“…EM CUBA NÃO EXISTE ESQUERDA, MAS SIM UMA DITADURA FASCISTA”

cuba-a-ilha-da-fantasia-joel-camara_MLB-O-225326102_9112Por Gérsio Mutti

Caros Editores e comentaristas do blog Plano Brasil, eis a “voz da razão” sobre Cuba no comentário do cubano Ariel Ramos radicado no Brasil, em relação à matéria do Opera Mundi: “EUA sempre rechaçam diálogo cubano, diz último embaixador norte-americano em Havana”

“Claro, a ditadura cubana quer que EUA normalize as relações e eles continuam com sua ditadura tranquilamente. Claro que não vai rolar.

Querem relações normais?

Democracia já! Libera os presos políticos e chama as eleições livres.

Faz igual ao Brasil, eu escapei de Cuba e moro bem no Brasil, mesmo com os problemas econômicos que possam surgir. Ninguém me persegue por criticar FHC, Lula ou Marina Silva. Posso mudar de cidade quando eu quiser, posso fazer o que em Cuba me custaria a cadeia.

Vocês que se acham de esquerda nunca vão entender, que em Cuba não existe esquerda, mas sim uma ditadura fascista.”

Para ler a matéria completa, acesse a fonte “Opera Mundi”

Fonte: Opera Mundi

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O SOCIALISMO MORREU ? (MEMÓRIA DESCRITIVA)

Por Carlos Loures

Num livro mais recente, “Un nouveau paradigme” (2005), Alain Touraine analisou o percurso histórico das difíceis relações entre política, economia e sociedade, assinalando três etapas na laicização e privatização da economia europeia. Na Idade Média, séculos XI e XII o poder político fugia à tutela da Igreja. Os senhores feudais e as casas reinantes começavam também a sacudir o jugo religioso e a consolidar as fronteiras e soberanias. Deu-se depois uma aliança entre o poder político e económico. Nobres e mercadores conciliaram interesses Os príncipes patrocinaram grandes empreendimentos mercantis (nomeadamente os descobrimentos). Só, séculos mais tarde, com o advento da era industrial e do liberalismo, o poder económico ganhou vida própria, fora da esfera do poder político. A economia de mercado faz a sua aparição e estabeleceu o seu império.

O fim do séc. XIX e o dealbar séc. XX viram nascer nova aliança. Foi a vez da economia e do social se unirem, casamento que pode ser explicado pela vida infernal dos trabalhadores, pela conversão de camponeses em proletários. Gente que saiu dos seus tugúrios e se organizou em partidos e em sindicatos, corroendo os alicerces da economia de mercado. Era o parto sangrento da sociedade industrial e do movimento que a enfrentou. O socialismo.

A cavalgada «socialista» dos anos 80, em França, Grécia, Espanha e Portugal foi ganha por uma estirpe de políticos – Soares, Miterrand, Papandreu que deram ao termo «socialismo» um novo significado e, sob o fogo cerrado da direita, tentaram demarcar-se do socialismo histórico, inventando slogans como «O socialismo de face humana» por oposição ao socialismo de Estado, que tão má reputação dava ao conceito.

Transformaram em rosa o que foi vermelho, recusando conotações com o Outubro russo, com a Guerra Civil de Espanha e com outros marcos que os socialistas revolucionários sempre ostentaram com orgulho. Do socialismo conservaram apenas o nome. Aquilo que esses políticos fizeram, em termos comerciais é designado por uma «usurpação de marca». Com este passe de mágica, prepararam o socialismo para os novos tempos: pegaram na embalagem e meteram-lhe dentro um produto diferente. Sócrates ou Zapatero encontraram o trabalho feito e duvido que relacionem o que dizem com a história do socialismo. São pragmáticos.

Diz Touraine: «Os que são proprietários do socialismo como se duma marca comercial se tratasse já não sabem em nome do que é que falam; reduzem a politica à táctica; tornam-se estranhos à vida das ideias. São padres pretensiosos de uma religião sem fiéis». Este corte entre o discurso político e a prática partidária, acentuou-se nestas três décadas.

Esta evidência de que os actuais partidos socialistas não entroncam na árvore genealógica que vem das lutas heróicas do século XIX é escamoteada pelos partidos actuais, dirigidos por gente «pragmática», ligada a uma lógica burguesa e aos interesses do grande capital. Gente com mentalidade empresarial, com ambições de fazer carreira, para os quais o partido é uma passagem para lugares de topo no mundo dos negócios. Socialistas, estes partidos? – pura mistificação.

Um episódio que me contaram há dias: um advogado, assessor jurídico de um dos ministros substituídos na recente remodelação do Governo, preparava-se para voltar ao escritório onde trabalhava antes de ter sido convidado para o ministério; o ministro cessante disse-lhe : «Não, você, não pode voltar para o escritório de advogados – isso ir-lhe-ia estragar o currículo – agora tem de se lhe arranjar um lugar mais importante». Depois, o novo ministro resolveu manter o assessor.

É uma história que não revela nada de grave, mas que nos diz muito sobre o conceito que os «socialistas», fazem do exercício da funções políticas – um marco nas carreiras, uma linha no currículo. Como dizia um político «socialista» madrileno para um outro da UCD de Adolfo Suárez, quando Felipe González venceu as eleições gerais legislativas em 1982 – « Ahora, nos toca a nosotros comer langosta». Lagosta, tem de ser entendida lato senso: cargos para amigos, familiares e correligionários, negociatas e, sobretudo, subir um degrau na carreira. Saídos do Governo, vão direitinhos aos conselhos de administração de bancos ou grandes empresas. O cargo público, serve de alavanca para a ascensão. O que tem isto a ver com o socialismo?

O socialismo, apesar de, em seu nome se terem organizado estados autoritários, se terem cometido atropelos à democracia e cometido as maiores ignomínias; apesar de fazer parte do nome de partidos que em nada respeitam os princípios do ideal socialista, continua a ser um capital de esperança para os que desejam um mundo mais fraterno e justo.

O socialismo não morreu. Ainda não nasceu e, digamos, o que nunca existiu não pode morrer. O socialismo tem sido uma palavra cujo campo semântico é vasto, ilimitado, cobrindo desde as ideias mais puras e fraternas até a pesadelos vividos em estados policiais que usurparam a palavra, passando por estes neo-liberais que, com despudor, ousam designar-se socialistas.

