estivessem em combate, certamente o Kitty Hawk teria sido abatido.
    Veja: http://noticias.uol.com.br/ultnot/afp/2006/11/14/ult34u168081.jhtm.

    • Caro GilmarJose

      “O submarino atômico multifuncional russo do projeto 971 Schuka-B (Akula na classificação da Otan) permaneceu no golfo do México durante algumas semanas entre junho e julho. Tal ocorrência veio a público somente após a partida da embarcação.”

      Não é nada espantoso que um submarino russo tenha conseguido se aproximar de águas americanas. Até submarinos caseiros colombianos conseguem. Ao mesmo tempo submarinos americanos também invadem e espionam mares russos e chineses, sempre foi assim.

      Poucos anos atrás dois akulas russos foram facilmente detectados quando se aproximavam da costa americana, às vezes eles conseguem às vezes não.

      O submarino russo não estava sendo caçado e provavelmente não havia nenhum sonar ativo na região. Sem desmerecer a tecnologia de submarinos nucleares russos (que é uma das mais avnaçadas do mundo), mas se esconder próximo à costa americana não é um fato absurdo ou impensável. Pelo pouco que entendo de submarinos, para mim, é um fato totalmete aceitável.

      As missões realizadas por submarinos nucleares são secretas, não fazemos a mínima ideia do que acontece por aí.

      Saudações.

      • Amigo Deagol

        Acho que você deve estar falando dos dois Akulas que foram detectados navegando na “superfície” em 2009.
        Algumas fontes chegaram a veicular que eles se deixaram detectar. Queriam ser vistos naquela área próxima à costa Americana. Mas nunca vamos saber a verdade não é?
        Mas seu comentário só vem confirmar a minha opinião de que a arma mais letal dos mares é mesmo o submarino.
        O Akula esta entre os mais silenciosos do mundo.

        Amigo sugiro que leia a seguinte matéria: http://www.naval.com.br/blog/2013/05/25/submarinos-convencionais-e-nucleares-de-ataque/

        Sds.

    • GimarJose

      “As informações da época dão conta de que este submarino, da classe Song, se aproximou a 8 quilômetros do porta aviões Kitty Hawk, colocando este barco dentro do alcance de seus misseis e torpedos. Se estivessem em combate, certamente o Kitty Hawk teria sido abatido.”

      O que você diz é possível, porém se estivessem em combate ás aquas próximas ao Porto aviões estariam intensamente vigiadas, inclusive com o uso de sonares ativos que não são utilizados em tempos de paz.

      Se caso fosse uma guerra de verdade com certeza o submarino chinês teria muito mais dificuldade para se aproximar do do PA. Não estou dizendo que ele não conseguiria, mas as chances do submarino ser interceptado ou afundado antes seriam imensamente maiores.

      • Caro Deagol

        Eles não estavam próximos ao porto. Estavam em águas internacionais. E não podemos ser ingênuos em pensar que navegando naquela região, este porta aviões e sua escolta iriam se dar ao luxo de relaxar em sua proteção. Acredito sim que eles estavam usando os meios necessários para garantir um perímetro de proteção.
        Acontece que eles falharam na segurança da nau castânea.
        E olha que este submarino nem está entre os mais silenciosos.
        Se fosse uma guerra, com certeza não teríamos apenas um Song enfrentando o Kitty Hawk. Provavelmente teríamos vários, e isso reduziria as chances do navio Americano.
        Se fosse uma guerra real, o Song não precisaria chegar a 8 quilômetros do inimigo, pois poderia disparar seus misseis a 40 quilômetros deste barco.
        Isto reduziria drasticamente as chances dele ser detectado pelas escoltas do Kitty Hawk.

        Sds.

