Putin não descarta reeleição e liderar Kremlin até 2024

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, disse nesta quinta-feira durante um fórum internacional de debates realizado em seu país que não descarta se candidatar nas eleições de 2018 e em caso de vitória liderar o Kremlin até 2024.

Segundo a Constituição russa, o presidente tem direito a exercer dois mandatos consecutivos. Por esse motivo, Putin teve que deixar o Kremlin e se tornou primeiro-ministro entre 2008 e 2012. Logo após deixar o Kremlin, em 2008, seu substituto, Dmitri Medvedev, reformou a Constituição para ampliar o mandato presidencial de quatro a seis anos.

Por outro lado, Putin, que foi criticado por aplicar desde seu retorno ao Kremlin uma série de leis que limitam as liberdades civis, também não descartou anistiar os ativistas opositores presos nas grandes protestos de maio de 2012.  Apesar disso, Putin disse que prefere não se envolver neste assunto e aconselhou a oposição a deixar que os órgãos de segurança e a justiça completem a investigação e o processo judicial correspondentes.

“Se houve sinais de grandes distúrbios ou não, não quero fazer nenhuma avaliação de caráter jurídico. Se as pessoas se comportam e expressam suas opiniões de uma forma como viola os direitos e interesses de outros cidadãos, infringem a lei e deve haver a correspondente reação por parte do Estado”, declarou.

Além disso, afirmou que “é evidente que a Rússia se encontra no caminho democrático e procura caminhos para o fortalecimento dos fundamentos democráticos”. “Que poder deve existir na Rússia? Isso deve ser decidido pelos cidadãos russos e não pelos nossos respeitados colegas estrangeiros. Há bem pouco, um ano, houve eleições e a grande maioria dos cidadãos russos votou por este humilde servidor”, afirmou.

Apoio a Berlusconi

Putin, manifestou apoio a seu velho amigo Silvio Berlusconi dizendo que o ex-primeiro-ministro italiano não teria sido julgado por ter mantido relações sexuais com uma menor de idade se ele fosse gay. “Berlusconi está sendo julgado porque convive com as mulheres. Se ele fosse homossexual, ninguém iria levantar um dedo contra ele”, disse.

O comentário de Putin provocou risos na plateia sobre o que parecia ser uma referência às críticas no exterior sobre uma lei que ele sancionou neste ano proibindo a difusão de “propaganda homossexual” entre menores na Rússia.

EFE

Fonte: Terra

5 Comentários

  1. Kkkkkkkkkkk

    Os americanopatas tem ódio do putin…. Só pq ele peita mesmo os tiranos globais do norte….

    Parabéns putin

    Que continue modernizando a russia e trazendo o seu pais de volta ao lugar de onde nunca deveria ter saído: o protagonismo do players globais

    E deixe a meia dúzia de americanopatas (que se acham a maioria da população quando nao representam nem cinco por cento) chorarem….

    Que mordam as fronhas e molhem os lençóis de cama

    Hauhuahuahauhuahuhuhahuahuahu

  2. Cada povo tem o poder e o direito de se autogovernar.

    No ocidente o poder é distribuído entre os magnatas, detentores de alguns privilégios, assim, controlam a mídia, fornecem ou não dinheiro para a campanha dos candidatos, financiam e agradam os eventuais eleitos com presentes e mimos, cooptam eventual oposicionistas, quando não é possível obter maioria, mandam matar os “obstáculos” ou financiam um golpe de estado.

