“Europa deveria abolir fronteiras nacionais” – Lech Walesa

Em entrevista exclusiva, Prêmio Nobel da Paz e ex-presidente polonês Lech Walesa diz que o continente europeu deve ter mais solidariedade e se desenvolver na direção de uma república federativa.

Por ocasião do seu 70º aniversário, o ex-chefe de Estado polonês Lech Walesa falou de seu projeto de uma Europa unida em entrevista à Deutsche Welle. Sua biografia é singular: originalmente eletricista, em 1980 assumiu a liderança do primeiro sindicato livre do bloco comunista na Europa Oriental, o Solidariedade de Gdansk. Dez anos mais tarde tornou-se presidente da Polônia, nas primeiras eleições livres em seu país após a queda do comunismo.

Para Walesa, a Alemanha, como peso-pesado no continente europeu, deveria continuar assumindo a responsabilidade pela superação das crises e pelo desenvolvimento de ideias para o futuro. O Prêmio Nobel da Paz de 1983 afirma, ainda, que países mais abastados deveriam ajudar Estados com menos dinheiro na construção da infraestrutura, por exemplo, sendo ressarcidos posteriormente. O ex-sindicalista afirma que “divisões e fronteiras pertencem ao passado”. Para a integração europeia, no entanto, é preciso prosperidade em todo o continente.

Deutsche Welle: Muitos países do leste e do sul da Europa invejam a Polônia pela virada democrática e pelos avanços econômicos das últimas duas décadas, para os quais o senhor contribuiu decididamente. Apesar disso, dezenas de milhares de poloneses foram recentemente às ruas de Varsóvia protestar contra o governo liberal de Donald Tusk. O líder da oposição nacional conservadora, Jaroslaw Kaczynski, está à frente agora nas pesquisas de opinião. O que há de errado com os poloneses?

Lech Wałesa: Em primeiro lugar, nós não dispusemos de um século para o desenvolvimento da democracia e tivemos que acelerar o máximo possível para acompanhar o Ocidente. Muita coisa se acumula numa aceleração assim. Em segundo lugar: o que são algumas dezenas de milhares em relação a 40 milhões? Se tivéssemos reunido os descontentes em outro país, também nos Estados ricos, então tenho certeza que os protestos teriam uma dimensão ainda maior.

Em terceiro lugar: nossa democracia provou seu valor. Embora tenha havido manifestações, esses protestos foram exclusivamente pacíficos. Recolheram-se assinaturas e a conta pela insatisfação dos cidadãos deverá ser paga na próxima eleição. Ou seja, a Polônia passou no teste com a sua democracia e pode servir como modelo de como lidar com o descontentamento.

Em entrevista ao semanário alemão Die Zeit, o senhor expressou o desejo de que os alemães fossem mais corajosos e tivessem maior influência sobre o desenvolvimento e planejamento da Europa. Mas eles acabaram se tornando um bode expiatório, no esforço em combater a crise na Europa. A mídia grega, por exemplo, mostrou caricaturas de Angela Merkel usando uniforme nazista. Como o senhor vê a política alemã para a Europa?

Desde sempre os líderes políticos são criticados. E a Alemanha é um peso-pesado – e isso em todos os setores. Mas os alemães também assumem a responsabilidade pela superação das crises e desenvolvem ideias para o futuro. E eles devem continuar assim. Em tempos em que fronteiras são abolidas, tudo em gira em torno da Europa, não em torno da Alemanha ou Polônia. Nós não deveríamos mais pensar em termos de fronteiras nacionais.

Existem muitos temas novos, contemporâneos, como informação, ecologia, crises – por exemplo, a financeira. Aqui não se trata mais de um banco, mas de um comportamento responsável por parte dos bancos em geral. Então vem a questão do dinheiro: a Alemanha tem, os outros, não. Na Europa, por exemplo, precisamos de uma boa rede de autoestradas, também na Albânia. Ali e em outros lugares, falta dinheiro para tal, então a Alemanha deveria assumir esse encargo e receber o dinheiro de volta, ao longo dos próximos 50 anos. O dinheiro não deve ficar guardado nas meias.

