Dilma diz na ONU que espionagem fere soberania e direito internacional

24/09/2013 10h50 – Atualizado em 24/09/2013 14h35

Presidente fez discurso de abertura da Assembleia das Nações Unidas.
Para ela, não procede alegação de que espionagem é ação antiterrorismo.

Nathalia Passarinho Do G1, em Nova York

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta terça-feira (24) em discurso de abertura da  68ª Assembleia-Geral das Nações Unidas, em Nova York, que as ações de espionagem dos Estados Unidos no Brasil “ferem” o direito internacional e “afrontam” os princípios que regem a relação entre os países.

Dilma iniciou o discurso, de 23 minutos, lamentando atentado terrorista da semana passada no Quênia que matou mais de 50 pessoas. “Jamais transigiremos com a barbárie”, disse.

Em seguida, passou a criticar as ações de espionagem dos Estados Unidos das quais ela, assessores e a estatal Petrobras foram alvos, segundo revelou o programa Fantástico.

“Quero trazer à consideração das delegações uma questão à qual atribuo a maior relevância e gravidade. Recentes revelações sobre as atividades de uma rede global de espionagem eletrônica provocaram indignação e repúdio em amplos setores da opinião pública mundial”, disse Dilma no discurso, tradicionamente proferido pelo presidente do Brasil, primeiro país a aderir à ONU em 1945.

Imiscuir-se dessa forma na vida dos outros países fere o direito internacional e afronta os princípios que devem reger as relações entre eles, sobretudo, entre nações amigas.”

A presidente destacou que o Brasil apareceu como alvo “dessa intrusão”.

“Dados pessoais de cidadãos foram indiscriminadamente objeto de interceptação. Informações empresariais – muitas vezes com alto valor econômico e mesmo estratégico – estiveram na mira da espionagem. Também representações diplomáticas brasileiras, entre elas a Missão Permanente junto às Nações Unidas e a própria Presidência da República do Brasil tiveram suas comunicações interceptadas”, afirmou.

Para a presidente, “imiscuir-se dessa forma na vida dos outros países fere o direito internacional e afronta os princípios que devem reger as relações entre eles, sobretudo, entre nações amigas”.

Diante das delegações de mais de 190 países, inclusive dos Estados Unidos, Dilma afirmou que “não procedem” as afirmações do governo norte-americano de que a interceptação da comunicação de autoridades destina-se a proteger os cidadãos contra o terrorismo.

A fala de Dilma antecedeu o discurso do presidente norte-americano, Barack Obama. Na última terça-feira (17), ela anunciou o adiamento da visita de Estado que faria em outubro a Washington, nos Estados Unidos, em razão das denúncias de espionagem.

A presidente brasileira afirmou que “ações ilegais” são “inadmissíveis”.

As tecnologias de telecomunicações e informação não podem ser novo campo de batalha entre os estados. Este é o momento de criamos as condições para evitar que o espaço cibernético seja instrumentalizado como arma de guerra, por meio da espionagem, da sabotagem, dos ataques contra sistemas e infraestrutura de outros países.”

“Jamais pode o direito à segurança dos cidadãos de um país ser garantido mediante a violação de direitos humanos fundamentais dos cidadãos de outro país. Não se sustentam argumentos de que a interceptação ilegal de informações e dados destina-se a proteger as nações contra o terrorismo”, afirmou Dilma.

A presidente destacou que o Brasil é pacífico e democrático e não tem histórico de terrorismo. Segundo ela, o país “sabe se proteger” e “repudia” e “não dá abrigo” a grupos terroristas. “Somos um país democrático, cercado de países democráticos, pacíficos e respeitosos do direito internacional”, disse.

Ao lembrar que lutou na juventude contra a ditadura militar, a presidente afirmou que vai defender “de modo intransigente” o direito à privacidade dos indivíduos.

“Sem ele, o direito à privacidade, não há efetiva liberdade de expressão e opinião e, portanto, não há efetiva à democracia. Sem respeito à soberania, não há base para o relacionamento entre as nações”, afirmou Dilma.

De acordo com a presidente, o problema afeta a própria comunidade internacional. “Temos que criar as condições para evitar que o espaço cibernético seja arma de guerra”, disse.

Dilma Rousseff faz discurso de abertura da 68ª Assembleia Geral da ONU e critica práticas de espionagem dos EUA (Foto: Stan Honda/AFP)Dilma Rousseff durante discurso de abertura da 68ª Assembleia Geral da ONU (Foto: Stan Honda/AFP)

Internet
Para Dilma, a ONU deve liderar uma iniciativa de regulamentação do papel dos estados em relação às tecnologias. Segundo ela, o Brasil fará uma proposta sobre o tema.

“A ONU deve desempenhar liderança no esforço de regular o comportamento dos estados frente a essas tecnologias. Por essa razão, o Brasil apresentará propostas para o estabelecimento de um marco civil mulitlateral para governança e o uso da internet”, declarou.

Segundo ela, “as tecnologias de telecomunicações e informação não podem ser novo campo de batalha entre os estados. Este é o momento de criamos as condições para evitar que o espaço cibernético seja instrumentalizado como arma de guerra, por meio da espionagem, da sabotagem, dos ataques contra sistemas e infraestrutura de outros países”.

De acordo com a presidente, esse marco regulatório deve garantir sobretudo a liberdade de expressão, privacidade dos indivíduos e a “neutralidade” da rede de computadores. Para ela, o acesso à internet não pode ser impedido por motivos políticos, comerciais ou religiosos.

Questão interna
Dilma utilizou parte do discurso para relacionar o que apontou como conquistas sociais e econômicas do governo.

Ela disse que o Brasil retirmou da pobreza extrema 22 milhões de pessoas em dois anos e reduziu “de forma drástica” a mortalidade infantil. Também lembrou da proposta aprovada pelo Congresso que vinculou à educação 75% dos royaltes da exploração do petróleo e à saúde os outros 25%. Segundo ela, nesta década, o Brasil obteve a maior redução da desigualdade dos últimos 50 anos.

Impõe evitar a derrota coletiva que representaria chegar a 2015 sem um conselho de segurança capaz de exercer plenamente suas responsabildaides no mundo de hoje. É preocupante a limitada representação do Conselho de Segurança da ONU face os desafios do século 21. Exemplos disso são a dificuldade no conflito sírio e a paralisia na questão israelo-palestina.”

