Thales I-Mast mais próximo da MB, agora também no Prosuper

DamenEV6000

Alemães e holandeses já o oferecem como parte de suas propostas à MB, os coreanos ainda são uma incógnita

Felipe Salles

ALIDE acaba de descobrir que na busca de opções não americanas, Damen e ThyssenKrupp Marine Systems (TKMS) estão se valendo do sistema Thales I-Mast para ofertar variantes armados de mísseis europeus Aster 15/30 no Prosuper. Uma questão importante aqui é notar que na hora em que variantes “de papel” como estes são aceitos na disputa pelo contrato da MB o conceito inicial do Prosuper de que visando a redução do “risco” apenas modelos de navios existentes e em uso ao redor do mundo seriam considerados certamente não parece ser mais tão importante quanto já foi.

O interesse da Marinha do Brasil no Thales I-Mast sempre esteve ligado à nova classe de corvetas avançadas derivadas da Barroso, no entanto, recentemente, novas informações chegaram a ALIDE indicando que o sistema de sensores integrados dos holandeses da Thales pode vir a fazer parte de todos os navios de escolta futuros da Marinha do Brasil.

Poucas semanas atrás ALIDE noticiou que para buscar uma opção aos sistemas AEGIS e 0os mísseis Standard SM-2/ESSM nativos da classe Álvaro de Bazán (F-100) a empresa espanhola Navantia teria oferecido um casco padrão de F-100 equipado com o radar AESA australiano CEAFAR. No mesmo sentido, o site do design bureau naval TKMS está oferecendo no Prosuper a sua nova “Meko 600”. Este é um derivado do casco da sua fragata antiaérea F124 (classe Sächsen), mas, com o I-Mast instalado no lugar dos radares APAR e com mísseis MBDA Aster no lugar dos mísseis americanos SM-2 da Raytheon. Uma descrição completa da Meko 600 já pode ser encontrada no site da empresa alemã. Esta possibilidade de modificação totalmente livre de diversos sistemas e mísseis é justamente uma das razões pela escolha do sistema de desenho e construção modular “Meko” criado pela TKMS alemã. Talvez tenha sido isso justamente o que deu à MB a confiança adicional necessária para trilhar este novo caminho.

Especificações técnicas da Meko 600 segundo o site da TKMS

Dimensões

 Comprimento: 143m

 Boca: 17,4m

 Calado: 5m

 Deslocamento (aprox.): 5800t

 Velocidade máxima: 28 nós

 Alcance: 6000 milhas náuticas/15 nós

Propulsão

 CODAG – 2x hélices de passo variável

 2x motores diesel MTU 20 V 1163

 1x turbina a gás GE LM2500

Tripulação

 Do navio: 150

 Estado Maior embarcado e outros: +40

Helicóptero

 2x helicópteros de até 10 toneladas (até o tamanho do Seahawk)

Sistema de Combate

 Comando e controle (C3I) no teatro Sensores e armas para AAW, ASW, ASuW e Forças especiais

ALIDE conseguiu também de suas fontes, com exclusividade, uma imagem do modelo EV 6000 da Damen criado especialmente para as necessidades da Marinha do Brasil. As fragatas De Zeven Provincien da Marinha Real dos Países Baixo são um dos modelos mais antigos da atual safra de navios de 6000 toneladas, assim o EV (“Escort Vessel”/Navio de Escolta) 6000 não é apenas um casco padrão de De Zeven Provincien com aditivos na superestrutura. O novo modelo agrega um número de melhorias que os holandeses aprenderam com sua linha Sigma de fragatas médias e corvetas que tem se revelado um sucesso de exportação. Entre estas melhorias está a preocupação dos holandeses com uma disposição “padronizada” da estrutura e dos diversos compartimentos existentes no interior do navio de maneira que isso facilite a construção de versões menores e/ou maiores deste mesmo desenho básico segundo as necessidades do cliente. Pensar nisso desde o início do projeto faz com que se possa criar novos tamanhos de cascos sem necessariamente demandar uma grande, arriscada, complexa e profunda redistribuição de tubulações e de compartimentos internos. O canhão no desenho é um Otobreda 127/54 Compact idêntico ao usado nas De Zeven Provincien originais. Como, no Brasil, a empresa Jaraguá tem um contrato de fabricação sob licença da linha de canhões navais Oto Melara isso pode sugerir que produtos deste fabricante venham a ser adotado nas futuras corveta e fragata brasileira. Os requerimentos da Marinha, no entanto, não estipulam fabricantes ou modelos se restringindo a apontar apenas quantidades e calibres (canhão Principal 1 x 127mm, canhão secundário 2 x 35/40 mm, metralhadoras 2 x 20 mm e 2 x 12.7 mm – ambas controladas apenas localmente).

O terceiro player do Prosuper com sistemas originalmente americanos, o destroier KDX-II coreano parece ainda estar num limbo. Se algumas fontes confirmam uma ligação da empresa com os I-Mast da Thales especialmente pela existência de uma futura fragata da indústria naval coreana de médio porte (3000 toneladas de deslocamento) a DW3000 exibida na Euronaval 2012, ainda não está claro se uma proposta da KDX-II com este mastro holandês e com mísseis Aster chegou efetivamente a ser ofertada no Brasil.