Para ler o texto completo acesse “aventar.eu

Fonte: aventar.eu 

53 Comentários

  1. parabens a cuba venceu os gringos e lavou a alma latina ,livrou o mundo do apartaid na africa ,cuba e seu povo é um exemplo para todos os guerreiros ,não importa que seja capitalista ,comunista ou monarquia
    fidel é um exemplo de militar ,se ele fosse direita com certeza a américa latina interia seria direita mas ele escolheu o lado dele ,para mim não importa pois um guerreiro sempre sempre sera guerreiro não importa se ele esta no exercito americano no exercito inglês japonês ,chinês, russo ,brasileiro, ,são poucos que levantam as massas e fazem revolução não importa para mim a ideologia ,mas o nome de cuba vocês não apagam com matérias de desafetos ,aqui no brasil um pais livre que tem sim vários desafetos que falam mal do nosso pais do mesmo jeito que esse falou de cuba
    e se o povo de cuba quiser ele tirava o fidel do mesmo jeito que colocou ele lá pelas armas

    • Permita-me PÉ DE CÃO, eu não sei sua idade nem a dos demais que comentam aqui, e na verdade isso pouco importa, pois estamos aqui é aprendendo uns com os outros mesmos ,mas devido ao longo tempo em que se deu a Revolução Cubana muitas coisas foram esquecidas ou são ocultadas por conveniência de alguns, mas vamos ao que interessa !
      O EUA pegaram para si todas as ilhas que lhes eram estratégicas com exceção de Cuba,chegaram até ajudar na independência da ilha das mãos espanholas,e devem ter um arrependimento terrível de não a transformarem em mais um território seus naquele momento , uma ilha voltada para o Golfo do México quer posição mais estratégica ?

      Bem mesmo sendo independente a ilha servia como ponto de veraneio para os turista endinheirados dos EUA, Ernest Miller Hemingway famoso escritor dos EUA morou muito tempo lá e seu romance ”O VELHO E O MAR ” conta a vida sofrida de um pescador cubano em sua luta por sobreviver,tudo era um paraíso para os norte americanos em Cuba,inclusive o ditador Fulgencio Batista era um típico lacaio dos EUA no poder e toda elite cubana era pro EUA, a primeira tentativa de Fidel e seus camaradas em mudar essa história se da na fatídica tomada do Quartel de La Moncada, preso os ”rebeldes” vão a julgamento e Fidel diz as seguintes palavras :
      _A história me fará justiça !
      Muita coisa se passa até que os irmãos Castros (Raul e Fidel ) conhecem Che Guevara quando estão exilados no México,depois se dão os fatos conhecidos,a guerrilha na Serra Maestra,a camaradagem com os camponeses e por fim a tomada de Havana fato que leva grande parte da elite cubana a deixar o país, já prevendo mudanças!

      Mas que poucos sabem é que Fidel foi aos EUA negociar propondo uma mudança no Estatus Quo da ilha frente ao governo dos EUA,Fidel chegou até ser entrevistado por um programa de TV,cujo nome não sei mais,acredito que é nesse momento que a ilha toma a decisão de se aliar a Rússia então URSS naquele tempo,pois ao que tudo indica os EUA acreditavam que Fidel ia se portar como o títere dos EUA que acabara de cair,diante da negativa de se contentar em ser uma ”colônia” dos EUA,Havana se alia a um gigante pois bater de frente com os EUA era suicídio,outros fatos como a invasão da Baia dos Porcos e tantos outros só jogaram Cuba para os braços da URSS !
      O EUA tinham tanto poder em Cuba que a própria constituição do país lhe concedia alguns privilégios esses que de ”certa forma” perduram até hoje como é o caso da Base de Guantánamo !
      Por fim foi a intransigência dos EUA quem levou e leva Cuba a se portar dessa maneira até hoje !
      Se eu estiver errado me corrijam escrevi tudo isso de cabeça,posso ter trocado a ordem de algum fato,mas gostei muito de você lembrar a importância de Cuba para derrotar o APARTHEID na África,coisa pouco divulgada,poucos sabem disso e o trabalho cubano para ajudar a descolonização de muitos países enviando soldados e fornecendo treinamentos !

  2. Mas é uma BESTA mesmo… antes eu te achava burro… agora vi que além disso é esquizofrênico… VÁ MORAR EM CUBA… la que é bom, não é mesmo… AQUI VCS NÃO IRÃO SE CRIAR… achava que seu antiamericanismo era só uma imbecilidade sem raízes, mas vejo que vc é um DEMENTE como os MARCO AURÉLIO GARCIAS da vida… VÁ PRANTAR BATATAS seu delinquente… com tipos como vc não dá para ter meias palavras… QUEM QUISER VIVER EM DITADURAS QUE SE MANDE DAQUI OU CAIA NA BALA… isso serve para quem servir a carapuça… e não me importo com a patente… de soldado a presidência, quem tentar nos escravizar VAI PAGAR CARO !!!…

    • Aproveitando a ocasião, vou postar o comentário da jornalista Raquel Sherazade mostrando como a presidentE comunista e sua ministra abortista recebeu com sorrisos o Papa Francisco… HIPOCRISIA PURA !!!…

      ***
      Não sei se foi um show de simpatia ou de hipocrisia a recepção dos políticos brasileiros ao Santo Padre. A presidenta Dilma – que já se estranhou com a Igreja Católica – foi pessoalmente e calorosamente receber o Pontífice.

      Ferrenha defensora do aborto (e que o Papa não a ouça!), a ministra Martha Suplicy era só sorrisos.

      O governador do Rio, Sérgio Cabral – com a reputação chamuscada por denúncias de corrupção – também queria apertar a mão de Francisco e sair bem na foto.

      Todos pegando carona na boa e imaculada imagem do Papa.

      Em vez disso, deveriam é se espelhar e repetir os exemplos de Francisco.

      Que nesta visita ao Brasil, o Papa seja ele mesmo um instrumento de paz, para trazer esperança onde houver desespero, verdade, onde houver erro, fé onde houver dúvida, perdão onde houver ofensa e amor onde ele não mais existir.

      RAQUEL SHERAZADE

      ***

      É assim que a esquerda fascista age… na frente só sorrisos, atrás artimanhas e golpes na calada da noite contra o povo… e o povo nem consultado é… e qndo se fala em consultas é somente retórica ou esquema para conseguir algo do interesse dos esquerdistas… A SERPENTE VERMELHA NÃO DESCANSA… por isso que eu afirmo: CRISTÃO QUE VOTA EM COMUNISTA ESTÁ AJUDANDO O MALIGNO…

      • Agora você pegou pesado essa repórter RAQUEL SHERAZADE, faz jus ao nome Sherazade pois como a personagem dos contos ela adora contar uma ESTÓRIA, enquanto deveria se limitar a fazer seu trabalho,ou seja simplesmente reportar os fatos como eles são,para que o espectador tire suas próprias conclusões, ao que me parece essa jovem esta se tornando uma espécie de Arnaldo Jabor de saias !
        Ela deveria saber que o Papa não é nenhum santo e muito menos imaculado,o Papa é um Chefe de Estado e esta sendo tratado como tal !