A presidente fez referência às manifestações de rua em junho. Disse que o governo não tentou contê-las e afirmou que são “parte indiscutível” do processo de construção da democracia.

“O meu governo não as reprimiu. Pelo contrário, ouviu e compreendeu as vozes das ruas. Porque nós viemos das ruas. A rua é nosso chão, a nossa base. Os manifestantes não pediram a volta do passado. Pediram um avanço para um fuuro com mais direitos, mais conquistas sociais.”

Para ela, os “avanços conquistados” são só um começo.

“Sabemos que democracia gera mais desejo de democracia, qualidade de vida desperta anseio por mais qualidade de vida”, declarou.

Economia
Segundo a presidente, “passada a fase mais aguda da crise internacional”,  a economia mundial continua “frágil” e com nível de desemprego “inaceitável”, fenômeno que, avaliou, afeta países desenvolvidos e em desenvolvimento.

Ela defendeu uma ação coordenada para a retomada do crescimento mundial. “Estamos todos no mesmo barco. Meu país está recuperando o crescimento, apesar do impacto da crise.”

Ela voltou a defender a posição do Brasil de se promover uma mudança na composição do Fundo Monetário Internacional (FMI), com a ampliação da representatividade dos países em desenvolvimento.

“Seguimos apoiando a reforma do FMI. A governança do fundo deve refletir o peso do emergentes e em desenvolvimento. A demora reduz sua legitimidade e eficácia, declarou.

Síria
Para a guerra civil na Síria, que já matou mais de 110 mil pessoas, Dilma defendeu uma solução diplomática, sem o uso de força militar.

“É preciso impedir a morte de inocentes, crianças, mulheres e idosos. É preciso calar a voz das armas – convencionais ou químicas – do governo ou dos rebeldes. Não há saída militar. A única solução é a negociada, o diálogo, o entendimento”, disse.

É preciso impedir a morte de inocentes, crianças, mulheres e idosos. É preciso calar a voz das armas – convencionais ou químicas – do governo ou dos rebeldes. Não há saída militar [para a Síria]. A única solução é a negociada, o diálogo, o entendimento.”

Dilma disse apoiar o acordo liderado pela Rússia para a eliminação de armas químicas na Síria.

“Cabe ao governo sírio cumpri-lo integralmente, de boa-fé e com ânimo cooperativo.

Em qualquer hipótese, repudiamos intervenções unilaterais ao arrepio do direito internacional, sem autorização do Conselho de Segurança”, afirmou.

Para a presidente uma  intervenção militar só “agravaria a instabilidade política da região e aumentaria o sofrimento humano”.

Reforma na ONU
A presidente também reivindicou a “reforma urgente” do Conselho de Segurança da ONU, organismo criado para dar solução a conflitos pelo mundo. Para ela, a ocasião para essa reforma é 2015, quando a ONU completará 70 anos.

“Impõe evitar a derrota coletiva que representaria chegar a 2015 sem um conselho de segurança capaz de exercer plenamente suas responsabildaides no mundo de hoje. É preocupante a limitada representação do Conselho de Segurança da ONU face os desafios do século 21. Exemplos disso são a dificuldade no conflito sírio e a paralisia na questão israelo-palestina”, disse.

Para a presidente, “urge” dotar o conselho de “vozes independentes e construtivas”.

“Somente a ampliação de membros permantenes e não-permanentes permitirá sanar o atual déficit de representatividade e legitimidade do conselho”, declarou.

O Brasil pleiteia um assento permanente no conselho, formado hoje por Estados Unidos, Rússia, China, França e Inglaterra.

Palestina
Dilma também reiterou a posição do governo brasileiro de defender a criação de um Estado Palestino.

“É chegada a hora de transformar em realidade o amplo consenso internacional em favor da solução de dois Estados”, disse.

Rio+20
A presidente também deu destaque à necessidade de cumprimento das resoluções firmadas na Rio+20, Conferência das Nações Unidas sobre Clima, realizada em junho do ano passado no Rio de Janeiro.

“O grande passo que demos no Rio de Janeiro foi colocar a pobreza no centro da agenda do desenvolvimento sustentável. A pobreza não é um problema exclusivo dos países em desenvolvimento, e a proteção ambiental não é uma meta apenas para quando a pobreza estiver superada”, disse.

Dilma encerrou o discurso defendendo que a comunidade internacional reforce negociações multilaterais, como as encabeçadas pelas Nações Unidas.

“A história do século 20 mostra que o abandono do multilateralismo é o prelúdio de guerras, com seu rastro de miséria humana e devastação.”

Íntegra
Leia abaixo a íntegra do discurso de Dilma na ONU.

Embaixador John Ashe, Presidente da 68ª Assembleia-Geral das Nações Unidas,
Senhor Ban Ki-moon, Secretário-Geral das Nações Unidas,

Excelentíssimos Senhores Chefes de Estado e de Governo,

Senhoras e Senhores,

Permitam-me uma primeira palavra para expressar minha satisfação em ver um ilustre representante de Antígua e Barbuda – país que integra o Caribe tão querido no Brasil e em nossa região – à frente dos trabalhos desta Sessão da Assembleia-Geral.

Conte, Excelência, com o apoio permanente de meu Governo.

Permitam-me também, já no início da minha intervenção, expressar o repúdio do governo e do povo brasileiro ao atentado terrorista ocorrido em Nairóbi. Expresso as nossas condolências e a nossa solidariedade às famílias das vítimas, ao povo e ao governo do Quênia.

O terrorismo, onde quer que ocorra e venha de onde vier, merecerá sempre nossa condenação inequívoca e nossa firme determinação em combatê-lo. Jamais transigiremos com a barbárie.

Senhor Presidente,

Quero trazer à consideração das delegações uma questão a qual atribuo a maior relevância e gravidade.

Recentes revelações sobre as atividades de uma rede global de espionagem eletrônica provocaram indignação e repúdio em amplos setores da opinião pública mundial.

No Brasil, a situação foi ainda mais grave, pois aparecemos como alvo dessa intrusão. Dados pessoais de cidadãos foram indiscriminadamente objeto de interceptação. Informações empresariais – muitas vezes, de alto valor econômico e mesmo estratégico – estiveram na mira da espionagem. Também representações diplomáticas brasileiras, entre elas a Missão Permanente junto às Nações Unidas e a própria Presidência da República tiveram suas
comunicações interceptadas.