  5. Seria ingenuidade pensar que um pais sério e que dispusesse de modernos submarinos, inclusive submarinos atômicos, não dispusesse de uma aviação de patrulha eficiente, e de satélites que pudessem auxiliar na vigilância de seus mares.
    Mesmo o Brasil que não é nenhum exemplo em se tratando de defesa, possui uma aviação de patrulha que não é a ideal, mas dotada de bons aviões, inclusive com o P-3 Orion.
    Todo pais que tem a intensão de defender seus mares, sabe que precisa ter um bom avião de patrulha.
    Todas as grandes marinhas possuem eficientes vetores para a patrulha de seus, mares, e a coordenação entre a força de submarinos e os meios de coleta de informações é inevitável e faz parte da estratégia de emprego desta arma.
    Mesmo a Argentina na época da guerra das Malvinas já fazia uso de um 707 para procurar a armada Inglesa. Se bem que naquele conflito, a quantidade de vetores tanto aéreos (patrulha) quanto marítimos (submarinos) dos Argentinos eram insuficientes.
    Portanto, não faz sentido investir e construir uma boa marinha, se esta não tem a capacidade de patrulhar seus mares com eficientes aviões de longo alcance.

  6. Um porta aviões moderno e suas escoltas, conseguem se defender de quantos mísseis em salva atacando ao mesmo tempo num periodo de seis horas , não contando mísseis iscas ???
    A resposta a esse número é a resposta exata para o afundamento de um porta aviões ; só na foto acima vejo “”apenas”” seis mísseis, não estão ali os mísseis dos aviões, outros navios, submarinos … sem contar os torpedos .
    É, a propaganda faz parte da guerra psicológica.

    • Além do mais, quantos porta aviões são necessários para botar a China , Rússia e Coréia do Norte de joelhos … como sempre digo, ser louco com a Argentina é fácil né ???

      • stadeu

        Não entendi direito o que quis dizer com “…ser louco com a Argentina…”, mas se esta se referindo à guerra das Malvinas, eles foram à guerra com sua marinha completamente despreparada, foi um verdadeiro crime o que fizeram com sua armada. Nem misseis Exocet eles tinham em quantidade suficiente. Parece que tinham apenas cinco para seus Etendart
        E mesmo assim esses aviões levaram o terror à armada Britânica.
        A tripulação do 707 que usavam para o reconhecimento chegou a calcular a posição aproximada do porta aviões Britânico, mas como não tinham, submarinos misseis e aviões em quantidade suficiente, não puderam efetuar um ataque a este navio.
        A Argentina estava totalmente despreparada para aquele confronto, e mesmo assim atingiu alvos importantes da frota inimiga.

        Sds.

      • Muito bom os debates nessa área, na verdade não inventaram a intocável “Estrela da Morte dos Mares”, porta aviões é físico, existe, entra no visual é só usar uma boa estratégia ao combatê-lo ainda que tenha diversas contra medidas . Hoje estão usando muito o laser como arma , as potências tem mandado diversos satélites com finalidades secretas aos céus, nada impede um deles ser um grande laser com capacidade de atingir objetivos na superfície terrestre, no mínimo deixaria um porta aviões sem olhos e ouvidos …
        Abs.

    • Pois é amigo stadeu.

      O porta aviões é uma arma formidável para projetar poder, mas é também um grande alvo para misseis e torpedos, assim como também o são os grandes cruzadores, mas são necessários a uma marinha moderna.
      Porta aviões são excelentes quando se trava uma guerra contra forças irregulares ou quando se luta contra países pobres ou irresponsáveis que não podem ou não querem constituir uma marinha moderna e eficiente.
      Em uma guerra entre duas potencias, este vetor se tornaria o alvo principal e com certeza seria incapaz de projetar força dentro da área de alcance dos misseis e submarinos inimigos. Prova disto esta nos links que postei acima, onde mostro inclusive que um submarino diesel Brasileiro foi capaz de em manobra com a Otan, despistar as defesas de um porta aviões Espanhol e o afundou.
      Mais importante e contundente foi o feito de um submarino Chinês, novamente um submarino movido a diesel, que se estivesse em guerra teria afundado um porta aviões Americano, pois conseguiu passar despercebido pelas escoltas e se aproximou a 8 quilômetros do Kitty Hawk: http://noticias.uol.com.br/ultnot/afp/2006/11/14/ult34u168081.jhtm.
      Note que era apenas um submarino, um lobo solitário, que com astucia e profissionalismo de sua tripulação, conseguiu se colocar em posição para abater sua presa.

