França reduz compra de Rafale; e aposta nas exportações para manter a linha de produção aberta

rafale

Tradução e  Adaptação E.M.Pinto

A França vai reduzir pela metade as suas compras dos caças Dassault Rafale ao longo dos próximos seis anos e está contando com as vendas no exterior para manter as linhas de produção da aeronave.

Autoridades francesas dizem que entre os potenciais clientes a Índia, Qatar, Malásia, Emirados Árabes Unidos e Brasil.

O governo Frances está esforçando-se para conter os gastos públicos, mas deixou claro que não haverá nenhuma mudança na dissuasão nuclear  francesa, que os sucessivos governos têm tratado como uma questão vital para defesa nacional.

O Rafale que demonstrou alto desempenho nos combates na Líbia e no Mali, estava programado para a entrega anual de apenas 11 aeronaves, medida concebida para garantir uma quantidade mínima essencial para as linhas de produção, enquanto a França tenta alcançar as primeiras vendas da aeronave no exterior.

Mas o governo, que está lutando para cumprir os compromissos com a União Europeia e para manter a confiança dos investidores, obtendo seu déficit público sob controle, cortou fundo nas despesas públicas, inclusive nos gastos com defesa.

De acordo com o projeto de previsão da defesa apresentadas ao gabinete nesta sexta-feira, o governo de esquerda vai adquirir apenas 26 dos aviões durante os próximos seis anos.

O ministro da Defesa Jean-Yves Le Drian informou em June 11, que a partir de 2016, a Dassault Aviation teria que contar com as exportações para sustentar a produção do avião.

Na sexta-feira, disse o ministro à rádio Europe 1: “Há países que hoje estão realmente interessados ​​em comprar o Rafale, eu estou pensando particularmente na Índia, Qatar, de outros países e eu estou muito confiante nas possibilidades de exportação do Rafale nos próximos meses. “

A França estava em negociações exclusivas para fornecer 126 aviões Rafale para a Índia “, e eu tenho grandes esperanças de que isso vai ser bem sucedido”, disse ele.

Fontes próximas ao ministro informaram que as estimativas foram baseadas, em parte, a hipótese de que pelo menos um país, entre outros potenciais compradores fecharia as encomendas antes do final de 2019.

Estes países são Malásia, Qatar, Emirados Árabes Unidos e no Brasil.

Um assessor do ministro disse que o governo não estava mudando sua ordem global para 180 aviões Rafale, da qual um total de 120 já foram entregues  e que poderia que poderia ordenar mais aeronaves.

Durante o período coberto pelas estimativas, a Dassault receberia centenas de milhões de euros para projetar um um UCAV para antes de 2030, em colaboração com a British Aerospace  do grupo BAE Systems, Além disso a Dassault receberia investimentos para o desenvolvimento do Rafale para atender às novas normas, sob égide de um programa chamado F3- R.

O objetivo do ministério é apoiar nove grandes atividades da indústria de defesa, que vão desde aeroespacial até comunicações e submarinos. Para conseguir isso, os pedidos estão sendo esticados ao longo do tempo.

Le Drian, em declarações separadas à emissora France 2, disse que não haveria alterações na capacidade de dissuasão nuclear francesa.

Os dois componentes da dissuasão francesa, com base nos submarinos e do ar, seriam mantidos.

“O Presidente da República (François Hollande) decidiu manter os dois componentes e eles serão mantidos”, disse ele.

O ministro disse que eles eram “indispensáveis ​​porque o segundo componente (aérea) proporciona agilidade, a capacidade de reação rápida em um mundo onde a proliferação (de capacidade nuclear) é contínua e em que a França deve manter esta segurança máxima, esta garantia fundamental, que é a dissuasão “.

O ministro criticou o ministro da Defesa no governo anterior de direita, Herve Morin, que chegou a  sugerir que um dos dois componentes poderia ser sacrificado para economizar dinheiro.

No entanto, Morin repetiu suas críticas em um comunicado sexta-feira, dizendo que o governo estava “enganando as forças de defesa e os franceses e que a França é ainda uma das quatro forças militares globais do planeta, quando na realidade já não tem os meios para tal, infelizmente.”

Fonte: Defense News

18 Comentários

  1. Où est la honte…
    Aposta nas exportações (eita aposta demorada sô!)….?!!!!….
    Alto desempenho nos combates… contra qual poderosa defesa aérea mesmo…?!!!!…

    No final das contas o jeito é contar com armamento nuclear na defesa do país para os criadores da Jaca Voadora de grife.


    Baixem o preço…tirem o prejú…e todo mundo conversa numa boa então.

    • Me responda uma coisa,o F22 foi exportado,o F22 foi testado contra alguma grande força aérea,ou se envolveu em algum grande conflito,acho que não e nem por isso deixa de ser um grande caça,acho que esse argumento vazio não cabe aqui,e nem força muitos aqui a pensar,te digo o rafale dos 3 é o melhor,tanto que a índia o classificou com o TYPHHON,e os indianos testaram exaustivamente os caças,talvez o amigo seja mais classificado ou graduado que os membros da Força Aérea Indiana.

      Pra quem gosta de usar o termo rainha de angar,não existe rainha de angar mais cara que o F22,esse é que nem carta de supertrunfo,só aparece as vezes.

      • Sobre o caça de grife Rafale muito já se discutiu e se falou sobre o mesmo, motores, custos, reflexão ou absorção ondas radar etc.
        Não há saco que aguente vir desalinhar todo um carretel técnico a toda hora caro Barca, muito menos para aqueles que estão por dentro do assunto.
        E vir com F-22, que todos os interessados no assunto bem sabem, carregado de pós-ajustes corretivos, não ajuda em nada sua defesa, ou contrariedade, sobre meu pequeno comentário.

