Defesa & Geopolítica

Rússia acusa Ocidente de travar investigações sobre o uso de armas químicas na Síria

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A Rússia acusou os Estados Unidos, a Grã-Bretanha e a França, na quinta-feira, 11, de intencionalmente fazerem um grande número de alegações infundadas a respeito do uso de armas químicas na Síria a fim de complicar os esforços para organizar uma investigação da ONU.

O Embaixador da Rússia nas Nações Unidas, Vitaly Churkin, fez a acusação após o anúncio de que o sueco Ake Sellstrom, especialista em armas químicas, e Angela Kane, alta representante da ONU para o desarmamento, aceitarão um convite do governo sírio para visitar Damasco e conversar sobre os termos de uma possível investigação.

Na terça-feira, 9, Churkin apresentou um relatório elaborado por especialistas russos que, supostamente, comprova que os rebeldes sírios usaram gás sarin em um ataque no dia 19 de março, no subúrbio de Khan al-Assal, na província de Aleppo. Segundo o diplomata russo, o atentado matou 26 pessoas, incluindo 16 militares, e feriu outras 86.

O governo sírio pediu uma investigação da ONU sobre o incidente, mas recusou-se a expandi-la para incluir outros alegados ataques ocorridos em Homs, Damasco e em outros lugares, onde, de acordo com alegações levantadas pelos Estados Unidos e por países europeus, foram as forças do Presidente sírio, Bashar al-Assad, as responsáveis pelo uso de armas químicas contra os rebeldes.

Churkin declarou que era preciso “olhar para alegações críveis”. Em seguida, disse que acreditava que seus “colegas ocidentais” estavam tentando “produzir o maior número de denúncias com mínima credibilidade, (…) a fim de criar máximos problemas para organizar tal investigação”.

Pouco depois, o porta-voz das Nações Unidas, Martin Nesirky, ressaltou que as diretrizes e os procedimentos aprovados pela Assembleia Geral da ONU dizem que “não pode haver nenhum substituto para uma investigação local em todos os lugares relevantes na República Árabe da Síria”. Neste sentido, disse que o Secretário-geral do organismo, Ban Ki-Moon, esperava que a visita de Sellstrom e Kane a Damasco fosse feita o mais rápido possível, para que eles pudessem alavancar a “cooperação para uma conduta adequada, segura e eficiente da missão”.

O diplomata russo também rejeitou as acusações do Departamento de Estado norte-americano, na quarta-feira, 10, de que Moscou era quem estava trabalhando para manter a ONU longe de investigar o uso de armas químicas no país árabe. “A noção de que a Rússia esteja bloqueando qualquer coisa é completamente enganosa”, porque imediatamente após Damasco ter pedido uma investigação das Nações Unidas sobre o incidente de Khan al-Assal, “temos feito tudo o que podíamos a fim de garantir que tal investigação viesse a acontecer”.

 

Fonte: Diário da Rússia

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