Imiscuir-se dessa forma na vida de outros países fere o Direito Internacional e afronta os princípios que devem reger as relações entre eles, sobretudo, entre nações amigas. Jamais pode uma soberania firmar-se em detrimento de outra soberania. Jamais pode o direito à segurança dos cidadãos de um país ser garantido mediante a violação de direitos humanos e civis fundamentais dos cidadãos de outro país.

Pior ainda quando empresas privadas estão sustentando essa espionagem.

Não se sustentam argumentos de que a interceptação ilegal de informações e dados destina-se a proteger as nações contra o terrorismo.

O Brasil, senhor presidente, sabe proteger-se. Repudia, combate e não dá abrigo a grupos terroristas.

Somos um país democrático, cercado de países democráticos, pacíficos e respeitosos do Direito Internacional. Vivemos em paz com os nossos vizinhos há mais de 140 anos.

Como tantos outros latino-americanos, lutei contra o arbítrio e a censura e não posso deixar de defender de modo intransigente o direito à privacidade dos indivíduos e a soberania de meu país. Sem ele – direito à privacidade – não há verdadeira liberdade de expressão e opinião e, portanto, não há efetiva democracia. Sem respeito à soberania, não há base para o relacionamento entre as nações.

Estamos, senhor presidente, diante de um caso grave de violação dos direitos humanos e das liberdades civis; da invasão e captura de informações sigilosas relativas as atividades empresariais e, sobretudo, de desrespeito à soberania nacional do meu país.

Fizemos saber ao governo norte-americano nosso protesto, exigindo explicações, desculpas e garantias de que tais procedimentos não se repetirão.

Governos e sociedades amigas, que buscam consolidar uma parceria efetivamente estratégica, como é o nosso caso, não podem permitir que ações ilegais, recorrentes, tenham curso como se fossem normais. Elas são inadmissíveis.

O Brasil, senhor presidente, redobrará os esforços para dotar-se de legislação, tecnologias e mecanismos que nos protejam da interceptação ilegal de comunicações e dados.

Meu governo fará tudo que estiver a seu alcance para defender os direitos humanos de todos os brasileiros e de todos os cidadãos do mundo e proteger os frutos da engenhosidade de nossos trabalhadores e de nossas empresas.

O problema, porém, transcende o relacionamento bilateral de dois países. Afeta a própria comunidade internacional e dela exige resposta. As tecnologias de telecomunicação e informação não podem ser o novo campo de batalha entre os Estados. Este é o momento de criarmos as condições para evitar que o espaço cibernético seja instrumentalizado como arma de guerra, por meio da espionagem, da sabotagem, dos ataques contra sistemas e
infraestrutura de outros países.

A ONU deve desempenhar um papel de liderança no esforço de regular o comportamento dos Estados frente a essas tecnologias e a importância da internet, dessa rede social, para construção da democracia no mundo.

Por essa razão, o Brasil apresentará propostas para o estabelecimento de um marco civil multilateral para a governança e uso da internet e de medidas que garantam uma efetiva proteção dos dados que por ela trafegam.

Precisamos estabelecer para a rede mundial mecanismos multilaterais

1 – Da liberdade de expressão, privacidade do indivíduo e respeito aos direitos humanos.

2 – Da Governança democrática, multilateral e aberta, exercida com transparência, estimulando a criação coletiva e a participação da sociedade, dos governos e do setor privado.

3 – Da universalidade que assegura o desenvolvimento social e humano e a construção de sociedades inclusivas e não discriminatórias.

4 – Da diversidade cultural, sem imposição de crenças, costumes e valores.

5 – Da neutralidade da rede, ao respeitar apenas critérios técnicos e éticos, tornando inadmissível restrições por motivos políticos, comerciais, religiosos ou de qualquer outra natureza.

O aproveitamento do pleno potencial da internet passa, assim, por uma regulação responsável, que garanta ao mesmo tempo liberdade de expressão, segurança e respeito aos direitos humanos.

Senhor presidente, senhoras e senhores,

Não poderia ser mais oportuna a escolha da agenda de desenvolvimento pós-2015 como tema desta Sessão da Assembleia-Geral.

O combate à pobreza, à fome e à desigualdade constitui o maior desafio de nosso tempo.

Por isso, adotamos no Brasil um modelo econômico com inclusão social, que se assenta na geração de empregos, no fortalecimento da agricultura familiar, na ampliação do crédito, na valorização do salário e na construção de uma vasta rede de proteção social, particularmente por meio do nosso programa Bolsa Família.

Além das conquistas anteriores, retiramos da extrema pobreza, com o Plano Brasil sem Miséria, 22 milhões de brasileiros, em apenas dois anos.

Reduzimos de forma drástica a mortalidade infantil. Relatório recente do UNICEF aponta o Brasil como país que promoveu uma das maiores quedas deste indicador em todo o mundo.

As crianças são prioridade para o Brasil. Isso se traduz no compromisso com a educação. Somos o país que mais aumentou o investimento público no setor educacional, segundo o ultimo relatório da OCDE. Agora vinculamos, por lei, 75% de todos os royalties do petróleo para a educação e 25% para a saúde.

Senhor presidente,

No debate sobre a Agenda de Desenvolvimento pós-2015 devemos ter como eixo os resultados da Rio+20.

O grande passo que demos no Rio de Janeiro foi colocar a pobreza no centro da agenda do desenvolvimento sustentável. A pobreza, senhor presidente, não é um problema exclusivo dos países em desenvolvimento, e a proteção ambiental não é uma meta apenas para quando a pobreza estiver superada.

O sentido da agenda pós-2015 é a construção de um mundo no qual seja possível crescer, incluir, conservar e proteger.

Ao promover, senhor presidente, a ascensão social e superar a extrema pobreza, como estamos fazendo, nós criamos um imenso contingente de cidadãos com melhores condições de vida, maior acesso à informação e mais consciência de seus direitos.

Um cidadão com novas esperanças, novos desejos e novas demandas.

As manifestações de junho, em meu país, são parte indissociável do nosso processo de construção da democracia e de mudança social.

O meu governo não as reprimiu, pelo contrário, ouviu e compreendeu a voz das ruas. Ouvimos e compreendemos porque nós viemos das ruas.

Nós nos formamos no cotidiano das grandes lutas do Brasil. A rua é o nosso chão, a nossa base.

