Energia nuclear precisa ser melhor compreendida

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Artiom Kobzev

A energia nuclear continua a ser uma componente importante do abastecimento energético de muitos países. O clube de países com usinas nucleares próprias continua a aumentar. Entretanto, para a maioria dos consumidores comuns, a energia nuclear é sobretudo associada aos acidentes de Chernobyl e de Fukushima. Só se pode alterar a atitude das pessoas em relação ao uso pacífico da energia nuclear explicando de forma coerente que ela é a fonte de energia mais barata e ecologicamente limpa. Isso foi declarado no encerramento do fórum “Energia Nuclear no século XXI” pelo diretor-geral da Rosatom Serguei Kirienko.

A energia elétrica obtida pelas usinas nucleares continua a ser a mais barata e, apesar de tudo, a mais segura. Ela contribui para a segurança energética e ajuda a combater a alteração do clima no planeta. Essas teses estão incluídas no relatório final aprovado pelos participantes da conferência “Energia Nuclear no século XXI”. Segundo sublinhou o diretor-geral da Rosatom Serguei Kirienko, sendo uma indústria inovadora, a energia nuclear impulsiona o desenvolvimento científico noutras áreas. De exemplo pode servir a medicina nuclear, que apareceu recentemente. Não é de admirar, portanto, que esteja aumentando o número de países que querem obter as suas próprias usinas nucleares e os que já as têm, aumentam o número de blocos geradores, é a opinião de Serguei Kirienko:

“Quando ouvimos as intervenções dos chefes de delegações como a da Argélia, da Arábia Saudita, dos Emirados Árabes Unidos ou da Nigéria, tudo países com enormes reservas de petróleo e gás, tal como a Rússia, esses países dizem que o desenvolvimento da energia nuclear é para eles uma prioridade. Isso serve de confirmação da competitividade e do contributo da energia nuclear para a segurança energética mundial.”

Existem, porém, exceções à regra geral. Assim, a Alemanha planeja fechar até 2020 todas as suas usinas nucleares. Essa decisão foi tomada depois do acidente da usina japonesa Fukushima 1. Entretanto, todos os participantes da conferência repetiam constantemente que a segurança era precisamente a primeira prioridade da indústria nuclear. Já a experiência de Fukushima foi tida em consideração e uma tragédia semelhante já não se irá repetir. Para o cidadão comum, porém, a energia nuclear continua a ser um sinônimo de catástrofes e catástrofes monstruosas. Só se poderá alterar essa situação através de um trabalho de esclarecimento metódico e esforçado, na opinião de Serguei Kirienko. Já o vice-ministro do Desenvolvimento Nacional da Hungria Pal Kovacs explicou, numa conversa com o correspondente da Voz da Rússia, como isso deverá ser colocado em prática:

“A nossa usina nuclear de Paks, onde temos quatro unidades geradoras VVER-440, recebe todos os anos muitos visitantes. São pessoas comuns que querem, simplesmente, ver como funciona a usina. Todos os anos recebemos mais de 30 mil pessoas. E se nós mostrarmos abertamente como funciona essa tecnologia, o que é que ela produz, quais são os grandes e pequenos problemas que surgem durante o seu funcionamento, tanto mais as pessoas irão apoiar a energia nuclear.”

A conferência “Energia Nuclear no século XXI” decorreu em São Petersburgo de 27 a 29 de junho. Esse fórum foi organizado pela AIEA, pelo Rosatom e pela Agência de Energia Nuclear da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico. Nos trabalhos da conferência participaram ministros, altos responsáveis e especialistas de 87 países.

 

Fonte: Voz da Rússia

4 Comentários

  1. Esse é outro engodo dos desenvolvidos, demonizando a energia nuclear para os países como Brasil dispensar ela, via ecochatos!Os risco podem ser perfeitamente minimizados com a tecnologia que se tem hoje, a ponto de se tornar inexpressivo!Nós precisamos e não podemos abrir mão dessa fonte de energia, até porque é fonte de inúmeras tecnologias conhecidas e outras desconhecidas ainda por se revelar com inúmeros empregos na vida cotidiana!

  2. Energia nuclear e politica são dois assuntos que infelizmente o povão não sabe e não tem interesse em saber. Como o amigo falou demonizaram a energia nuclear.

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