Apenas a verdade

Sugestão: Cel aulo Ricardo Paiva
A profissão das armas poupa os que a escolheram dos sentimentos do medo e da covardia (ARS).
Ao término da Segunda Guerra Mundial, Jean Paul Sartre foi procurado por três amigos ex-combatentes e desempregados, com pedido de ajuda. Então, ele escreveu o livro Huis Clos que foi transformado em peça teatral e permitiu aos amigos sobreviverem, representando-a no interior da França. Li esse livro no início da década de 1970. No Brasil, a história foi transformada em peça teatral a que assisti, em 1976, em um teatro da Gávea. Mais de trinta anos são passados, mas alguma coisa ficou na memória. No texto, Sartre  coloca três personagens no inferno, dialogando sobre a existência, sobre o existencialismo. Foi isso mesmo? Poderia entrar no Google e confirmar. A qualquer hora farei isso. Não agora.
Inspirado pelo escritor francês, vou colocar na recepção lá de cima  um jornalista brasileiro conversando com um militar brasileiro — ambos aguardando o chamado final para ingresso no céu ou no inferno. Não coloco direto no inferno porque isso só alguém com a dimensão de Sartre faria. A conversa no local onde queremos chegar algum dia gira em torno de fatos reais ou fictíciospessoais ou institucionais. Nesse texto, o jornalista é identificado como JB e o militar como GB. Eis pois a íntegra da conversa dos dois personagens.
JB – Como o senhor se sente na atualidade democrática, sendo um produto do período do regime militar brasileiro?
GB – Os militares brasileiros contribuíram para varrer da face da Terra o comunismo e o nazismo. É uma honra fazer parte de um universo que contabiliza essa conquista da Humanidade.
JB – E a tortura, como o senhor a encara?
GB – Os regimes comunistas e nazista foram os sistemas políticos e sociais que mais torturaram e assassinaram na história humana. Em mais de uma ocasião, no século passado, os militares brasileiros ajudaram a evitar o perigo nazi-comunista. Negar essas circunstâncias históricas é negar a existência da luz, da claridade, da beleza e da arte.
JB – E a tortura perpetrada durante o regime militar brasileiro?
GB – Se analisarmos com isenção as fontes que tratam desse assunto, veremos que existiram torturadores e explodidores. Os torturadores torturaram os explodidores e estes explodiram inocentes. Só há sentido em tratar da tortura, se tivermos coragem e isenção moral para tratar também das explosões e de suas motivações.
JB – O senhor está admitindo que houve tortura durante o regime militar brasileiro?
GB – Eu não estou admitindo. Está escrito em documentos e outras fontes disponíveis.
JB – Não é absurdo um ser humano fazer isso com outro ser humano?
GB – De uma perspectiva histórica, de um prisma do impacto sobre o ser humano, é fácil inferir que a ocorrência de tortura registrada nos documentos e outras fontes é insignificante no Brasil, se compararmos com o que ocorreu onde o comunismo e o nazismo prevaleceram; e, especialmente, com o que ocorreria se houvesse a vitória daqueles que pugnavam pela adoção do nazi-comunismo no Brasil.
JB – O senhor ignora aqueles que tiveram pessoas da família submetidas à tortura?
GB – Não, definitivamente, não! Na década de 1970, o irmão de meu pai — sangue do sangue de papai, sangue de meu sangue — chegou em nossa casa, na região Centro-Oeste, com a esposa e dois filhos. Ele morava no Nordeste e disse que estava fugindo da repressão política. Meu pai ofereceu-lhe abrigo, esconderijo e alimentação. Ao final de sessenta dias, meu pai convidou-o para uma conversa muito séria, e disse:
“— Nesse período, nós dividimos o que tínhamos com vocês. Chegou a hora de termos novas atitudes. De meu modesto comércio, tirarei uma parcela para montar uma atividade que lhe permitirá sobreviver e, com muito trabalho, progredir e propiciar aos seus uma vida digna. Porém existe uma condição: você vai largar mão dessa absurda militância política!”