        ”Em vez disso, deveriam é se espelhar e repetir os exemplos de Francisco.”

        Só se for o Francisco de Assis ,pois que exemplo o Papa Francisco nos deu até agora?

        Se Dilma é contra ou a favor do aborto isso é uma questão pessoal dela, o Papa se for imaculado como a Sherazade diz deve respeitar isso !
        Por fim longe vão os anos em que nós latinos americanos víamos a igreja como imaculada e fechávamos os olhos para as suas atrocidade !
        Do mesmo modo que ela diz isso de modo ”INQUISICIONAL ” do governo brasileiro eu poderia estar aqui dizendo isso do Vaticano:

        EDITORIAL DO CÉSAR
        É nojento para não dizer constrangedor,ver a Presidente Dilma receber o Papa Francisco no Brasil,um Chefe de Estado que se esconde por de trás de uma imagem imaculada e humilde enquanto o Vaticano se vê as voltas envolvido nos mais hediondos crimes e escândalos tais como assassinato,pedofilia,evasão de divisas e os mais diversos crimes sexuais largamente veiculado pela mídia !
        Tal fato só vem a manchar a imagem desfocada do BRASIL perante a comunidade internacional !
        ESTÃO VENDO EU FIZ UM EDITAL COM UM MONTE DE VERDADES SOFRE O VATICANO !

        CLARO QUE ISSO FOI SÓ PRA EXEMPLIFICAR QUE OPINIÕES TODOS NÓS TEMOS POR ISSO O BOM JORNALISMO DEVE SÓ VEICULAR O FATO E DEIXAR QUE OS LEITORES TIREM SUAS CONCLUSÕES ! JORNALISTA SÉRIO NÃO PRECISA GUIAR NINGUÉM NEM FICAR EMITINDO OPINIÕES PESSOAIS

      • zoio azul os jovens católicos usam camisinha porque ninguém quer pegar aids ,sobre o aborto no brasil morre um numero muito grande de meninas fazendo o aborto pelo método dos comprimidos muitas católicas já usaram isso a igreja fala de proibir o casamento gay tudo bem na igreja ,mas o direito deles civis tem que ser respeitados
        resumo a igreja pegou no pé dos baitolas ,mas passou um pano para os baitolas de batina ,isso sem contar com os pedofilas escondidos atrás das batinas fala contra o jovem católico usar um anticoncepcional
        esta errado eu sou católico mas não sou cego eles próprios estão afundando a igreja tomara que esse papa Francisco faça o certo ,
        fora a corrupção dentro da igreja ,e ainda bem que foi um papa latino porque a igreja é sim politica
        reforma na igreja já .
        e todas religiões e seitas tem gente que não presta só para deixar claro ,mas como sou católico quero que a minha não seja hipócrita e pare de querer ser santa e volte a ser mais politica ,um padre é morto decapitado na síria e a igreja fica calada ,precisamos de um papa guerreiro não um papa bonzinho parece até a esquerda rsrsrsrs.

      • A igreja não tem que mudar, homem insensato… quem não concordar com seus preceitos é que tem que sair… querer que a igreja se adapte ao mundo é o plano do maligno e seus asseclas barbudos… saudações…

      • Jamais vencerão amigo, não se preocupe. A única e verdadeira Igreja de Cristo no Universo conta com o poder do Senhor dos Exércitos.

        Os gramscistas, os comunistas e os relativistas morais nunca a vencerão, embora a Escatologia da Libertação tenha tentado infiltrá-la.

      • Não sabia que o Vader era religioso, e dos fanáticos ainda por cima. Hipocrisia do sujeito atacar o Irã ou qualquer um que ele julgue ser radical, inclusive comunistas ateus… simplesmente infantil e sem noção. Antes enxergue o próprio nariz e depois julgue os outros… O q esperar de um nerd que idolatra Star Wars? Não concorda? Não? Isso não muda o fato de vc ser medíocre… não passa de um comentarista nerd q nunca fez nada de significante na vida

      • Não gostou troll? Pega eu…

        Ataques boçais e gratuitos, sem nenhum pingo de argumentos que acrescentem ao debate.

        É assim que esse tipo de gente “respeita” a opinião alheia.

        Depois “fascistas” somos nós…

      • é zoinho azul pelo visto você não conhece nem a historia da nossa igreja ,
        você diz que a igreja não muda antigamente até o papa podia casar , sem contar as caças as bruxas a inquisição que caçava e torturava e matava milhões ,hoje eu não vejo mais isso
        e sobre os templários que a igreja traiu também não vejo ninguém indo atrás de fazer uma nova cruzada
        então você vem me dizer que a igreja não muda você esta enganado ela mudou sim varias coisa nesse tempo de existência dela ,não conhece a historia da própria igreja

      • Sua indigência intelectual me comove… andas vendo muito historia religiosa na superinteressante… me poupe…

  3. Por isso que sempre digo que o tal “social” é um palavrão na boca de quem tem o totalitarismo como finalidade… tudo hipocrisia… os maiores “socialistas” são sempre os piores carrascos… o texto acima desmistifica o “social” com facilidade… mundo fraterno e justo só encontrei dentro da ética protestante… apesar de não ser um religioso, toda a ética apresentada no cristianismo me parece a melhor qndo aplicada com sinceridade… o socialismo foi somente um delírio externalizado por uma mente doente como um caminho sem um final… a tal utopia socialista… SOMENTE UM DELÍRIO…

  4. Pinçar um comentário e alçá-lo ao topo da página como um post é uma prática de muitos blogs, mas pinçar um comentário de outro blog, dissociado do contexto e havendo como ligação apenas um link, devo dizer, é algo inédito para mim…
    Por isso estou colando abaixo o texto que motivou o comentário, ele é longo mas bastante interessante…

    Mas, antes eu gostaria de dizer uma coisa: Yoni Sánchez, que foi desmascarada por ganhar o equivalente a R$ 250.00,00 da CIA, entra e sai de Cuba quando quer, mas Edward Snowden, até segunda ordem, dorme nos bancos do Sheremetyevo…

    Do Opera Mundi:

    EUA sempre rechaçam diálogo cubano, diz último embaixador norte-americano em Havana
    Wayne Smith revela mentiras divulgadas por Washington para responsabilizar Cuba por fracasso de negociações

    Wayne S. Smith é o último diplomata norte-americano a exercer em Cuba o cargo de embaixador. Sem relações diplomáticas desde sua ruptura unilateral com Havana em 3 de janeiro de 1961, Washingson sempre se negou a normalizar suas relações com Cuba, apesar do fim da Guerra Fria e da opinião unânime da comunidade internacional.