Pouco antes de completar 70 anos, Lech Wałesa (esq.) concedeu entrevista à Deutsche Welle

Em relação à Alemanha, muitos estereótipos e preconceitos são revividos, quase 70 anos após o fim da Segunda Guerra Mundial. Essa situação não se acirraria ainda mais se os alemães começassem a construir autoestradas pela Europa?

De jeito nenhum. Para a integração europeia, precisamos de prosperidade na Europa. Conflitos podem ser evitados somente se, por exemplo, construirmos autoestradas por todas as partes, então a situação vai melhorar em todos os lugares. Existe toda uma lista de tarefas, como, por exemplo, as redes de comunicação.

Os Estados que têm dinheiro também deveriam disponibilizá-lo para países mais pobres e depois ser lentamente ressarcidos. Isso é um bom negócio para todas as partes envolvidas. Esta geração deveria começar a construir o Estado europeu, mas deveria fazê-lo com muito cuidado.

Como esta geração devem proceder, exatamente?

Ninguém sabe ao certo. Para chegar até lá, precisamos de estruturas europeias maiores. Divisões e fronteiras pertencem ao passado. Em quase todas as nossas atividades, somos ainda assaltados por guerras e lembranças. Mas aos poucos nos distanciamos disso. É um processo penoso, mas temos feito grandes progressos. O importante é construir a Europa unida com base em valores comuns, que no momento ainda diferem de país para país.

Nós deveríamos esboçar uma espécie de catálogo de valores, uma espécie de decálogo com dez mandamentos, desenvolvido por fiéis de todas as crenças e também por ateus. O desenvolvimento da futura Europa deveria acontecer sobre este fundamento.

Neste domingo (29/09), o senhor está celebrando 70 anos. Olhando em retrospecto, sabe-se que contribuiu decididamente para a queda do comunismo. Hoje ainda existem muitas ditaduras que perseguem, até mesmo matam seus cidadãos. Qual é a sua receita, como se pode derrotar uma ditadura?

Minha receita se chama: solidariedade. Naturalmente, essa solidariedade difere de país para país. É particularmente importante que os EUA, a única superpotência que restou, também sejam encorajados a remodelar o mundo de forma que, quando antissemitismo, racismo, limpezas éticas ou armas químicas aparecerem em algum lugar, o mundo aja imediatamente e elimine os problemas.

 

Fonte: DW.DE

26 Comentários

  1. Se isso viesse a se concretizar veríamos nascer a mais poderosa nação do planeta, da qual nem os EUA teriam condições de enfrentar. De quebrar derrubaria-se todas as imposições do pós 2ª Guerra sobre a Alemanha. Isso também seria uma forma de matar o problema da crise econômica europeia. Ela aconteceu justamente devido ao modelo econômico e político. Você tinha até certo ponto uma união econômica, com uma instituição responsável pela política monetária, porém os estados membros ainda detinham sua soberania individual. Isso engessava e limitava as políticas econômicas, pois nem os estados podiam fazer aquilo que queriam, mas também não conseguiam se juntar em torno de uma política comum. Com o fim das soberanias individuais em prol de uma soberania coletiva, e de política econômica única acabaria o problema. Também fere de morte a influência americana no continente, pois uma Europa unificada jamais aceitaria a presença americana atual no continente, ainda mais que o até então todo poderoso inimigo, a URSS já morreu a umas boas décadas. E ironicamente a OTAN ajudaria nesse processo, ao remover empecilhos e preconceitos mútuos entre os militares desses países, além de padronizar toda a organização e sistemas militares dos países,

    • Esbarrei sem querer e enviei o comentário incompleto; Continuando:

      … que já estão acostumados a treinar entre si, já possuem um bom entrosamento. Ou seja, uma unificação do ponto de vista militar seria simples e fácil, a base toda já esta ai. Agora a questão é: será que os políticos estarão dispostos a vencer preconceitos mútuos arcaicos, e perceber o óbvio, que são infinitamente mais fortes do que separados? Será que conseguirão remover esses ódios mútuos e picuinhas que já vem desde o Império Romano? Porque o único empecilho atual é esse.