Meu tio ficou um bom tempo pensativo e depois respondeu?
“— Meu irmão, eu não aceito a sua proposta! Até o final de meus dias, eu lutarei para implantar o comunismo em nosso País. Brevemente, eu deixarei sua casa e seguirei em busca de condições para a minha servidão.”
Passados dois dias, ele cumpriu o que prometera e se foi. E assim deve ter sucumbido na derrota nazi-comunista daqueles dias. Ele desapareceu para sempre.
Notável jornalista! Sobre essa questão eu lhe afirmo: a dor da família deve ser respeitada. A discordância de pensamento e ação não impediu o imenso sofrimento da família. Similarmente, a idiotice e a estupidez daquele que abraçou a causa nazi-comunista devem ser respeitadas. Afinal, ele já morreu! Que viva a morte em paz!  
Eu não posso ignorar quem teve pessoa da família que passou pelo tormento da violência, porém lhe afirmo mais: quem faz soprar o vento, pode colher tempestade; quem semeia violência está flertando com a violência; quem peleja pelo veneno nazi-comunista corre o risco de consumir veneno similar.  Eu não estou pregando violência; lamentavelmente, violência é inerente à condição humana; e nada se compara à violência nazi-comunista. Nesse sentido, é oportuno lembrar o horror vivido por tantos na década de 1940 por estarem sob a égide do nazismo ou por combatê-lo. É oportuno não esquecer as dezenas de milhões de seres humanos que foram sacrificados na extinta União Soviética e na China pelo comunismo, apenas por não concordarem com esse sistema hediondo. Eu defendo o ideário de que jamais tenhamos barbárie similar em nosso País.
JB – O que o senhor estava fazendo no início da década de 1970? Como oficial jovem, o senhor participou da repressão? O senhor poderia relatar algum fato vivenciado àquela época que se relacione com aquele ambiente político?
GB – Eu era um oficial recém-formado na escola militar. Passei os dois primeiros anos no Centro-Oeste do Brasil. Depois me tornei paraquedista militar e fui servir na Brigada de Eternos Heróis. Fui treinado para a guerra, para defender a Nação e a sociedade. Essa foi minha escolha. Em se tratando de evitar que o comunismo ou o nazismo se implantassem no Brasil, se convocado, teria participado, sem hesitação. Entretanto, não tive essa oportunidade. Enfatizo que teria lutado, por entender que seria necessário lutar contra a transformação do Brasil em um novo Vietnã, onde morreram mais de 500 000 vietnamitas e mais de 50 000 americanos; ou em uma outra Colômbia, onde na luta contra a guerrilha narco-nazi-comunista, pereceram mais de 40.000 colombianos.
Vivenciei um fato curioso. Conheci uma moça que, ao cursar a universidade em São Paulo, embrenhou-se na militância estudantil de cunho ideológico e passou a integrar a linha de frente daqueles que estavam se propondo a implantar o comunismo no Brasil. Ela me afirmou que passara alguns meses em Cuba e voltara para propagar e praticar o ideário da luta para a comunização do País. Àquela época, eu me vi diante do seguinte dilema: manter a interação afetiva por meio da qual nos aproximamos ou denunciá-la para o aparato de segurança do regime vigente. Minha opção foi manter a interação. Eu me submeteria a um desafio fantástico. Não poderia renunciar às minhas crenças — liberdade, democracia, decência, verdade e justiça, completamente ausentes no seio do nazi-comunismo — e compactuar com a retórica e ação que a moça praticava. Mas poderia provar-lhe que seu idealismo fora conspurcado por aqueles que tinham um pensamento completamente perturbado. Assim, permanecemos nos encontrando durante um período de uns poucos meses, ao fim do qual ela decidiu pelo rompimento. Ela estava entrando em um processo depressivo terrível, sob a alegação de que eu destruíra suas crenças. Ela disse que escolhia afastar-se de mim numa tentativa de evitar — o que vinha se passando com frequência em sua mente — a destruição de sua própria vida. Eu estava funcionando como um espelho para que ela se visse cada vez mais inútil, dado que descobriu que se dedicara a uma causa incoerente, enganosa e até mesmo hedionda. Confesso que não sei o que lhe aconteceu, mas estou convicto de que espalhei um pouquinho de luz em seu caminho.
