Encomendas de projetos pela MB à Fincantieri e à Navantia para o PROSUPER

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Preâmbulo, por Gérsio Mutti
Caros Editores e Colaboradores do blog Plano Brasil, penso que a Marinha do Brasil esteja adaptando o projeto da Corveta Barroso, a um novo projeto de uma nova fragata do tipo da FREMM italiana, para que esta possa suportar os novos equipamentos que serão embarcados. Dentre esses equipamentos poderá constar o sistema Aegis italiano, além de mísseis em silos de lançamento vertical, do tipo Umkhonto da Denel Dynamics, ou quem sabe, uma variação do Pantsir naval, que se encontra em desenvolvimento na Rússia para a Marinha Russa. Acesse matéria do Plano Brasil de Quinta-Feira, 12/09/2013:
Na EuroNaval de 2012 em Paris, França, a Marinha do Brasil (MB) encomendou junto à italiana  Fincantieri – Cantieri Navali Italiani S.p.A, uma variante do projeto de casco da fragata multimissão FREMM italiana de 144 metros e 6500 toneladas/peso.
Segundo a DefenseNews.com via Defesa Aérea & Naval (DAN) (http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=11172), “afragata Aegis da Fincantieri, com quatro painéis do radar Aegis SPY1-D sobre a superestrutura, junto com um sistema de lançamento de Mark 41 vertical, “usa o casco de 144 metros de uma variante FREMM com 6.500 toneladas, projetada para o Brasil, impulssionada por um motor diesel combinado com turbina a gás.”

Este projeto da Fincantieri é um projeto de “conceito theater ballistic missile defense surface combatant”, e tem a intenção de mostrar que o sistema Aegis, atualmente o único sistema de defesa com mísseis balísticos a bordo (DMO), pode ser instalado em um navio com um casco semelhante às fragatas multimissão FREMM construídas pela Itália e pela França.

Nenhuma relação formal com a Lockheed Martin está por trás do projeto, pois é a primeira vez que uma empresa de construção naval está mostrando o sistema Aegis em um navio que não seja um projeto dos EUA e seus derivados japoneses / sul-coreanos ou em fragatas construídas e projetadas pelo estaleiro espanhol Navantia, que construiu navios com esse sistema para as Marinhas norueguesa e australiana.”

Por sua vez, a espanhola Navantia , aposta forte no Brasil, pois mediante modificações no grupo propulsor da Corveta Júlio de Noronha (V 32), instalará um novo sistema de controle a ser desenvolvido pela própria empresa, a fim de melhorar o desempenho do motor MTU Friedrichshafen 16V 956 TB 91.”

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Segundo Luiz Padilha da DAN , “não (se trata de) remotorização e sim, da instalação de um novo controle dos motores, o que se faz necessário para que os navios sejam otimizados.”

Também segundo a DAN (http://www.defesaaereanaval.com.br/?p=28488), “a empresa espanhola tem seis meses para produzir e entregar o equipamento e mais de dois para instalação, testes e processo de aceitação formal. Este programa será realizado no Brasil em colaboração com uma empresa local, ainda a ser definida.

Esta operação pode ainda ser estendida para as três unidades restantes de corvetas da classe Inhaúma (Inhaúma, Jaceguai e Frontin). A propulsão do tipo CODOG (Combined Gas or Diesel) também compreende uma turbina LM2500.

É a primeira vez que a Navantia ganha um contrato da Marinha do Brasil, a qual já apresentou proposta para fornecer a fragata modelo F-100 Flight 2 e um Navio de Apoio Logístico (BAC – Buque de Aprovisionamiento en Combate) para o PROSUPER, que prevê a compra de cinco fragatas, cinco navios de patrulha oceânicos e uma unidade de apoio logístico.

A Navantia também está atenta a outros importantes programas de navios de guerra da Marinha brasileira, como Programa de Obtenção de Navio Anfíbio (PROANF) e o Programa de Obtenção de Navios-Aeródromo (PRONAE) para dois porta-aviões, tendo respondido à um pedido de informações da Marinha do Brasil sobre o seu Buque de Proyección Estratégica (BPE).

A remotorização das fragatas da classe Niterói é outra área em que a Navantia está muito interessada, propondo uma solução em parceria com a alemã MTU Friedrichshafen.”

Esta matéria vem se somar a uma outra, publicada pelo Blog Plano Brasil de Quinta-Feira, 12/09/2013:

“NAVANTIA VAI FORNECER SISTEMA DE CONTROLE DE MOTOR PARA CORVETA DA MARINHA DO BRASIL” 

Com a Palavra os senhores Comentaristas do Blog Plano Brasil

11 Comentários

  1. Com certeza vai sair mais barato, mas não será tão eficaz quanto a compra de navios maiores e mais modernos como as FREMM FRANCESAS(desde que construídas no Brasil com total transferência de tecnologia).