    • Em tempo, a Alemanha esta indo com calma e comendo pelas beiradas, aos poucos vai integrando a economia europeia a sua, criando uma rede complexa e avançada de infraestrutura por toda a Europa. Nem os países do leste europeu escapam, aos poucos todos vão gravitando mais e mais entorno dela, e nem percebem. E assim caminha a Europa, em direção a uma união centrada na Alemanha. O que não conseguiram por fogo parece que irão conseguir agora, sem disparar um único projétil. No entanto não vejo isso acontecendo até a metade do século,eles são pacientes, sabem que para remover o empecilho cultural será mais difícil, mas a base de tudo já está instalada, que é a União Europeia. Agora só resta saber o que os Americanos pensam disso, porque eu duvido que eles vão deixar isso acontecer sem lutar antes.

    • Um Banco Central só serve para legalizar a transferência da renda popular para a minoria privilegiada. Metade da arrecadação dos impostos é desviada para o pagamento de juros na maior cara de pau e nada, nada absolutamente, é denunciado pela mídia.

      Se unificarem a Europa, logo teremos outros EUA, devendo Trilhões e mais Trilhões, enquanto o governo briga entre os que querem ou não pagar o food stamps.

  2. Valeza nao fala desinteressado. Polonia exporta mao de obra mas com a crise economica forcando desemprego em todo lugar, existe uma tendencia para correntes nacionalistas se tornarem mais populares e crescem o movimento popular contra a politica de transito livre da mao de obra nos paises que constituem a Comunidade Europeia.Na Inglaterra ha uma forte corrente de movimento chauvinistas que exige que a Inglaterra ou se retire da Comunidade Europeia ou force uma renogociacao do tratado em particular exigem uma proibicao de imigrantes do Leste Europeu. Polonia sofreria com tal pograma politico.

  3. Depois de velho o cara encarnou o Anarquismo como bandeira kkkkkk.
    E tem gente que acredita nessa tolice de abolir fronteiras,nacionalidades,religiões e viva as folhinhas verdes principalmente as santas folhinhas canabis y la coca kkkkk
    Um continente onde a unidade de nações não se mantera com aprofundamento da crise surge um enluarado kkkk.
    O que veremos é o que a Europa sempre foi,medievais feudos com senhores explorando o povo e uns furando os olhos dos outros kkkk.
    Interessante como cada noticia fantasiosa produz iluminados devaneios kkkkkk
    Porque não fazemos o mesmo aqui na America do Sul afinal de contas embora tolos não percebam filosofias ativistas externas tem esses propositos e tudo para a alegria dos Vampiros pois são eles que nutrem sonhos dessa geração aluconogena zumbi que tem a ilusão da liberdade caminhando pelas proprias pernas para a guilhotina kkkkk
    Eu me divirto kkkkkk

  4. Daqui a pouco Walesa vai assumir seu lado feminino e mudar o nome para Waleska kkkkk ÇA CUMÉ NÉ DEPOIS QUE O PALHACINHO CAI TRANSFORMA-SE TONHO EM PIRIQUITA afinal de contas viva a liberdade de escolha kkkkkkkkkkkk

  5. esse é o caminho para se ter uma Europa forte (e a Alemanha seria o líder “natural” deste pais chamado “Europa”), e eu tb acho que se iso ocorrer eles passam os EUA como maior potencia do mundo.