Os manifestantes não pediram a volta ao passado. Os manifestantes pediram sim o avanço para um futuro de mais direitos, mais participação e mais conquistas sociais.

No Brasil, foi nessa década, que houve a maior redução de desigualdade dos últimos 50 anos. Foi esta década que criamos um sistema de proteção social que nos permitiu agora praticamente superar a extrema pobreza.

Sabemos que democracia gera mais desejo de democracia. Inclusão social provoca cobrança de mais inclusão social. Qualidade de vida desperta anseio por mais qualidade de vida.

Para nós, todos os avanços conquistados são sempre só um começo. Nossa estratégia de desenvolvimento exige mais, tal como querem todos os brasileiros e as brasileiras.

Por isso, não basta ouvir, é necessário fazer. Transformar essa extraordinária energia das manifestações em realizações para todos.

Por isso, lancei cinco grandes pactos: o pacto pelo Combate à Corrupção e pela Reforma Política; o pacto pela Mobilidade Urbana, pela melhoria do transporte público e por uma reforma urbana; o pacto pela Educação, nosso grande passaporte para o futuro, com o auxílio dos royalties e do fundo social do petróleo; o pacto pela Saúde, o qual prevê o envio de médicos para atender e salvar as vidas dos brasileiros que vivem nos rincões mais remotos e pobres do país; e o pacto pela Responsabilidade Fiscal, para garantir a viabilidade dessa nova etapa.

Senhoras e Senhores,

Passada a fase mais aguda da crise, a situação da economia mundial ainda continua frágil, com níveis de desemprego inaceitáveis.

Os dados da OIT indicam a existência de mais de 200 milhões de desempregados em todo o mundo.

Esse fenômeno afeta as populações de países desenvolvidos e em desenvolvimento.

Este é o momento adequado para reforçar as tendências de crescimento da economia mundial que estão agora dando sinais de recuperação.

Os países emergentes, sozinhos, não podem garantir a retomada do crescimento global. Mais do que nunca, é preciso uma ação coordenada para reduzir o desemprego e restabelecer o dinamismo do comércio internacional. Estamos todos no mesmo barco.

Meu país está recuperando o crescimento apesar do impacto da crise internacional nos últimos anos. Contamos com três importantes elementos: i) o compromisso com políticas macroeconômicas sólidas; ii) a manutenção de exitosas políticas sociais inclusivas; iii) e a adoção de medidas para aumentar nossa produtividade e, portanto, a competitividade do país.

Temos compromisso com a estabilidade, com o controle da inflação, com a melhoria da qualidade do gasto público e a manutenção de um bom desempenho fiscal.

Seguimos, senhor presidente, apoiando a reforma do Fundo Monetário Internacional.

A governança do fundo deve refletir o peso dos países emergentes e em desenvolvimento na economia mundial. A demora nessa adaptação reduz sua legitimidade e sua eficácia.

Senhoras e senhores, senhor presidente

O ano de 2015 marcará o 70º aniversário das Nações Unidas e o 10º da Cúpula Mundial de 2005.

Será a ocasião para realizar a reforma urgente que pedimos desde aquela cúpula.

Impõe evitar a derrota coletiva que representaria chegar a 2015 sem um Conselho de Segurança capaz de exercer plenamente suas responsabilidades no mundo de hoje.

É preocupante a limitada representação do Conselho de Segurança da ONU, face os novos desafios do século XXI.

Exemplos disso são a grande dificuldade de oferecer solução para o conflito sírio e a paralisia no tratamento da questão israelo-palestina.

Em importantes temas, a recorrente polarização entre os membros permanentes gera imobilismo perigoso.

Urge dotar o Conselho de vozes ao mesmo tempo independentes e construtivas. Somente a ampliação do número de membros permanentes e não permanentes, e a inclusão de países em desenvolvimento em ambas as categorias, permitirá sanar o atual déficit de representatividade e legitimidade do Conselho.

Senhor presidente,

O Debate Geral oferece a oportunidade para reiterar os princípios fundamentais que orientam a política externa do meu país e nossa posição em temas candentes da realidade e da atualidade internacional. Guiamo-nos pela defesa de um mundo multilateral, regido pelo Direito Internacional, pela primazia da solução pacífica dos conflitos e pela busca de uma ordem solidária e justa – econômica e socialmente.

A crise na Síria comove e provoca indignação. Dois anos e meio de perdas de vidas e destruição causaram o maior desastre humanitário deste século.

O Brasil, que tem na descendência síria um importante componente de nossa nacionalidade, está profundamente envolvido com este drama.

É preciso impedir a morte de inocentes, crianças, homens, mulheres e idosos. É preciso calar a voz das armas – convencionais ou químicas, do governo ou dos rebeldes.

Não há saída militar. A única solução é a negociação, o diálogo, o entendimento.

Foi importante a decisão da Síria de aceder à Convenção sobre a Proibição de Armas Químicas e aplicá-la imediatamente.

A medida é decisiva para superar o conflito e contribui para um mundo livre dessas armas. Seu uso, reitero, é hediondo e inadmissível em qualquer situação.

Por isso, apoiamos o acordo obtido entre os Estados Unidos e a Rússia para a eliminação das armas químicas sírias. Cabe ao Governo sírio cumpri-lo integralmente, de boa-fé e com ânimo cooperativo.

Em qualquer hipótese, repudiamos intervenções unilaterais ao arrepio do Direito Internacional, sem autorização do Conselho de Segurança. Isto só agravaria a instabilidade política da região e aumentaria o sofrimento humano.

Da mesma forma, a paz duradoura entre Israel e Palestina assume nova urgência diante das transformações por que passa o Oriente Médio.

É chegada a hora de se atender às legítimas aspirações palestinas por um Estado independente e soberano.

É também chegada a hora de transformar em realidade o amplo consenso internacional em favor de uma solução de dois Estados.

As atuais tratativas entre israelenses e palestinos devem gerar resultados práticos e significativos na direção de um acordo.

Senhor presidente, senhoras e senhores,

A história do século XX mostra que o abandono do multilateralismo é o prelúdio de guerras, com seu rastro de miséria humana e devastação.

Mostra também que a promoção do multilateralismo rende frutos nos planos ético, político e institucional.

Renovo, assim, o apelo em prol de uma ampla e vigorosa conjunção de vontades políticas que sustente e revigore o sistema multilateral, que tem nas Nações Unidas seu principal pilar.

