“Se por um lado compartilhamento energético do Brasil com países vizinhos na troca de energia elétrica e de gás gera segurança e reduz a necessidade de investimentos internos, a instabilidade política e a falta de respeito aos contratos provoca problemas ao Brasil.
Para Adriano Pires, presidente do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), estas parcerias tem “racionalidade econômica, mas não política”.
— Os latino-americanos têm a tradição de quebrar contratos e os países vizinhos abusam da generosidade do Brasil, que cede por questões geopolíticas.
Segundo Roberto D”Araujo, do Ilumina, diz que o país tem aprendido com estes problemas, mas ele não vê o “acordo com Suriname e Guiana” como estratégico:
— O Norte não demanda tanta energia, seria melhor avançar na integração ao Sul, com a Argentina.”
Pressão de Bolívia e Paraguai
Por Henrique Gomes Batista para O Globo
Embora seja visto por especialistas como melhor caminho econômico, o compartilhamento energético do Brasil com países vizinhos é marcado por polêmicas e disputas. Se por um lado a troca de energia elétrica e de gás gera segurança e reduz a necessidade de investimentos internos, a instabilidade política e a falta de respeito aos contratos provoca problemas ao Brasil.
As duas grandes parcerias energéticas foram motivo de tensão. O caso mais emblemático é Itaipu, a hidrelétrica binacional feita com o Paraguai. Pelo acordo, cada país tem direito à metade da energia produzida pela gigante, mas, como isso é mais que suficiente ao país vizinho, o Brasil constantemente compra grande parte dos megawatts que são dos paraguaios. E sempre há polêmicas sobre o preço desta energia. O próximo embate está marcado para 2019, quando haverá a revisão do atual contrato. Outra polêmica foi com a Bolívia, que após a posse de Evo Morales resolveu alterar os preços e as condições da venda de gás que o país faz ao Brasil.
Para Adriano Pires, presidente do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), estas parcerias tem “racionalidade econômica, mas não política”.
— Os latino-americanos têm a tradição de quebrar contratos e os países vizinhos abusam da generosidade do Brasil, que cede por questões geopolíticas.
Roberto D”Araujo, do Ilumina, diz que o país tem aprendido com estes problemas, mas ele não vê o “acordo (*) com Suriname e Guiana” como estratégico:
— O Norte não demanda tanta energia, seria melhor avançar na integração ao Sul, com a Argentina.
Fonte: O Globo, Economia, Página 31, Domingo, 08/09/2013 via Boletim Informativo Curupira
Pingback: BRASILIANISTAS AMERICANOS, RIORDAN ROETT X JAMES GREEN