Defesa & Geopolítica

É DO JOGO POLÍTICO DE BRASIL E EUA, DOIS PLAYERS QUE SE LEVAM A SÉRIO!

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EUA x Brasil: os EUA estão no seu papel de contra-espionar a todos, inclusive o Brasil. Trata-se de segurança nacional dos EUA; e  Brasil x EUA: caças dos EUA e assento permanente no conselho de segurança da ONU, são as moedas de trocas contra a violação constitucional da soberania brasileira

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“É do jogo político de Brasil e EUA, “dois players”  que se levam a sério.

EUA: Acerca de 2,5 mil quilômetros do Recife (PE), numa região inóspita do Atlântico Sul, existe uma pequena ilha de colonização britânica chamada Ascensão.

É dessa pequena ilha que os técnicos da NSA , uma das agências de inteligência dos Estados Unidos, vêm “espionando”  as conversas da Presidente Dilma Rousseff e de alguns de seus ministros mais próximos.

Brasil:  A Presidente Dilma pode manter a visita de Estado a Washington, em outubro próximo, ainda que não a satisfaçam as alegações do Presidente Barack Obama sobre a espionagem dos seus telefones e emails.

Dilma tem na manga os caças F-18 da Boeing  que os EUA querem vender ao Brasil, e trabalha de forma enfática , também, no apoio formal dos EUA pelo assento permanente do Brasil no Conselho de Segurança da ONU .

O “degelo”  pode ser bom para ambos os lados.”

 

Como eles espionam?

 

Claudio Dantas Sequeira e Josie Jeronimo

Foi a partir da ilha de Ascensão, a 2,5 mil quilômetros do Recife, que agentes de Barack Obama conseguiram bisbilhotar conversas telefônicas e trocas de e-mails da presidenta Dilma Rousseff

Acerca de 2,5 mil quilômetros do Recife (PE), numa região inóspita do Atlântico Sul, existe uma pequena ilha de colonização britânica chamada Ascensão. É lá que os agentes de Barack Obama captam aproximadamente dois milhões de mensagens por hora. São basicamente conversas telefônicas, troca de e-mails e posts em redes sociais. É dessa pequena ilha que os técnicos da NSA, uma das agências de inteligência dos Estados Unidos, vêm bisbilhotando as conversas da presidenta Dilma Rousseff e de alguns de seus ministros mais próximos, segundo especialistas ouvidos por ISTOÉ na última semana.

A ilha de Ascensão tem apenas 91 quilômetros quadrados e seria irrelevante se não estivesse numa posição estratégica, a meio caminho dos continentes africano e sul-americano. Ao lado de belas praias, sua superfície abriga poderosas estações de interceptação de sinais (Singint), que se erguem como imensas bolas brancas. Elas integram um avançado sistema de inteligência que monitora em tempo real todas as comunicações de Brasil, Argentina, Uruguai, Colômbia e Venezuela e fazem parte de um projeto conhecido como Echelon (leia quadro à pág. 46), que envolve, além dos Estados Unidos, Reino Unido, Nova Zelândia, Austrália e Canadá.

O indicativo mais forte de que a invasão de Obama nas conversas da presidenta Dilma e seus ministros se deu a partir da ilha está nos próprios documentos exibidos por Edward Snowden, denunciando o esquema. Neles, lê-se, na parte inferior, o grau de classificação “top secret” (ultrasecreto), o tipo de documento Comint/REL (comunicação interceptada) e sua divulgação (USA, GBR, AUS, CAN, NZL), exatamente as siglas que indicam os países do sistema Echelon. “Há um alto grau de probabilidade de que a NSA já tenha entrado não apenas no sistema de comunicações da presidenta, mas em todos os sistemas nacionais críticos”, alerta o consultor em segurança Salvador Ghelfi Raza, que já trabalhou para o governo de Barack Obama.

As antenas da ilha de Ascensão conseguem captar as mensagens logo depois de serem produzidas, antes mesmo que elas cheguem aos satélites para serem distribuídas. Uma vez recolhidas, as informações são lançadas em um gigantesco computador instalado no Fort Meade, em Maryland, nos EUA. Lá, são processadas em um programa chamado Prism (Prisma), que localiza, por intermédio de palavras-chaves, aquilo que os bisbilhoteiros procuram, entre os milhões de dados recebidos por hora. A partir daí as informações são submetidas a um outro programa, que quebra a criptografia. Ainda em Maryland, computadores traduzem as informações coletadas. Feita a análise, o que for de interesse do governo americano será distribuído aos agentes espalhados por todo o mundo para continuar o serviço de monitoramento. Muitas vezes empresas americanas ligadas à telefonia e à internet são acionadas para informações complementares. Com acesso à rede, por um técnico autorizado, é possível captar todo o tráfego de dados, sejam arquivos de vídeo, sejam fotos, trocas de mensagens ou chamadas de voz sobre IP.

A cooperação de grandes corporações, como Microsoft, Google, Facebook ou mesmo os gigantes da telefonia, Verizon e At&T, é fundamental para o funcionamento da rede da NSA. Documentos vazados pelo WikiLeaks mostram ainda que os EUA contam com dezenas de empresas de segurança da informação, num total de 1,2 milhão de técnicos, agentes e autoridades. Na ilha de Ascensão, que serviu à Inglaterra na Guerra das Malvinas, também estão instalados o serviço de inteligência criptológica britânico (GCHQ), estações de monitoramento de testes nucleares e uma das duas estações da emissora de rádio “The Counting Station”, apelidada de “Cynthia”, pela qual a CIA se comunica com seus agentes secretos espalhados pela América do Sul e África.

