Previsões do fim do Brics (Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul) como força motriz da economia global são prematuras, afirmam especialistas russos. O potencial econômico dessa associação informal está longe de ser esgotado.
Ainda recentemente, o Brics registrava um crescimento econômico mais rápido do que o G7. Hoje em dia, porém, apresenta uma desaceleração econômica como os demais países emergentes. No final de 2013, a Rússia verá seu PIB aumentar entre 1,5% e 1,8%. A China e a Índia terão uma taxa de crescimento maior, mas abaixo dos valores registrados anteriormente. O Brasil seguirá quase sem crescer.
O economista norte-americano Nouriel Roubini, que previu a turbulência de 2008, profetizou um futuro decadente do Brics. No entanto, parece que os pessimistas tiveram pressa. Pelo menos nos próximos 3 a 5 anos, o grupo continuará seguindo à frente da economia global, devendo retomar o crescimento já no próximo ano. Prova disso são as previsões de crescimento do PIB dos países do Brics em 2014 feitas pelos especialistas ouvidos pela Gazeta Russa no início deste mês e contidas no World Economic Outlook de outubro do FMI (Fundo Monetário Internacional).
A reportagem conversou com William Wilson e Christopher Hartwell, analistas do Instituto de Pesquisa de Mercados Emergentes Skólkovo, Mark McFarland, economista-chefe do banco britânico Coutts & Co, Maksim Vasin, analista sênior da Agência Nacional de Rating, Emil Martirosian, membro da Academia Russa de Economia Nacional e de Administração Pública junto à Presidência, e Timur Nigmatúllin, analista do Investkafe.
O otimismo dos especialistas ouvidos pela Gazeta Russa em relação ao futuro do Brics tem como base quatro pilares, dos quais o principal é o crescimento do consumo interno nos países do grupo devido ao aumento da população, mudanças no perfil do consumo e ao aumento do número de milionários.
“Os países do Brics se tornaram grandes mercados de escoamento, com o crescente potencial para as startups bem sucedidas na indústria de tecnologia de informação, para muitas empresas multinacionais dos EUA e da Europa Ocidental”, disse Martirosian.
O segundo fator é a transformação e modernização da indústria rumo a uma circulação mais rápida de bens e serviços. O terceiro é a participação ativa do Estado na elaboração de uma política econômica e, como conseqüência, o aumento de investimentos públicos na economia sob as mais diversas formas. O quarto fator será a tão longamente almejada saída da União Europeia de uma recessão de dois anos e a aceleração econômica dos EUA.
A China continuará sendo líder do Brics em termos de crescimento do PIB, devendo crescer 7,4% em 2014, segundo as estimativas dos analistas do Instituto Skólkovo, e 8,2%, segundo as estimativas dos analistas do FMI. O segundo lugar do grupo será ocupado pela Índia, que, segundo os economista do FMI, deverá crescer 6,23% no ano que vem –segundo os analistas do Instituto Skólkovo, o aumento será de apenas 4,5% .
“O baixo custo da mão de obra na China significa que os bens produzidos no país continuarão no piso da faixa de preços. A Rússia tem exportado recursos naturais como petróleo, gás e madeira. A Índia é conhecida pela venda de serviços, enquanto o Brasil é especializado em metais (principalmente minério de ferro) e agricultura.
Os analistas dividem-se sobre quem ficará em terceiro lugar: a Rússia ou o Brasil. Mark McFarland acredita que a posição ficará com a Rússia, cuja economia irá crescer a uma taxa de 3% em 2014, quase duas vezes superior à atual, devido ao reforço do consumo interno e ao aumento das exportações líquidas de hidrocarbonetos. Timur Nigmatullin, do Investkafe, e os analistas do Instituto Skólkovo, são da mesma opinião.