JB – Como é que o senhor vê a recente matéria divulgada pelas Organizações Globo em que é veiculado que foi um erro o apoio ao movimento militar de 1964?
GB – Inicialmente, convém ressaltar que o filho do Einstein não gestou qualquer contribuição que pudesse ser comparada com fiapos do que seu pai gerou. O filho de Pelé não foi ou não é um atleta genial como o pai. O filho de Beethoven, se tivesse existido, não deixaria herança musical significativa. Bem, mas guardemos isso.
É preciso olhar essa questão das Organizações Globo sob duas óticas: a primeira é  o estímulo governamental para que apenas um grupo empresarial assumisse a liderança isolada da imprensa em nosso País e a mantivesse. De uma certa forma, os líderes brasileiros das décadas de 1970 e 1980 contribuíram formal ou informalmente para que isso acontecesse.  A segunda é a necessidade desse grupo, com o passar do tempo, se manter na dianteira de seus congêneres.
O senhor Roberto Marinho era reconhecidamente um visionário a quem cabe os méritos do aproveitamento da oportunidade oferecida. O senhor Marinho e a oportunidade aproveitada geraram as Organizações Globo. O apoio dado à Contrarrevolução de 1964 foi resultado de sua inteligência, talento e ética aparente. Foi resultado da consciência inequívoca de que o nazi-comunismo seria um desastre para o Brasil. O testemunho documental desse apoio é inquestionável.
A negação do ideário do senhor Marinho por seus filhos está alicerçada na diferença de inteligência e talento entre eles e o pai. À semelhança dos filhos de Einstein, de Pelé e de Beethoven, eles só podem inserir-se na poeira das sendas do genitor. Sendo que no aspecto ético, eles não fazem a menor questão de ao menos manter uma certa discrição. Nada de aparência em assuntos de ética. O que conta é atuar de forma despudoradamente distante dos ditames da ética.
No atinente à necessidade de manutenção do poder amealhado pelas Organizações Globo, na ausência de talento empreendedor, a única solução é ter aportes miliardários dos poderosos de plantão. E para tanto, é preciso vender a consciência, é necessário não apenas ter o pai morto, é imperioso assassinar-lhe a memória para se associar aos responsáveis pela chave do cofre público.
O erro não está no que o senhor Marinho fez, está na natureza do ser humano que dificilmente permite a reprodução do gênio antecessor. E de forma madrasta, permite que venham descendentes despojados dessa genialidade transformadora e admirável e despreocupados com um mínimo de aparência no que diz respeito à decência e à ética.
JB – No espectro político, social e ideológico, como o senhor se vê?
GB – Eu me vejo como um humanista.
JB – Será que eu entendi bem? O senhor disse humanista? Como assim?
GB – É preciso mencionar a minha trajetória profissional. Numa primeira quadra de minha evolução, eu trabalhei em construção civil, na Amazônia e no Planalto Central. O foco de minhas atenções estava voltado para o conforto e o bem-estar do ser humano. Em um segundo momento, eu tive uma experiência insuperável ao trabalhar no magistério de segundo grau e também na Faculdade. Foram cerca de dez anos tentando transmitir conhecimento específico, da disciplina acadêmica, mas também experiência de vida. E qual era o objetivo? Estimular cada aluno a se tornar um ser humano melhor, mais produtivo