Putin faz apelo a povo americano contra ação na Síria

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O presidente russo, Vladimir Putin, fez um alerta ao povo americano nesta quinta-feira contra uma ação militar dos Estados Unidos na Síria, dizendo que esta poderia “desencadear uma nova onda de terrorismo”.

Em artigo no jornal americano The New York Times, Putin diz que um eventual ataque dos Estados Unidos desencadearia “uma nova onda de terrorismo” no mundo.

O presidente diz que milhões de pessoas no mundo veem os Estados Unidos não como um modelo de democracia, mas como um país que se ampara apenas na sua força bruta.

“Acontecimentos recentes me fizeram querer falar diretamente ao povo americano e seus líderes políticos”, diz Putin.

“Um ataque (à Síria) aumentaria a violência e desencadearia uma nova onda de terrorismo que poderia prejudicar os esforços multilaterais para resolver o problema nuclear iraniano e o conflito em Israel e Palestina, desestabilizando ainda mais o Oriente Médio e o Norte da África. Poderia desequilibrar todo o sistema internacional”, diz o presidente russo no artigo assinado.

Esforço multilateral

O líder russo também afirma que a ONU pode sofrer o mesmo destino da entidade que a antecedeu – a Liga das Nações – caso “países influentes atropelem as Nações Unidas e tomem ações militares sem autorização do Conselho de Segurança”.

A Liga das Nações foi criada após a Primeira Guerra Mundial com finalidade parecida com a da ONU, mas foi extinta em 1946 por ter fracassado no esforço multilateral de evitar conflitos. Em seu lugar, foi criada a ONU.

“O potencial ataque dos Estados Unidos contra a Síria, apesar de forte oposição de muitos países e grandes lideranças políticas e religiosas, incluindo o papa, vai resultar em mais vítimas inocentes e escalada, potencialmente espalhando o conflito muito além das fronteiras da Síria”, escreve Putin.

Ele afirma que a Rússia não está zelando pelo governo sírio, mas sim pela lei internacional.

Putin voltou a dizer que os ataques com armas químicas do dia 21 de agosto – citados como pretexto pelos americanos para agir na Síria – foram na verdade realizados por forças da oposição ao regime de Bashar al-Assad para “provocar intervenção por entidades estrangeiras poderosas”.

“Um ataque aumentaria a violência e desencadearia uma nova onda de terrorismo.”

Vladimir Putin, presidente russo

“Relatos de que militantes estão preparando outro ataque – desta vez contra Israel – não podem ser ignorados”, escreve o presidente russo.

“É alarmante que intervenções militares em conflitos internos de países estrangeiros virou algo comum para os Estados Unidos. Isso está no interesse de longo prazo dos Estados Unidos? Eu duvido.”

O secretário americano de Estado, John Kerry, deve encontrar-se nesta quinta-feira em Genebra com o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, para discutir uma proposta russa para resolver a crise.

O governo de Putin propõe que o arsenal químico da Síria seja colocado sob controle de forças internacionais. A proposta foi aceita pelo regime sírio, e fez com que os Estados Unidos interrompessem, por ora, o plano de ação militar na Síria, para intensificar o trabalho diplomático.

Fonte: BBC Brasil

6 Comentários

  1. Vladimir Putin deu uma jogada de mestre no Obama,se atacar corre o risco de incendiar o Oriente Médio e deixar um lagado negativo na história,se não atacar vai perder mais um pouco da já abalada moral americana de ser a polícia do mundo,se a preocupação fosse com pessoas morrendo ele atacaria ou promoveria uma intervenção em Daffur,não,os interesses energeticos são maiores.

    OBS:Putin deu o troco muito bem dado naquele caso da Pussy Riot que se criticou a liberdade de expressão na Rússia,e depois Putin deu asilo ao Swoden,que mostro a muitos no mundo que a liberdade apregoada pelos E.U.a NÃO ERA TÃO GRANDE E QUE O GOVERNO AMERICANO USAVA OS MESMOS METODOS SÓ QUE MAIS AVANÇADOS DO QUE CHINESES E Russos.
    Cuidado Obama Putim é rato velho foi bem treinado e aprendeu bem com seus mestres da KGB.

  2. Putin tem razão em tudo.

    Vocês deve tem adivinhado o Porque os EUA apoiou a oposição Russa na eleição recente que o Putin venceu na Russia. Os EUA financiaram a oposição Russa para que foram a rua para fazer protesto contra Putin para ele não se eleger . Os EUA sabiam que Putin no poder poderia atrapalhar o plano deles…

  3. E assim caminha a humanidade! Como o mundo está mudando um ex-agente da KGB que em outra hora com certeza estava envolvido com as mazelas da antiga guerra fria, agora como presidente da Rússia vem pedir paz e bom senso, enquanto que do outro lado um homem que cresceu em um país democrático tornou-se defensor da justiça Obama é um advogado, premio Nobel da paz (2009), agora em seus discursos só fala em atacar a síria e ajudar a rebeldes que entre eles existem muitos terroristas degoladores e assassinos de cristãos, o que mais podemos esperar daqui prá frente?

  4. por LUCENA.
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    Hoje a imprensa fala de uma provável ataque do xerifão sobe a Síria,o plano de jogar fumaça para encobrir o atentado e terrorista que ocorrerá na Síria,está dando certo pois até agora ninguém descobriu quem foi o desgraçado e desalmado mentor,intelectual que orquestrou o vil atentado contra inocentes na Síria…..quem ?
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    Nesta guerra fria entre os sultões saudita e os aiatolás iraniano,sunitas Vs Xiitas,banalizou a desgraça humana por lá no Oriente médio.
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    Obama,no aspecto de encobertar o vil atentado terrorista com a velha tática americana de,colocarem na sala um bode fedorento e depois negociar a retirada do fedido,parece que deu certo pois,a imprensa do sistema da maldade, fez com que a maioria esquece-se quem jogou a bomba tóxica……quem ?

