Militares nos Estados Unidos questionam lançar ataques aéreos contra a Síria

A maioria dos militares em serviço ativo nos Estados Unidos, 75%, questionam a necessidade de lançar ataques aéreos contra a Síria, segundo uma pesquisa divulgada nesta quarta-feira pelo jornal Military Times.

O jornal, que entrevistou cerca de 750 militares na segunda-feira e terça-feira, assinalou além disso que cerca de 80% não acreditam que uma intervenção dos EUA na guerra civil síria beneficie os interesses nacionais americanos.

Uma pesquisa do jornal The Washington Post e da rede ABC apontou na segunda-feira que 64% da população geral se opõem a uma intervenção militar na Síria como castigo pelo suposto uso de armas químicas por parte do regime de Bashar al-Assad.

“Os resultados indicam que a população entre os militares pode ser mais intensa do que entre a população em geral”, comentou o jornal, que reconheceu que sua pesquisa foi feita com um número muito restrito de soldados e oficiais.

“Para muitos soldados o dinheiro é uma consideração chave”, acrescentou o artigo. “Os militares questionam o custo de um bombardeio na Síria quando há cortes de despesas que afetam seus salários e seus benefícios”.

O debate em torno de uma possível ação militar na Síria, que o governo de Barack Obama até tem sobre a mesa apesar ter dado uma oportunidade a uma proposta diplomática russa, também revela, segundo o jornal, “um veto entre as tropas cansadas de guerra que passaram mais de uma década em operações”. “O povo está farto”, disse o tenente comandante Jeffrey Harvey, do Estaleiro Naval de Newport News, na Virgínia, citado pelo jornal.

EFE

Fonte: Terra

10 Comentários

  1. Tão é com medo dos S 400 e dos S 300

    estão é certos

    quem quer arriscar a pele pros fabricantes de armas trocarem de carros?

    • Rafa_positron,

      Existem formas de se driblar defesas aéreas; e isso inclui os S-300 ( se é que foi mesmo entregue… ). Não há sistema invulnerável… O problema não é esse…

      A questão é: praticidade… Não faz sentido algum gastar bilhões de dólares em um ataque que no final não servirá de muita coisa… Ademais, a própria população americana já está cansada por conta das campanhas militares recentes… E sem apoio popular, não se faz guerra…

    • “Tão é com medo dos S 400 e dos S 300”

      Eu acho que começar uma guerra onde se gastará bilhões e arriscará a vida de cidadão americanos é uma coisa bem mais complexa do ter medo de SAMs S-300 ou 400.

      Embora possam parecer sistemas formidáveis meia dúzia de baterias não seriam suficentes para amedrontar os americanos e eus aliados.
      Existem várias formas e táticas para despistar, enganar e destruir esses SAMs,

      Não é uma boa analisar as guerras em nível de plataformas A vs B, o
      mais correto é analisar como um confronto de sistemas. E nesse ponto
      o sistema de combate que os americanos possuem está anos luz do que qualquer coisa que a Síria possa montar.

      Claro que os S-300 e S-400 podem derrubar algumas aeronaves, talvez até um caça Stealth, mas mesmo assim não será suficiente para impedir que os americanos acabem com eles em poucos dias.
      Dizer que eles tem “medo” é uma analise muito pobre da situação.

      Se os americanos decidirem ou não atacar será por motivos geopolíticos, políticos internos e econômicos, nada a ver com ter medo de S-400.
      Além do mais a rússia mal começou a produzir esses mísseis para o seu próprio arsenal é pouco provável que tenham estoques de S-400 para venda.

    • Acredito que não é medo da defesa e dos tais S 300.
      A questão é a seguinte: econômica. Tudo começa com a vontade de se tomar conta e roubar o que é dos outros. Obama atirou o o anzol mas a comunidade internacional não caiu de boca. Então tentou-se desviar o discurso para um ataque sem invasão que na realidade nunca foi de interesse de ninguém, nem dos EUA.
      Questão de lógica, por que se faz uma agressão, uma guerra? Se faz para invadir fisicamente o território, com tropa, com poder, seja para aniquilar com o inimigo ou para saquear suas riquezas, ou as duas coisas. Com o passar do tempo este tal ataque preventivo não faz sentido nenhum, além disso Assad deixou claro que iria respingar pra tudo que era lado. Moral da história: ou os EUA vão pra cima com invasão do território, com descrédito e antipatia do próprio povo e opinião internacional, com exceção de alguns países capachos ou simplesmente não vão fazer nada. Custa muito caro um ataque, dito preventivo, sem poder saquear a Síria ou ainda sem aniquilar seu governo e correr o risco de países capachos dos EUA sofrerem agressões, até mesmo com armas químicas, já que Assad as tem e que não é blefe.

  2. Antes de entrar numa guerra é preciso criar uma opinião pública favorável a ela… uma tragédia, um ataque, corpos, ser vítima … sempre mais do mesmo.

  3. Os soldados americanos devem é estar muito P…s da vida pois muitos de seus colegas perderam a vida ou foram mutilados no Afeganistão lutando justamente contra os mesmos “mercenários” que estão sendo financiados para tentar derrubar o governo Sírio! … O governo americano deve estar percebendo a M.. que fez na Síria pois pode ter o revés de ter revoltas internas e grandes perdas políticas… justamente por esta incoerência sórdida que estão cometendo no oriente médio.

  4. Bom, primeiramente, está claro que a situação política dentro dos EUA não é mais a mesma, eles estão claramente divididos, e outra, realmente não tem porque eles intervirem na Síria, uma vez que custaria muito caro, em um campo que com certeza os prejuízos seriam absurdos (só na guerra do Iraque e Afeganistão estima-se um prejuízo de mais de 80 bilhões de dólares, isso fora a manutenção da guerra), e claro, concordo com o Rafa no ponto em que enfrentar a tecnologia anti-aérea russa é burrice, uma vez que eles são um dos melhores, senão os melhores no mundo nesse ramo.

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