Em seu nascimento, reuniram-se as esperanças de que a humanidade poderia superar as feridas da Segunda Guerra Mundial.

De que seria possível reconstruir, dos destroços e do morticínio, um mundo novo de liberdade, de solidariedade e prosperidade.

Temos todos a responsabilidade de não deixar morrer essa esperança tão generosa e tão fecunda.

Muito obrigada, senhores e senhoras.

 

Fonte: G1

46 Comentários

  1. Cada um que cuide de seu rabo, a Venezuela não conseguiu comprar aviões do Brasil , foi na Rússia e comprou SU-30 e mais um monte de coisinhas.

    A Bolívia sentiu-se ferida na sua soberania , caiu pra dentro das refinarias da Petrobrás e falou : – a partir de agora é nossa e se não gostou vem buscar.

    A Argentina sentiu-se e está se sentindo ofendida na sua soberania foi buscar as Malvinas na unha contra duas potências militares (Grã-Bretranha e EUA) , tendo seus inimigos , satélites, submarinos nucleares, a época a maior frota marítima do planeta etc etc etc.

    Aqui no Brasil :

    http://www.youtube.com/watch?v=XXQvKva_spM

  2. A espionagem fere o direito internacional? Sim.
    Fere o principio basilar do direito internacional, que é o principio da soberania? Sim.
    Agora a questão mais importante: E daí?
    Alguém vai parar seus programas e agencias de espionagem? Não.
    Os EUA vão parar de usar em seu favor o fato de quase todos os databases, servidores, entroncamentos, e etc… estão localizados em seu território, e por tanto, aos desígnios de suas leis? Não.
    O que vai mudar daqui pra frente com esses arroubos do nosso governo e de outros? Absolutamente nada.
    O jogo de espionagem existe desde que foi inventada a guerra. Se a nossa digníssima tivesse lido a arte da guerra de Sun Tzu, já saberia que milênios atrás, nada era diferente, apenas a escala, e que a espionagem é a arma mais crucial para se obter aquilo que se ambiciona. Tanto para guiar suas decisões, quanto desviar a dos outros. O engodo é a arma mais importante em qualquer conflito. E nem americanos, nem russos, nem chineses, nem absolutamente ninguém vai abrir mão de arma tão importante, em nome de uma mentalidade debilmental de achar que existe amizade entre nações. Se não gosta de ser espionado e ter seus interesses sempre feridos ou destruídos, simples, passe a trabalhar você para que na próxima, seja você o espião, e não o espionado. Não é vergonha nem novidade espionar outros países e suas empresas. A China que o diga, são mestres nisso. Errado é se deixar espionar e achar que ninguém vai tentar roubar seu conhecimento e informação. Ganhar mentes e corações obtendo informações estratégicas de um país, saber o que seu povo pensa para poder aliená-lo e manipulá-lo, adquirir tecnologias cruciais sendo desenvolvidas por um país para aplicá-las para sim sem ter custo nenhum, tudo isso faz e sempre fez parte do jogo. E sempre fará. Só mostra que China e EUA estão fazendo seu dever de casa em garantir seus interesses. Não é a toa que são as duas maiores economias do mundo, e a China ruma a se tornar também uma das maiores potências militares. Idiota é que não percebe o óbvio e não os segue. Simples assim.

    • Vai mudar algo muito mais importante inclusive para eles Americanos a forma do trato e isso gera bilhões de dolares que eles deixarão de ganharem.
      Do que adianta dizer que eles tem o maior mercado consumidor e dependem em muito das materias dos outros.
      Do que adianta dizer que eles ainda são a maior economia do mundo se o orçamento deles esta no limite insuportavel de simplesmente mantenerem o grande polvo que criaram.
      Do que adianta cortar as pernas do polvo achando que sua cabeça pensante sobrevivera sem as pernas que a locomoviam.
      A realidade se evidencia quando não teem mais a coragem embora continuem arrogantes de obrigarem o mundo a ceder sob ameaças de atacarem.
      O que vimos foi a Presidenta Brasileira mandar um direto na cara dso Vampiro que com o rabinho entre as pernas preferiu citar de forma rapida e superficial o assunto e logo disfarçou posando de bom moço citando um Estado Palestino e o anseio de entendimento com o Irã.
      A realidade é que o mundo não aceita mais unilateralismos e covardias e que a insistencia nisso levara o planeta a uma guerra generalizada e o simples fato disso por ser impossivel prognosticar a medio prazo torna inviavel aventuras e desanima aventureiros.

    • Sempre existiram armas químicas e todos fabricavam, até que alguém teve a ideia de colocar a prática na ilegalidade internacional. Não foram todos os que admitiram de início, mas veja o que está acontecendo na Síria. A pesca de baleias também foi proibida. Assim, não é porque sempre existiu espionagem que ela não possa a vir a ser considerada ilegal, sujeitando o infrator as penas internacionais, como o bloqueio econômico ou o direito de retaliação.

      • A pesca de baleias foi proibida, mas ainda continua. O ritmo diminuiu, mas continua. Quanto as armas químicas, é acordo para inglês ver. Nunca foi respeitado, aliás, os dois maiores possuidores de armas químicas no mundo, EUA e Rússia(principalmente Rússia), ainda mantém intacto seus arsenais, apesar de terem ratificado o acordo. Todos aqueles que ratificaram mantiveram sua capacidade de produzir tais armamentos. Quanto a retaliação, pago pra ver quem vai ser homem de retaliar Europa, Rússia, China e EUA.

      • O tráfico de drogas também foi proibido e persiste.
        Contudo muitos países realmente abandonaram as armas químicas, a pesca de baleias e reduziram significativamente o consumo de drogas. Se a espionagem for proibida acontecerá a mesma coisa, muitos deixaram de fazer, outros continuaram fazendo, mas não seguiram infinitamente impunes como agora.

  3. Papagaiada esquerdopata pura e simples…

    Bem coisa daquele Sindicato do Mundo em que se transformou a ONU.

    Por mim o americano deveria parar de ser bonzinho e de pagar as contas dessa joça. Não compensa mais custear a ONU pra esquerdalha do mundo ficar usando a Assembléia Geral de palco.

    PeTralhinhas do mundo um versinho: 🙂

    Enquanto você digita na internet americana,
    te monitora Titio Obama.