Existem duas hipóteses na adoção do I-Mast por estes dois participantes do Prosuper, na primeira este era apenas o caminho mais simples e mais rápido para eles ofertarem um produto com conteúdo 0% americano e assim melhor atender às restrições da MB e do Ministério da Defesa. Alternativamente, numa segunda hipótese mais alinhada com a Estratégia Nacional de Defesa (END), estaríamos adotando uma visão que beneficiaria mais a indústria nacional. Nela a MB optaria pela padronização da maioria de seus sensores navais ao redor do sistema I-Mast da Thales, gerando uma maior escala de produção que justificaria uma maior fatia do desenvolvimento localmente. Se a segunda opção for a mais realista, isso seria uma má notícia para franceses e italianos, uma vez que eles usam cada um radar exclusivo (Thales Heráklès e Selex EMPAR) nas suas fragatas FREMM.

Fonte: ALIDE (Base Militar Web Magazine)

13 Comentários

  1. Existem duas hipóteses na adoção do I-Mast por estes dois participantes do Prosuper, na primeira este era apenas o caminho mais simples e mais rápido para eles ofertarem um produto com conteúdo 0% americano e assim melhor atender às restrições da MB e do Ministério da Defesa. Alternativamente, numa segunda hipótese mais alinhada com a Estratégia Nacional de Defesa (END), estaríamos adotando uma visão que beneficiaria mais a indústria nacional. Nela a MB optaria pela padronização da maioria de seus sensores navais ao redor do sistema I-Mast da Thales, gerando uma maior escala de produção que justificaria uma maior fatia do desenvolvimento localmente. Se a segunda opção for a mais realista, isso seria uma má notícia para franceses e italianos, uma vez que eles usam cada um radar exclusivo (Thales Heráklès e Selex EMPAR) nas suas fragatas FREMM.==== Espero p esse reequipamento e nem quero saber se estrangeira ou nacional, de preferência BRASUCA, se ñ for póssível , pelo tempo curto…q venham às FREMM .PS.: Qdo chegam os caças p a FAB,espero q sejam + de 72, e os satélites geoestacionários?!?! P Ontem.Sds.

  2. Em breve, leremos os seguintes “argumentos”

    “Sao caras pra manter”
    “Vão entubar a MB”
    “Nossos sistemas não vão conversar com o deles”
    “O governo esta recebendo propina”

    Sabe como é né?

    O mesmo lenga lenga Vaderiano de sempre……..

      • Ã hãm…

        E a França por acaso nao é da OTAN?

        Nao se engane, meu bom amigo….

        Se o Brasil comprar uma catraca de bicicleta de qualquer pais que nao seja os EUA, vão dizer que é caro pra manter e os outros lenga lenga que a gente ja conhece

  3. o brasil tem condições de ter o que quiser de qualquer empresa e etc e tal
    mas o que esta acontecendo é uma enrolação demora papo furado tanto das forças armadas os estrelas e quanto do governo e oposição ,
    esses tem que tomar um duzentos e vinte volts para se ligar ,não podemos mais esperar como no caso dos caças
    infelizmente sem luta não há conquista!!!!!!

  4. Prosuper = FX2.

    Fx2= vão voar o que tem ate o osso, depois vão comprar qualquer coisa usada mesmo.

    Prosuper, vão navegar o que tem ate o osso, depois vão comprar qualquer coisa usada mesmo.

  5. _RR_

    A BRADAR(ex OrbSat) teria condições de desenvolver um mastro integrado semelhante ao I-Mast 400? Isso poderia ser feito com uma versão para o anbiente naval do SABER-M200 que é totalmente modularizado, o que possibilita um grande ganho em economia de recursos na logística de manutenção; por exemplo: um módulo defeituoso pode ser substituído em poucos minutos, o que maximiza o tempo em operação do radar.

    • Olá, marcio alves do nascimento.

      Pelo pouco que sei, a maior parte do hardware e software específico não seria nada irrealizável, assim como a estrutura… Evidentemente, isso exige uma participação sem precedentes da industria nacional, de modo que outras empresas poderiam ( deveriam ) participar desse projeto… A questão principal, creio eu, seria um radar de varredura eletrônica confiável nacional que atenda aos requisitos. Existe a necessidade de um sistema que possa realizar a busca, detecção, acompanhamento, controle e guiagem dos mísseis…

      Quanto ao SABER M-200, realmente é uma incógnita… Confesso desconhecer os pormenores desse equipamento, e por isso não posso dizer-lhe se ele pode ou não ser utilizado para esse propósito ou mesmo servir de base para algo do gênero…

      Em suma, acredito que pode ser feito no Brasil um sistema similar, mas seria difícil dizer se seria possível alcançar o desempenho de outros sistemas.

  6. Por nada não, vamos primeiro DEFINIR O FX-2 ? Pelo amor de Deus ?

    O pré sal está distante da costa uma média de 200 kms , isso é um pulinho para jatos de combate, além do que a Marinha já está sendo privilegiada com os subs .
    Então vamos dar algumas prioridades , seguir um esquema , senão fica difícil né ??

    Primeiro escolhe o Rafale e depois os navios italianos.
    Abs.

    http://www.youtube.com/watch?v=7IDVh3BV4ZQ

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