e mais consciente de sua dignidade. Na etapa final de minha carreira, prestei meus serviços no setor de pesquisa & desenvolvimento, visando à busca de qualificação, autonomia e independência do ser humano brasileiro. Nessa evolução, mantive a coerência da retórica e da ação; preguei e defendi a liberdade, a decência, a justiça e a verdade; e ressalvadas as imperfeições ditadas pela condição humana, pratiquei inquestionavelmente as ações consentâneas com esse discurso. Vejo-me como humanista também por notar que Hemingway, pesquisando as razões da devastação humana que testemunhara, indagou por quem os sinos dobravam. Evidentemente, Hemingway repetia em sua obra o que o poeta britânico John Donne, em face de suas tragédias familiares, indagara em Devotions upon Emergent Occasions (publicado em 1624 e encontrado emwww.gutenberg.org/ebooks/23772) e, com exemplar inconformismo, respondera:
“A morte de qualquer homem me apequena, porque sou parte do universo dos seres humanos; portanto, nunca pergunte por quem os sinos dobram; eles dobram por ti”.
Interpretando o poeta, posso afirmar que eles dobram por todos nós! Quando alguém morre, um pouco de cada um nós segue junto com aquele que se foi.
JB – No livro Huis Clos (A portas fechadas), Sartre cunha a frase “L’enfer c’est les autres!” (Os outros são o nosso inferno!), para metaforizar a interação dos três personagens que conversam no inferno. O senhor acha que essa frase se aplica a nós dois?
GB – A frase de Sartre é emblemática e obviamente tem a ver conosco. Senão vejamos. Primeiramente, se eu sou picado por uma cobra, esse fato não tem relevância para você, o que é razoável. Agora se eu morder o rabo da cobra, você tentará colocar a manchete na primeira página do seu jornal. Segundamente, a notícia da morte causada a mais de 2 000 chilenos pelo regime ditatorial daquele País é enfatizada pela mídia em todas as oportunidades surgidas, o que também é razoável. Por outro lado, a morte de mais de 20 000 cubanos pelo regime ditatorial vigente na ilha é, não raro, omitida no âmbito do seu trabalho. Terceiramente, as mortes e torturas de mais de 10 milhões de seres humanos causadas diretamente pelo nazismo são objeto de divulgação e indignação por você e seus congêneres, o que é inequivocamente razoável. Entretanto, as mortes e torturas de mais de 20 milhões de pessoas ocasionadas diretamente pelo comunismo soviético são esquecidas em circunstâncias correlatas. Queira notar que há não apenas um absurdo lógico nos dois últimos dados, mas também uma inversão lógica, em relação ao primeiro — ambos inexplicáveis.
Ademais, são absolutamente incompreensíveis, as razões por que você e muitos congêneres são acometidos por um sentimento de afetividade pela cobra, pelo sistema cubano e pelo sistema soviético; e de ódio por sistemas similares.
JB – Mas o senhor ….
GB – A propósito, posso saber sua opinião sobre a aplicabilidade da assertiva sartriana a nós?
JB – É inequívoco, é fácil construir a aplicação conceitual do que Sartre asseverara. Dada a impossibilidade da violência ser contida com afagos, em face de sua profissão, o senhor é parte da arquitetura da violência em que está inserido o ser humano. Alterando o foco, posso asseverar que conquanto estejamos em polos contrários, agradar-me-ia ter nossa conversa publicada. E aí vem a extrapolação da verdade de Sartre: o responsável por meu jornal jamais permitirá sua divulgação.
GB – Nobre jornalista, é chegada nossa hora. Estamos sendo chamados. Entremos para o reino do além — claro, espero que o céu tenha sido a opção que nós conquistamos. Que tal se após nossa admissão, fundarmos um jornal? Você será o redator chefe e terá um compromisso: não omitir a verdade e publicar “apenas a verdade”. Enfatizo essa expressão porque ela será o título do nosso periódico.
 
