BRICS: perspectivas de cooperação

Em 2014, os países BRICS vão reunir-se para aprovar a estratégia de desenvolvimento da cooperação econômica, que mostrará em que sentido irá avançar. Os adversários geopolíticos dos BRICS tentam constantemente “sepultar” a aliança e prognosticam a sua inevitável rutura devido às contradições internas. Porém, os membros da união, pelo contrário, veem um grande futuro na parceria.

Hoje, os BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) são uma influente união internacional, que representa 43% da população do planeta e mais de um quarto da economia mundial. Além disso, o ritmo de crescimento do PIB nos BRICS é superior ao do que se registra nos Estados ocidentais.

Depois de terem sido publicados esses dados, analistas do Velho e Novo Mundos começaram, de súbito, a chamar aos BRICS uma união artificial que, dentro em breve, deixará de existir devido a contradições internas.

Entretanto, os próprios participantes da organização, na sessão do Conselho Analítico deste ano, decidiram criar uma base de dados para troca de informações econômica e outras e um Banco de Desenvolvimento próprio. Muitos peritos já chamam a este futuro órgão financeiro um contrapeso às estruturas que se encontram sob a influência do Ocidente: Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial, declara Viatcheslav Nikonov, presidente da Fundação “Unidade em nome da Rússia”:

Um capital de 50 milhões de dólares é bastante dinheiro, que pode ser empregue tanto no desenvolvimento dos próprios países BRICS, como para objetivos do desenvolvimento internacional. Tem igual importância a criação de um fundo de estabilização dos BRICS no valor de 100 milhões de dólares, que deve ser utilizado caso falte liquidez nos mercados mundiais”.

Os Estados membros dos BRICS têm como objetivo conseguir a modernização do sistema econômico mundial, em cujo centro se encontram os Estados Unidos e a União Europeia, afirma Vadim Lukov, embaixador para missões especiais do MNE da Rússia:

“Os BRICS são uma união de Estados cimentada pela vontade estratégica de uma reforma profunda da arquitetura internacional financeira e econômica. Os nossos países enfrentam desafios comuns que se podem resumir em poucas palavras: desafios da modernização. Foi acumulada uma experiência única de reformas, grandes recursos monetários e financeiros. Existe vontade política da direção para superar as dificuldades e para levar os nossos países para a via de um desenvolvimento mais dinâmico”.

No ano seguinte, os Estados BRICS deverão resolver questões ligadas às normas alfandegárias, bem como à superação a diferença nas constituintes fundamentais do PIB nos países membros. Não obstante o fato de os membros da associação se continuarem a orientar para “parceiros” externos, a interação interna continua a ganhar bastante dinamismo.

Hoje, no total, existem mais de 20 formatos de cooperação no quadro dos BRICS, a começar nas cimeiras dos chefes de Estado do bloco e a terminar no diálogo constante de peritos.

 

 

Fonte: Voz da Rússia

9 comentários em “BRICS: perspectivas de cooperação

  1. “Um capital de 50 milhões de dólares é bastante dinheiro, que pode ser empregue tanto no desenvolvimento dos próprios países BRICS, como para objetivos do desenvolvimento internacional. Tem igual importância a criação de um fundo de estabilização dos BRICS no valor de 100 milhões de dólares, que deve ser utilizado caso falte liquidez nos mercados mundiais”.”
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    Acredito que haja um erro aí, os valores corretos devem ser 50 e 100 bilhões de dólares…

  2. NÃO TEM MAIS RETORNO, os BRICS começam de fato a ser uma realidade internacional, alguns queiram ou não!!
    Vejamos:

    Depois de terem sido publicados esses dados, analistas do Velho e Novo Mundos começaram, de súbito, a chamar aos BRICS uma união artificial que, dentro em breve, deixará de existir devido a contradições internas.

    Entretanto, os próprios participantes da organização, na sessão do Conselho Analítico deste ano, decidiram criar uma base de dados para troca de informações econômica e outras e um Banco de Desenvolvimento próprio. Muitos peritos já chamam a este futuro órgão financeiro um contrapeso às estruturas que se encontram sob a influência do Ocidente: Fundo Monetário Internacional e Banco Mundial,

    Veja que até agora os urubus da má-sorte erraram feio… O Brasil já é credor do FMI e o BNDES fez mais empréstimos do que o Banco Mundial… E agora imagine o que esse BANCO DOS BRICS PROPÕEM com a união de outros grandes como China, Rússia e Índia??

    Claro que além de todas essas vantagens ainda tem a maior de todas as vantagens que é tirar o dólar como moeda de troca global, o que o BANCO DOS BRICS TAMBÉM FARÁ!!

    E pelo visto não são só os Urubus do Veneno Negro contra as mudanças mundiais que erram não, pelo visto essa matéria também…

    Um capital de 50 milhões de dólares é bastante dinheiro, que pode ser empregue tanto no desenvolvimento dos próprios países BRICS, como para objetivos do desenvolvimento internacional. Tem igual importância a criação de um fundo de estabilização dos BRICS no valor de 100 milhões de dólares, que deve ser utilizado caso falte liquidez nos mercados mundiais”

    O BANCO DOS BRICS COMEÇA COM CAPITAL DE $100 BILHÕES E NÃO DE MILHÕES… devem ter errado em boa fé, não acho que a intenção era “diminuir a importância do Banco dos BRICS”.. NÃO, QUE ISSO, Imprensa fazendo esse tipo de coisa?? ma che??

    Pensar assim só deve acontecer porque estou acostumado a ler noticia imparcial na imprensa ocidental…

    Ainda mais se for da mesma fonte, a voz da Rússia:

    http://portuguese.ruvr.ru/2013_09_05/100-bilhoes-serao-depositados-no-banco-das-moedas-de-reserva-do-brics-2491/

    Pelo visto erraram mesmo no valor, pois é 100Bilhões de Dólares… Que no futuro serão alguns Bilhões de Brics… heheh!!

    Valeu!!

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