      Com a tecnologia de hoje, fica praticamente impossível que uma força tarefa consiga se defender de um grupo composto de submarinos modernos, e nenhuma marinha de juízo iria querer expor seus navios a estes lobos dos mares.

      Quanto aos misseis, devemos levar em conta também aqueles que podem ser disparados dos modernos submarinos, e que nunca se sabe de que direção podem vir. Estes misseis e submarinos podem no mínimo fazer com que o porta aviões tenha que se abrigar a uma distancia tal que poderia colocar o continente fora do alcance de seus caças.
      E pense bem, se passar apenas um míssil, o porta aviões poderá ser posto fora de combate.

      Sds.

      • Gilmar

        Com todo o respeito, não devemos subestimar as capacidades de defesa dos grupos de batalhas de Porta aviões. normalmente eles são escoltados pelos mais modernos submarinos nucleares americanos. No mínimo um ou dois classe Los Angeles escoltam cada CBG, em tempos de guerra esse número pode ser muito maior.

        Os americanos não revelam seus segredos em tempos de paz e na maioria dos exercícios que realizam com outras marinhas como a brasileira, por exemplo.

        Outro ponto importante é a imensa capacidade de guerra eletrônica que os navios escolta americanos possuem. Não estou dizendo que um ataque de saturação não possa afundar um PA americano, o que digo é que a questão é bem complexa do que parece.

        Também é bom lembrar que o espaço aéreo ao redor dos PA é extremamente bem defendido em um raio que pode chegar até 900 km, e caças SH são prepardados para interceptar míssies de cruzeiro em baixa ou grande altitude. E quando lançados em tragetórias de baixa altitude os míssies anti-navio tem menos da metade do alcance especificado.

        Um bom exemplo é o míssil russo indiano Brahmos, ele possui mais de 300 km de alcance em tragetória hi-low, mas lançados apenas à baixa altitude seu alcance cai para cerca de 120km colocando a aeronave lançadora em uma situação totalmente vulnerável aos F/A-18EF.

      • Amigo Deagol

        Já imaginou que que o míssil poderia ser disparado de um submarino, e não de um avião?

        Já pensou também, que em se tratando de um alvo de grande valor como um porta aviões, poderia não ser apenas um mais três ou quatro submarinos posicionados em volta da força tarefa, e que iriam disparar não apenas um mais 20 ou 30 misseis, em uma manobra de saturação?

        Mesmo com toda a tecnologia, os Japoneses tomaram uma surra de um submarino. Empregaram aviões e até um “Aégis”, e mesmo assim o submarino os deixou a ver navios. Ou melhor, eles não viram e nem ouviram é nada.
        http://www.naval.com.br/blog/2008/09/17/japao-encerra-buscas-a-submarino-intruso/.
        E olha que os Japoneses usam o que tem de melhor na tecnologia Americana.

        Até os Brasileiros, quem diria, tão fraquinhos, já mandaram um submarino tirar uma casquinha em um porta aviões da OTAN.

        Pessoal, não tem como. Se um pais quer se defender de porta aviões, que constitua uma grande e moderna força de submarinos.

        Sds.

  7. O Tu-22M3 armado com dois mísseis de cruzeiro X-22, escoltado por caças de superioridade aérea capazes como o SU35, e o verdadeiro matador de porta aviões.

  8. “A arma mais eficaz no combate ao porta aviões é sem duvidas o submarino moderno e com tripulações bem treinadas.
    A coordenação com meios aéreos e de superfície é necessário, mas para que estes meios se tornem eficientes seria preciso que estivessem dotados de misseis de cruzeiro de longo alcance em quantidade para poderem tentar saturar as defesas do porta aviões e de suas escoltas.
    Me arrisco a dizer que uma força capitaneada por porta aviões não teria chance de sobreviver a um combate contra uma força de submarinos”
    GilmarJose

    Perfeito.

  9. Aviões de patrulha mais submarinos são realmente a receita mínima para quem considera manter afastado/anulado um porta-aviões.

    Mas, no nosso caso, creio que adicionar uma dúzia de SU-34 também não fariam mal a ninguém.

