O plano do C.E.S.A.R para ser o MIT brasileiro

LOGO_CESAR_300DPISugestão: Cavaleiro Saracino

 

Sergio Cavalcante fala sobre os planos para transformar Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R) em referência nacional

Marcelo Venceslau, de 

Alguns pesquisadores do C.E.S.AR. comparam este trabalho ao que o MIT faz nos Estados Unidos. Há semelhanças entre as duas instituições?

O C.E.S.A.R é um pouco diferente, pois o MIT tem uma área educacional já consolidada, além de apoiar empresas, como fazemos, eles dão cursos, ensinam suas técnicas. Nós, na verdade, até temos uma área educacional, o CESAR.EDU, mas nosso foco principal ainda é o lado dos negócios enquanto no MIT os esforços educacionais são muito preponderantes.

Recentemente, estreamos cursos de mestrado. Neste ano, fizemos um pedido ao MEC para abrirmos uma instituição de ensino superior, o que nos capacitaria a dar cursos de graduação, como faz o MIT. Nós esperamos começar a dar cursos de graduação já no ano que vem. É um modelo um pouco diferente do americano porque nós fomos do mercado para a educação, e não da educação para o mercado (MIT). Mas a busca pela inovação e excelência é a mesma.

Essa diferença no modelo de atuação muda os resultados que o C.E.S.A.R é capaz de atingir, em comparação ao MIT?

O efeito de nosso trabalho fica um pouco diferente: temos uma conexão maior com o mercado. Não focamos apenas na formação de pessoas, mas sim na formação e capacitação de profissionais para o mercado. Neste aspecto, a gente se aproxima do MIT porque as universidades americanas têm uma conexão muito forte com o mercado. Há uma outra diferença, o MIT tem um forte componente de financiamento público que o C.E.S.A.R não tem. Nossos recursos vem do mercado privado.

O C.E.S.A.R participa de algum programa de incentivo à pesquisa do governo brasileiro?

Temos um credenciamento no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), que permite ao C.E.S.A.R realizar projetos de empresas beneficiadas pela Lei de Informática. Por esta lei, os empresários obtêm redução do IPI (Imposto de Produtos Industrializados) desde que gastem um porcentual de seu faturamento em pesquisas de desenvolvimento e inovação, que podem ser realizadas, por exemplo, no C.E.S.AR. Nesse sentido, nos beneficiamos de uma concessão pública. Mas não há financiamento direto do governo, como no caso do MIT. Temos que buscar os clientes na iniciativa privada.

Fonte: EXAME

5 Comentários

    • Já olho o site deles ? isso é uma empresa privada com uma filosofia de universidade americana ta mais parecida como um instituição de ensino que uma empresa.

  1. “O efeito de nosso trabalho fica um pouco diferente: temos uma conexão maior com o mercado.”
    ———————————–
    Isto é importante. No Brasil, além de ainda serem, comparativamente com outros países, poucos os recursos aplicados em pesquisa e desenvolvimento tecnológico, há também um fosso a ser diminuído entre a pesquisa e as empresas nacionais.

    Embora tenha havido melhorias nos últimos anos nesta relação “pesquisa/empresas” nacionais, tem ainda que desenvolver muito mais esta interação.

  2. Conheci grandes programadores formados pelo C.E.S.A.R…
    Que os pernambucanos tenham sucesso nesse projeto de excelência.
    😉

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