Russia Arms Expo 2013: novos conceitos, novos mercados
Na IX exposição internacional de armamentos Russia Arms Expo 2013 (RAE 2013) em Nizhny Tagil, são tradicionalmente apresentados os modelos mais modernos de equipamentos militares utilizados nas Forças Armadas da Rússia, suas variações para exportação, bem como desenvolvimentos fundamentalmente novos.
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As novidades mais interessantes da RAE 2013 são veículos de combate de nova geração em chassis Armata, Kurganets 25 e Bumerang, que passarão a ser produzidos em série para o Exército russo. Destacam-se também os projetos mais recentes de munições e diferentes equipamentos militares. A característica comum de toda essa tecnologia é a novidade conceitual de uso de componentes estrangeiros, o que proporciona acesso a novos mercados.
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Veículo de combate de infantaria (VCI) híbrido russo-francês
Talvez o exemplo mais notável deste tipo seja o modelo-conceito operacional de um VCI de rodas criado em resultado da cooperação entre a empresa de armamentos russa Uralvagonzavod e as empresas francesas Renault Trucks Defense e Nexter Systems. O carro de 8×8 está equipado com um novo sistema de fogo, que inclui um novo canhão de 57 milímetros, criado a partir do conhecido modelo S-60.
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De certa forma, a criação de uma máquina dessas é uma etapa extra do programa de criação do VCI de rodas Bumerang, que está sendo desenvolvido para as Forças Armadas da Rússia pela Corporação Militar-Industrial. Obviamente, um carro feito com uso extensivo de componentes estrangeiros é improvável de ser colocado em serviço do Exército russo. No entanto, no mercado externo, ele pode competir tanto com o Bumerang doméstico como com as propostas estrangeiras existentes, incluindo, por exemplo, a atualmente popular família de veículos blindados de combate da empresa Patria.
Protótipo de VCI do futuro apresentado em feira de armas de Nizhny Tagil
Tal competição só pode ser considerada como um fator positivo – a criação de tais máquinas permite às empresas russas expandir a sua presença no mercado de veículos blindados de rodas. Neste segmento, a indústria russa é representada hoje principalmente por veículos blindados BTR-80, de conceção ainda soviética, e suas modificações. O desenvolvimento conjunto com a França permite contar com o sucesso nos mercados dos países que preferem principalmente modelos ocidentais. Neste caso, os cascos blindados e armamentos russos podem vir a ser um atrativo “empoderamento” para os potenciais compradores.
Nova vida de velhos projéteis da empresa Kompas
Veja imagens da Feira clique para ampliar
Entre os objetos expostos nos pavilhões merece atenção especial a exposição da empresa Kompas, na qual, entre outras coisas, estão demonstrados conjuntos de orientação de precisão Glonass/GPS. Estes dispositivos permitem atualizar velhos projéteis de artilharia, morteiros, e foguetes não guiados, transformando-os em armas guiadas com precisão.
Veja mais fotos da Russia Arms Expo 2013
O conjunto é um módulo que inclui uma unidade de controle, um recetor do sistema de navegação por satélite, e pequenas “asas” como têm os mísseis, ativadas durante o lançamento. O módulo é montado na cabeça do projétil ou morteiro, no lugar do detonador regular. O desenvolvimento deste conjunto começou no âmbito do programa Dinamika ainda no final dos anos 2000, mas uma demonstração pública com modelos reais é realizada pela primeira vez.
Ao contrário dos mísseis guiados tradicionais com sistema de orientação a laser, um projétil equipado com um tal conjunto não depende das condições climáticas e não necessita de iluminação exterior do alvo, o que permite atingir rapidamente alvos isolados com coordenadas conhecidas. O provável desvio do alvo de tais projéteis modernizados é de 3-5 metros, uma ordem superior a precisão dos projéteis não guiados tradicionais.
Mira de tanque com matriz russa
Entre outros modelos de equipamentos merece uma menção especial o sistema de mira de tanque Agat-MDT, que permite detetar alvos na escuridão total a uma distância de até quatro quilômetros. O interesse nesta mira desenvolvida pela usina Zverev de Krasnogorsk (KMZ, na sigla russa) é devido ao fato de que ela foi criada com base em elementos de produção russa. A base do Agat é uma matriz da empresa russa Orion com uma resolução de 640×512 pixéis. Essas características colocam o Agat ao nível dos produtos da empresa francesa Thales, que atualmente são instalados nos tanques T-90 – tanto para o Exército russo como para exportação.