  5. …”Um ataque (à Síria) aumentaria a violência e desencadearia uma nova onda de terrorismo que poderia prejudicar os esforços multilaterais para resolver o problema nuclear iraniano e o conflito em Israel e Palestina, desestabilizando ainda mais o Oriente Médio e o Norte da África. Poderia desequilibrar todo o sistema internacional”, diz o presidente russo no artigo assinado.”… === O velho fantasma dos iankss pedindo p q ñ ocorra uma ataque contra à Síria ?!?! E o msm q pedir p q façam guerra. Quanto às pseudo negociações , a enrolação dos judeuss em cima dos pobre Palestinos…ñ se preocupe, os judeus vão sabotar às mesmas e acusar os Palestinos de intransigentes, invasores,ñ confiáveis.. e td os adjetivos usados a longos anos, cínicos,farsantes, hipocitas,etc,etc,etc,…Quem viver verá.Sds

  6. Tô postando matéria inteira pela relevância da informação.

    O ataque dos EUA à Síria já começou e já acabou. Tudo aconteceu no instante em que foram disparados aqueles dois mísseis balísticos, que ninguém sabia o que eram, porque Israel negava e a Rússia confirmava. A Rússia neutralizou os dois mísseis: um foi destruído em voo e o segundo foi desviado para o mar.

    Fonte diplomática bem informada disse ao jornal As-Safir que

    (…) a guerra dos EUA contra a Síria começou e acabou no instante em que foram disparados aqueles dois mísseis balísticos, que ninguém sabia o que eram, porque Israel negava e a Rússia confirmava, até que surgiu uma declaração oficial dos israelenses, que dizia que teriam sido disparados no contexto de um exercício militar conjunto EUA-Israel, e que os mísseis caíram no mar e que nada tinham a ver com a crise síria.

    A fonte também informou ao diário libanês que

    (…) os EUA dispararam os dois mísseis de uma base da OTAN na Espanha. Os mísseis foram instantaneamente detectados pelos radares russos e foram repelidos pelos sistemas russos de defesa: um deles foi destruído em voo e o outro foi desviado em direção ao mar.

    Nesse contexto, disse a fonte, é que surgiu a declaração distribuída pelo Ministério de Defesa russo. A declaração falava sobre a detecção de dois mísseis balísticos disparados na direção do Oriente Médio, mas nada dizia nem sobre de onde os mísseis foram disparados os mísseis, nem que haviam sido abatidos. Por quê?

    Porque no momento em que a operação militar estava sendo lançada, o chefe do Serviço de Inteligência da Rússia telefonou à inteligência dos EUA e disse que:

    (…) atacar Damasco significa atacar Moscou. Nós omitimos na nossa declaração oficial a expressão “os dois mísseis foram derrubados”, para preservar as relações bilaterais e para impedir qualquer tipo de escalada. Assim sendo, é imperioso que os EUA reconsiderem suas políticas, abordagens, movimentos e intenções sobre a crise síria, porque os EUA já podem ter certeza de que não conseguirão eliminar nossa [dos russos] presença no Mediterrâneo.

    A mesma fonte continuou:

    (…) essa confrontação direta entre Moscou e Washington, que não foi divulgada, aumentou ainda mais a confusão reinante no governo Obama e a certeza de que o lado russo insistirá no alinhamento ao lado dos sírios. E, também, a evidência de que os EUA já não tinham outra saída, se não pela iniciativa dos russos, que “salvaria” a imagem dos EUA.

    Desse ponto de vista, a mesma fonte diplomática explicou que:

    (…) para evitar confusão ainda maior nos EUA, e depois que Israel negara saber do disparo dos dois mísseis (o que é verdade), Washington pediu que Telavive assumisse que teria disparado os mísseis, para não ferir a imagem dos EUA ante a comunidade internacional, sobretudo porque aqueles dois mísseis eram o primeiro movimento do ataque dos EUA à Síria e o anúncio do início das operações militares. O plano original previa que, depois do ataque, o presidente Obama viajaria para o encontro do G-20 na Rússia, para negociar o destino do presidente sírio Bashr Al-Assad. De fato, como depois se verificou, Obama teve de ir à Rússia para negociar o fim do impasse em que se viu preso.

    A mesma fonte disse também que:

    (…) depois desse confronto EUA-Rússia, Moscou já trabalha para aumentar o número de especialistas militares, e já ampliou a presença se unidades de guerra e destróieres no Mediterrâneo. Os russos também decidiram marcar para depois do G-20 o anúncio de sua iniciativa para conter a agressão à Síria, depois de se criar um contexto de contatos às margens daquela reunião, e depois de duas visitas sucessivas dos ministros de Relações Exteriores do Irã e da Síria, nos quais se acertaram detalhes de um acordo com os russos, que incluía o anúncio, pela Síria, de que aceitava pôr suas armas químicas sob supervisão internacional e preparar a Síria para assinar o tratado de não proliferação de armas químicas.

    Por fim, aquela fonte diplomática comentou que:

    (…) um dos primeiros resultados do confronto militar EUA-Rússia foi a rejeição, na Câmara dos Comuns britânica, de qualquer envolvimento na guerra contra a Síria. Em seguida vieram as posições europeias, todas na mesma direção, a mais significativa das quais foi a da chanceler alemã Angela Merkel.

    retirado do redecastorphotos

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