    • A tua risível subserviência partidária como de costume o faz tirar conclusões absolutamente equivocadas minha cara tiete iraniana! As FREMM são um projeto conjunto entre França e Itália ou seja, em tese não tem essa de uma ser melhor que a outra. O que mudamsão alguns sistemas. Ocorre que a MB está querendo uma versão das FREMM Italianas com o sistema AEGIS ou seja, estas terão uma capacidade antimísseis balísticos que as fragatas francesas não terão seu tonto!

  2. Se a MB encomendou o projeto, então não seria uma mera adaptação, mesmo porque a Barroso é uma corveta e não fragata. Imagino que a ideia seria criar uma versão maior da Barroso, baseando-se em algumas ideias do projeto e estendendo, fazendo as devidas adaptações, seguindo também uma certa semelhança a FREMM italiana. Isso reduziria custos, com ambos os navios compartilhando sistemas semelhantes. Mesmo porque não faz muito sentido instalar sistemas como radares AESA e lançadores verticais numa corveta.

  3. Eu mesmo sou suspeito em falar muito bem sobre a Itália e da minha parte fiz literalmente uma campanha para produtos italianos para o PROSUPER.
    Apesar de nada oficial vou ficar torcendo por aqui que tudo dê muito certo para ambos os países … temos uma relação carnal com a Itália, nossa cultura foi fortemente influenciada pelos italianos desde que começou a chegada de imigrantes, temos hoje 25 milhões de descendentes italianos, as tropas brasileiras estiveram na Itália e ajudaram a libertá-la do fascismo/nazismo, a Itália FEZ A EMBRAER VOAR com Xavante e AMX.
    Outros países se gabam de estarem na Embraer , mas são apenas FORNECEDORES de equipamentos e DONOS DAS AÇÕES, isso não é ser parceiro. Aguardemos então que os negócios se concretizem o quanto antes , é bom para o Brasil é bom para a Itália.

    Abs.

    • E também fazendo uma comparação, agora o governo brasileiro está sentindo com a espionagem o que o governo italiano sentiu com a não deportação do cesari battisti.

  4. Pelo que eu sei a Marinha está correndo do sistemas AEGIS, do lançador M-41 e do Standart SM-2…

    Ela está inclinada pela adoção do sistema ASTER 15/30, o que significa uma fragata FREEM (francesa, ou italiana – esta segunda, preferida).

    O Umkhonto nunca sensibilizou a MB, que tem reservas quanto…

    😉

    • Nobre Ilya:

      Se você raciocinar friamente o AEGIS,embora seja um sistema impressionante, está muito fora na nossa realidade. Acho que o radar I-Mast da Thales, junto com o Aster, nos dará uma boa cobertura

  5. Nossas escoltas estão ultrapassadas… seus sistemas de mísseis por container tem restriçoes de direção e perda de tempo, o melhor são caçulos verticais. Seus radares tem gap de varredura, diferente dos sistemas AEGIS com corbertura 360º permanente, o que para os novos mísseis supersônicos pode ser fatal. Ainda.. e quem sabe o mais importante… nossas novas escoltas modernas terão mísseis supersônicos (Brahmos) instalados. A tonelagem não é o mais importante, mas sim a atualização tecnológica que virá com essa nova classe de escolta que nossa Marinha está providenciando.

    E essa aquisição é para ontem.

    Enquanto que a FAB pode fazer uma improvisação emergencial com os caças tranqueiras que possui com a ajuda de seus Embraer AEW&C. Nossa Marinha simplesmente está de mãos atadas com seus meios atuais obsoletos. Estão servindo apenas para patrulha, mas sem a mínima condição de enfrentarem uma única batalha moderna. Quanto mais uma guerra, mesmo que seja com um país pequeno mas que possua navios e armamentos modernos.

    E como os únicos inimigos que poderiam enfrentar o Brasil viriam pelo mar, é simplesmente vital que nossa Marinha brasileira tenha meios de enfrentamentos reais.
    Numa escala de importância militar e estratégica das FA… é ela que deve ser mais fortemente estruturada e modernizada com urgência.

    • ViventtBR,

      Para o dominar o mar, deve-se começar primeiro pelo ar… Somente assim se terá uma cobertura real de todas as dimensões do espaço de batalha…

  6. _RR_

    Gostaria de saber a sua opinião se o Brasil poderia desenvolver atravez da OrbSat um Aegis Made in Brasil,usando o Saber M200 com base para tal sistema que poderia se chamar de Sea Saber M400 dando ao Brasil uma grande capacidade de exportarção de tal sistema já que o Aegis americano não esta a venda para qualquer País.

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