  6. PREZADOS SENHORES
    Porque a materia que sito abaixo não é de interesse neste espaço ?

    CHINA AMPLIA INVESTIMENTOS

    O Brasil se torna um dos principais campos para o avanço dos asiáticos no mercado global de energia. Petróleo, gás e eletricidade são os alvos

    SÍLVIO RIBAS

    A expectativa de uma vitória do condomínio de petroleiras chinesas, ao lado da Petrobras, no leilão do Campo de Libra, no pré-sal da Bacia de Santos, pode confirmar o Brasil como principal alvo dos investimentos da China no mercado global de energia. A licitação, marcada para 21 de outubro, também vai ser o auge de uma trajetória, iniciada em 2009, na qual o gigante asiático vem colecionando seguidos avanços nas áreas de petróleo e gás, linhas de transmissão e parques de geração eólica no país. Além da conquista de projetos importantes, essa empreitada estratégica incluiu acordos com empresas, instituições de pesquisa e governos estaduais. As próximas investidas serão em geração hidrelétrica e na produção de painéis solares.

    O Brasil ocupa atualmente o segundo lugar como destino do investimento externo chinês em energia, desbancado provisoriamente da liderança em virtude da compra da petroleira canadense Nexen, no fim de 2012. Segundo especialistas ouvidos pelo Correio, se o setor elétrico do país representa para a China atraente mercado para equipamentos e serviços, a exploração de petróleo nas águas profundas da costa brasileira é uma garantia de abastecimento de óleo e gás para o futuro.

    Depois da soja e do minério de ferro, os chineses querem que a infraestrutura do setor elétrico e os campos petrolíferos formem a nova base da sinergia com o Brasil. “As conquistas da China no campo da energia, como investidor e exportador, foram uma exigência de suas expressivas taxas de expansão econômica e de sua crescente demanda industrial. Cabe ao Brasil aproveitar ao máximo esse apetite colossal, evitando que a invasão chinesa tire competitividade de empresas nacionais”, analisa o consultor João Carlos Mello, presidente da Thymos Energia.

    Relatório da Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) divulgado este mês informa que, somente de 2005 a 2012, o setor energético brasileiro recebeu US$ 18,2 bilhões em investimentos chineses. O montante poderá dobrar até 2020 se a State Grid, maior empresa do ramo no mundo, conseguir agregar mais ativos no país, como a linha de transmissão da Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará.

    A agência sublinha que o Brasil é um parceiro natural no segmento de transmissão, em razão das semelhanças geográficas dos dois países nas malhas de distribuição da eletricidade gerada, na maior parte, por fontes renováveis distantes dos grandes centros consumidores. A State Grid apresenta, como fator de maior segurança e de menor desperdício de cargas, a sua tecnologia de ultra-alta tensão (UHV, na sigla em inglês), numa eventual modernização e expansão da rede.

    Cooperação

    Os negócios da gigante elétrica em território brasileiro começaram em 2010, com a compra de sete concessões da Plena Transmissora. Em paralelo, a multinacional firmou parcerias com Furnas, do grupo federal Eletrobras, e com a estatal paranaense Copel. Três anos após chegar ao Brasil, a companhia mantém o plano de investir R$ 10 bilhões no país até 2015, apesar de ter sido vencida, no mês passado, no leilão da usina de Sinop (MT).

    Desde que chegou por aqui, a companhia já desembolsou R$ 7 bilhões. Esse valor inclui a sede no Rio de Janeiro, um prédio em área valorizada do centro da capital fluminense, comprado à vista por R$ 250 milhões. Sua presença também abre a porta para a vinda de várias indústrias chinesas de máquinas, instrumentos e automação dedicadas ao setor, que nasceram pequenas e hoje desbancam em seu mercado de origem marcas consagradas como a suíça ABB, com impressionantes escalas de produção.

    A exemplo do ocorrido na Europa e nos Estados Unidos, a State Grid e as fabricantes chinesas de turbinas aerogeradoras também esperavam levar um bom naco dos promissores parques eólicos do Brasil, graças aos preços imbatíveis dos equipamentos. Esse plano precisou ser revisado em razão das barreiras levantadas pelo governo e das políticas de incentivo ao conteúdo local, apoiadas pelo financiamento do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

    O mercado brasileiro de energia eólica é visto pelos chineses como de grande potencial, em razão da performance acima da média das suas correntes de ventos, enquanto figura com atraso no desenvolvimento de tecnologia. A China, por seu lado, se destaca como dona de conhecimento e experiência, por operar o maior parque gerador desse tipo.