    🙂

    • Vader, mas a ONU serve, ou melhor dizendo, já serviu para que? Eu acho que é um local para se ‘perder tempo’, e muito, diga-se de passagem.

      • Amigo, a ONU foi uma boa idéia americana, boicotada pelo Brasil e outros logo na sua criação e detonada por Stálin e Maozedong quando da Guerra da Coréia.

        De lá pra cá a ONU é só o Sindicato do Mundo. Serve pra pouco mais do que dar emprego para uma caralhada de vagabundo.

        Mas continua sendo uma forma barata de os governos das grandes potências do mundo manter as aparências de que estão dialogando em busca da paz e da unificação globais.

        Por isso que essa idéia idiota do governo PeTralha de multilateralismo não passa disso mesmo: uma idéia idiota, idealizada pelos fracos e derrotados do mundo.

        Qualquer país minimamente sério do globo a hora em que quiser dá uma banana pra ONU e faz o que entender melhor pros SEUS cidadãos e seus aliados. Aliás como soe ser desde que o mundo é mundo.

        Aliás, os EUA já deram banana pra ONU, várias vezes. A Rússia idem (Hungria, Tchecoslováquia, Geórgia, Chechênia, só pra ficar em alguns). A China (Coréias, Tibete, etc). A GB (Malvinas). A França (Vietnã). E Israel então, esse quer mais é que a ONU e seus patéticos burocratas de paletó e gravata se explodam.

        A ONU é uma ótima pra governicos pastéis de vento como o do PT usarem de palco para suas PeTralhices.

        Nada além disso.

      • Vader:

        “Amigo, a ONU foi uma boa idéia americana, boicotada pelo Brasil e outros logo na sua criação…”
        ——————–

        Más que besteira… não sabe sobre o que está falando!

        Além de ser um dos Estados fundadores da organização, o Brasil também foi o primeiro país a aderir à ONU.

        Embora não seja citada em nenhum estatuto oficial da ONU, é tradição que o Brasil faça o discurso de abertura das assembleias-gerais. A prática remete a 1947, quando o então ministro de Relações Exteriores Oswaldo Aranha presidiu a abertura do primeiro encontro. Desde então, a delegação brasileira é responsável pelo discurso inicial das assembleias.

      • Ora cidadão, vá estudar e veja se descobre o porque que o Brasil na qualidade de aliado vencedor da Segunda Guerra Mundial e única nação latino-americana combatente hoje não tem assento permanente com direito a veto no Conselho de segurança da ONU.

        Não vou te ensinar não, fique você na sua ignorância crédula…

        Só vou te dar uma dica sobre o “prêmio de consolação” que o Brasil tem na Assembléia Geral da ONU: o primeiro a falar é sempre o último a ser lembrado…

      • É você quem precisa estudar, antes de sair disparando estultices !

        O fato, que permanece, é que ao contrario de sua afirmação, o Brasil NÃO BOICOTOU A ONU “logo na sua criação”…

        Pelo contrario, sendo o Brasil um dos países fundadores e o 1ª a aderir à ONU, o torna um dos maiores apoiadores da ONU em seus momentos iniciais…

      • Alvez80,

        O Vader só fala besteira pois é assim que deve ser pra ele, baixar o nível sempre que puder pra evitar que as pessoas raciocinem, pra ele o importante é que consumam o slogam, só isso, não pensem a fundo sobre nada…

        Pergunta pra ele sobre um tal de Osvaldo Aranha, e por que o Brasil é o primeiro a discursar na ONU, bem isso já demonstra que o Brasil não boicotou nada na ONU… e se hoje Israel existe também é graças ao Brasil e ao tal de Aranha… Não tem prêmio de consolação algum, faltou o “Braço Forte” pra se ter mais poder de imposição caso fosse necessário, faltou capacidade militar pra isso!

        Mas hoje o que Falta pro Brasil ter um assento no conselho de segurança da ONU é a mesma coisa que no passado, FALTA A BOMBA ATÔMICA, E DEMAIS ARMAS DE DESTRUIÇÃO EM MASSA, e uma força convencional capaz de atuar em países no exterior caso seja necessário… a única língua que a humanidade entende é essa da força das armas… no resto a capacidade de financiamento já tem… e a capacidade de mediação também diplomática de alto nível também, e o caso das armas químicas na Síria hoje demonstra isso claramente!

        Valeu!!

    • por LUCENA.
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      Realmente só pode ser coisa de um estagiário,(com respeito a todos s estagiários,eles não merecem tal comparação),o Brasil como um dos fundadores da ONU por tradição,abre o ritual da assembléia da instituição,que esta já aos fragalhos a sua credibilidade;graças a “vaca-sagrada” dos americanófilos. 😉
      .
      Parece-me que o estagiário da vaca-sagrada não gostou da herética resposta do governo brasileiro deu a sua idolatrada vaca….Hahahahahh… 😀 😀 ….ia a estagiária !….essa entrou como um bordão aqui…Hahahhahah 😀 😀 😀 😀 ……ia a estagiária !

    • Também achei, foi muito bom, forte e direto… mas poderia ser um pouco mais incisivo contra os USA e sua espionagem… foi bom, mas ficou faltando algo pra colocar mais gasolina na fogueira da espionagem!!

      E isso demonstra abertura pra se encontrar um acordo em vias diplomáticas… sempre pragmática a diplomacia brasileira, já que foi o Itamaraty que fez o discurso e não a Dilma ou o PT… na ONU a conversa é dos diplomatas de carreira e não dos partidos!

      Valeu!!

  4. criticar é fácil mas a oposição o psdbestas o partido desses que criticam ,
    quando o Fernando Henrique ia ao estados unidos iria discursar de chinelo pois senão os americanos iriam mandar eles tirar o sapato antes de discursar
    muito bom a dilma representou corretamente ,e pra quem acha que os estados unidos pode fazer qualquer coisa contra o brasil
    faz o seguinte coloca a bunda na janela ,,para os gringos passarem as mãos nela

    • Já os diplomatas do PT (leia-se Celso Amorim et caterva), ao invés de tirar os sapatos em New York, preferem mesmo é baixar logo as cuecas em Santa Cruz de la Sierra. Ainda que estejam em vôo oficial e com aeronave militar (da FAB)…

      Ainda bem que melhoramos pra caralho né Pé de Cão? 😉

      • Claro claro, os coitadinhos que viviam sendo espinafrados… Que dó…

        Então o negócio para quem “sofre” é baixar a cueca né Walfredo? E o que mais?

