Porta-aviões Vikramaditya juntou-se à Marinha da Índia

Vassili Kashin

A entrega oficial do porta-aviões Vikramaditya à Marinha da Índia em 16 de novembro é um acontecimento importante para a indústria naval da Rússia. A construção deste navio, acordada pela Rússia e a Índia em 2004, foi mutuamente vantajosa para os dois países.

O Vikramaditya é o segundo porta-aviões de pleno valor construído na Rússia, capaz de portar aviões de decolagem e aterrissagem comum. Este é também a primeira nave construída numa empresa naval situada no atual território da Rússia: o único porta-aviões russo Admiral Kuznetsov, tal como o casco do porta-aviões chinês Liaoning, foram construídos nos estaleiros de Nikolaev, no território atual da Ucrânia.

O Vikramaditya é o resultado de uma modernização radical do cruzador porta-aviões pesado Admiral Gorshkov, incluído em 1988 na composição das forças de capacidade combativa permanente da Marinha russa. No cruzador Admiral Gorshkov podiam ser baseados apenas aviões bastante imperfeitos de decolagem e aterrissagem vertical Yak-38 e helicópteros. Sua transformação num porta-aviões de pleno valor, capaz de portar caças MiG-29K, foi uma tarefa muito complexa, equiparada à construção de um novo navio. Seria necessário substituir praticamente todos os equipamentos de bordo e mais de 300 toneladas de estruturas metálicas.

O caráter complexo e extraordinário da tarefa levou a numerosos atrasos na realização do contrato e ao aumento do preço inicialmente acordado. O contrato de modernização do navio foi assinado em 2004, prevendo-se inicialmente que os serviços seriam concluídos em 2008. Posteriores adiamentos dos prazos influíram negativamente na cooperação russo-indiana, dando permanentemente pretextos para publicações negativas na imprensa.

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No entanto, tais prazos duradouros da realização do projeto não são extraordinários. O porta-aviões soviético não concluído Varyag foi transportado à China em 2002 e terminado apenas em 2012. Ao mesmo tempo, no caso do Varyag, o volume de alterações foi muito menos em comparação com o Vikramaditya.

Apesar de a Rússia continuar a explorar o seu único porta-aviões Admiral Kuznetsov, a maioria das decisões técnicas para o Vikramaditya foram desenvolvidas novamente. A nave tem equipamentos radioeletrônicos muito mais eficientes e perfeitos e uma nova instalação de força. Alguns tipos de equipamentos para garantir decolagens e aterrissagens de aviões foram desenvolvidos a partir de “tabula rasa”. De fato, o Vikramaditya é um porta-aviões mais contemporâneo em comparação com o Admiral Kuznetsov, com melhores condições para o serviço e a vida de tripulantes.

Quanto ao primeiro porta-aviões chinês Liaoning, a nave continua servindo de plataforma experimental, da qual, segundo algumas estimativas, os voos podem ser efetuados só em condições de tempo ideais e de falta de ondas no mar. O Vikramaditya passou todos os testes, porta a bordo aviões de assalto mais contemporâneos e, pelo visto, poderá alcançar mais cedo a prontidão combativa. Afinal das contas, apesar de todos os problemas e atrasos, o acordo russo-indiano sobre a construção deste navio passou a ser vantajoso para as duas partes.

Fonte: Voz da Rússia

4 Comentários

  1. Daqui a pouco, a China vai fazer 1 porta aviões por semestre… é só questão de tempo até eles terem o Know How necessario pra isso …

    farão isso com a mesma velocidade com que constroem fragatas

  2. Eis o “Vidamardita”: Um casco velho cuja reconstrução atrasou 5 anos e custou metade do preço de um NAe da Classe Nimitz novinho em folha em Newport News. E o pior, sem sequer um terço do valor de combate do navio norteamericano.

  3. Os Americanos pensaram: “como estes indianos loucos e metidos a ricões conseguem comprar uma banheira oitentista movida a vodka (?) a preço de um porta aviões Americano top top novo em folha??
    Ohhhhhh Vidamardita!!”

    🙂

  4. Eh este o tipo de negocios ,que uma certa turma defende que o brasil faça com os russos, meia boca para o gigante e excelente para os eslavos , depois dizem que entreguistas sao aqueles que nao comungao suas idiologias, a india se torna uma especie de paciente cronico que realiza a hemodialize, neste caso ,enquanto esta banheira flutuar , estarao dependentes da mafia russa ,lamentavelmente querem tornar o brasil um hemodialize dependente !

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