    Prova disso é a fabricante chinesa Sinovel, que vai fornecer 23 turbinas de 1,5 megawatt (MW) para o parque eólico Barra dos Coqueiros (SE). O projeto é controlado pela Desenvix, que tem como sócios a Jackson Empreendimentos, a norueguesa SN Power e o fundo de pensão dos funcionários da Caixa (Funcef). Para analistas, o principal papel dos fornecedores chineses nessa história é acelerar a implementação de novos parques e aumentar a participação dos ventos na matriz energética do país.

    Liderança verde

    Apesar da grave poluição atmosférica provocada por usinas a carvão, a segunda economia do planeta tornou-se, paradoxalmente, líder em inovação no terreno das chamadas fontes verdes. Para a Agência Internacional de Energia (IEA), Brasil e China têm tudo para se constituírem nos dois pilares da expansão do setor eólico mundial até 2018, alcançando, respectivamente, capacidades instaladas de 11 e 193 gigawatts (GW).

    Correio Braziliense

    http://4.bp.blogspot.com/-qAlIz2cQ6EY/UkifKKEz7_I/AAAAAAABM9c/KTVb4bagJD4/s1600/brasil-china.png

      • kkkk. Adoro concorrência, sempre quem ganha é o consumidor, pena que no Brasil exista, de fato, o regime carterialista de governo, onde o governo vive distribuindo cartéis e monopólios para os amigos.

      • Não se esqueça tambem Walfredinho do bolsa putinha que são os bolsismos a comprarem votos e simpatias e o capimundismo implantado pelo teu ptzinho que é uma verdadeira desnacionalização a toque de caixa.
        A Tucanalha desestatizou e a Petralhada desnacionaliza.
        Acorde meu caro ambos são vermes oriundos de um mesmo toleite produzido por mesmo furingo.

      • Sou a favor de toda ajuda que o governo e qualquer um possa oferecer para que alguém deixe a miséria e a pobreza.

        Não considero isso comunismo ou algo lesivo aos interesses nacionais, pelo contrário. Nosso país ficou 4 vezes mais ricos quando começou a ajudar os mais pobres.

        Concordo contigo quanto a desnacionalização durante o governo petista, mas infelizmente nossa classe empreendedora prefere aumentar preços do que aumentar produção.

        Assim, para aumentar a concorrência e a oferta de produtos, é salutar permitir que estrangeiros venham fazer o que empresários nacionais se recusam a fazer, mesmo recebendo tubos de incentivos fiscais, desonerações trabalhistas e empréstimos subsidiados.

  7. Que dureza para os alemães com esses seus vizinhos de olho em suas riquezas e sucesso. É duro em?

    A Alemanha mesmo derrotada e arrasada após as duas grandes guerras se recuperou, se reconstruiu, duas vezes, e está aí linda e forte. Prá então dividir seu cofrinho com quem não consegue fazer o dever de casa? Então tá, conta outra olhudo.

    E a Inglaterra sempre cheia de si, e de seu passado de resistência e glória contra sua anexação ao continente vai topar? Duvido, sequer discutir essa sugestão!

    Interessante que essas propostas de divisão de riquezas parte sempre do pobre da história.

    Quanto a essa proposta de auto estradas cortando a Europa… os alemães construiram várias das suas lá na década de 30, sob o regime nazista, como forma de dinamizarem sua economia destruida. Ora, agora em pleno século XXI, e em décadas de Europa sem guerra, o país europeu que não as tiver que trate de as fazer, por sua conta e risco. Mas até nisso, estradas, a vizinhança tá com inveja?

    Sucesso Incomoda!!!!!!!

    • O pior é que no caso dos alemães não é possível afirmar que eles implantaram escutas internacionais, roubaram tecnologia, impuseram sua moeda ou seu idioma como padrão mundial, impuseram governos tiranos em países do terceiro mundo, invadiram ou tomaram territórios alheios, etc…

      Os caras são bárbaros, temos que tirar o chapéu. Graças à Deus temos muito de Alemanha no nosso sangue também.