    Diplomata de carreira, professor doutor da Universidade de George Washington e professor associado da Universidade Johns Hopkins, ele também é diretor do “Programa Cuba” do Centro para a Política Internacional. É considerado o maior especialista norte-americano das relações entre Cuba e Estados Unidos.

    Smith integrou o Departamento de Estado em 1957 e trabalhou na União Soviética, na Argentina e em Cuba. Presente na embaixada norte-americana de Havana durante o movimento insurrecional cubano dirigido pelo Movimento 26 de Julho de Fidel Castro, Smith assistiu à queda do ditador Fulgêncio Batista. Após a ruptura das relações entre Cuba e Estados Unidos, o presidente John F. Kennedy o nomeou secretário executivo de seu Grupo de Trabalho sobre a América Latina.

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    De 1979 a 1982, Smith esteve na liderança da Seção de Interesses Norte-americanos em Cuba e se destacou por sua política de diálogo e de aproximação com Havana sob o governo de Jimmy Carter. Em 1982, devido a um profundo desacordo com a nova política elaborada pelo presidente Ronald Reagan em relação a Cuba, deixou definitivamente o Departamento de Estado.

    Apoiador de uma normalização das relações com Cuba, Smith aborda nesta entrevista sua experiência de diplomata em Havana e a política dos Estados Unidos durante os primeiros anos da Revolução. Destaca também a aproximação com Fidel Castro iniciada por Jimmy Carter. Esta conversa termina com uma reflexão sobre a atual política dos Estados Unidos sob a administração Obama.

    Opera Mundi: Senhor Embaixador, sua primeira experiência de diplomata em Cuba remonta a qual data?
    Wayne S. Smith: Minha primeira experiência de diplomata remonta a agosto de 1958, em plena guerra revolucionária dos insurgentes de Fidel Castro contra o regime ditatorial de Fulgêncio Batista. Na realidade, minha nomeação à embaixada dos Estados Unidos em Havana se devia mais à causalidade do que a uma escolha pensada. Após deixar o exército – era um soldado de infantaria da Marinha –, queria integrar o mundo da diplomacia, com uma especialidade em… chinês! Logo fui estudar no México e redigi uma dissertação de mestrado que comparava dois instrumentos de política exterior destinados a proteger zonas de influências: a Doutrina Monroe no continente americano e a Cortina de Ferro na Europa.

    Voltei a Washington em novembro de 1956, alguns dias antes do desembarque em Cuba de Fidel Castro com seus 81 guerrilheiros oriundos do México, em 2 de dezembro de 1956. Integrei o Escritório de Inteligência e me pediram para trabalhar com Cuba. Meu papel consistia em averiguar se havia alguma relação entre o Movimento 26 de Julho (M 26-7) de Castro e os comunistas. Não encontrei absolutamente nada. Não havia nenhuma conexão. Ao contrário, o partido comunista cubano não apreciava muito Castro. Havia muita desconfiança e ele preferia manter distância. A aproximação entre o Partido Socialista Popular – era assim que se chamava o partido comunista à época – e o M 26-7 ocorreria mais tarde.

    Wikicommons

    Fidel Castro durante visita à Romênia no início da década de 1970

    Logo comecei a fazer parte do serviço de Relações Exteriores e me transferiram imediatamente para Havana.

    OM: Qual era seu ponto de vista, naquela época, sobre o conflito que opunha Fidel Castro e Fulgêncio Batista?
    WSS: Após passar algumas semanas no serviço consular, integrei o serviço político da embaixada e estava encarregado de analisar a situação interna. Desde aquela data até hoje, só trabalhei com assuntos relacionados a Cuba. Em 1958, estava convencido de que Castro e seus partidários tinham grandes possibilidades de conseguir a vitória e que seu governo seria muito melhor que o de Batista.

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    Apoiamos Batista durante anos, inclusive durante a guerra insurrecional, pois estávamos conscientes de que Castro faria uma verdadeira revolução não apenas em Cuba, mas também no resto do continente. Ele havia declarado que transformaria os Andes na Sierra Maestra – conjunto de montanhas onde a guerrilha do M 26-7 se desenvolveu – da América Latina. Evidentemente, isso significava que ele se oporia à política dos Estados Unidos e que reduziria nossa influência no continente, favorecendo a chegada ao poder de governos que se emancipariam da nossa influência. Por conseguinte, desde o início, nossa atitude quanto a Castro foi hostil.

    OM: Em que momento os Estados Unidos tomaram a decisão de atacar o governo de Fidel Castro?
    WSS: Em março de 1960, durante a explosão do barco francês Le Coubre, carregado de armas belgas, no porto de Havana, Castro nos acusou, afirmando que aquilo havia sido obra da CIA. Provavelmente, estava certo. Para dizer a verdade, não sei. Todo mundo pensa que fomos nós. Poderíamos negar mil vezes e não mudaria nada, pois ninguém acreditaria.

    Depois disso, durante uma reunião na Casa Branca com a CIA e o Departamento de Estado, chegamos à conclusão de que não era possível chegar a um acordo com Cuba, particularmente pelo discurso sumamente hostil de Castro e pelo apoio popular do qual ele dispunha. O presidente Eisenhower tomou, então, a decisão de atacar Castro. A partir daí, começaram as ações destinadas a acabar com ele.

    OM: Mas já havia ações terroristas contra Cuba desde o final de 1959. Aviões oriundos da Flórida já bombardeavam Cuba.
    WSS: Sim, mas não eram nossos aviões. Os exilados organizavam essas operações. A CIA os apoiava? Provavelmente. Mas não se tratava de uma ação oficial do governo dos Estados Unidos. No entanto, a partir de março de 1960, as ações empreendidas contra Cuba faziam parte de um programa oficial destinado a derrubar o poder em Havana.

    OM: Apesar disso, o triunfo da Revolução em janeiro de 1959 ainda não tinha relação com a União Soviética.
    WSS: Até a ruptura das relações, em janeiro de 1961, não havia vínculos sólidos entre Castro e a União Soviética. Por certo, houve a visita do diplomata Anastasio Mikoyan a Cuba em 1969, mas não havia então uma relação social entre Moscou e Havana.

    Eu diria, inclusive, que a aproximação ocorreu definitivamente na véspera da invasão da Baía de Porcos, em abril de 1961. Castro estava a par de todos os preparativos e tinha certeza de que era só uma questão de tempo. No entanto, não pensava que enviaríamos apenas alguns milhares de exilados. Estava convencido de que várias divisões de soldados da marinha se seguiriam ao primeiro desembarque, o que não foi o caso.

    Do lado de Miami, alguns agentes do segundo escalão da CIA estavam convencidos de que a invasão seria um passeio e que finalmente Fidel Castro seria derrotado, como foi o caso na Guatemala, em 1954, contra Arbenz. Na América Central, o desembarque foi por terra e, em Cuba, seria por mar, mas o resultado seria o mesmo, eles pensavam. A CIA estava convencida de que os cubanos abaixariam as armas e não lutariam. A Agência pensava, inclusive, que a população nos receberia de braços abertos.