Aléssio Ribeiro Souto
Militar da reserva

9 Comentários

  1. Somente a verdade ?
    A verdade é que deveriamos pegar tanto os carqueticos entreguistas como a esquerdalha bandida e os colocarmos no tribunal do juri para serem julgados pelo povo pois ambos erraram e cometeram crimes onde o maior deles foi terem manchado de vergonha a nossa historia ao derramarem o sangue Brasileiro.

    • Quem acha que não existe diferença entre esquerda e direita é de direita, só não tem coragem de admitir.

      Não existe militar golpista. Se é golpista deixou de ser militar. Militar cumpre as leis e respeita a hierarquia.

      Nunca, em hipótese nenhuma um militar se volta contra seu próprio povo ou parte dele.

      Nunca houve risco comunista no Brasil. Jango era filho de milionários e tinha apoio de outros tantos. Os partidos comunistas no brasil nunca chegaram a ter apoio de 3% da população.

      O que sempre existiu foi um elite entreguista e escravocrata. Que não admite que os mais fracos deixem de passar fome, que possam ter um transporte ou um atendimento médico humano, devem ser tratados como gado.

      Com o golpe, atrasaram duas décadas o desenvolvimento do país, ao custo de muito sangue e do aumento do endividamento do país.

      Foram feitos de bobos pelos milionários da época.

      Pelo menos os otários eram nacionalistas e deixaram grande e necessárias obras para o país.

      O que não foi feito por seus análogos civis liberais (exceção Itamar Franco, que criou o real e bloqueou o processo de privatizações), que assumiram o governo logo após a redemocratização.

      Sarney, Collor e FHC só fizeram vender o patrimônio que já havia sido construído pelas gerações passadas, ninguém sabe citar uma única obra de seus desgovernos.

      Já Lula deixou marcas notórias, acabou com o problema do endividamento externo e lançou as bases para as grandes obras.

      Mas sua maior obra foi a costura de um novo mundo, criando uma série de relações entre países que sequer de falavam, aumentando nosso comércio e diminuindo nossa dependência para com EUA e Europa.

      Em defesa, sustentou a criação do projeto de submarinos, da Avibrás, dos novos acordos espaciais, do sisfron.

      Só não revolucionou a força aérea por pressão da oposição midiática. Não seria melhor se tivéssemos adquirido os Mirage no final do governo Lula? Hoje poderíamos estar discutindo outra compra ou outro projeto.

      A esquerda sempre esteve mais próxima do nacionalismo e do desenvolvimento nacional, pois depende deles para a garantia de empregos.

      Não fosse o pensamento coxinha, a propaganda ideológica incessante de nossa mídia, dos filmes americanos, os militares enxergariam facilmente esse fato.

      A direita sempre foi contra o pagamento de bons salários, sejam para quem quer que seja, professores, médicos, juízes, promotores, militares e civis.

      Por um motivo muito lógico, quem não é de direita e não é idiota, possui um patrimônio considerável, possui muitos empregados, assim, não gosta de pagar salários e nem benefícios.

      Mais, acreditam que tudo lhes pertence, até os impostos indiretos que recolhem para o governo, dessa forma, acham que os recursos públicos devem ser direcionados para benefícios fiscais, financiamento de novos investimentos, treinamento de mão-de-obra barata, infraestrutura até a porta de suas fábricas ou casas, etc.

      O militar brasileiro foi tão enganado que vive no comunismo (estatismo) e se diz de direita. O Estado dispõe sobre a roupa que ele deve usar, o corte da cabelo ou barba, horário de plantões à qualquer hora do dia ou da noite, faça sol ou chuva, comida que pode ingerir no rancho ou em campanha, onde deve morar, podendo ser deslocado do dia para a noite sem qualquer aviso. O militar não possui um monte de direitos que são ordinários para os civis, como o de criticar o governo.

      Pior, não interessa se você é o melhor sargento de instrumentação eletrônica ou se um mero infante ou intendente, seu salário é o mesmo, ainda que tenha feito um monte de horas extras e os outros tenham tido uma jornada reduzida no mesmo mês. Não existe premiação por mérito. Não existe possibilidade de ascensão profissional a não ser pelo envelhecimento. Não existem unidades de desenvolvimento ou produção de novas armas que possibilitem que os mais inteligentes possam crescer dentro da carreira militar, desenvolvendo tecnologia de defesa.

      Ou seja, nossas escolas militares estão formando um monte de coxinhas, que não terão uma vida de milionário, mas vivem para defender a propriedade de quem é milionário.

      Não que os milionários não sejam necessários em nosso mundo, fazem parte do melhor sistema já inventado para organizar a produção. Mas são minoria na sociedade, e como tal devem ser vistos. As leis, as instituições tem que ter por meta a redução das desigualdades, pois é da natureza do sistema capitalista a sua ampliação.

      • Que iluminado raciocineo heim Walfredo kkkkk
        Neste mundo de hoje em dia existe de tudo em todos os lugares infelizmente.