    Abs

  10. GilmarJosé ( 14 de dezembro de 2013 at 4:03 ),

    Um porta-aviões é perfeitamente utilizável contra uma potencia. A questão é como se utilizaria…

    Imagine a seguinte situação: China vs Russia ( consideremos que os chineses não tem seu PA disponível ). É sabido que os chineses são extremamente dependentes de seu comércio no mar. Sem um porta-aviões para disputar o espaço aéreo para além da costa, os chineses jamais poderiam defender seus navios mercadores, com os russos podendo caçar livremente os navios mercantes chineses, negando a eles seu comércio marítimo atacando a longuíssima distâncias da costa chinesa, nas quais o poderio aéreo baseado em terra não pode atuar. Somando os meios aéreos com o navio e suas escoltas avançando a grande velocidade, os russos poderiam cobrir grandes distancias de forma mais rápida e eficiente que qualquer meio de superfície ou submarino poderia caça-los.

    Um porta-aviões avançando a cerca de trinta nós é sim um alvo bastante difícil para um submarino convencional. Em uma disputa contra um submarino, as chances de êxito desse ultimo ficam consideravelmente reduzidas se este não conseguir acompanhar as velocidades dos navios que almejam destruir. Mesmo dotados de mísseis anti-navio de grande alcance, não vai adiantar se os submarinos não conseguirem chegar a distância de lançamento de suas armas ( e adiantará menos ainda se não houverem aeronaves de apoio com que contar para poder localizar seus alvos de forma mais eficiente )… Em outras palavras, estar no lugar certo também é fundamental para o sucesso…

    A bem da verdade, todos os meios se complementam para lutar a guerra no mar em todas as suas dimensões.

    Submarinos são excelentes meios defensivos, mas não podem dominar o espaço aéreo a sua volta e nem possuem meios variados para ataques terrestres; sendo justamente por isso que não podem ser considerados o meio principal de uma frota… Em suma, podem negar o uso do mar, mas não domina-lo propriamente. E sem o auxilio de uma aviação baseada em terra, seu desempenho fica drasticamente limitado…

    Já os porta-aviões aí estão por uma razão: levar poder aéreo onde a aviação baseada em terra não vai. Essa é sua razão de ser… Qualquer marinha que o possuir, vai dominar quaisquer mares distantes onde a aviação baseada em terra não irá. Qualquer marinha que não o possuir, será uma marinha de defesa; e capaz de lutar a contento apenas em suas águas… Simples assim…

    Uma marinha dotada de porta-aviões e mísseis de cruzeiro não precisa aproximar-se da costa para atacar… A aviação embarcada está ali justamente para garantir que não seja necessário isso… Podendo interceptar aeronaves a centenas de quilômetros do grupo de batalha, os caças navais podem abater qualquer atacante aéreo ou naval antes que esse chegue a posição para lançar seus artefatos. Aeronaves baseadas em PAs podem também lançar armamento de precisão a grande distância da costa adversária. Por exemplo, os Rafales da marinha francesa, partindo do Charles de Gaulle, utilizaram mísseis Scalp contra posições líbias. Um ataque desse tipo a costa de um potencial adversário, poderia se dar com o porta-aviões a mais de 1000 quilômetros da costa ( certamente poderia estar a distância maior caso se use reabastecimento aéreo ), dificultando consideravelmente a sua localização…

    Por fim, a aviação baseada em porta-aviões pode auxiliar submarinos amigos, seja os que acompanham a própria frota ou não, em ataques a grandes distancias de águas amigas; uma capacidade que uma marinha sem porta-aviões não possui.

    Minhas desculpas por um comentário tão longo.

    Saudações.

