A Rússia entregou ao Conselho de Segurança da ONU evidências do uso repetido de armas químicas por parte de militantes rebeldes sírios. O anúncio aconteceu nesta quarta-feira, 11, durante uma reunião da Duma (câmara baixa do parlamento russo), pelo presidente da Comissão dos Negócios Estrangeiros da câmara, Alexei Pushkov.
Segundo ele, as armas químicas devem ser proibidas, mas ressaltou que não é só o governo sírio que as possui, mas os rebeldes também utilizaram o armamento diversas vezes. Puskov ainda afirmou que existe o perigo de acontecerem provocações com a intenção de bloquear a iniciativa russa sobre o arsenal tóxico sírio.
Durante uma discussão plenária na Duma sobre o projeto de apresentar uma declaração sobre a Síria nesta quarta-feira, um dos deputados questionou a possibilidade de países terceiros serem atraídos para o conflito após as provocações com o uso de armas químicas. Puskov afirmou que, sem dúvida, este risco existe, e que há informações de que a oposição síria estuda a ideia de realizar um ataque contra o território de Israel para culpar o governo sírio.
O presidente da comissão dos negócios estrangeiros da Duma observou que muitos atores envolvidos no conflito, não só os Estados Unidos, estarão interessados em atrapalhar os planos da Rússia de botar as armas químicas sob o controle internacional. Puskov afirmou que é sabido que nos governos árabes existem forças que consideram o cenário de guerra como o único possível, por isso não dá para excluir a possibilidade de novas provocações.
Para o deputado, pode-se esperar uma deterioração significativa da situação, justamente porque a Rússia propôs uma solução pacífica, que pode ser uma saída real da crise e que fura os planos dos Estados Unidos de realizar um ataque militar contra a Síria.
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