  8. Lucas Senna ( 29 de setembro de 2013 at 16:34 )

    Uma união agora seria interessante no sentido de equalizar as economias europeias. Contudo, isso também significa custear as partes menos desenvolvidas ( obras de infraestrutura, programas de assistência financeira… ). E a questão principal, no meu entender, se converte em como justificar ao contribuinte alemão, inglês e francês que eles terão que pagar pelos excessos e atrasos de outros países. Veja que é um custo político enorme para os líderes das grandes economias da Europa… As economias do leste europeu em particular simplesmente não estão preparadas para isso. Ainda falta-lhes a dinâmica necessária as grandes economias capitalistas. Os alemães que o digam, tendo que pagar pelo atraso de sua parte oriental…

    Militarmente falando, poderá haver algum incremento no que diz respeito a operações combinadas, tornando as forças armadas europeias mais eficientes, mas decisivamente não haverá nenhum aumento significativo no poderio bruto… Ademais, mesmo que a União Soviética não mais exista, outros emergentes com grandes pretensões econômicas se colocam entre os europeus e as zonas de influência ocidentais tradicionais. Ou seja, a presença americana ainda terá que ser tolerada por muito tempo…

    • De fato, principalmente a China, que aliás, tem investido muito em infraestrutura na Europa. Já existem hoje, linhas de trem que ligam até a Holanda a China, existem ligações entre a transiberiano e a China, e a China nunca escondeu seu objetivo de conectar as economias euroasiáticas a sua. Dependendo do ponto de vista isso é bom e ruim para Europa. Pois a abertura econômica é uma via de mão dupla, no caso atual, a China não teria condições de competir com a indústria de alta tecnologia europeia, ela é por demais dinamizada e ampla. Mas uma ameaça econômica não justifica uma ocupação militar, não existem mais ameaças militares a Europa, a Rússia tem procurado cada vez mais parcerias com a Europa, a imagem de uma potência ameaçando o continente europeu com uma invasão massiva e um holocausto químico-biológico-nuclear já se foi a um tempo. As ameaças atuais são assimétricas, e não um agente estatal. Mesmo atualmente, cada vez mais aumenta o desconforto dos Europeus com as bases americanas, para te falar a verdade, nem sei se elas se manterão até o fim da próxima década. Cada dia que passa elas tem menos e menos sentido. Porém é como disse, o custo político será bem alto, existem por demais barreiras culturais para serem rompidas, e isso leva bastante tempo. Quanto ao capital, é mais uma questão de visão, capital acumulado não pode ficar parado, e aplica-los no envolta é uma ótima forma de garantir mercados consumidores e fazer o capital girar. Claro que sempre existe um preço político por isso, a população em geral não costuma ser muito fã de ver seu governo investir em outros países, mas também existe um lucro no longo prazo.

      • Em 2012 meu caro a China construiu no Brasil 12 mil quilometros de estradas de ferro.So quem construiu tanto quanto a China em estradas de ferro no Brasil foi D.Pedro II pois todos os demais apenas deixaram tudo apodrecer.
        A China constroe as estradas de ferro para que tenhamos como escoarmos nossas produções minerais e de grãos pois nosso sistema é arcaico rodoviario.

      • Lucas a terceira querra mundial não sera o mundo contra a China como os EUA querem que seja mas o mundo contra os EUA.
        O mundo inteiro se cansou das mentiras,intrigas,discordias e genocidios implantados por Anglo-Sionistas.O mundo quer paz,prosperidade,trabalho.
        Se a UK pensa que na hora H pula fora e tira da reta pode quebrar a cara.
        A Israel não resta alternativa vai pro caixão junto com seu patrão.
        A Russia é a maior fornecedora atual da EU e tende e tem potencial para fortalecer ainda mais suas linhas de abastecimentos.

Comentários não permitidos.