General brasileiro prepara ação inédita de tropas da ONU no Congo

gen_santos_cruzLuis Kawaguti

Enviado especial da BBC Brasil a Goma (República Democrática do Congo)

O general brasileiro Carlos Alberto dos Santos Cruz está usando tropas da ONU para isolar uma das principais cidades do leste da República Democrática do Congo e defendê-la de grupos armados.

O brasileiro foi escolhido recentemente pela ONU para combater os mais de 50 grupos armados que atuam no leste do país.

Santos Cruz chefia uma tropa internacional de 20 mil homens, a maioria de países da África e Ásia, além de uma brigada especial elaborada para lutar contra os rebeldes.

O general brasileiro Carlos Alberto dos Santos CruzGeneral diz que proteção de civis e de pessoal da ONU é prioridade da tropa internacional

A unidade foi criada a partir de um mandato sem precedentes na história das missões de paz. Ele autoriza os capacetes azuis a lançar missões de ataque com armas pesadas e usar todos os meios necessários para neutralizar os grupos armados do país.

“O mandato é bem claro nas prioridades: a proteção de civis, a proteção do pessoal da ONU, isso é fundamental, e nós vamos utilizar no limite todos os recursos, todos os meios, toda a força disponível para responder a qualquer agressão que se tenha aos civis, à população ou às Nações Unidas”, disse o general à BBC Brasil. “A nossa tolerância é zero, vamos utilizar nossos recursos no limite, sem dúvida nenhuma.”

Até agora, não há tropas brasileiras integrando a missão.

Uma das maiores tarefas de Santos Cruz hoje é defender Goma, um dos principais focos de conflito no país, contra os rebeldes do M23. Para isso, ele instalou um cinturão de trincheiras e fortificações nas montanhas que circundam a cidade.

Os militares que fazem guarda nessas posições têm ordem para disparar caso grupos armados se aproximem.

O M23 é formado por ex-militares treinados que desertaram das Forças Armadas levando grande quantidade de armamento pesado. Eles fazem oposição ao governo e teriam recebido financiamento de Ruanda, segundo relatórios da ONU.

Quilômetros ao norte da cidade, rebeldes e tropas do governo se enfrentam em uma forte campanha militar iniciada no último dia 14. Enquando a luta não atinge populações civis ou estruturas da ONU, os capacetes azuis apenas observam o conflito à distância.

Fonte: BBC Brasil

7 Comentários

  1. Se o General Santa Cruz requisita-se tropas Brasileiras poderíamos levar o Super Tucano contra os insurgentes seria de grande valia até seria uma boa prova de fogo
    Para o avião da EMBRAER saindo-se bem ajudaria em sua divulgação e acabaria de vez com o concorrente Americano, enquanto tempo poderíamos deslocar um esquadrão de aeronaves
    Com todos os equipamentos e armamentos?

  2. É só assim que se ganha experiencia, e como eu queria participar desse tipo de missão. Aliás, a falta de missões reais é um dos fatores que levam muitos soldados largarem o exercito e irem para a PM.
    Em outras palavras para o bom soldado essa missão da ONU é um sonho maravilhoso.

  3. SE ganha experiencia morrendo kkkk, na boa espero que tenha açao desta vez , os caras estao fazendo pik nik no haiti ,desta vez os caçadores terao o prazer de abater algumas presas covardes que adoram aterrorizar civis,pena que nao sao cumunistas !

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