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    OM: O senhor estava trabalhando em Cuba naquela época. Foi solicitado para que expressasse sua opinião sobre a operação?
    WSS: Nós nem sequer estávamos a par dos preparativos. Eu trabalhava na seção política da embaixada e éramos os mais preparados para avaliar a situação interna. Mas nunca nos informaram nada sobre o menor projeto. Ninguém sabia nada na embaixada.

    OM: O que o senhor teria respondido se tivessem perguntado sua opinião sobre a operação?
    WSS: Teria explicado claramente que seria um fracasso. Um desembarque de alguns milhares de homens na Baía de Porcos não teria a menor possibilidade de êxito, sobretudo naquele local.

    OM: Por quê?
    WSS: O governo de Castro gozava de um apoio popular enorme em Cuba, e ainda mais naquela região. Aquela zona havia sofrido bastante com o subdesenvolvimento e Castro havia viajado para lá com vários projetos para permitir que essa população se beneficiasse com mais prosperidade. Para ela, o novo poder era o melhor que havia ocorrido para Cuba, pois estava saindo, pouco a pouco, da miséria. Castro era muito popular na região da Baía dos Porcos, assim como no resto do país. Não havia absolutamente nenhuma possibilidade de desatar uma sublevação popular contra o poder naquele lugar. Pensar o contrário era totalmente absurdo. Acabavam de se libertar de Batista, que era o símbolo da exploração. Não iam acolher com os braços abertos aqueles que pretendiam restaurar o antigo regime.

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    Então, foi na véspera do desembarque, em 16 de abril de 1961, após os bombardeios dos diferentes aeroportos cubanos, em previsão da invasão, quando Castro anunciou que Cuba era uma nação socialista e deu, assim, um passo em direção à União Soviética. Seu cálculo era o seguinte: dado que a invasão era iminente, precisaria do apoio de outra superpotência, a única capaz de nos fazer frente.

    OM: Então a aliança com a União Soviética foi uma consequência direta da política agressiva dos Estados Unidos, já que, durante os primeiros anos, a Revolução Cubana manteve uma posição de neutralidade no conflito que opunha as duas grandes potências.
    WSS: Foi exatamente isso. Cuba se aproximou da União Soviética, em grande parte, por causa de nós, por causa da política dos Estados Unidos. Castro estava convencido – com razão – de que utilizaríamos todos os recursos necessários para derrotá-lo.

    OM: Não teria sido mais criterioso por parte dos Estados Unidos dar mostras de mais diplomacia e focar mais as relações de diálogo com o novo governo revolucionário?
    WSS: Com efeito, poderíamos ter tentado estabelecer uma relação positiva com o novo poder, mas as forças que havia no Departamento de Estado e no Pentágono não estavam de acordo. Desde o início, Washington expressou seu ceticismo, se é que posso dizer assim, com relação a Castro. Penso que subestimamos Fidel Castro, que tinha um apoio extraordinário de toda a população.

    Decidimos, então, romper as relações com Cuba e eu fui o último diplomata dos Estados Unidos a abandonar o país. Só voltei ali 16 anos depois, em 1977.

    OM: Após a eleição de Jimmy Carter, em 1977, houve uma aproximação entre Cuba e Estados Unidos? O senhor poderia nos contar esse processo?
    WSS: Quando chegou ao poder, Jimmy Carter expressou sua vontade de ter relações com Cuba. Era extraordinário! Acabava de tomar posse em janeiro de 1977 e estava falando de estabelecer um diálogo com Cuba! Eu me lembro de ter dito a minha esposa, Roxy, que eu ia perder o trem da história, pois estava naquela época em Buenos Aires, como responsável da seção política da embaixada dos Estados Unidos. Mas, felizmente, recebi de imediato um telegrama que me convidava a voltar urgentemente a Washington para participar dos primeiros intercâmbios com os cubanos, que aconteceram em Nova York. Os primeiros encontros ocorreram no modesto hotel Roosevelt, e prosseguiram no luxuoso hotel Plaza. Nossas relações foram melhorando dia após dia [risos].

    Wikicommons
    OM: Quais eram os temas debatidos?
    WSS: De início, falamos de alguns temas secundários. Logo decidimos ir mais longe e estabelecer seções de interesses em Havana e em Washington, o que nos permitiu ter uma representação diplomática em cada país. Tínhamos muitos desacordos mas, como não podíamos solucioná-los sem ter a possibilidade de falar sobre eles, daí a importância de ter diplomatas em ambas as capitais. A Suíça nos representava em Cuba, e a Tchecoslováquia representava Cuba em Washington, mas havia temas que não queríamos abordar através de outro governo.

    [Carter tentou se aproximar de Cuba durante seu governo]

    Depois disso, os cubanos nos convidaram para ir a Havana e finalizamos o acordo sobre a abertura de seções na capital cubana.

    OM: O presidente Carter o nomeou para a chefia da Seção de Interesses Norte-americanos em Havana (SINA) em 1979, com o cargo de embaixador.
    WSS: Ele me nomeou para o cargo em junho de 1979 e devo dizer que a experiência foi muito frutífera. Houve vários avanços. Delimitamos as fronteiras marítimas. Aliviamos o embargo, pois permitimos que as filiais norte-americanas localizadas no exterior comercializassem com Cuba. Os diplomatas cubanos e norte-americanos puderam viajar por todo o país, o que não ocorria antes. Autorizamos de novo os voos diretos e os exilados puderam voltar à ilha pela primeira vez desde o triunfo da Revolução.

    Em uma palavra, nós nos encontrávamos em um processo de normalização completa de nossas relações.

    OM: Lamentavelmente, Jimmy Carter perdeu a eleição para Ronald Reagan em 1981.
    WSS: Reagan nomeou para Secretário de Estado Hall Haig. Este havia declarado que queria fazer de cuba um “estacionamento”, o que indicava claramente que a política de aproximação e diálogo iniciada por Carter terminaria em seguida.

    O governo mexicano havia organizado um encontro secreto entre Haig e o vice-presidente cubano à época, Carlos Rafael Rodríguez. O vice-presidente sinalizou a Haig que Cuba estava disposta a por fim ao envio de armas às guerrilhas da América Central. Cuba esperava assim prosseguir no diálogo com os Estados Unidos.

    OM: Qual foi a resposta de Haig?
    WSS: Haig rechaçou a oferta declarando que Washington não estava interessado no diálogo, mas na ação. Na realidade, os Estados Unidos não desejavam, de maneira alguma, normalizar as relações com Cuba.

