Governo brasileiro decidirá sobre compra de sistemas Pantsir em outubro próximo

2014 e nas Olimpíadas de 2016.

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Após a reunião com seu par russo Serguêi Lavrov, na semana passada, o ministro da Defesa Antonio Patriota declarou que a compra dos sistemas antiaéreos Pantsir está sendo estudada por um grupo especial misto.

“A visita do ministro da Defesa da Rússia, Serguêi Choigu, ao Brasil, prevista para outubro deste ano, será uma boa oportunidade para falar mais sobre a aquisição de sistemas de defesa antiaérea russos Pantsir”, disse o ministro.

O Brasil pretende usar os sistemas Pantsir como reforços do esquema de segurança para a Copa do Mundo de 2014 e das Olimpíadas de 2016 no Rio de Janeiro.

O Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas do Brasil, general José Carlos de Nardi, anunciou anteriormente que a parte brasileira estava interessada em adquirir três baterias de Pantsir-S1 e duas baterias de mísseis terra-ar portáteis Igla.

O assunto também já havia sido abordado durante a visita à Rússia da presidente brasileira Dilma Rousseff, em dezembro do ano passado, e na passagem pelo Brasil do primeiro-ministro russo Dmítri Medvedev, em fevereiro deste ano.

Em 2006, o Brasil comprou um lote de Igla-S, no valor aproximado de US$ 20 milhões, e tem um protocolo assinado com a Rússia, segundo o qual os Igla podem ser produzidos sob licença no país.

Desenvolvido pelo centro de pesquisa e desenvolvimento de Tula, o sistema de defesa antiaéreo Pantsir-S1 é capaz de atingir alvos aéreos a uma distância de 200 metros a 20 km a altitudes entre 5 km e 15km. Seis Pantsir-S1 (uma bateria) são capazes de destruir ao mesmo tempo 24 alvos, sejam mísseis, aviões, helicópteros, veículos blindados ou barcos.

Ciência e cultura

Durante a coletiva de imprensa que sucedeu a reunião entre os ministros, Antonio Patriota afirmou que foram abordadas todas as questões importantes da agenda bilateral. “Em particular, foi discutida a cooperação em áreas como comércio, investimento, energia e agricultura”, acrescentou.

O ministro brasileiro também enfatizou a cooperação entre os dois países na área de uso de energia nuclear para fins pacíficos, assim como nos setores aeroespacial e de altas tecnologias.

Foi discutida ainda a possibilidade da instalação de um centro de cultura russa no Brasil e de um centro brasileiro na Rússia, bem como a realização de dias da cultura brasileira na Rússia e da cultura russa no Brasil.

 

Publicado originalmente em russo no vz.ru

Fonte: Gazeta Russa

13 Comentários

  1. Só falta agora na visita de estado a ser feita aos EUA o Obama oferecer umas baterias de Patriots de graça caso o SH seja escolhido…rs!

  2. É bem provável que venham, pena que em doses homeopáticas,pelo visto.Triste também é o fato que só virão por se tratar de uma exigência da FIFA.

  3. Off topic

    Falando em sistemas Russos de defesa, eu achei um séries de documentário no youtube sobre a campanha soviética na II Guerra, o documentário foi feito na Rússia e apresenta a história pelo ponto de vista deles,mas foi traduzido para inglês(pena que não tem em português).
    Gostaria de compartilhar com os colegas do Plano Brasil.

    Soviet Storm: WW2 in the East – Operation Barbarossa (1 series)
    http://www.youtube.com/watch?v=0A6UWkK2U4s

  4. Tal como o FX 2, o governo e os militares enrolam o povo e os potenciais fornecedores.
    Espero que os gritos nas ruas não passem mocos pelas autoridades…
    E.M.Pinto

  5. Acredito que o Pantsir , um equipamento tecnologicamente de alta performance, deva ter um dificuldade enorme de absorção de operação o que dirá repasse de tecnologia, engenharia, fornecedores, a logística é enorme .
    Com relação ao Igla é mais fácil, nesse caso essa informação é muito importante, mas repare na data , 2006 :

    “”Em 2006, o Brasil comprou um lote de Igla-S, no valor aproximado de US$ 20 milhões, e tem um protocolo assinado com a Rússia, segundo o qual os Igla podem ser produzidos sob licença no país.””

  6. Pantsir e BAMSE para média altura, e Patriot ou S-300 para os níveis superiores, Igla e RBS-70 para baixa altura, complementado por canhões diversos… Seria interessante…

    Mas verdade seja dita, o sistema anti-aéreo supremo baseado em mísseis ainda está para nascer… E ele já tem seu embrião no Iron Dome israelense…

    • O S-300 não é mais produzido, encerraram a lista de encomendas a alguns meses, tem matéria aqui no Plano Brasil mesmo… o Irã foi o ultimo cliente, dali pra frente só aceitariam encomendas dos S-400…O S-300 está sendo oferecido pra Síria somente por que a Rússia tem eles em estoque do seu próprio arsenal, e está substituindo com os S-400!!

      Seria melhor o S-400 pro Brasil, novo, e com 3 veículos lançadores por bateria pelo menos… pra essa categoria obviamente!

      Valeu!!

  7. Alguém pode me responder em caso de Guerra essa quantidade de sistemas como seriam distribuídos digamos uma unidade defendendo as usinas nucleares de angra, uma unidade protegendo Itaipu, e outras hidrelétricas, uma defendendo o Plano piloto, uma no meio da ponte Rio Niterói, uma protegendo o porto de Santos, a quantidade só de cara é insuficiente, porém quais pontos seriam os mais sensíveis onde eles estariam

    • Não vamos nos esquecer das fabricas de munição.
      Bases do exercito,da Força aérea é da marinha.
      Tem que ter um plano nacional de compra ha longo prazo.
      42 (kkkkkk) por exemplo até 2022.

  8. O BAMSE é uma piada, não vale um comentário…

    Eu vi no Fórum Defesa Brasileira o memorando da constituição da Comissão para Análise da Aquisição dos Mísseis Anti-Aéreos Russos… Cheio de estrelas, literalmente…

    No Brasil, para tudo, há uma burocracia lacerante. Pombas, já houve uma visita de alto-nível à Rússia, bem como uma decisão política… Para que formar outra “Comissão”?
    É uma papagaiada que vou te contar…
    E a previsão para assinatura do contrato, que era para maio, foi adiada para junho, e agora, para outubro…

    Não me assombra o povo nas ruas…

    • Também vi esse memorando OFICIAL DO BRASIL PRA AQUISIÇÃO…

      Realmente quando os caras entram com burocracia a coisa fica triste demais…

      E o BAMSE não é lá grande coisa mesmo… ainda mais de prateleira… melhor uns Pechora pra média altura e com produção compartilhada com os russos, como dizem por aí, seria o tal do “Paraná” com algumas ToT!!!

      Valeu!!

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