    A elite chinesa usa de outro conjunto de privilégios, de natureza política e econômica.
    http://www.culturapolitica.info/Paises/Asia/China/China-20-06-11.htm
    Eleições gerais na China: início de 2012
    20/06/2011 – Fazer uma notícia sobre as eleições na China é muito diferente do que sobre todos os outros países com eleições disputadas em um sistema democrático minimamente funcional. As tradicionais informações sobre presidencialismo ou parlamentarismo, voto distrital ou proporcional, 1 turno ou 2 turnos, partidos políticos participantes, pesquisas eleitorais, campanhas políticas públicas, enfim, nada disso se aplica adequadamente às eleições chinesas. Mas podemos considerar que elas existem? Sim, podemos. Não são democráticas, mas existe sim um processo de seleção organizado do presidente e do primeiro-ministro do país. Como a China é a segunda economia do mundo e em poucos anos será a primeira, é fundamental que se analise esse processo de seleção.
    A votação na qual se escolhe o presidente e o primeiro-ministro da China ocorre a cada cinco anos, no Congresso Popular Nacional (CPN), que tem quase 3.000 membros. Geralmente, só há um candidato formalmente inscrito que é aprovado por cerca de 99% dos participantes. Este candidato é indicado pelo Partido Comunista (PC). E como são escolhidos esses quase 3.000 participantes do CPN? Bom, está aí a grande questão.
    De fato, a China é uma ditadura, o que pressupõe uma restrição das liberdades políticas. Assim, é preciso explicar de que forma se restringem as liberdades políticas no país. Nos países democráticos, as pessoas com direitos políticos, ou seja, aquelas com direito de votar e de serem votadas para o altos cargos nacionais são quase todas, sendo que a exceção é geralmente por limite mínimo de idade. Na China, o direito de votar e de ser votado para os altos cargos nacionais é muito reduzido. Pode-se dizer que se a pessoa não é do PC ou não tem sua candidatura apoiada pelo PC, ela não tem chances de chegar ao CPN. Isso porque as únicas pessoas autorizadas a votar são as do PC ou dos pequenos partidos controlados por ele.
    Assim, na prática as pessoas com direitos políticos na China se restringem aos integrantes do PC. A questão é que os integrantes do PC são 73 milhões, ou seja, há 73 milhões de pessoas com direitos políticos na China. Isso faz com que haja um pouco de controle popular sobre o Estado, dominado por uma parte da população. Poderia-se perguntar por que havendo 73 milhões de pessoas com direitos políticos não há uma divisão na votação do presidente e do primeiro-ministro no CPN, tendo os dois geralmente 99% dos votos. A resposta parece estar ligada ao fato do país ser uma ditadura e estar governado por uma pequena parte da população. Assim, mesmo com as divisões internas, é imperativo que se o PC quiser manter a ditadura não pode haver disputas eleitorais internas abertas.
    Apesar disso, as eleições na China, mesmo no aspecto formal, são muito importantes para a real democratização do país. A chave seria que houvesse uma porcentagem cada vez maior da população com direitos políticos, até o ponto em que não haja mais um “inimigo interno” e as eleições possam se dar em disputas eleitorais abertas. Na verdade, há grande pressão da sociedade chinesa no sentido de aumentar o número de pessoas com direitos políticos. Nas eleições de níveis inferiores, que permitem a chegada aos altos cargos, muitas pessoas que não são do PC tentam se inscrever como candidatas. Outra questão é que há a pressão também de pessoas de fora do PC para entrar no partido. Cerca de 20 milhões de pessoas por ano tentam entrar no PC, sendo que somente aproximadamente 10% delas é aceita.
    Em resumo, apesar da China ser uma ditadura, o caminho para a democracia está nas eleições, mesmo que por enquanto sejam muito pouco democráticas. O foco nas modificações eleitorais da China é o que não só permite entender o atual esquema de poder como também perceber o movimento civilizatório de médio e longo prazo que está ocorrendo no país. A democratização da China é quase inevitável nas próximas décadas, principalmente por causa da urbanização. A grande questão é como isso vai se dar, e as eleições que ocorrem no país, seja de que forma for, terão um papel fundamental neste processo.

  3. O Putin foi o melhor que ocorreu para o povo russo ,depois de decadas sob o julgo de cumunas genocidas o povo russo vive momentos de gloria real e quanto ao ceerco aos viados de plantao isto so prova que a russia luto contra o loby ocidental de vadiagem e libertinagem, VIDA LONGA a PUTIN e morte a esquerda sem identidade latrina brasileira !!!!!!!!

  4. Resposta de John McCain ao Vald Putin:

    http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,os-russos-merecem-coisa-melhor-que-putin-,1076756,0.htm

    “Quando o editor do Pravda.ru, Dmitri Sudakov, propôs publicar meu comentário, ele me apresentou como “um político participante que há muitos anos manifesta posições anti-russas”. Tenho a certeza de que não é a primeira vez que os russos ouvem falar a meu respeito como um antagonista.

    Como o meu objetivo aqui é dissipar falsas noções usadas pelos governantes russos para perpetuar o seu poder e justificar sua corrupção, começarei por esta inverdade. Não sou anti-russo. Sou mais favorável à Rússia do que o regime que hoje governa o povo russo de maneira inepta. Faço essa afirmação porque respeito sua dignidade e seu direito à autodeterminação. Acredito que vocês russos deveriam viver de acordo com os ditames de sua consciência, e não com os do seu governo.