  11. Amigo _RR_

    O SH com CFTs teve seu raio de combate aumentado para 1.296 Km, ou seja 700milhas, sem CFT, ele perde 240 Km ou seja, são 130 milhas a menos (http://www.defesanet.com.br/hornet/noticia/12050/Boeing-apresenta-o-Advanced-Super-Hornet-/ . Como o Advanced ainda não esta operacional, vamos nos ater ao SH com 570milhas de alcance.
    O P-3 Orion que a FAB adquiriu tem um raio de ação de cerca de 3.835 Km, ou sejam 2.070 milhas, o que da um raio de ação 6.72vezes maior do que o do SH, sem contar aí, o alcance de detecção de seus equipamentos eletrônicos (http://www.aereo.jor.br/2011/07/31/o-raio-de-acao-do-p-3am-orion/).
    Mesmo com reabastecimento em voo, a diferença é absurdamente grande a favor do avião de reconhecimento.
    Essa diferença é um dos motivos que tornam o avião patrulha de longo alcance quase impossível de ser abatido pela aviação inimiga. Seus olhos e ouvidos detectam o inimigo com uma antecedência confortável.
    Quando este avião esta armado com misseis de cruzeiro de longo alcance (o que não é o caso dos nossos P-3), ele ira sim obrigar o porta aviões a operar em uma distancia que deixaria o continente fora do alcance de seus caças.
    E mesmo que estes caças tenham uma autonomia fenomenal, juntando aí capacidade de combustível interno, tanques subalares ( que iria reduzir sua capacidade de carga leta) e reabastecimento em voo, esse problema pode ser solucionado com uma boa escolta para o P-3. O que a meu ver seria desnecessário.
    Assim, o P-3 cumpriria sua missão que é coletar informações para o grupo de submarinos.
    Os P-3 da FAB podem cobrir todo o Oceano Atlântico desde o Rio Grande do Norte, ate a costa da África, portanto uma boa quantidade destes aviões equipados com misseis de cruzeiro junto com uma boa quantidade de submarinos modernos e também equipados com misseis de cruzeiro, empurraria um porta aviões e sua escolta para bem longe de nossas aguas.

    Não nos esqueçamos que o submarino moderno já pode ser equipado com misseis para sua defesa anti aérea, E isso afetará a doutrina de emprego destes meios para a detecção dos submersíveis.

    Os caças navais “NÃO” podem abater qualquer atacante aéreo ou naval, a menos que os pilotos e marinheiros adversários não acionassem suas armas e cruzassem os braços preferindo assim servir de alvo.

    Não podemos também nos esquecer da capacidade de satélites rastrearem os grupos navais. O que já é feito de forma efetiva por Rússia e EUA, e talvez também pela China.

    De qualquer maneira apesar de termos opiniões divergentes, acho que nos dois entendemos que os dois meios navais são uteis dentro da estratégia de emprego de suas marinhas. São armas formidáveis e continuarão em uso ainda por muitas décadas.

    Sds.

    • CORRIGINDO:
      Amigos, o raio de ação do P-3 da FAB é de 3.63 vezes o raio de ação do Super Hornet, e não 6.72 vezes como mencionei acima.
      Desculpem o meu erro.

    • GilmarJosé,

      O amigo esqueceu-se de parâmetros tão ou mais importantes que o alcance das aeronaves.

      – Alcance dos sensores: mesmo que uma aeronave possa ir a grande distância da costa, ela está limitada aos seus sistemas de detecção… Por exemplo: se seu sistema de detecção somente localiza alvos a distâncias de 800 km, isso significa que ela terá que aproximar-se no mínimo a essa distância para lançar seu armamento. Evidente que dentro de um ambiente de guerra centrada em redes a aeronave não estaria limitada aos seus próprios sensores, mas ela invariavelmente vai precisar de um meio para apontar suas armas.

      – Alcance das armas: terá que aproximar-se a distância de lançamento do seu próprio artefato. E isso poderá colocar qualquer atacante dentro do perímetro defensivo de uma frota, haja visto não existirem muitos mísseis anti-navio por aí com mais que 900km de alcance…

      http://en.wikipedia.org/wiki/List_of_anti-ship_missiles

      As aeronaves baseadas em porta-aviões, com reabastecimento em voo, podem perfeitamente manter uma CAP a mais de 1200 km de seu navio, evitando que os atacantes cheguem a posição de lançamento de seus mísseis.