    Dois meses mais tarde, o governo de Havana me informou que Cuba havia interrompido toda a provisão de armas com destino à América Central. Os cubanos esperavam assim que pudéssemos retomar o diálogo. Transmiti a informação ao Departamento de Estado e perguntei se dispúnhamos de provas que contradissessem a declaração das autoridades cubanas sobre as armas. Se não fosse o caso, sugeri que seria bom retomar o diálogo, pois havia muitos temas a serem resolvidos. Tive que mandar vários telegramas e tive que esperar vários meses antes de receber uma resposta de Washington.

    OM: Qual foi a resposta?
    WSS: O Departamento de Estado me informou que não dispunha de nenhuma prova que contradissesse a declaração dos cubanos a respeito da provisão de armas à América Latina. Mas, na mesma mensagem, me informava que a Casa Branca não tinha nenhum interesse em prosseguir o diálogo com Cuba.

    Então insisti na necessidade de manter um contato com as autoridades cubanas, explicando que era de nosso interesse prosseguir com as conversas, sem êxito.

    Pouco tempo depois, o Departamento de Estado publicou uma declaração acusando Cuba de manter o envio de armas com destino à América Central e que Castro havia rechaçado nossas propostas de negociação. Era uma mentira total e eu estava bem informado para saber disso! Os cubanos estavam dispostos a debater nossos numerosos desacordos e era de nosso interesse fazê-lo.

    A partir daí, decidi por fim a minha missão diplomática em Havana, pois não podia continuar trabalhando nessas condições. E, sobretudo, não podia continuar representando o governo de Reagan. Pedi, então, que me substituíssem no cargo em 1982 e pus fim a minha carreira de diplomata.

    OM: Estava em desacordo com a política hostil da administração Reagan.
    WSS: Não apenas estava em desacordo, mas, sobretudo, não podia suportar as mentiras emitidas pelo Departamento de Estado. Era simplesmente inaceitável. Os cubanos estavam dispostos a normalizar as relações com os Estados Unidos, mas simplesmente rechaçamos o diálogo. Não só nos negamos a dialogar, mas também mentimos a respeito, acusando-os de se oporem a uma aproximação bilateral entre ambas as nações.

    OM: O que o senhor fez depois?
    WSS: Logo depois de abandonar o serviço de relações exteriores, fiz o juramento – que talvez nunca devia fazer – de que dedicaria o resto do meu tempo a fazer com que nossos países pudessem ter finalmente relações normais.

    Segunda Parte:

    Política dos EUA para Cuba é obsoleta e contraproducente, analisa último embaixador do país em Havana
    Para Wayne Smith, motivos alegados por governo norte-americano não são suficientes para recusar diálogo com Cuba

    Opera Mundi publica neste domingo (21/07) a segunda parte da entrevista com Wayne S. Smith, último embaixador dos EUA em Cuba. Leia a primeira parte do texto aqui.

    Opera Mundi: Atualmente, o senhor é diretor do Cuba Project do Center for International Policy (Centro para Política Internacional), sediado em Washington. Qual é o objetivo dessa instituição?
    Wayne S. Smith: O objetivo do nosso projeto é por fim à política que consiste em ilhar Cuba vigente há mais de cinquenta anos e aproximar nossos povos, unidos pela história e a geografia. Desejamos ter relações normais com Cuba. Nossa política governamental em relação à ilha, vestígio da Guerra Fria, é ao mesmo tempo obsoleta e contraproducente. A cooperação em todos os campos seria benéfica para ambos os países.

    OM: Por que os Estados Unidos se negam a normalizar as relações com Cuba?
    WSS: Os anos se passaram e ainda estamos na mesma situação absurda. Sempre me pergunto quais são as razões que nos impedem de sentar à mesa de negociações e falar sobre nossas diferenças para encontrar uma solução para esse conflito que já dura tanto. Conversamos com os chineses e temos relações diplomáticas e comerciais perfeitamente normais com aquele país. Nós, inclusive, normalizamos nossas relações com o Vietnã, contra quem travamos uma guerra sangrenta, na qual perdemos mais de 50.000 soldados!

    Hoje o mundo é diferente. A União Soviética desapareceu e a Guerra Fria acabou. Fidel Castro declarou há muito tempo que Cuba já não apoiaria os movimentos revolucionários na América Latina. Cuba também expressou várias vezes sua disposição de se sentar à mesa de negociações. Após os atentados de 11 de setembro de 2011, Cuba ofereceu imediatamente seu espaço aéreo e seus aeroportos para os aviões norte-americanos e expressou seu apoio aos Estados Unidos. Cuba havia denunciado o terrorismo e demonstrou sua vontade de colaborar plenamente conosco nesse tema. Cuba assinou as doze resoluções antiterroristas das Nações Unidas.

    OM: Qual foi a reposta do Presidente George W. Bush?
    WSS: Em vez de aceitar a mão estendida, Bush pôs fim a todas as conversas com Cuba que se haviam estabelecido sob a administração Clinton, declarando publicamente que, dali em diante, o objetivo da política externa dos Estados Unidos seria derrotar o regime cubano. Durante os oito anos seguintes, a política de Washington teve como objetivo derrotar o governo cubano. Uma política absurda e ineficaz.

    Agência Efe
    OM: Sob a administração Obama, as coisas mudaram?
    WSS: Foram retiradas algumas restrições relacionadas às viagens e às remessas. Agora os cubanos podem viajar a seu país de origem quantas vezes quiserem, ao passo que, durante a administração Bush, isso se limitava a 14 dias a cada três anos. Também é mais fácil agora organizar intercâmbios acadêmicos e culturais entre os dois países.

    Nos anos 60, Cuba foi excluída da OEA (Organização dos Estados Americanos) e todos os países da América Latina – exceto o México – romperam as relações com Havana. Agora é exatamente o contrário. Somos o único país da América que não tem relações diplomáticas e comerciais com Cuba. Agora os ilhados somos nós, e não Cuba. Conforme afirmou o presidente Lula, do Brasil, ao presidente Obama em uma conferência, se não mudarmos essa política obsoleta em relação a Cuba, isso prejudicará nossa credibilidade internacional.

  5. Cuba de Fidel esta na historia da humanidade.
    Ajudou a liberta a África negra do apartheid e do colonialismo.
    Contribuiu com contigente de até 50 mil cubanos combatendo em território africano , se não fosse essa ajuda , talvez a história seria outra.

  6. Pessoal concordo que fidel lutou por liberdade,por direitos para o povo Cubano,mas agora me expliquem como pode alguem que lutou por tam nobre causa,escravizar e negar a este mesmo povo o direito,a liberdade tanto de ir e vir como de se espresar e se manifestar, Fidel se transformou de heroi para vilão,FOI ELE MESMO QUEM MATOU O HEROI REVOLUCIONARIO DENTRO DELE COMO PODE ALGUEM LUTAR PELOS DIREITOS, E LIBERDADE DE OUTROS E NEGAR OS MESMOS A SEU POVO.

