Futuro de sistemas de defesa aérea

 

Concepção do veículo lançador do sistema S500 Almaz.
Concepção do veículo lançador do sistema S500 Almaz.

Ilia Kramnik

Apesar da orientação geral em aviação do Salão Aerospacial Internacional (MAKS na sigla russa), o tema da defesa aérea no show está tradicionalmente representado muito amplamente. A principal produtora russa de sistemas de defesa aérea, a empresa Almaz-Antei, vai apresentar no MAKS uma série de novos produtos que brevemente deverão entrar em serviço militar. Está planejado atualizar toda a linha de sistemas de defesa aérea – desde os de alcance extra longo até os de alcance muito curto.

Vityaz e não só

A principal novidade da exposição da empresa será um promissor sistema antimíssil de médio alcance S-350E, também conhecido como Vityaz. Este sistema deverá substituir em serviço o S-300 de modificações obsoletas de fabricação soviética, assim como, em parte, os sistemas de mísseis antiaéreos Buk. Em junho deste ano, o sistema foi demonstrado ao presidente russo Vladimir Putin durante sua visita à fábrica Obukhov em São Petersburgo.

O sistema antimíssil S-350E é um sistema de defesa local, destinado a defender de ataques aéreos assentamentos humanos, empresas industriais, instalações militares importantes. Além disso, o dispositivo de lançamento vertical típico de sistemas da Almaz-Antei combinado com um potente radar multifunção de monitoramento circular permite ao sistema repelir como rapidez ataques provenientes de qualquer direção, o que o distingue de seus concorrentes com lançadores inclinados (incluindo os sistemas de defesa aérea norte-americanos Patriot). Assim, devido ao design atualizado do sistema e do uso de mísseis mais recentes da família 9M96 a reserva de munição aumentou dramaticamente – um lançador agora acomoda 12 mísseis em vez de quatro.

O Vityaz permitirá entender a arquitetura geral de sistemas promissores. Sabe-se que soluções técnicas semelhantes estão sendo utilizadas no desenvolvimento do sistema antimíssil promissor de alcance super curto Morfei, que também deve ser equipado com um lançador vertical, e graças ao uso de pequenos mísseis 9M100 sua munição será superior a 30 mísseis por cada unidade de combate. A tarefa de Morfei será a de proteger os sistemas antimíssil “maiores” contra ataques, incluindo o uso de mísseis de cruzeiro e veículos aéreos não tripulados, e seu grande pacote de munição permitirá uma bataria desses sistemas de organizar uma defesa mesmo contra um ataque maciço.

No show MAKS serão demonstrados também modelos de produção: S-400, Antei-2500, diferentes versões do sistema antimíssil Tor, etc. A possibilidade de escolha entre uma grande coleção de sistemas permite que o cliente, seja o Ministério russo da Defesa, ou um parceiro estrangeiro, escolha um sistema de defesa requerido de configuração desejada dentro de suas capacidades financeiras, recebendo-o de “chave na mão” completamente montado.

Para a Rússia, isso significa, acima de tudo, a possibilidade de ajuste flexível da defesa aérea tendo em conta cada local particular. As gandes áreas e distâncias da Rússia permitem formar zonas de defesa aérea entreligadas, criando nos prováveis rumos de ataque a áreas críticas uma defesa de várias camadas. Em condições de desenvolvimento ativo de meios de ataque aéreo, as capacidades de meios de defesa aérea vão se tornar cada vez mais relevantes.

5 Comentários

    • Entretando, na Banânia PuTênfia (não sabe para onde vai – está estruturando uma defesa aérea estilo WW2 com caças a hélice – também dizem que a 50 anos está tentando um tal voo sub-orbital), estagnada no SéculoXX, há milhares de entendidos que juram de pés juntos, ao eterno Deus ForevisM, que isso são exageros bélicos, necessários apenas para os outros, e não só desnecessários para ela, como também inacessíveis para sua economia, uma das dez maiores do planeta.

      E tem um papo por aí dizendo que este país duvida que já passamos o ano 2000. E ao invéz da construção de um ferroanel percorrendo todo o país, seu governo, está se dedicando e todo empenhado na construção bilionária de vários estádios de futebol para uma minoria de sua população, para muito mais futebol neste novo século.

      É, o negócio é assistir o que os outros não param de desenvolver.

      • Esse governo bolivariano nosso as vezes me passa a impressão de não querer desenvolver o país por medo de criar invejas na américa latrina… não dá pra ser mais incompetente ou irresponsável que esses esquerdalhas que estão no poder desde 85… nem a Zâmbia desperdiça tantas oportunidade como o governo brasileiro das ultimas décadas…

  1. Sr.Caruso,
    .
    Muito bem dito,o programa FX-2 brasileiro de 4° Geração,já de cara é totalmente obsoleto e se demorar demais ficara mais caro para o Brasil pois, as novas tecnologia como o de 5° geração,é a mais pura realidade na Russia e na China onde lá os de 5° Geração voam e estes já pensam no de 6° geração.

  2. Pessoal,

    Concordo que a quarta geração de caças estará já se tornando obsoleta, contudo…

    Diante das ameaças hoje apresentadas no mundo, me arrisco a dizer que em cerca de 90% das situações uma aeronave de geração 4.5 irá bastar por pelo menos mais uns 20 anos, desde que utilizado em razoável quantidade… Evidente que convém ser utilizado em conjunto com aeronaves de quinta geração, mas aeronaves desse tipo ainda serão boas o bastante, servindo como força bruta para complementar o poder de ataque mais limitado de uma aeronave stealth…

    Quanto a sistemas de defesa aéreos, ataques de saturação, empregando enorme quantidade de mísseis e iscas, podem gerar efeitos satisfatórios… Assim sendo, é perfeitamente possível para uma aeronave de geração 4.5 lograr êxito contra sistemas de defesa aéreo ( se dotada de armamento de bom alcance ). E serão poucos os países no mundo que serão capazes de dispor de um sistema de defesa dotado de tipos realmente avançados…

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