      O limite de eficiência de aeronaves navais normalmente termina sendo ditado pela possibilidade de proteção aérea e eletrônica, além de sua performance. Se for possível escoltar as aeronaves navais durante todo o seu percurso, então essas aeronaves realmente se tornam letais. A velocidade também é um fator a ser considerado, haja visto poder entrar e sair rapidamente de uma zona de combate. Mas o elemento fundamental será a furtividade, para permitir a aproximação com a máxima discrição possível…

      Por fim, vou concordar que a distribuição de meios anti-aéreos aos submarinos poderá sim causar uma revisão nas táticas anti-submersíveis, mas daí a impedir a atuação dos meios ASW é pouco provável… Pelo que sei, um submarino em profundidade não poderia localizar com precisão uma aeronave a grande altitude…

      • Pois é _RR_

        Para um porta aviões manter uma CAP a 1200 Km de distancia, o esforço necessário para prover o reabastecimento aéreo seria bastante interessante. Levando se em conta que provavelmente este porta aviões teria que manter mais de uma patrulha nesta distancia, eu gostaria de saber quais os meios ele iria usar para suprir estes vetores com combustível, e qual a quantidade destes meios. Considerando que o reabastecimento em voo feito à partir de porta aviões é feito com aeronaves com pequena capacidade de carga, e às vezes feito com outros caças que transferem combustível para aqueles que levarão a missão a cabo.
        Considerando que este caça devera ter um período de patrulha sobre esta área que fica a 1.200 Km da nau capitania.
        Se esta patrulha durar duas horas, quando retornarem para o porta aviões, teriam voado aproximadamente 4.000 Km. Isto deve dar mais ou menos 2.160 milhas náuticas, o que seriam mais de três vezes o raio de ação do SH.
        Em uma conta simples, acho que nesta missão ele teria que ser abastecido pelo menos duas vezes, e seriam um reabastecedor para cada caça.
        Eu queria ver qual seria o milagre logístico de um porta aviões para suprir de combustível duas CAPs com quatro elementos cada desdobrados nesta distancia, durante um período de pelo menos dois dias.
        Mas digamos que o porta aviões resolva esta equação. Em uma missão de patrulha de longa distancia, o P-3 ou qualquer outro patrulheiro, certamente seria escoltado por caças que teriam à sua disposição grandes jatos para reabastecimento, baseados em terra, onde apenas um deles poderia suprir de combustível, todo grupamento aéreo.
        Portanto, é perfeitamente viável, e recomendável para uma força aérea bem equipada, fornecer escolta para um avião patrulha de longo alcance.
        Mas na verdade isto tudo seria apenas um complemento na estratégia de combate ao porta aviões, pois o elemento principal e mais letal, seria aquele submerso, que como eu e você sabemos, e foi mostrado em links acima, consegue chegar à distancia ideal para disparo de seus misseis.
        Se não for assim, eu gostaria que me explicassem os três fatos mostrados acima:
        -O submarino Brasileiro afundando o Príncipe de Astúrias depois de ter passado por sua escolta
        -O caso do submarino que deu o maior olé na marinha do Japão. Marinha esta que contava com os “eletronicamente” modernos aviões patrulha e destroiers Aégis de origem Americana.
        -E o caso do Kitty Hawk, que teve sua escolta ludibriada, e ficou bem ao alcance das armas do submarino Chinês, que se aproximou a 8 quilômetros, e só foi visto porque se mostrou.( Só para constar, a 40 Km, o Kitty Hawk já estaria ao alcance de seus misseis).

        O porta aviões não é invencível.
        Até 1944, os EUA tiveram seis navios destes afundados em guerra(http://pt.wikipedia.org/wiki/Anexo:Lista_de_porta-avi%C3%B5es_da_Marinha_dos_Estados_Unidos)
        e olha que naquela época os aviões atacantes eram lentos e usavam bombas burras, nada de mísseis ou qualquer outra arma inteligente.
        De lá para cá, os dois lados evoluíram, mas os meios ofensivos contra o porta aviões evoluíram mais , haja visto os modernos e silenciosos submarinos, os novos sistemas de detecção, aí incluindo os satélites, e os novos misseis, que mostraram sua eficiência na guerra das Malvinas.

        Cada um de nos tem sua opinião, mas espero que nunca venhamos a saber quem esta certo.

        Sds.

Comentários não permitidos.