“Na Rússia, a taxa de crescimento dobrará devido ao aumento do consumo interno. A exportação de fontes de energia atingiu um platô, razão pela qual os gastos públicos estão sendo contidos e as despesas de investimento continuam pequenas”, ressaltam William Wilson e Christopher Hartwell. O FMI está como sempre mais otimista, avaliando em 3,7% o crescimento econômico da Rússia em 2014.
De acordo com McFarland, no caso do Brasil, os gastos com infraestrutura serão outro fator determinante, além do aumento do consumo interno. Para o especialista, em 2014, a economia brasileira crescerá apenas 2,4%. Já os especialistas do Instituto Skólkovo calculam em 2,5% a taxa de crescimento do Brasil para o ano que vem. Para eles, o crescimento da economia brasileira será condicionado ao aumento das despesas de investimento, enquanto as exportações brasileiras se manterão no platô devido à baixa demanda por parte da China.
A África do Sul crescerá 3,3%, segundo a previsão do FMI.
Para os especialistas, em 2014, a China também terá a melhor taxa de inflação no Brics, não superior a 2,9%, enquanto a Rússia atingirá uma inflação de 5,5%, o Brasil, de 6%, e a Índia, de 8,9%, afirma McFarland.
“A vantagem da China sobre seus parceiros do Brics é a de que a inflação baixa prevista para 2014 permitirá ao Banco Central e ao governo do país aplicar, se necessário, um amplo leque de medidas para o estímulo monetário e fiscal sem temer fomentar a inflação”, disse o especialista.
Os especialistas preveem ainda o crescimento do intercâmbio comercial dentro do Brics. Em sete meses de 2013, as trocas comerciais da Rússia com os países do Brics diminuíram 0,6%, para US$ 58 bi. No entanto, até o final deste ano, o declínio deve ser compensado por um crescimento mais rápido. Em 2014, o intercâmbio comercial deve crescer entre 1% e 2%, afirma Nigmatúllin.
Os países do Brics representam 12,5% do comércio exterior da Rússia. Seu principal parceiro comercial é a China, com uma participação de 10,5 % do faturamento total do comércio exterior do país. Alguma expansão do comércio dentro do Brics é possível devido à diferença estrutural das economias.
“O baixo custo da mão de obra na China significa que os bens produzidos no país continuarão no piso da faixa de preços. A Rússia tem exportado recursos naturais como petróleo, gás e madeira. A Índia é conhecida pela venda de serviços, enquanto o Brasil é especializado em metais (principalmente minério de ferro) e agricultura”, disseram os especialistas do Instituto Skólkovo.
Ou seja, entre os brics o circulo se fecha, o dragao produz industrializados civis,o urso produz commodites e industrializados militares,o elefante exporta servisos e industrializados ,o leao sede suas terras e exporta diamantes, o bananao exporta mulatas ,graos ,carnes ,minerio de ferro e outros minerais e compra tudo,desde palitos de dentes a satelites dos grandoes do grupo kkkkkkkk,somos o quintal dos brics !
o brasil so nao ficou mal no grupo porque enfiaram a africa do sul para assumir a cadeira do mais ferrado !
Especulação e conjectura todo mundo faz, principalmente as que vêm de ‘certos’ lugares. Acho que eles ainda não perceberam que certas especulações não colam e não vão mudar certos fatos.
A própria economia mundial aproxima os BRICS, queiram ou não queiram. Esta união trará laços cada vez maiores e insolúveis…. o joguete Europa Estados Unidos vai continuar a existir mas não vai mais nortear o Brasil como fazia antes. A economia americana ainda vai ser imprescindível no contexto global, mas terá peso muito menor do que já teve um dia.
Tem um B emperrando, e se não ficar esperto e começar a se coçar, vai ser chutado.
Os chinas não param de comprar terras em nosso solo patrio( na Amazonia inclusive), atravez de empresas laranjas, e a petralhada com os bolsos cheios de din din chino, faz vistas grosas.
“O economista norte-americano Nouriel Roubini, que previu a turbulência de 2008, profetizou um futuro decadente do Brics”……
É impressionante a inveja e o despeito de Europeus e Americanos com os BRICS.