Foi a partir de 11 de setembro de 2011, com George W. Bush e o início da guerra ao terror, que a Casa Branca determinou uma modernização completa da base de Ascensão. Desembarcaram na pequena ilha voos regulares com supercomputadores, novas estações de monitoramento e uma vasta gama de equipamentos de ponta. O contingente de agentes da NSA cresceu cinco vezes e foi acompanhado por esforços britânicos no mesmo sentido.

Ao assumir em 2009, Barack Obama determinou uma revisão completa da política de cyberdefesa, que ele classificou como “o mais sério desafio econômico e de segurança nacional” que os EUA deveriam enfrentar como nação. Para o democrata, era necessário promover um salto tecnológico e estratégico em toda a infraestrutura de comunicações e informação. Logo ele nomeou um comitê executivo, integrado por representantes governamentais e do setor empresarial, e um coordenador, o cyberczar, com livre acesso a seu gabinete e com quem passou a despachar diariamente.

Hoje, a NSA é a agência principal do sistema de inteligência americano. Abaixo dela estão outras 18, inclusive a velha CIA. Embora muitos acreditem que o Echelon seja coisa do passado, a verdade é que ele foi atualizado e sua plataforma de operação digital é a base da atual defesa cibernética, que não respeita limites na realização de seus objetivos estratégicos, políticos e comerciais.

Fonte: ISTOÉ via Defesa Aérea & Naval (DAN) 

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CAÇAS DOS EUA: MOEDA DE TROCA NA ESPIONAGEM

Cláudio Humberto

 

É do jogo político: Dilma pode manter a visita de Estado a Washington, em outubro, ainda que não a satisfaçam as alegações do presidente Barack Obama sobre a espionagem dos seus telefones e emails.

Dilma tem na manga os caças F-18 que os EUA querem vender ao Brasil, e não quer perder a disputa pelo assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.

O “degelo” pode ser bom para ambos os lados.

Fonte: Diario do Poder 

Leia também:

BRICS COMPARAM ESPIONAGEM A TERRORISMO

“O tema da espionagem feita pela Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos sobre vários países também esteve em pauta no encontro do grupo de países que ficou conhecido pelo acrônimo Brics (Brasil, Rússia, Índia e China) na tarde de quinta-feira (05/09/2013).

Durante a reunião, chegou-se a comparar a espionagem cibernética a assuntos internos dos países do grupo a terrorismo. Foi o que disse Dmitri Peshkov, porta-voz do presidente russo Vladimir Putin.

Perguntado sobre a declaração do assessor de Putin, o porta-voz da Presidente Dilma Rousseff, Thomas Traumman, não confirmou, mas tampouco desmentiu a informação. Por e-mail, limitou-se a dizer que, “ao final da reunião dos Brics, a presidenta fez um breve relato aos chefes de Estado sobre o episódio da espionagem americana.”.

Além do Brasil, Rússia e China também foram alvo de espionagem, de acordo com documentos vazados pelo ex-analista de inteligência Edward Snowden.”

Brics comparam espionagem a terrorismo

Porta-voz de Putin diz que países do grupo expressaram descontentamento com fato

Vivian Oswald, enviada especial a São Petersburgo, Rússia (Email · Facebook · Twitter)

Publicado: 5/09/13 – 21h33 Atualizado: 5/09/13 – 21h36

SÃO PETERSBURGO – O tema da espionagem feita pela Agência Nacional de Segurança (NSA) dos Estados Unidos sobre vários países também esteve em pauta no encontro do grupo de países que ficou conhecido pelo acrônimo Brics (Brasil, Rússia, Índia e China) na tarde desta quinta-feira (05/09/2013). Durante a reunião, chegou-se a comparar a espionagem cibernética a assuntos internos dos países do grupo a terrorismo. Foi o que disse Dmitri Peshkov, porta-voz do presidente russo Vladimir Putin.

— Foi mencionado que os países expressaram descontentamento com o fato de a espionagem digital ter sido usada para espionar assuntos internos dos Brics. Os líderes consideram esse tipo de espionagem similar a terrorismo. A liberdade de internet não deveria se transformar numa ameaça aos países — afirmou Peshkov, em briefing à imprensa internacional após o encontro, reiterando a informação minutos depois aos jornalistas brasileiros.

Perguntado sobre a declaração do assessor de Putin, o porta-voz da presidente Dilma Rousseff, Thomas Traumman, não confirmou, mas tampouco desmentiu a informação. Por e-mail, limitou-se a dizer que, “ao final da reunião dos Brics, a presidenta fez um breve relato aos chefes de Estado sobre o episódio da espionagem americana. Logo depois da intervenção, a reunião foi encerrada, os líderes posaram para a foto oficial e se encaminharam para a abertura do G20”.

Além do Brasil, Rússia e China também foram alvo de espionagem, de acordo com documentos vazados pelo ex-analista de inteligência Edward Snowden. Reportagem do jornal “The Washigton Post”, do último fim de semana, revelou que os EUA conduziram 231 ciberataques contra China, Rússia e Coreia do Norte apenas em 2011.

Snowden ficou mais de cinco semanas no aeroporto Sheremetyevo, em Moscou, até que, em 1º de agosto, o governo russo concedeu-lhe asilo temporário de um ano.

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