Novos mísseis para escudo nuclear da Rússia

014-1Ilia Kramnik

Os fatos citados são da responsabilidade do autor.

As tropas de mísseis estratégicos russas deverão receber em breve mísseis e ogivas RC-24 Yars e RC-26 Rubezh que irão substituir os aparelhos soviéticos antigos. Os novos mísseis são capazes de superar sistemas de defesa antiaérea modernos.

Manobra em todas as etapas

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Uma característica-chave de novos complexos passa pela sua capacidade de manobra em todas as etapas de emprego. Na terra, os Yars semelhantes aos seus antecessores Topol e Topol-M de estacionamento móvel, estão protegidos melhor contra as armas de alta precisão que os sistemas de mísseis baseados em poços, cuja localização se conhece muito bem.

Na fase de lançamento, os Yars e os Rubezh levam uma certa vantagem: ganham a velocidade mais depressa e podem efetuar manobras limitadas no segmento ativo da trajetória.

Estas características vêm complicando a tarefa de intercepção em comparação com os mísseis balísticos intercontinentais baseados em poços. Além disso, para ambos as novas máquinas estão sendo projetadas blocos de manobra hipersônicos.

Os dispositivos facilitam a rotura definitiva da defesa antiaérea: será difícil interceptar tais alvos devido à elevada velocidade de queda do bloco combativo, a qual se estima em segundos. Ao mesmo tempo, a sua alta capacidade de manobra vem aumentando a probabilidade de falha do atirador. Com isso, não haverá, pelo visto, a segunda chance de fazer intercepção eficaz.

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Os Topol serão substituídos

Os complexos de mísseis RT-2PM Topol, conhecidos no Ocidente como RS-12M e designados pela OTAN de SS-25 Sickle, eram produzidos de 1984 a 1993, devendo passar à “reforma por idade”. O sistema RS-26 Rubezh deverá substituir os Topol, diferindo dos Yars por um alcance menor (supostamente 8-9 mil km versus 11 mil) e por preço baixo. Estes fatores, aliados ao aspecto tecnológico seguro, permitem lançar a produção em série dentro em breve e, juntamente com os Yars, garantir a substituição de antigos sistemas de fabricação soviética.

Atualmente, as tropas de mísseis estratégicos contam com 96 complexos de nova geração: um parque de 78 Topol-M e 18 Yars. Os mísseis projetados e produzidos na União Soviética – 50 unidades Voevoda (R-36M2), 50 unidades UR-100 e 170 Topols – constituem o grosso das Tropas de Mísseis Estratégicos (TME) da Rússia.

Nos próximos 15 anos, a Rússia irá produzir cerca de 200 mísseis de nova geração para as TME e cerca de 150 para a Marinha de Guerra a fim de substituir os antigos e preservar o potencial estratégico nuclear nos marcos do START-3. Os testes bem sucedidos de Yars e de Rubezh tornam reais tais planos.

 


Fonte: Voz da Rússia

9 Comentários

    • “Sem a camuflagem vira alvo fácil”

      Não é um alvo fácil pq tem todo a Sibéria para se esconder, é muito dificil para as aeronaves radar localiza-los naquela imensidão, com todo aquele relevo e florestas. Como mundam de posição aleatóriamente também são alvos difíceis para satélites.

      Porém, se não me engano, em tempos de paz há um tratado com os americanos que limita a dipersão de ICBMs móvies pelo território russo.
      Mas não sei se esse acordo ainda é válido.

  1. E os russófilos vão a loucura… rsrsrsrsrsrs… ainda acham que a Rússia de Putin é a mesma de Brejnev !!!… rsrsrsrsrsrs…

    • Me responde uma coisa…

      Quantos países no mundo tem tantas armas nucleares quanto a russia?

      Quanto países tem um nível de sofisticação tecnológica para fazer um topol ?

      • Tu é burro demais rafa !!!… depois não quer que o Vader te goze na cara… tu dá bandeira demais, filho… se vc tivesse tido mais calma iria perceber que eu não tratava do armamento, mas de POLÍTICA… acho que vc nunca ouviu falar em Brejnev… vc é muito noviça… uma gazelinha ainda…

  2. Aos admiradores dos EUA, minhas considerações…primeiro, os norte americanos são fissurados e obstinados na luta para criação de uma barreira (escudo) anti-mísseis na europa, e não é por causa do Irã. O que vale ressaltar aqui não é o governante atual, mas o domínio tecnológico bélico-militar de tal nação, e gostando ou não gostando, as armas mais temidas no mundo são duas: as bombas nucleares americanas e as russas.

  3. Estao modernizando para fazerem uma reduçao de ogivas nucleares, a meta acordada com os EUA e´´reduzir 30% no numero de ogivas nucleares ate 2030,a modernizaçao garante uma melhor chance de acertar alvos ,sem correr o risco de falhas na operaçao,mas terao que esperar a china,pois a mesma se mostra disposta a obter um numero de ogivas proximo aos numeros russos e americanos !!!!!

    • Também é provável que esses novos míssies tenham confiabilidade maior.
      Cáculos americanos dos anos oitenta sugeriam que apenas 40 ou 60% dos ICBMs russos funcionariam direito a ponto de atingir seus alvos.

      Quanto a China, sei que eles fabricam míssies balísticos intercontinetais, mas, pelo pouco que leio sobre esse assunto, não acredito que eles tentarão manter paridade com os russos e americanos.

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