      • Não meu querido, kkkk. É só ser mais leve, não agredir ninguém, tentar entender os motivos do outro, negociar incluindo outros pontos comuns, enfim, buscar uma solução diplomática.

      • Vader,

        Consegue provar isso do nosso diplomata ter tirado as roupas na Bolívia?? senão é só mais uma tua acusa leviana e difamatória!!

        Esperando provas de que o Celso Amorin abaixou as cuecas e tirou as roupas pra revista na Bolívia… você pode levar um processo por difamação e calunia sabia?

      • Vc sabe a diferença jurídica entre difamação e calúnia ???… não deve saber, senão não estaria falando essas besteiras… vai se informar… não se meta em seara que vc não conhece ou estudou… saudações…

      • é maluquinho foi logo uma injeção de pintocilina na veia bosterica do eleitor do psdbesta rsrsrs
        a dilma teve moral de falar o que tinha que ser falado e fez muito bem até as emissoras de tv apoiaram a presidente 80 por cento do povo brasileiro apoiou a dilma a recusar a visita ao Obama ,
        então a maioria ainda é guerreiro mas tem uns que tem tanto medo dos gringos mas tanto medo dos gringos que fingem ser apoiadores e admiradores dos yankes ,mas na verdade tem medo dos gringos virem para cima ,
        se tem medo de homem porque não nasceu de sai !!!!!

  5. A propósito, olhem só como o governo do PT é sério pra caramba sobre a tal “espionagem”:

    “24/09/2013

    Apesar de espionagem dos EUA, orçamento para defesa cibernética é reduzido em R$20 milhões

    Marina Dutra
    Do Contas Abertas

    Ao contrário do esperado após as ações de espionagem do governo americano ao Brasil, o orçamento para defesa cibernética, previsto no Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa), foi reduzido em R$ 20 milhões para o próximo ano. Apenas R$ 70 milhões foram destinados à ação “Implantação do Sistema de Defesa Cibernética”, valor que representa 78% dos R$ 90 milhões previstos no Ploa 2013 e autorizados no orçamento deste ano, considerando os valores correntes.

    Os recursos da iniciativa são destinados ao Centro de Defesa Cibernética (CDCiber), criado em 2012 para atuar na proteção das redes e infraestruturas de tecnologia da informação das instituições e entidades que compõem a defesa nacional. As atividades do CDCiber estão centradas em ações relativas à segurança do Estado, por meio da utilização de sistemas de defesa contra possíveis ameaças e de mecanismos de proteção de dados sensíveis. Desde a criação, o Centro atuou na Rio+20, na Copa das Confederações e na visita do papa ao país.

    O Ministério da Defesa (MD) informou que o orçamento da ação foi definido antes das recentes denúncias sobre práticas ilegais de interceptação de dados de cidadãos e de autoridades do governo brasileiro. “À luz desses novos fatos, o Ministério da Defesa iniciou uma série de iniciativas com o objetivo de reforçar os mecanismos de proteção das redes de dados dos órgãos, militares e civis, que compõem a defesa nacional”, afirma em nota.

    No início de setembro, o MD criou um grupo de trabalho com o objetivo de estudar e propor, em 60 dias, medidas para ampliar a capacidade da defesa cibernética nacional. “As medidas a serem propostas deverão demandar mais recursos para o setor cibernético a partir de 2014, valores que serão submetidos à consideração da área econômica do governo”, afirma o ministério.

    O MD reforçou que o montante previsto do Ploa 2014 refere-se apenas ao orçamento para o Centro de Defesa Cibernética (CDCiber) do Exército Brasileiro. Não contempla, portanto, outros valores que os comandos das Forças Armadas investem em ações de proteção de suas redes e sistemas informatizados, e nem os investimentos que outros órgãos e entidades governamentais fazem com o mesmo propósito.

    Em entrevista recente ao jornal Correio Braziliense, o ministro da Defesa, Celso Amorim, afirmou que o Brasil está vulnerável a ataques cibernéticos e é necessário promover uma modernização tecnológica. Para Amorim, o CDCiber precisa evoluir, criar capacidades e uma “escola de defesa cibernética”. “Precisamos desenvolver tecnologia brasileira. Isso leva tempo, demanda investimentos, formação de pessoal e mudança de cultura”, apontou o ministro.

    Questionado a respeito do orçamento destinado a ação de defesa cibernética, Celso Amorim não mostrou preocupação com a verba destinada à iniciativa: “O orçamento do Centro, este ano, é de R$ 90 milhões. Os outros países, com exceção dos EUA, não gastam muito mais. Talvez três ou quatro vezes mais, não chegando à casa dos bilhões. A Marinha faz alguma coisa em sua área, a Aeronáutica também, a Abin investe em criptografia”.

    Como já divulgado pelo Contas Abertas em reportagem anterior (relembre aqui), os recursos destinados à ação estão mal executados. Dos R$ 90 milhões autorizados para 2013, apenas R$ 15,7 milhões foram empenhados (reservados em orçamento para pagamento posterior) e somente R$ 14,4 milhões haviam sido pagos até o dia 21 deste mês.

    De acordo com o Ministério da Defesa, o fato de ter havido empenho de apenas parte do valor previsto não significa que os recursos não serão desembolsados. “O orçamento da área cibernética segue histórico de execução que registra uma concentração de empenho dos recursos no segundo semestre do ano” afirma o órgão. Ainda segundo a Defesa, há projetos e contratações em curso este ano que permitem a execução integral do montante previsto na LOA.

    Confira a tabela.

    Ação contra espionagem

    Durante apresentação na 68ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), na manhã desta terça-feira (24), a presidente Dilma Rousseff demonstrou sua indignação em relação à espionagem da NSA. Dilma considerou a ação de espionagem da Agência Nacional de Segurança (NSA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos uma de violação de direitos humanos, não só em relação ao país, mas sobre todos os cidadãos e aos Estados.