  2. Em sua historia, o socialismo matou mais que o nazismo.

    20 milhões na União Soviética
    65 milhões na República Popular da China
    1 milhão no Vietname
    2 milhões na Coreia do norte
    2 milhões no Camboja
    1 milhão nos Estados Comunistas do Leste Europeu
    150 mil na América Latina
    1,7 milhões na África
    1,5 milhões no Afeganistão
    Então porque somente o nazismo e criminalizado, e o socialismo não ?
    Eu digo porque :
    Porque os facinoras coletivistas fanaticos socialistas, são como amebas, eles se adaptam para sobreviver, se travestiram de “humanistas” se infiltraram nos cursos de humanas(principalmente história e filosofia), como ensinou Gramsci, para desconstruir por dentro, distorcer os fatos. Abandonaram a luta armada ( por hora) para se dedicarem a GUERRA CULTURAL, a desconstrução social silenciosa.

    Dizem que a história é contada pelos vencedores. Mas no Brasil temos a “história jabuticaba”, que só existe aqui: os derrotados é que hoje contam suas lorotas de “guerreiros da liberdade e da democracia”, tentando vencer no “tapetão” a guerra que os militares impediram que vencessem. Parabéns, heróicos militares brasileiros, só pecaram em querem ficar tempo demais no poder, alimentando assim as lombrigas esquerdistas com falsos martires, erro que pagamos hoje.

    1 Herança do regime militar= Itaipu

    1 Herança da “luta armada esquerdalha”( Terrorismo, roubo a bancos, sequestros)= O comando vermelho.

  3. ABAIXO A DITADURA?

    Militar é incompetente demais!!!

    Militares, nunca mais!

    Por Millôr Fernandes
    Ainda bem que hoje tudo é diferente, temos um PT sério, honesto e progressista.
    Cresce o grupo que não quer mais ver militares no poder, pelas razões abaixo.

    Militar no poder, nunca mais.

    Só fizeram lambanças.
    Tiraram o cenário bucólico que havia na Via Dutra de uma só pista, que foi duplicada e recebeu melhorias; acabaram aí com as emoções das curvas mal construídas e os solavancos estimulantes provocados pelos buracos na pista.

    Não satisfeitos, fizeram o mesmo com a rodovia Rio-Juiz de Fora.

    Com a construção da ponte Rio-Niterói, acabaram com o sonho de crescimento da pequena Magé, cidade nos fundos da Baía de Guanabara, que era caminho obrigatório dos que iam de um lado ao outro e não queriam sofrer na espera da barcaça que levava meia dúzia de carros.

    Criaram esse maldito do Proálcool, com o medo infundado de que o petróleo vai acabar um dia.

    Para apressar logo o fim do chamado “ouro negro”, deram um impulso gigantesco à Petrobras, que passou a extrair petróleo 10 vezes mais (de 75 mil barris diários, passou a produzir 750 mil); sem contar o fedor de bêbado que os carros passaram a ter com o uso do álcool.

    Enfiaram o Brasil numa disputa estressante, levando-o da posição de 45ª economia do mundo para a posição de 8ª, trazendo com isso uma nociva onda de inveja mundial.

    Tiraram o sossego da vida ociosa de 13 milhões de brasileiros, que, com a gigantesca oferta de emprego, ficaram sem a desculpa do “estou desempregado”.

    Em 1971, no governo militar, o Brasil alcançou a posição de segundo maior construtor de navios no mundo.

    Uma desgraça completa.

    Com gigantesca oferta de empregos, baixaram consideravelmente os índices de roubos e assaltos.
    Sem aquela emoção de estar na iminência de sofrer um assalto, os nossos passeios perderem completamente a graça.

    Alteraram profundamente a topografia do território brasileiro com a construção de hidrelétricas gigantescas (Tucuruí, Ilha Solteira, Jupiá e Itaipu), o que obrigou as nossas crianças a aprenderem sobre essas bobagens de nomes esquisitos.

    O Brasil, que antes vivia o romantismo do jantar à luz de velas ou de lamparinas, teve que tolerar a instalação de milhares de torres de alta tensão espalhadas pelo seu território, para levar energia elétrica a quem nunca precisou disso.

    Implementaram os metrôs de São Paulo, Rio, Belo Horizonte, Recife e Fortaleza, deixando tudo pronto para atazanar a vida dos cidadãos e o trânsito nestas cidades.

    Esses militares baniram do Brasil pessoas bem intencionadas, que queriam implantar aqui um regime político que fazia a felicidade dos russos, cubanos e chineses, em cujos países as pessoas se reuniam em fila nas ruas apenas para bater-papo, e ninguém pensava em sair a passeio para nenhum outro país.

