Parlamento rejeita ação militar britânica na Síria

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O Parlamento britânico rejeitou uma possível ação militar contra o regime de Bashar Al-Assad com o objetivo de impedir o uso de armas químicas na Síria.

Uma moção do governo que propunha ação foi derrotada nesta quinta-feira por 258 votos contra 272.

O premiê David Cameron disse que ficou claro que o Parlamento não quer a intervenção e que, por isso, “o governo agirá de acordo com a decisão”.

Na prática, a decisão exclui a possibilidade de envolvimento britânico em possíveis ataques à Síria liderados pelos Estados Unidos.

Os Estados Unidos afirmaram que continuarão em contato com o governo da Grã-Bretanha – “um aliado e amigo muito próximo”.

A Casa Branca afirmou que o processo de decisão do presidente Barack Obama continuará sendo guiado pelo que for melhor para os interesses dos EUA e que ele acredita que países que violam normas internacionais relacionadas a armas químicas têm que ser responsabilizados.

A coalisão governista havia proposto a ação militar desde que baseada em evidências fornecidas pelos inspetores da ONU sobre o uso de armas químicas pelo governo sírio contra a população.

O veto à moção é um golpe na autoridade de David Cameron, que já havia suavizado uma proposta inicial do governo em resposta a demandas do Partido Trabalhista por mais evidências da culpa de Assad no ataque químico.

Os trabalhistas também tiveram sua própria moção sobre o assunto rejeitada pelo Parlamento por 114 votos. Ela exigia “evidências convincentes” da participação de Assad para autorizar a ação militar.

O secretário de Defesa, Philip Hammond, confirmou que a Grã-Bretanha não se envolverá na ação militar, mas disse acreditar que ela deve acontecer apesar da ausência britânica.

“Eu espero que os Estados Unidos e outros países continuem procurando respostas para o ataque químico”, disse.

“Eles ficarão desapontados com o fato de que a Grã-Bretanha não se envolverá. Eu não espero que a falta da participação britância irá impedir qualquer ação”.

Relação com os EUA

Hammond afirmou que ele e Cameron ficaram “desapontados” com o resultado na votação na Câmara Baixa – que em sua opinião pode prejudicar as relações de Londres com Washington.

“Os americanos entendem o processo do Parlamento. Talvez eles tenham ficado surpresos com o tamanho da oposição.”

Philip Hammond, secretário de Defesa da Grã-Bretanha

“Isso certamente criará alguma tensão no relacionamento especial”.

“Os americanos entendem o processo do Parlamento. Talvez eles tenham ficado surpresos com o tamanho da oposição”, disse.

Hammond havia sido criticado pela manhã por afirmar que o líder do Partido Trabalhista Edward Miliband “ajudou” o regime de Assad ao se recusar a apoiar Cameron.

Questionado se todos os parlamentares que votaram contra a moção também haviam socorrido Assad, o secretário afirmou: “Colocaram palavras na minha boca. O regime de Assad ficará um pouco menos desconfortável nesta noite devido ao resultado dessa votação parlamentar”.

Ele culpou a guerra no Iraque em 2003 por influenciar de forma negative a opinião pública contra intervenções militares britânicas no Oriente Médio.

O porta-voz da oposição para assuntos diplomáticos Douglas Alexander atribuiu a derrota governista a ações tomadas por Cameron e por seu vice, Nick Clegg, no período que antecedeu a votação.

A editora política do programa Newsnight, da BBC, afirmou que os governistas podem ter perdido a votação por causa de parlamentares conservadores que votaram contra o governo.

14 Comentários

  1. O parlamento grita por sua renúncia camarão, é fácil fazer guerra com o rabo dos outros na reta né ??? Sobrou o Atlântico Sul pra vc pagar de machão .

    Sábia decisão dos parlamentares britânicos … rara lucidez .

  2. LUCENA.
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    Essa é uma coisa que se deve pensar;isso se deve a muitos fatores,desde a bisbilhotice dos EUA pelo mundo a fora,dos escândalos recente com a imprensa inglesa isso sem falar dos precedentes da guerra do Iraque em que o parlamento britânico se sentiu manipulado pelo ex-primeiro ministro Tone Blair,quando este mentiu.
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    O único perigo são as novas ofensivas dos terroristas internacional,os mesmo que jogaram o gás pois,deverão orquestrara coisas piores do que esse ocorrido na Síria e de monta igual ou superior do que o 11 de setembro nos EUA.
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    Pois a Al quaeda fora criada pela CIA através do Bin Ladem e que hoje sempre os falcões do Establishment americano, astutamente buscaram nas ações daquele grupo, “justificar” as suas ações maléficas contra a civilização contemporânea.

    • LUCENA
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      “(…)Hammond afirmou que ele e Cameron ficaram “desapontados” com o resultado na votação na Câmara Baixa – que em sua opinião pode prejudicar as relações de Londres com Washington. (…)”

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      Quem vê hoje a Inglaterra e a dos livros de história,são bem distintas,e hoje não passa de uma potência de 5° categoria,na melhor das hipóteses,um fantoche nas mãos do todo poderoso Establishment americano.

  3. KD os bostéricos !
    Calma peidabundarios !
    A Rainha esta mais preocupada com o rachionamento de saquinhos de chá e cubinhos de açúcar.
    Ate Israel que mais incita uma invasão a Siria peidou na farofa.
    Agora se os EUA e a segregacional França não tomarem uma atitude ficarão desmoralizados.
    O que dizer da Arabia Saudita heim onde a qualquer momento estoura revolta popular que sera reprimida violentamente e contara com total apoio Ocidental.
    Ah Arabia Saudita nutridora de bombas de gasolina Europeias e Ocidentais,que importa-se mais com a moeda Chinesa kkkkk.
    Ate a manobra para derrubar moedas emergentes pensando assim manipular economias é apenas marolinha perto do tsunami que vem encima de economias Ocidentais.
    Sabios seriam se soubessem negociarem diplomaticamente antes que o baita supusitorio de carne lhes rasguem as nadegas.
    Ao final o que eu já sabia,todos de quatro diante do poderio Russo mendigando centavos Chineses kkkkk.
    Cambada de babacas.

  4. O que me deixa mais triste é ver que a França está querendo tomar o lugar da Inglaterra como fantoche numero 1 dos desvarios dos EUA

    Uma pena… não é mais a França de De Gaule, de François Miterrand …

    uma pena mesmo………….

    • Kkkkkk, tá tristinho Rafitcho? 🙂

      Uai mas o governo da França é “socialista” como o daqui!

      Olha lá hein menino, se alguém do Foro te pega falando mal dos “parceiros estratégicos” franceses vai dar merda isso aí hein??? 🙂

      Vai perder o “bolsa-comentário” hein? 😉

      Kkkkkkkkkk, ai ai ai, vocês são tão ridículos e contraditórios que só rindo muuuuuuito mesmo… 🙂

      • Pois é Vaderucho

        Eu recebo bolsa comentário

        E vc recebe BAG BANANA

        É vida, filho……………

        É a vida

        É noiz!

      • Aahuahuahuhauhauhauha

        Olha quem fala em contradição…..

        Voce ja quebrou tanto a cara que fica até difícil juntar os cacos eim?

  5. O Reino Unido é uma democracia de verdade, e democracias de verdade funcionam assim.

    Mas ainda acho que assim que os inspetores da ONU apresentarem seu relatório e a casa cair de vez pro Assad os britânicos voltam atrás.

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