Submarino Tapajó (S 33) da Marinha do Brasil regressa ao Brasil após sete meses de comissão no Atlântico Norte

Embarcação chegou escoltada

Este treinamento serve justamente para que a marinha norte americana grave o sinal acústico dos submarinos brasileiros, que são o projeto alemão IKL 209. Como consequência, em caso de confrontação entre os submarinos brasileiros e a marinha norte americana, esta última já teria a gravação do ruído das embarcações brasileiras, o que se torna uma grande vantagem, já que o submarino se utiliza justamente de seu silêncio e a dificuldade de o inimigo identificar esta arma de guerra como sendo sua principal vantagem.” Comentário de Patrick Camargo para Band/Notícias

 Sub Tapajó regressa de comissão nos EUA

Submarino retorna ao Brasil após sete meses

Missão foi a mais longa já realizada com esse tipo de embarcação

Por, Alexandre TortorielloBand/Notícias, Redação Rio

 

Nesta quarta-feira, chegou ao Rio de Janeiro, na Baia de Guanabara, o submarino Tapajó, que participou da mais longa missão deste tipo de embarcação feita pelo Brasil. Após sete meses de confinamento, militares finalmente puderam rever as famílias.

Enquanto ele se aproximava escoltado por outros dois submarinos, famílias esperavam ansiosas na base da Marinha em Niterói, na região metropolitana do Rio.

O Tapajó participou de um treinamento internacional com a Marinha dos Estados Unidos, onde foram simuladas situações de guerra no Atlântico Norte. Além dos exercícios militares, o objetivo era testar a resistência da tropa e do equipamento.

No trecho mais longo, a tripulação ficou quase um mês confinada.. Foram 26 dias sem deixar a embarcação e sem ver a luz do sol. Um teste de resistência para 45 militares, que dividiram alojamentos onde nenhum espaço pode ser desperdiçado.

O desembarque foi em clima de festa, mas os protocolos militares só aumentaram a ansiedade dos parentes fora e dentro do submarino. Algumas crianças pequenas não aguentaram esperar acordadas.

Comentário de Patrick Camargo para Band/Notícias, quarta-feira, 18 de setembro de 2013:

Desembarque respeitou protocolo militar

Patrick Camargo · Trabalha na empresa Banco do Brasil

“Têm algumas questões importantes que a matéria não aborda. Este treinamento que o submarino Tapajó fez com a marinha americana faz parte de um grande programa de treinamento por parte dos americanos para combater submarinos não nucleares.

A marinha norte americana passou os 40 anos da guerra fria treinando para afundar os grandes submarinos nucleares soviéticos, muito mais barulhentos que os convencionais, caso do brasileiro Tapajó. Só que, cada embarcação tem a chamada assinatura acústica, que seria uma espécie de impressão digital de cada embarcação, seja navio ou submarino possui, tendo em vista o tipo de hélice utilizado, tamanho, deslocamento, enfim inúmeras variáveis que fazem com que o barulho da embarcação seja único, podendo portanto identificar qual alvo, utilizando o jargão militar, está se movimentando.

Este treinamento serve justamente para que a marinha norte americana grave o sinal acústico dos submarinos brasileiros, que são o projeto alemão IKL 209. Como consequência, em caso de confrontação entre os submarinos brasileiros e a marinha norte americana, esta última já teria a gravação do ruído das embarcações brasileiras, o que se torna uma grande vantagem, já que o submarino se utiliza justamente de seu silêncio e a dificuldade de o inimigo identificar esta arma de guerra como sendo sua principal vantagem.

Fonte: Band/Notícias 

8 Comentários

    • Exatamente, nessa história de quem come quem…
      Eles nos garfeiam, mas nós garfeamos eles também.
      A grande diferença é que a cozinha deles têm multiprocessador de alimentos, facas (famosas) Ginsu, fogão de 148 bocas, todo mundo de barriga cheia etc, e a nossa: processador manual, facas (sem fio) tramontina (brincadeirinha), fogão de duas bocas a lenha e um monte de neguinho sem bóia… só isso!!

      No mais… parabéns submarinistas brasileiros do Tapajós.

    • Não totalmente,os SUB Americanos são feitos para ser muito silenciosos,também não sabemos que tipo de treinamento eles fizeram,então não podemos afirmar que os EUA deixaram o Brasil os rastrear e depois falaram:mais para a esquerda,para direita. Etc Etc kkkkkk

  1. “Este treinamento serve justamente para que a marinha norte americana grave o sinal acústico dos submarinos brasileiros, que são o projeto alemão IKL 209. Como consequência, em caso de confrontação entre os submarinos brasileiros e a marinha norte americana, esta última já teria a gravação do ruído das embarcações brasileiras, o que se torna uma grande vantagem, já que o submarino se utiliza justamente de seu silêncio e a dificuldade de o inimigo identificar esta arma de guerra como sendo sua principal vantagem.” Comentário de Patrick Camargo para Band/Notícias ==== Espero q tenham adotado outro procedimento p ‘enganar’ a emissão do sinal acústico …assim é mt mole..+ fica como experiência p a n MB. Sds.

  2. por LUCENA.
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    Há diversos fatores que somados,dão a assinatura acústica uma delas é a hélice,está ai um dos pulos do gato….será que a hélice que foi para um jogo feito com os americanos é a mesma que se utiliza quando o submarino está em serviço de patrulha ou em caso de combate real ?
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    Aos militares brasileiros por mais que,a maioria destes;sejam apaixonado e admiradores da força armada americana,não são tão estúpidos de brincar com uma raposa como tio Sam….rsrsrrs
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    Com os militares americanos e seu governo,não se deve subestimar a capacidade destes de jogarem sujo com os seus “amigos”,está mais do que comprovado que eles adoram dá rasteira nos outros,estão ai os fatos conhecidos mundialmente.
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    A parceria americana com o Brasil sempre fora assim,menos que se espera,os caras nos dão uma punhalada pelas costas e ainda tem aqueles que critica o governo por não facilitar a tal punhalada….Rsrsrsrr

  3. É preciso entender, que se é verdade que as assinaturas acústicas dos nossos submarinos foram captadas e gravadas, o mesmo se deu de nossa parte. Todavia, os testes intensivos na melhor raia de torpedo do mundo, que pertence à USNAVY, mas se localiza nas Bahamas, foi o prêmio que levou a nossa Marinha a levar o Tapajó para essa missão.

    Outro dado que merece comentário é a alusão à uma elevada assinatura acústica dos submarinos soviéticos. Essa ideia foi propalada durante a guerra fria, mas os fatos apontam para o contrário. Com o fim do confronto ideológico, sabemos hoje, que os submarinos soviéticos da classe Victor III (nomenclatura OTAN) possuíam uma taxa de descrição inferiores aos submarinos da classe Sturgeon e Permit…

    😉

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