    Acredito que vocês merecem a oportunidade de melhorar sua maneira de viver com uma economia que possa durar e beneficiar a maioria, e não apenas uma minoria poderosa. Vocês deveriam viver num estado de direito patente, implementado de maneira coerente, imparcial e justa. Faço essa afirmação porque acredito que o povo russo, assim como o americano, foi dotado pelo Criador do direito inalienável à vida, à liberdade e à busca da felicidade.

    Um cidadão russo não poderia publicar um depoimento como o que acabo de apresentar. O presidente Putin e seus associados não acreditam nesses valores. Eles não respeitam a dignidade do seu povo nem aceitam que esse tenha autoridade sobre eles. Punem a dissensão e aprisionam os adversários. Fraudam as eleições. Controlam os meios de comunicação.

    Atormentam, ameaçam e proíbem organizações que defendem o seu direito à autonomia. Para perpetuar o seu poder, eles promovem uma corrupção desenfreada em seus tribunais e em sua economia. Aterrorizam e até mesmo assassinam jornalistas que tentam revelar essa corrupção.

    Promulgam leis que codificam a intolerância em relação a pessoas cuja orientação sexual condenam. Atiram na cadeia as integrantes de uma banda de rock punk pelo crime de terem uma atitude provocadora e vulgar, e por terem a audácia de protestar contra o governo de Putin.

    Sergei Magnitsky não era um ativista dos direitos humanos. Era um contador que trabalhava num escritório de advocacia de Moscou. Era um cidadão russo comum que fez algo extraordinário. Revelou um dos maiores desfalques do patrimônio público da história russa. Ele prezava a lei e acreditava que ninguém deveria colocar-se acima dela. Mas por seus princípios e sua coragem, foi conduzido ao cárcere de Butyrka sem julgamento, onde foi espancado, adoeceu e morreu. Depois de sua morte, foi realizado um processo fictício no estilo dos processos da era estalinista e, evidentemente, foi considerado culpado. Não foi apenas um crime contra Sergei Magnitsky.

    Foi um crime contra o povo russo e o seu direito de ter um governo honesto – um governo digno de Sergei Magnitsky e de vocês.

    O presidente Putin declara seu propósito de devolver à Rússia sua grandeza como pátria e entre as nações do mundo. Mas em que termos ele devolveu essa grandeza? Ele lhes entregou uma economia, com base quase inteiramente em alguns recursos naturais, que se expandirá e declinará de acordo com essas mercadorias. Suas riquezas não durarão. E, enquanto durarem, pertencerão quase exclusivamente a alguns corruptos e poderosos. O capital externo foge da Rússia, que – pela falta de um estado de direito e de uma economia diversificada – é considerada uma aposta demasiado arriscada para os investimentos e o empreendedorismo. Ele lhes deu um sistema político sustentado pela corrupção e pela repressão, que não é suficientemente forte para tolerar a dissensão.

    De que maneira ele reforçou a projeção internacional da Rússia? Aliando-a a algumas das tiranias mais agressivas e ameaçadoras do mundo. Apoiando o regime sírio que assassina dezenas de milhares de pessoas de seu próprio povo a fim de se perpetuar no poder e impedindo pela obstrução que a ONU condene suas atrocidades. Recusando-se a considerar o massacre de inocentes, a terrível situação de milhões de refugiados e a crescente perspectiva de uma conflagração que envolva outras nações em suas chamas, um motivo digno da atenção mundial. Ele não aprimora a reputação global da Rússia, ele a destrói. Ele a tornou amiga de tiranos e inimiga dos oprimidos, e indigna da confiança de nações que procuram construir um mundo mais seguro, mais pacífico e próspero.

    O presidente Putin não acredita nesses valores porque não acredita em seu povo. Ele não acredita que a natureza humana de posse de sua liberdade possa superar suas fraquezas e construir sociedades. Ou, pelo menos, não acredita que os russos tenham essa capacidade. Portanto, ele governa usando estas fraquezas, pela corrupção, a repressão e a violência. Governa para si mesmo, não para os russos.

    Eu acredito nos russos. Acredito em sua capacidade de autodeterminação, e em seu desejo de justiça e oportunidades. Acredito na grandeza do povo russo, que sofreu terrivelmente e combateu bravamente contra terríveis adversidades para salvar a sua nação. Acredito em seu direito de criar uma civilização digna dos sonhos e dos sacrifícios de todos vocês. Quando critico o governo, não o faço por ser anti-russo, mas porque estou convencido de que o povo russo merece um governo que confie nele e corresponda a seus anseios. E desejo ardentemente que um dia os russos possam tê-lo.”

    *John Mccain é senador republicano dos EUA.

    O artigo original foi publicado na quinta-feira no site http://www.pravda.ru/

    TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA

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