Bashar al-Assad diz que crise no Egito representa “queda do Islã político”

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03 de Julho – Celebração da dep

osição de Mursi na Praça Tahrir – Foto: REUTERS

O presidente da Síria, Bashar al-Assad, disse acreditar que as gigantescas manifestações contra o egípcio Mohamed Mursi, derrubado pelo Exército, marcam o fim do “Islã político”. A declaração do presidente cujo país atravessa uma guerra civil que já dura mais de coisa anos, é de uma entrevista que será publicada em um jornal sírio nesta quinta-feira.

“O que acontece no Egito é a queda do que nós conhecemos como o Islã político”, declarou o presidente sírio ao jornal oficial As-Saoura. “Onde quer que esteja no mundo, qualquer um quer que use a religião com um objetivo político, ou para favorecer alguns em detrimento de outros, está condenado ao fracasso”, acrescentou Assad, que divulgou trechos da entrevista em sua página no Facebook.

 Em pronunciamento transmitido pela televisão nesta quarta-feira à noite, o Exército egípcio anunciou a queda de Mursi, a suspensão da Constituição e divulgou a realização de uma eleição presidencial antecipada no Egito.

Irmandade e animosidade
As declarações de Bashar al-Assad foram divulgadas algumas horas depois do comentário de seu ministro da Informação, Omrane al-Zohbi, afirmando que a saída de Mohamed Mursi era necessária para resolver a crise egípcia.

A animosidade entre o regime de Damasco e a Irmandade Muçulmana já dura vários anos, e o pertencimento ao grupo é condenado com a pena de morte na Síria desde os anos 1980.

O braço sírio da Irmandade desempenha hoje um papel crucial na coalizão nacional opositora síria no exílio, reconhecida como representante legítima do povo sírio por mais de 100 países e organizações.

O Egito é um país sunita, assim como a maioria dos rebeldes sírios hostis ao regime de Bashar al-Assad, apoiado pela comunidade alauíta, um ramo do Islã xiita. Mohamed Mursi e vários dirigentes árabes insistem na renúncia de Assad. Desde o início do conflito na Síria, em março de 2011, deflagrado por um movimento popular pacífico e que se militarizou diante da repressão do governo, mais de 100 mil pessoas já morreram, de acordo com uma ONG síria.

AFP

 

Fonte: Terra

3 Comentários

  1. Mohamed Mursi também não é flor que se cheire,na verdade eu temo pelo povo do Egito que passará por muitos horrores ainda !

  2. Será que se vai desenhando o que eu ja comentara em episódios anteriores sobre o oriente médio escolher para que lado ficar???… vejam que o Islã esta perdendo apoio popular em grande parte da comunidade árabe e iraniana… isso tende a pender as forças políticas para o lado do ocidente em detrimento ao projeto eurasiano… claro, isso sob uma óptica ocidental e incerta… nada é definitivo nessa região do planeta…

  3. Li que as fronteiras dos Estados não dizem muita coisa nos dias atuais, em verdade está havendo uma guerra entre mulçumanos Sunitas e Xiitas.

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