Chanceler de Franco diz que Mercosul fechou as portas ao Paraguai

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Presidente Dilma Rousseff posa para foto oficial durante Cúpula dos Estados Parte e Estados Associados do Mercosul e convidados especiais –  Foto: Roberto Stuckert Filho / PR / Agência Brasil

O chanceler paraguaio, José Félix Fernández Estigarribia, disse nesta sexta-feira que as decisões tomadas na cúpula do Mercosul, na qual a Venezuela assumiu a presidência do bloco e foi determinada a revogação no dia 15 de agosto da suspensão de seu país, “fecham as portas ao Paraguai”. O ministro integra o governo do presidente Federico Franco, que deixa o cargo em agosto, quando Horacio Cartes assume.

Os líderes do Mercosul “entregam a presidência à Venezuela, não reconhecem que há democracia no Paraguai neste momento e postergam sua decisão (de revogar a suspensão) ao dia 15 de agosto, como se aqui houvesse algum problema”, lamentou Estigarribia.

O governante venezuelano, Nicolás Maduro, recebeu hoje a presidência temporária do Mercosul – formado também por Brasil, Argentina e Uruguai-, em uma cúpula em Montevidéu na qual os chefes de Estado decidiram a reincorporação do Paraguai ao bloco em agosto, quando assuma o poder o novo presidente eleito do país, Horacio Cartes.

“Do ponto de vista da integração latino-americana, não é uma boa decisão, fecha as portas ao Paraguai”, advertiu Estigarribia.

O chanceler lamentou que os líderes do Mercosul não aceitaram “nem sequer a generosa proposta do presidente eleito do Paraguai”, que pediu que os líderes vizinhos declarassem hoje “um quarto intermédio” da cúpula até 15 de agosto e que a presidência temporária fosse para seu país.

Estigarribia lembrou que, além disso, segue existindo o “obstáculo jurídico” que o Congresso paraguaio “não aprovou nunca o ingresso da Venezuela” ao Mercosul.

Argentina, Brasil e Uruguai aprovaram a incorporação da Venezuela na mesma cúpula em que suspenderam o Paraguai, no dia 29 de junho de 2012 em Mendoza, por causa da cassação em um julgamento político parlamentar do então presidente do Paraguai, Fernando Lugo.

EFE

Fonte: Terra

4 Comentários

  1. Bem vindo seja o Paraguai ao Mercosul, Lugo realmente foi vítima de um golpe de estado, tão logo a democracia retorne a nação guarani, tudo ficara como antes !
    Mas a meu ver o estatuto do Mercosul deve ser mudado,para que novos membros sejam aceitos através de votação da maioria dos membros ! Assim evitam se muitos impasses e é mais democrático !

  2. No Paraguai foi dado um golpe , tiraram o fraco bispo garanhão porém relativamente independente e colocaram outro fraco, porém subserviente, no lugar: Horácio Cartes, que tem o rabo preso com a DEA…

    Em novembro de 2011, o portal Wikileaks vazou dezenas de documentos da Embaixada dos Estados Unidos em Assunção que revelavam a ligação do pecuarista com grupos narcotraficantes, com os quais haveria mantido um esquema de lavagem de dinheiro que, segundo os documentos, foi investigado pela DEA (Agência Antidrogas dos Estados Unidos) entre os anos de 2003 e 2005.

    Horácio Cartes é um fantoche de Washington…A DEA possui provas contra ele, más as guarda para utiliza-las como instrumento de chantagem e controle sobre o novo presidente paraguaio.

    Este é um vídeo muito instrutivo sobre o “modus operandi” estadunidense e do que pode acontecer com Horácio Cartes, se ele desafinar em demasia…

    http://www.youtube.com/watch?v=rcxRfs0ozF0
    —————-
    já quanto ao chanceler paraguaio, do governo do presidente Federico Franco, em fim de governo não manda nada e pode estar só aproveitando a falta de responsabilidade e poder, para fazer algumas bravatas!

    Tem que esperar para ver o que o novo presidente, a ser empossado em Agosto, vai fazer de fato…

  3. Esse governo de merda conseguiu duas proezas.
    A primeira deveria entrar para o livro dos records pois conseguiram que brar uma das maiores petroleiras do mundo no seu momento mais propicio.
    A segunda é terem transformado uma zona de livre comercio em foro ideologico.
    Comunista é medieval mesmo né habitam a idade da pedra.

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