No entanto, o Agat-MDT em sua forma atual é apenas uma etapa intermédia no caminho para a criação de miras mais avançadas de visão térmica, inclusive as que serão instaladas nas máquinas das famílias Armata, Kurganets e Bumerang. A criação da mira Agat-MDT permite no mínimo reduzir o tradicional atraso de desenvolvimentos russos nesta área sensível e abre perspetivas de desenvolvimento de produtos eletrônicos militares russos. Em caso de sucesso, os desenvolvedores russos de sistemas optoeletrônicos ganharão a independência que lhes permitirá sobreviver em condições de mercado sem o apoio permanente do Estado.
De acordo com os desenvolvedores do veículo, esta nova versão pode ser produzida para quaisquer operadores do veículo T-72, através de uma modernização e reconversão dos veículos velhos para este padrão, o que reduz significativamente os custos de produção.
Rússia apresenta novos sistemas de mira na RAE 2013
A fábrica Zverev (Krasnogorsk, região de Moscou) pertencente à holding Schwabe, que integra as principais empresas russas da indústria optoeletrônica, apresentou na exposição de armas Russia Arms Expo 2013 em Nizhny Tagil novos sistemas de mira para equipamentos pesados – Agat-MDT e Irbis-K.
Os complexos visam garantir a cobertura da área, busca, detecção, identificação e destruição de alvos, podendo ser usados em estado estacionário ou em movimento.
Fonte: Voz da Rússia
Esses Terminator2 deveriam ser comprados hoje mesmo… eles são fundamentais e eficientes pro combate urbano, foram forjados na experiência de guerra urbana na Chechênia e Síria… não é à toa que mudou a configuração da torre na segunda versão… versão que apareceu depois que a Síria está queimando debaixo do fogo dos terroristas fundamentalistas religiosos!
Ô EB… vê se resolve alguma coisa pra defesa contra a guerrilha urbana, o problema é o Chassis ser o do T72 em modernização e o Chassis do T-90 para os novos, não tenho ideia se seria possível montar essa torre nos Leopard1… alias seria um sacrilégio penso eu!!
Vai de Chassis T-90 mesmo, se for comprar alguma né, coisa muito difícil de acontecer, principalmente por não ser Yankees!!
Valeu!!
o t-90 esmagando o abrams de brinquedo foi otimo! rsrs
otimo mbt
E ai Vaderuxo?
A ursa virou cadela, ou foi a águia que virou urubu ?
FAIL?
EPIC FAIL?
Em tempo…
E a França eim?
Um membro da OTAN, agregando eletrônica ocidental os caças russos, desenvolvendo armas com os russos e abrindo as portas das tecnologias européias ocidentais para os russos…..
Sem contar que a França forneceu o seu meio naval mais moderno, o mistral, para a Rússia…..
Tempos modernos…
A união da OTAN so existe no papel… E na cabeça do Vader….
E a frota combinada? KD ?
Verdade Rafa, a Russia e a França estão cada dia mais próximos. E acho que os dois só tem a ganhar com essa aproximação.
PS. até no Rafale os russos estão propondo colocar suas armas. Já imaginou Rafale com armamento russo, incrível!
E por mim os franceses deveriam é largar os EUA = OTAN e vim para o lado dos BRICS estariam bem melhor ao NOSSO lado.
Quem sabe no futuro?
Muito bom o post Edilson, parabéns!
O Terminator 2 ficou animal, com toda a certeza os russo se valeram das experiencias dos combates urbanos na Chechênia para produzir este veiculo. Sua parafernália eletrônica de detecção de alvos é assustadora para seus adversários.
Se observarmos hoje o inventário do EB, iremos notar que nos novíssimos Guarani, já há uma certa preocupação por parte da força terrestre em prepara-los para o combate contra insurgência e combate urbano(ver as torres blindadas de observação por exemplo).
Agora essa variante do Terminator conseguir engajar alvos a qualquer altura em ambientes fechados e atingir alvos a 6 km de distância, isso dá uma vantagem monstro na arena de combate para a qual ele foi idealizado.
O Charrua poderia ser o nosso Terminator hoje se não tivesse sido abatido ainda na fase de protótipo.
Grato