    A presidente afirmou que o Brasil apresentará uma proposta de uma nova governança na internet, que defina normas e mecanismos para coibir práticas de violação de direitos ou espionagem de quaisquer países.”

    http://www.contasabertas.com.br/WebSite/(X(1)A(rBtOhEWAzCuuzh2rstj9Pn_LBCq0-IevBTGH1C_i-tr3C9vIvVXiXYP4aW8CbRr-a_3ISTUnkFW9RZWlxO0FEnEsoG3hIu8MJN0v3JKIXwJCJAW3CxafUgNBSZbSwoB-Zh9njg2)S(xop4fl3npongnvm12bsxr555))/Noticias/DetalheNoticias.aspx?Id=2150&AspxAutoDetectCookieSupport=1

  6. A Shrek chamou a espionagem Americana de AFRONTA kkkk Isso ai Dilminha roda a baiana e endurece o toucinho kkkk
    O babaca do Obama ate ficou bonzinho falou sobre estado Palestino e convidou para o jantar o lider Iraniano que não foi kkkk
    Eita mundinho hipocrita habitado por filhas das putas de todos os tipos kkkkk

  7. Desviar o foco é o negocio, o que importa se nosso país foi vitima dos EUA (e se fosse a França? kkkkk). O negocio é criticar o partido no governo, assim alguns que não gostam do tal partido caem no joguinho dos “bem aventurados”.
    Acorda gente, foda-se o PT o assunto é outro agora, não se deixem enganar pelos traidores!
    Vocês acham que os políticos não prestam (seja do PT ou qualquer outro partido), pois saibam que essa turma que tenta nos enganar aqui é muito pior, acorda pessoal, não gostar de políticos normal, eu também não gosto, agora cair nos truques desses safados, isso não.

    • Concordo plenamente, sempre tentam desviar o foco de qualquer assunto.

      SE CHOVE: é PT e a esquerda e bla bla bla
      SE FAZ SOL: é PT e a esquerda e bla bla bla
      SE O JUVENTUS PERDE: é PT e a esquerda e bla bla bla
      SE NÃO DESCOBREM A CURA DA IMPOTÊNCIA: é PT e a esquerda e bla bla bla

      Até minha Samambaia percebe que tem algo de estranho nisso, as vezes desconfio que são ex Petistas esquerdistas que não conseguiram cargos no governo, e agora descem a lenha, há muitos assim.

    • Mas são vcs mesmos que criaram o grande satã americano para desviar o foco das merdas que a esquerda faz por aqui… vai entender essa comunalha… gostam mesmo é de reclamar, mas na hora de resolver a questão ficam no mimimi e sentam em cima do problema, literalmente… a cara de broa ficou fazendo doce, mas criar mecanismos para nos livrar da dependência americana, tanto material como tecnologicamente ela não faz, fica só no discurso e retórica baixa… já falei, é simples ela resolver a questão: ARME-SE ATÉ OS DENTES, INVISTA PESADO (20% DO PIB) EM EDUCAÇÃO E TECNOLOGIA, MANDE A ONU PARA AS CUCUIAS, MUDE A LEI DE DIRETRIZES E BASES DA EDUCAÇÃO, ACABANDO COM O SOCIOCONSTRUTIVISMO, ABRA HIDROVIAS E FERROVIAS E O BRASIL SE ENDIREITA SOZINHO… A CEREJA DO BOLO SERIA ELA MANDAR EM CANA TODOS OS CORRUPTOS, INCLUSIVE OS DO PT PRA CADEIA… PRONTO… A RECEITA E SIMPLES… mas quer ela fazer isso acontecer ???… vejam ESQUERDALHAS, dei a receita, agora, porque o partido que tem maioria no congresso não faz algo tão simples ???… vamos lá, aguardo respostas… dinheiro não falta, senão não teríamos gasto 30 BI em estádios e festejos…

    • O governo não é PT, só uma meia dúzia de tucanos e democratas estão chupando o dedinho e aguardando ansiosamente a próxima edição da revista Óia, pois até o Kassab (Serra) está no governo, com direito a ministério e tudo.

      • É um governo de unidade nacional, a maior coligação de nossa história. Temos juros nas alturas para agradar aos rentistas e programas sociais para não desesperar os miseráveis.

      • Quem agrada todo mundo, amigo, é prostituta… é o que tá parecendo… se vendeu por moedas… por dinheiro desce as calçolas facim facim…

      • Walfredo,

        Essa parte dos Rentistas é verdadeira… os Juros só são altos pois a Elite quer assim… e o resto também é verdade, unidade nacional mesmo, cada classe social tem um pouquinho de Bolsa Família, mesmo que sejam os mais ricos que recebem mais com os juros altos…

        Obrigado por lembrar da parte que me toca.. hahahahha!!

        Valeu!!

  8. Eu assisti o resumo da Assembleia da ONU, e pude constatar que todos os lideres muindiais e o obamis, cagaram e andaram para o discurso mimimi de palanque da gerentona, e a proposta sobre a internet, nenhum fez nem menção de rodapé sobre o discurso dela.

    Sabendo disto, eu pergunto:
    Quando vamos tomar vergonha na cara, e criar uma agencia de inteligência decente para defender nossos interesses geopoliticos, comerciais e industriais?
    Pelo caso da estagiaria, vejo que ta dificil, a gerentona só tem gogó .

    • Alias esta Assembleia-Geral das Nações Unidas, virou somente isto, PALANQUE de oportunistas eleitoreiros, nada de util, “só bola pra torcida”

      uma pena, o mundo precisa da ONU, e não deste antro de burocratas come e dorme que ela se tornou.

  9. Na verdade não foi só bola pra torcida, pra quem sabe ler a situação do Obama ficou insustentável, a Dilma colocou uma saia justa nele que não teve nem o que retrucar, e quando lembramos que aquelas palavras eram ditas de governo para governo, a situação é muito mais vexatória, tomará que pare nisso e o governo do Brasil comece a levar as coisas á serio, tanto a defesa territorial quanto a defesa cibernética, precisamos sim ter parceiros, mas não esses parasitas que o Celso Amorim quer nos dar.

    • Essas fusões são para “fuser” o consumidor brasileiro… rsrsrsrsrsrs… tchau concorrência… daqui a algum tempo o governo resolve estatizar a única empresa de telecomunicações que sobrar… rsrsrsrsrs… essa é velha… mais adiante privatizam tudo novamente, arrecadando rios de dinheiro e picotando todo o sistema em várias teles… já vi esse filme… ACORDA BRASIL !!!…

      • Eu prefiro sempre empresas públicas, mas defendo a concorrência público-privada, a mesma que existe no setor de bancos. Os tucanos tem todo o direito de pagar dobrado por uma merda de serviço, kkkkkk.

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