    Foram demasiadamente rigorosos com os simpatizantes daqueles regimes,
    só porque soltaram uma “bombinha de São João” no aeroporto de Guararapes,
    onde alguns inocentes morreram de susto apenas.

    Os militares são muito estressados.

    Fazem tempestade em copo d’água só por causa de alguns assaltos a bancos, sequestros de diplomatas… ninharias que qualquer delegado de polícia resolve.

    Tiraram-nos o interesse pela Política, vez que os deputados e senadores daquela época não nos brindavam com esses deliciosos escândalos que fazem a alegria da gente hoje.

    Os de hoje é que são bons e honestos.

    Cadê os Impostos de hoje, isto eles não fizeram!

    Para piorar a coisa, ainda criaram o MOBRAL, que ensinou milhões a ler e escrever, aumentando mais ainda o poder desses empregados contra os seus patrões.

    Nem o homem do campo escapou, porque criaram para ele o FUNRURAL, tirando do pobre coitado a doce preocupação que ele tinha com o seu futuro. Era tão bom imaginar-se velhinho, pedindo esmolas para sobreviver.

    Outras desgraças criadas pelos militares:

    Trouxeram a TV a cores para as nossas casas, pelas mãos e burrice de um Oficial do Exército, formado pelo Instituto Militar de Engenharia, que inventou o sistema PAL-M.
    Criaram ainda a EMBRATEL; TELEBRÁS; ANGRA I e II; INPS, IAPAS, DATAPREV, LBA, FUNABEM.

    Tudo isso e muito mais os militares fizeram em 22 anos de governo.
    Pensa!!
    Depois que entregaram o governo aos civis, estes, nos vinte anos seguintes,
    não fizeram nem 10% dos estragos que os militares fizeram.
    Graças a Deus!
    Ainda bem que os militares não continuaram no poder!!
    Tem muito mais coisas horrorosas que eles, os militares, criaram, mas o que está escrito acima é o bastante para dizermos:

    “Militar no poder, nunca mais!!!”, exceto os domesticados.

    Ainda bem que hoje estão assumindo o poder pessoas compromissadas com os interesses do Povo.

    Militares jamais.

    Os políticos de hoje pensam apenas em ajudar as pessoas e foram injustamente prejudicadas quando enfrentavam os militares com armas às escondidas com bandeiras de socialismo.

    Os países socialistas são exemplos a todos.

    ALÉM DISSO, NENHUM DESSES MILITARES CONSEGUIU FICAR RICO.

    ÊTA INCOMPETÊNCIA!!!

    É brincadeira!

    • Meu camarada este tempo romantico que acabaste de descrever pertence ao passado.
      Hoje a comunalha sabemos todos que não passam de meros bandidos,assaltantes e o resquicio milico que ainda existe vive tendo convulsões diarréicas se borrando de medo de irem pra guilhotina e por capaxismo sonhando que haja um golpe para tirarem o Brasil do caminho BRICS e nos retrocedendo ao capaxismo Yankee.
      Se não bastasse apenas isso o comando hoje faz o jogo da comunalha bandida e ate levaram o virus da corrupção e da trairagem pra dentro da caserna.
      Ainda bem né mesmo que tudo o que descrevi acima não passa de uma minoria inexpressiva dentre nosso povoe que não eceita mais ser manipula nem por um lado nem pelo outro.

      • Aqui admitiu plenamente que é de direita. Então pare de falar que não deve haver briga de direita e esquerda, pois só um representante da esquerda pode desistir da luta, afinal o país é capitalista e quem está no poder de fato, financiando as campanhas, é de direita.

  4. Neste pais covarde dominado por vermes so tem direitos quem tem poder ou dinheiro.
    Se o direito inexiste esqueça-o e lute pela ética.
    Pouco me importa se sera um Rei,um milico,um alfaiate ou um lavrador,mas que seja unicamente comprometido com os interesses do Brasil e dos Brasileiros e que prime por justiça e igualdade para todos.
    Republica que Republica ? Vejo apenas uma Republica de Ratazanas e não passam todos de réles criminosos.

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