Parece que esses babacas não se tocam que ainda vivem graças a investimentos e aplicações especialmente da China e tambem do Brasil.
Se a China e o Brasil parassem juntos de comprarem os titulos da divida Americana os Estados Unidos sucumbiria.
Ano passado prognosticaram contra nós e os contrariamos mesmo com desaceleração e crise economica crescendo apenas menos que a China e mais que todos os outros paises.
Eles se acostumaram so eles crescerem e manipularem tudo e apesar de dependerem de nós a inveja é tanta que sonham com nosso fracasso.
É uma guerra e a oportunidade de derrotarmos de vez o inimigo esta em nossas mãos bastando que paremos de aplicarmos neles e que direcionemos aplicações,investimentos e acima de tudo COMERCIO SUL-SUL saindo de vez da dependencia deles e os fudendo de uma vez por todas para quem sabe assim aprendam uma coisa que jamais tiveram na vida HUMILDADE.
“É impressionante a inveja e o despeito de Europeus e Americanos com os BRICS.”
Não sei, uma vez assisti a declaração de um ministro chinês dizendo que a China iria expulsar o Brazil do mercado de produtos manufaturados e que nós devemos continuar plantando soja e explorando minérios.
São esses os parceiros que queremos?
Ser capachos dos chineses ao invés dos americanos?
Temos que pensar que os BRICS são também competidores, não apenas aliados.
Voce assistiu ou sonhou com um ministro chines dizendo tal estupidez. A razao pela qual houve um processo de desindustrializacao no Brasil e a mesma razao pela qual houve um processo de desindustrializacao na Europa e nos Estados Unidos. As corporacoes multinacionais acham mais conveniente transferir as fabricas para China e India e mesmo Bangladesh e Indonesia porque la a mao de obra e mais barata, praticamente nao pagam impostos, empregados nao tem direito a assistencia social etc. Vivemos num mundo capitalista meu filho, a douitrina de comercio livre impera, e os capitalistas vai investir onde a taxa de lucro e maior. Se amanha, a classe operaria chinesa se organiza e comeca exigir direitos a aposentadoria, ferias, escola livre, assistencia medica, etc isto vao exigir salario mais alto, proximo dos niveis do salarios pagos nos paises ocidentais, mesmo proximo do niovel de salarios pagos no Brasil, voce pode crer,no que eu vou dizer: As corporacoes multinacionais vao abandonar China e transferir para outros paises, inclusive Africa.
Não restam dúvidas…
Existem instrumentos contra essa prática. Defesas antidumping. Exigências de conteúdo local. Preferências em licitações públicas. Redução de outros custos que não impliquem em prejuízos aos trabalhadores. Treinamento e profissionalização e aumento do valor agregado aos produtos. Fechamento do mercado contra países que explorem mão de obra em condições de escravidão ou infantil. Tudo previsto no ordenamento internacional e nos tratados de comércio.
Temos aqui um lulista, kkkkk.
o brics colocou o g8 no bolso ,chupa mais essa puxa saco de gringos
Digo a tempos que “redescobriram o Brasil e junto a América do Sul , pela parte do Brasil estamos vivendo a Revolução da Matéria Prima (commoditties) com tantas riquezas sendo descobertas e sendo valorizadas não só pelo Brics mas também por outros países que definitivamente passaram a nos olhar … e bota zoião nisso.
Todo comentário depreciativo de revistas ,jornais , tvs , blogs é … ZOIÃO mesmo .
Queremos agora melhorar nossas tecnologias e estamos abertos a propostas de todos , inclusive dos marcianos, não é a toa que o Governo esteve nos EUA vendendo oportunidades de investimentos… mercado aberto a todos que quiserem ajudar de verdade e ganhar grana, não só se infiltrar e colocar cabresto …
80 anos de Boing no Brasil e nada é foda né ???