    • Bem luiz anselmo pias perlin, na verdade Fidel foi levado pelas circunstancias a esse estado de coisas,devido ao forte embargo feito a Cuba pelo EUA!
      Para se ter uma ideia muitas nações antigamente (não sei nos dias de hoje !) eram impedidas de comercializar com Cuba,pois se o fizessem não poderiam ter acesso ao mercado dos EUA!
      A meu ver Fidel ficou como um ”guardião” da ilha,resistindo as ofensivas dos EUA, e a propaganda para desestabilizar o país,por fim se Cuba é ruim com Fidel,imagine se a ilha tivesse até hoje nas mãos do Fulgêncio Batista ou de outro de igual caráter, Cuba estaria igual o Haiti,numa miséria sem fim com um analfabetismo descomunal sofrendo todo tipo de mazela !
      Se Cuba é ruim com Fidel pior seria sem ele !

      • Não desvirtue os fatos, Cesar… basta verificar a quantas andava a ilha antes do golpe de fidel, com economia pujante e organizada… outra coisa, se fidel fosse um estadista não permitiria que seu povo passasse fome como esta e a muito teria feito uma abertura gradual como seu irmão vem fazendo, porem a conta-gotas… o que ele fez foi tirar um ditador e substituir por outro, contrario a interesses americanos e que causou essa celeuma toda… se tivesse ficado nas mãos de fulgencio batista, creio que hoje estaria melhor e ja se teria livrado da ditadura, que diga-se de passagem, quando é de esquerda é muito menos “biodegradável” que uma de direita… o caso do Haiti é de outra lavra… sem comparações… só os incautos acreditariam nisso…

      • Mostre me dados da economia pujante de Cuba antes de Fidel,mostre me como o povo era saudável ,alfabetizado mostre me como seria melhor Fugêncio Batista ter continuado no poder !
        Se Fugêncio Batista era tão bom porque a população se engajou na luta a favor dos rebeldes?
        Mostre dados para que possamos analisar !

      • Olha como era pujante a economia cubana antes de Fidel !
        ”Cuba estava sobre o poder dos Estados Unidos, era um lugar com cassinos e bordéis freqüentados pela máfia e pelos fuzileiros dos EUA. Há mais de duzentos anos que Cuba tenta a independência ou anexação aos EUA. Antes da revolução cubana, a população vivia em extrema pobreza, pessoa morriam de doenças que já existia cura, milhares eram analfabetos e estavam desempregados. ”
        http://www.historiadomundo.com.br/idade-contemporanea/revolucao-cubana.htm
        Acredito que o fato de Cuba ter inúmeros cassinos e bordéis e todo aquele ”glamur” típico dos anos 40 e 50 leve muitos a acreditar que Cuba era um paraíso,mas enquanto os ricos se divertiam a maior parte da população vivia em extrema pobreza !
        O PIB de Cuba também era grande,mas não havia distribuição de riquezas ou seja a elite era riquíssima e a população paupérrima !

      • Hoje a elite continua riquíssima e a população paupérrima… só que a elite hoje atende pelo sobrenome CASTRO…

      • Leia o Guia Politicamente Incorreto da América Latina, de Duda Teixeira e Leandro Narlock e você terá acesso a alguns dados bastante interessantes da economia cubana no período pré-Fidido.

      • Cuba do Fulgência Batista era “economia pujante”?

        HAHAHAHAHAH

        Olhinhos… vai… fala mais, pera aí

        HAHAHHAHAHAHAHA

        EHEHEHE AHAHAHHAH

        Gente, o que que é isso? Por quem nos toma olhinhos ianques, por si próprio?

      • Não respondo a farsantes e noviços rebeldes… qndo adquirires milhas no PB, conversamos… por enquanto, vai pastar…

      • Apelou perdeu !
        Você edificou sua casa sobre a areia,ai veio a chuva e pronto levou tudo,ai você resolveu mandar todo mundo edificar suas casas sobre a areia também,ao invés das pedras !
        Pois quer ferrar todo mundo !

      • Pessoal tudo bem digamos que Fidel se obrigou a tratar seu povo,pelas circunstancias impostas pelos USA com embargos e se hoje a america central e sul promovece um embarco contra eles os USA procurando outros mercados e ignorando totalmente o deles,como seria o desfecho da história.

  7. Ditadura de Estado!Em pleno século 21!Isso não tem defesa!Em completa falência e que está levando a ruína o próprio povo, pra que uma minoria saudosista mantenha o regime!Por sorte não tem arma nuclear, senão seria igual a Coreia do norte!Quixotismo falar que enfrentou e ganhou alguma coisa dos EUA, que tem lá encravado uma base militar, quer humilhação pior que isso!A nova Atlântida, que nem sabe que afundou!Comunismo ou socialismo como bandeira política para as nações fracassou!Porque os homens são mais complexos do que um ideário de mundo perfeito!

    • Meu caro Regivaldo,eu sugiro que você leia na integra o comentário postado pelo amigo Ilya Ehrenburg em 22 de julho de 2013 at 19:25 onde um ex embaixador dos EUA,deixa claro quem esta causando este estado de coisas em Cuba,inclusive usando de mentiras para prejudicar um governo que sempre se mostrou aberto ao diálogo !

    • Regivaldo, poucas vezes via alguém sintetizar o tema Cuba, fidel e comunismo como vc fez com maestria… meus sinceros PARABÉNS… eles jamais conseguirão defender o indefensável… quixotismo e ideologismo esquerdista brabo…

    • Regivaldo,procure ver sempre os dois lados da moeda, o sábio se coloca no lugar do outro para poder entender determinadas situações,você é uma pessoa inteligente,quem pergunta é sábio,ninguém é obrigado a crer no que eu disse,eu não sou dono da verdade,apenas interpreto as coisas que vejo e vivo se eu pude ajudar em algo tudo bem,mas sempre tire suas próprias conclusões !