        Mas em momento algum afirmo ser um caça ruim. O termo Jaca, mais uma vez… para aqueles que há anos vem discutindo essas notícias de aviação de defesa, corresponde a toda sorte de ilusões e descepções provocadas por essa aeronave de alto desempenho francesa.

        E claro que os indianos sabem muito bem sobre o que lhes interessa, desnecessário sua menção. Porém, isso não me obriga a dizer amém sobre suas escolhas.

        Sds.

      • Barca,

        Que eu saiba, o F-22 não foi exportado por diretriz dos próprios americanos… Trata-se de uma tecnologia sensível demais para cair em mãos erradas. Para tanto, os americanos não confiam sequer em seus aliados…

        Ademais, para cobrir a lacuna de um caça stealth para aliados e amigos, estará disponível o F-35…

        Quanto a participação em combates, observe que não tem sentido deslocar uma aeronave stealth caríssima de voar para fazer um trabalho que muitas vezes um Super Tucano faria… O F-22 é a ponta de lança da USAF. Assim sendo, somente será acionado em situações que realmente exijam sua participação.

  2. O Rafale e um caça fantástico, decendente direto da falia Mirrage, o que não e pouca coisa,mas seus custos são proibitivos.
    E como “amante paulista” linda , mas leva qualquer um a falência, kkkk

    • Amigo capa,não é bem assim,eu já tive uma namorada Paulista linda e não me levou a falência…rsrsrs,se bem que ela não era minha amante,,,,rsrs,ela é uma pessoa muito boa,a minha ex Paulistinha linda.

  3. Diminuiram a encomenda porque Brasil e Índia, por enquanto, vão garantí-las, ou vc acha que a alta cúpula de gênios políticos e da FAB vão escolher avião de papel ou avião chupado ou será xispado ou chipado…

  4. No meu entender, os franceses diminuíram a encomenda por dois motivos simples: ( a ) acabariam com mais Rafales do que pretendiam ter num dado momento, e ( b ) o Rafale é uma aeronave mais cara de manter…

    O fato é que os franceses ainda possuem uma quantidade significativa de caças Mirage em seus esquadrões; aeronaves essas com um bom tempo de uso ainda. Logo, seria anti-econômico substituí-los agora por exemplares novos do Rafale… Assim sendo, nada mais lógico que atrasar as entregas para substituir a frota de Mirages em tempo hábil…

    Quanto a custo, a redução da previsão de aquisição do Rafale para 225 aeronaves ( salvo engano, originalmente eram previstas 286 ) é clara evidência do custo operacional mais elevado. Daí que custos sempre terão um teto, e serão eles que ditarão o nível do investimento. Em suma, não tem milagre. E essa é uma tendência mundial; redução de forças armadas para poupar custos…

    Essa situação, evidentemente, pode trazer benefícios inesperados para os compradores, mas que ninguém se engane… Existe a necessidade de se cobrir custos de desenvolvimento/produção para que se possa justificar o investimento… Por tanto, não há como se esperar uma redução muito significativa no preço da aeronave…

    Existe, claro, uma possibilidade distinta… Os franceses, temendo ver a linha de produção previamente encerrada pela falta de compradores, podem apelar para a estocagem e venda de exemplares do próprio Armée de l´Air, para economizar e cobrir o custo de futuras aquisições, dando uma sobrevida a linha de produção até que se consiga um comprador para dividir a demanda… Claro que seria uma medida extrema, e provavelmente seria aplicada somente após estocar-se os Mirage ainda em uso e se todas as pretensões de vendas atuais naufragassem… A questão nesse caso seria o preço de um Rafale de segunda mão…

    • E qual nação vc recomendaria aos nossos estrategistas,os E.U.A(Que apoiaram um Golpe de Estado no Brasil),os Russos que no fim da Segunda Guerra (Foram contra a entrada do Brasil no Conselho de Segurança),nos Inglêses ?,Chineses.

      OBS:Na relação entre nações só existe interesses,se os franceses até agora estão cumprindo os contratos merece sim nossa consideração.
      Fico impressionado como as pessoas misturam seu Fanbolismo(derivado de FAN BOY),com assuntos importantes para a nação,se o equipamento é Russo ou Americano não me importa,desde que não venha capado ou chipado.

      • Ao menos os gringos e os russos dão continuidade a aquisição de seus armamentos,coisa que a França não esta fazendo.

      • O que tem haver a quantidade de compra da frança com confiança,para mim uma pessoa confiável é aquela que cumpre as suas obrgiações para com o outro e não pela quantidade que ela compra!,não é meu amigo ?.

    • Corretissimo, alias uma parceria estrategica so funciona em casos de polaridades radicais e ou entre naçoes que possuem em comum suas origem etnicas (canada ,EUA,Inglaterra , autralia),fora isto ,quem quizer alcançar conhecimento e independencia tem que ralar peito, fazer tecnologia reversa, adquirir materiais de varias fontes e investir em tecnologia caseira e espionagem, fora isto ,tudo sera utopico !

      • terropode foi muito bom .
        Com relação as palavras confiável e recomendável , são só palavras, entre pessoas e nações como foi dito são interesses + riscos … só isso , cada um que cuide da sua.
        Abs.

  5. A Dassault tem que acender uma vela para cada um dos milhões de deuses védicos, a ver se a Índia realmente adquire “Le Jaquê”.

    Caso contrário, babau Rafake…

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