Drones vão ganhando supremacia aérea

Nikita Sorokin

Em finais de novembro, a China pôs de sobreaviso seus vizinhos e concorrentes ao lançar com êxito um veículo não tripulado. Drones elementares têm sido utilizados até por terroristas, enquanto as empresas produtoras afirmam que tais aparelhos virão constituir a sexta geração de aviões modernos.

O voo do primeiro drone invisível chinês, construído com base em tecnologias stealth, se realizou em 21 de novembro de 2013. Há quem diga que a China já mantém a 2ª posição após os EUA pelo número de veículos não tripulados militares.

Entretanto, é difícil avaliar o atual parque de drones chinês devido à escassez de informações relativas ao potencial militar daquele país. Sabe-se, contudo, que, pela escala de emprego de drones, vão liderando os EUA e Israel, enquanto pelo nível tecnológico vão ganhando “terreno” os países da UE. Peritos das corporações de construção aeronáutica têm apontado para a eventual redução de 40% dos aviões e helicópteros pilotados ao serviço de diversos países. Os cálculos foram feitos por analistas convencidos de que a sexta geração de aeronaves “não será pilotada”. Contudo, não existe um consenso quanto às perspectivas de evolução dos drones. O perito da edição Nezavisimoe Voennoe Obozrenie (Revista Militar Independente), Vladimir Scherbakov, tem certeza de que, nos próximos 5 anos, nos países industrializados não haverá alterações radicais na correlação entre os aviões normais e os aviões não tripulados:

“As questões do emprego de drones não foram examinadas na íntegra. Uma aeronave pilotada continua sendo um meio mais eficiente e seguro. No futuro distante, quando se desenvolverem novas tecnologias relacionadas aos sistemas de comando, armamentos e comunicações, os drones poderão vir a substituir os aviões pilotados”.

Ainda de acordo com o perito russo, os drones passarão a ganhar a supremacia aérea devido ao preço mais barato e, com efeito, graças à sua maior vantagem – não põem em risco a vida dos pilotos.

Essa vantagem tem vindo a desempenhar um papel importante já hoje. Por exemplo, na guerra no Vietnã (1965-73), a Força Aérea dos EUA perdeu cerca de 5 mil aviões. Enquanto isso, as perdas dos drones, que efetuaram quase 3,5 mil voos, se estimaram em apenas 4%. Em 1982, durante as operações militares no vale do Bekáa, os veículos não pilotados ajudaram a Força Aérea israelense a evitar perdas e aniquilar por completo o sistema de defesa antiaérea da Síria. Entretanto, os drones possuem uma série de deficiências de cariz técnico e jurídico. Se o avião deste gênero funcionar com base no programa introduzido, este já não será alterado ou cancelado. O controle do avião comandado à distância poderá ser interceptado ou debilitado pelo adversário, que utiliza para tal programas de computador elementares. Já houve casos desses com drones norte-americanos no Iraque e no Afeganistão. Um drone, dirigido por um computador, nem sempre é capaz de avaliar objetivamente a situação, podendo até tomar uma decisão errada sobre um ataque. Tais decisões nefastas causaram centenas de vítimas civis no Iraque, no Afeganistão e no Paquistão.

Ao que parece, este aspecto foi tomado em linha de conta por Vladimir Putin. Há dias, em uma reunião dedicada à Força Aérea, o presidente russo disse que os drones “não são um jogo digital, mas sim sistemas de combate sérios”. Nesse contexto, a Rússia se dispõe a desenvolver programas visando um emprego de drones diferente do seu uso generalizado nos EUA e em outros países.

A propósito, ainda na época da URSS, veículos não tripulados soviéticos circulavam no céu da Europa quando alguns países ocidentais mal procediam à sua projeção. No período compreendido entre 1972 e 1989, na URSS foram produzidos 950 drones de diversos tipos. O programa soviético corou-se de êxito quando foi lançado o vaivém espacial Buran que, em 1988, efetuou um voo em regime automático, incluindo a aterrissagem. Há pouco tempo, no âmbito do Ministério da Defesa, se iniciou um novo programa de instrução de operadores de drones. A mídia ocidental pôs-se a falar logo de projeções secretas de um drone de longo alcance.

Assim, pode-se constatar que o desenvolvimento de veículos não tripulados se transforma num elemento da corrida armamentista contemporânea. Desde 2003 a 2012, as compras mundiais desse tipo de aviões se avaliaram em mais de 3,5 bilhões de dólares. Segundo as previsões da Forecast International, dentro de 10 anos, o mercado de drones irá crescer até 70 bilhões de dólares. Ninguém, contudo, se atreve a prognosticar o volume de danos e o número de mortos que estes engenhos irão causar.

 

Fonte: Voz da Rússia

 

9 Comentários

  1. “A propósito, ainda na época da URSS, veículos não tripulados soviéticos circulavam no céu da Europa quando alguns países ocidentais mal procediam à sua projeção. No período compreendido entre 1972 e 1989, na URSS foram produzidos 950 drones de diversos tipos.”

    Nossa! Eu não sabia que a URSS era tão avançada assim! o.O

    • “Nossa! Eu não sabia que a URSS era tão avançada assim! o.O”

      Mais piadas!

      Tanto que a Rússia tentou comprar os UAVs dos modelos mais simples de Israel para fazer engenharia reversa. Em veículos aéreos não tripulados a Rússia está muito, muito atrás dos EUA,Israel, e china.

  2. O voo do primeiro drone invisível chinês, construído com base em tecnologias stealth, se realizou em 21 de novembro de 2013. Há quem diga que a China já mantém a 2ª posição após os EUA pelo número de veículos não tripulados militares. === Então real/ a china será a sra. dos céus c seus drones…Qto ao BRASIL…Quem viver verá.Sds.

    • Ha quem diga bla bla bla, papu furado, se tem alguem com tecnologia na segundona ,este alguem eh ISRAEL , o RESTOLHO corre por fora !

  3. Alguém já disse isso aqui,e eu vou reforçar, já passou da hora da Avibrás,Embraer, ou um consorcio nacional do ramo bélico projetar e levar a cabo um programa de drones brasileiros de ataque,isso já é uma realidade e como sempre as nossas autoridades assistem a tudo sem nada fazerem, e assim vamos ficando para trás!

    • ATAQUE NAO PODE , os iluminados da unasul ,nao querem drones com capacidade para transportar armas ,somente cocaina e derivados kkkkk,

      • Corretíssimo… a máfia cocaleira tem braços até no Senado da República…o que eles vão querer mais ???… TÁ DOMINADO, TÁ TUDO DOMINADO… os esquerdopatas vão tomar conta do comercio sul americano de substancias entorpecentes… aliás, já dominam…

  4. César Pereira
    4 de dezembro de 2013 at 15:46

    Alguém já disse isso aqui,e eu vou reforçar, já passou da hora da Avibrás,Embraer, ou um consorcio nacional do ramo bélico projetar e levar a cabo um programa de drones brasileiros de ataque,isso já é uma realidade e como sempre as nossas autoridades assistem a tudo sem nada fazerem, e assim vamos ficando para trás! ===Cara bom, e td isso e + um pouco …Sds.

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