Defesa & Geopolítica

PARA O “EL DIARIO” ESPANHOL, O NAeL SÃO PAULO A 12 É TÃO CARO QUANTO INÚTIL PARA O BRASIL

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Porta aviões São Paulo ancorado Foto: Bucaneiro

Porta aviões São Paulo ancorado Foto: Bucaneiro

“Em um relatório recente, o Ministério da Defesa reconheceu que a operação do navio é muito limitada e média, o navio tem sido ativo apenas algumas semanas por ano. Também faz referência a sua aposentadoria em 2020, quando um novo porta-aviões for incorporado para substituí-lo.

Novamente a França é a melhor posicionada no contrato de construção, apesar de, neste caso, com transferência de tecnologia, uma vez que se pretende que seja construído num estaleiro brasileiro.”

Preâmbulo por Gérsio Mutti
Senhores editores e comentaristas do blog Plano Brasil, quanto à matéria abaixo do jornal espanhol El Diario, traduzida para o português do Brasil e publicada pelos Editores do Cavok Brasil, aproveito e torno minhas as palavras do comentarista do Poder Naval, “Jackal975” em relação à modernização do A-4M (AF-1 N- 1011) da Marinha do Brasil na Embraer:
AF-1-N-1011
“Podem criticar à vontade a Marinha, os A-4 e o pejorativamente chamado de “OPALÃO”, mas… Certa está a nossa Marinha Brasileira: faz o que pode com o que tem em mãos! Melhor assim do que abandonar totalmente essa expertise, que é para poucos, como fez a Marinha Argentina, e parar no tempo.”

 “Jackal975 disse:

Ultrapassado ou não, parabéns à nossa valiosa Marinha que com os poucos recursos que tem consegue manter VIVA uma expertise de 60 anos, iniciada com o Minas Gerais, conservando o adestramento do pessoal dentro das limitações possíveis, até que melhores ventos soprem e seja possível, um dia, quem sabe, projetar e construir um NAel nacional. Podem criticar à vontade a Marinha, os A-4 e o pejorativamente chamado de “OPALÃO”, mas o que importa é que enquanto os cães ladram, a caravana passa! Certa está a nossa Marinha Brasileira: faz o que pode com o que tem em mãos! Melhor assim do que abandonar totalmente essa expertise, que é para poucos, como fez a Marinha Argentina, e parar no tempo.”

Todos os bens das FFAA peretencem à Fazenda Nacional, mas encontram-se sob às responsabilidades da MB, EB e FAB.

Quanto ao Brasil dos políticos da Ilha da Fantasia, esses sempre estiveram e estão indiferentes às necessidades das FFAA. Excessão a regra está o Deputado Federal pelo Rio de Janeiro, Jair Bolsonaro, que sempre se mostrou combativo com essas mesmas necessidades das organizações militares da MB, EB e FAB. A bem da verdade a atenção dos políticos da Ilha da Fantasia e seus apaniguados, quando se trata das FFAA Brasileiras, é com o uso indiscriminado dos aviões das Linhas Aéreas GTE (Grupo de Transporte Especial), onde essas aeronaves possuem menos de dez anos de uso, estão sempre prontas e onde nunca falta combustível para que operem dentro e fora do território brasileiro.

Já o material militar a cargo da FFAA esses são cuidados, inspecionados, reparados, repontencializados, reaproveitados e modernizados e, quando não,  reprojetados dentro da econômia do possível, e assim sendo as FFAA “fazem das tripas coração”  para que não se perca a “expertise”, conforme disse o comentarista do Poder Naval, Jackal975, e caiamos na mesma situação, ou pior, das FFAA Argentinas.

Segundo jornal espanhol, Porta-aviões São Paulo é tão caro quanto inútil para o Brasil

O lendário piloto brasileiro Alberto Santos-Dumont dá nome a uma coleção de relógios Cartier e também ao aeroporto de uso doméstico, no Rio de Janeiro. A poucos quilômetros do aeroporto, localizado na Ilha das Cobras, um enorme arsenal, onde todos os barcos da Marinha do Brasil recebem melhorias técnicas e reparos.

Entre os navios pintados de cinza, destacasse um, notável por suas dimensões: O porta-aviões A-12 São Paulo.No papel, é considerada a nau capitânia da Marinha e única do seu tipo no hemisfério sul, uma verdadeira raridade na América Latina. Comprado de segunda mão da França em 2000, quando o governo de Fernando Henrique Cardoso quis dar um salto qualitativo em suas forças armadas.

A compra foi justificada pelo Ministério da Defesa com explicações complicadas, indicando que embora o Brasil não tivesse conflitos ou inimigos no mundo, um NAe é uma arma de grande valor estratégico para o país, inclusive permitindo exercícios navais conjuntos a marinha Argentina (sic).

Como o mercado de segunda mão deste tipo de embarcação é limitado, a Marinha francesa foi a primeira e quase única opção. No final dos anos 90 o governo de Lionel Jospin planejava retirar de serviço o porta-aviões Foch , um veterano de 257 metros de comprimento, depois de quase quatro décadas de serviço, mas o aparecimento de um comprador foi algo inesperado. Vendido por US$ 12 milhões, despojado de armamento e tecnologia, a bandeira francesa foi baixada para içar o pavilhão brasileiro na popa do navio, que partiu de Brest em direção ao Rio de Janeiro.

Longe de ser o orgulho nacional previsto, o A-12 rapidamente se tornou uma dor de cabeça: em dez anos, foram gastos mais de US$ 90 milhões em sua modernização, bem como a aquisição de alguns aviões e helicópteros usados. Mas, como muitas vezes acontece com uma máquina comprada de segunda mão e sem garantia, o São Paulo gerou mais preocupações e notícias negativas do que manobras de mar. Ele sofreu falhas contínuas, perda de interesse por parte do governo e até mesmo a raiva presidencial, quando o presidente Lula, organizou um grande evento a bordo, com centenas de convidados para navegar até uma nova área de produção de petróleo da Petrobras, uma viagem que foi cancelada no último minuto porque não foi possível iniciar os motores.

Porém, o pior ainda estava para acontecer. Em 2005, uma explosão a bordo matou tripulantes e deixou o navio inoperante mais de cinco anos, saindo ao mar apenas para alguns desfiles. Há alguns meses atrás, um novo incêndio em plena navegação, novamente causou mortos e feridos graves. Por outro lado, já no final de 2011 conseguiu-se que os poucos aviões embarcados no navio, pudessem finalmente operar à noite, algo que não pode ser considerado detalhe menor, num navio de guerra.

Em um relatório recente, o Ministério da Defesa reconheceu que a operação do navio é muito limitada e média, o navio tem sido ativo apenas algumas semanas por ano. Também faz referência a sua aposentadoria em 2020, quando um novo porta-aviões for incorporado para substituí-lo.

Novamente a França é a melhor posicionada no contrato de construção, apesar de, neste caso, com transferência de tecnologia, uma vez que se pretende que seja construído num estaleiro brasileiro.

Desde que entrou ao serviço no Brasil, o A-12 teve que regressar a porto de abrigo muitas vezes assistido por potentes rebocadores portuários, que acabavam sempre por depositá-lo no arsenal do Rio, para revisão da sua maquinaria. Ao vê-lo navegar de tal forma, não deixa de ser irônico saber que o lema do porta-aviões São Paulo, é“Non ducor, duco”, ou seja, “não sou conduzido, conduzo”.

TRADUÇÃO e ADAPTAÇÃO: CAVOK

NOTA DO EDITOR: “Non ducor, duco” é o mesmo lema da cidade de São Paulo.

Fonte: El Diario via Cavok Brasil 

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