  8. Cuba dos castro e uma belezura sim, por isso vejo tantos estadunidenses se arriscando em jangadas de madeira e pinel,para chegar ao “paraiso socialista na terra”

    • Quebrou-lhes as pernas, amigo Capa Preta… essa é uma pergunta para a qual eles não tem respostas… único laico que eu vi presta foi uma cachorra que subiu aos céus… ela sim era laica… rsrsrsrsrsrsrs… e uma tal maquina fotográfica produzida na ala esquerda do capitalismo de estado… rsrsrsrsrsrsrs…

  9. Meus amigos de blog, eu respeito a opinião de todos, não tenho a pretensão tão pouco de ser o dono da verdade!Expressei em síntese, tão somente, a ideia de como vejo Cuba hoje!Claro que Cuba teve o seu valor, mas a humanidade hoje com o que avançou tecnologicamente e socialmente almeja novo paradigma! Que não é o modelo cubano, não é a ditadura de estado chinês (ou capitalismo de estado), não é o das teocracia muçulmanas, tão pouco é do grande irmão estadunidense!Queremos enquanto espécie social antes de tudo a liberdade não só física, mas também das ideias e a possibilidade a partir do trabalho de se dignificar!E é nisso, na minha modesta opinião onde reside o grande problema das nações, porque no fim de tudo não haverá recursos pra atender a todos!E é esse o grande jogo que os Estados nações estão travando!Eu como brasileiro estou torcendo por nós, pelo nosso povo, todos os brasileiros!Meus cumprimentos César Pereira e Blue Eyes, Na Resistência!

    • Na verdade eu é quem agradeço,pois como já disse antes,nós estamos aqui é para aprender uns com os outros mesmos !
      Ouvindo debatendo ,discordando,concordando mas sempre procurando o melhor caminho, respeitando as mais diversas opiniões aqui expostas !

    • Desde já agradecemos a deferência… fostes sábio em suas palavras… estamos em guerra, realmente… e a informação e a contra informação são umas das armas nesse combate… que saibamos diferenciar uma da outra… saudações…

  10. Fala-se… E muito se fala… Mas…
    Em Cuba se tem a menor taxa de mortalidade infantil do continente. Por lá a senhora Yoni Sáchez, que difama no mundo inteiro os governantes da ilha, entra e sai na hora que quer, e mesmo sendo flagrada no recebimento de proventos da CIA… Já o senhor Eduard Snowden, que revelou ao mundo a espionagem indevida dos EUA, está neste momento dormindo nos bancos do aeroporto Sheremetyevo…

    Os EUA patrocinaram atos de terror contra CUBA, protegem terroristas confessos, incentivaram e equiparam uma invasão, e levantaram um bloqueio econômico que atinge qualquer um que resolver comerciar com a ilha…

    Cuba, vive e um um regime de guerra, portanto. Um regime de guerra que vigora desde 1959. É notável o fato de que hajam liberdades na ilha, afinal, por lá, se um jovem resolver travestir-se, não necessitará recorrer a prostituição do seu corpo em favor dos homossexuais enrustidos, pois terá ajuda do Estado, para integrar-se a sociedade de uma maneira produtiva e digna…
    Aqui temos Feliciano bradando contra o Estado Laico…
    Quanta diferença, não?

    • A tal taxa de mortalidade infantil baixa de Cuba é uma FRAUDE!

      Em Cuba 95%, sim, NOVENTA E CINCO PORCENTO das crianças são registradas apenas após o primeiro ano de vida.

      Qual é o ano de vida em que a taxa de mortalidade infantil é a maior?

      O PRIMEIRO ANO DE VIDA!!! 🙂

      Bacaninha esses cubanos né? 😉

      E é assim que a tirania stalinista dos homicidas Castro constrói seus factóides… Fraudando os números e as estatísticas.

      No mais, mudarei de opinião NA HORA sobre Cuba no dia em que vir balsas de imigrantes de toda a América, especialmente dos Estados Unidos, querendo se mudar para aquele “Paraíso na Terra”… 🙂

      • “E é assim que a tirania stalinista dos homicidas Castro constrói seus factóides… Fraudando os números e as estatísticas.”… E cooptando idiotas úteis mundo afora para os defender com o colar de pérolas do barbudo… rsrsrsrsrsrssrs… a esquerda caviar é uma brasa, mora ???… rsrsrsrsrsrs…

      • Fraude é a sua participação em blogs e fóruns, onde apresenta sempre informações que não pode comprovar, destilando veneno contra tudo e todos que não pensam de acordo com a sua frágil e questionável balança de valores. Você não merece credibilidade alguma, não sabe apresentar um ponto de vista sem que seja através de factoides, frases prontas e, principalmente, de um ideário abertamente retrógrado. E o pior, sustenta tudo isso nem que o custo seja prejudicar o seu próprio país. Tenho dúvidas se é brasileiro mesmo.

    • Puts, não e só o gramcismo venenoso que chegou ai e parou, mas o relativismo moral também, mas o que esperar de socialistas a favor da desconstrução social, e são estes que estão formando ( doutrinndo) mentes em nossas instituições de ensino, com ajuda do partidão, lamentável

      • E ainda por cima são cretinos suficientemente para não distinguirem estado laico de estado laicista… ainda assim temos trolls que vem aqui vomitar conjurações em favor dessas lapides da verdade como se ambos comungassem de crédito a quem sabe discernir sobre conhecimento profundo e uma leve camada de verniz.

    • Pergunta para o Eduard snowden se ele prefere morar nos EUA ou na Venezuela, ou até em Cuba !
      Pergunte a muitos brasileiros se eles preferem morar aqui ou em qualquer outro país !
      A situação de Cuba é ruim sim e pode melhorar mas isso não depende só de Cuba, vamos retirar o embargo e vamos ver como fica a situação o governo cubano não é culpado de tudo !
      Tem muita gente que culpa os portugueses até hoje pela situação do BRASIL,sera ?quanto tempo nós nos separamos deles e caminhamos com nossas próprias pernas há tanta coisa a se investigar,a se saber,precisamos ser imparciais nessas questões e estar abertos a analisar os fatos !

      • Embargo? Que embargo, se Cuba compra 70% dos seus alimentos dos EUA, e as remessas de dólares dos cubanos exilados compõem quase a metade das reservas externas de tal país?

        Embargo? O tal embargo já não existe há décadas. E mesmo quando existia nunca impediu nenhum país do mundo de negociar com Cuba. Embargo não é BLOQUEIO: os EUA jamais impediram país algum de negociar com Cuba!

        As empreiteiras brasileiras estão lá, reformando o porto de Havana. Tem um monte de dinheiro venezuelano, espanhol, argentino, chinês, brasileiro, etc por lá. E mesmo assim a ilha-prisão dos Castro continua sendo uma latrina, em que falta papel higiênico (a turma limpa com o Granma, o jornal do PCC) e o povo só não foge de lá porque eles não deixam, senão eles iam governar para as plantas de tabaco e cana de açúcar.

        Aliás, se o americano fosse esperto mesmo retirava o tal embargo, só pra acabar com o argumento estapafúrdio dos vermelhuxos latrino-americanos.

      • Fidel, hoje, é o maior sequestrador do mundo… usurpa o dinheiro que as famílias exiladas dos cubanos mandam para a ilha para manterem seus parentes vivos, para que não morram de fome… essa é a verdade dos fatos…

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