Cifra é a maior registrada em um mês desde 2008; intensificação da insurgência sunita explica aumento
Mais de mil iraquianos foram mortos em episódios de violência no país somente em julho, maior cifra em um mês desde 2008, disse a ONU nesta quinta-feira (1º), em meio à intensificação da insurgência sunita contra o governo dominado pelos xiitas.
A maioria das 1.057 vítimas era composta por civis atingidos pela incessante série de atentados a bombas e tiros, em uma situação que leva alguns iraquianos a temerem mais uma guerra no país.
A capital Bagdá foi a mais afetada, com 238 mortos. O número, segundo a ONU, superou em muito o mês de junho, quando 761 foram mortos.
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“Não víamos números assim há mais de cinco anos, quando a ira cega do conflito sectário que infligiu feridas tão profundas a este país estava finalmente amainando”, disse em nota Gyorgy Busztin, representante interino da ONU no Iraque.
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Ele pediu aos líderes iraquianos que ajam de forma rápida e firme para conter o “insensato derramamento de sangue” e impedir um retorno aos “dias sombrios” de 2006 e 2007, quando mais de 3 mil chegavam a ser mortos por mês.
Nos últimos anos, a violência diminuiu, e o sólido aumento da produção petrolífera deixou o país mais rico. No entanto, a guerra civil na vizinha Síria inflamou as tensões sectárias em toda a região e revigorou os insurgentes sunitas do Iraque, o que inclui a Al-Qaeda. Desde o começo do ano, o número de mortos em ataques militantes no Iraque já chega a 4.137.
Com Reuters e AP
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