França defende entrada do Japão no Conselho de Segurança da ONU

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Hollande cumprimenta Abe durante encontro na residência oficial do premiê japonês, em Tóquio  – Foto: AP

O Japão deve obter o status de membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, afirmou nesta sexta-feira em Tóquio o presidente francês François Hollande em um discurso no Parlamento. “O Japão deve virar um membro permanente do Conselho de Segurança porque é uma nação pacífica”, disse Hollande.

“Há 20 anos, o Japão optou por contribuir às operações de manutenção de paz em todo o mundo”, destacou o presidente francês. “Sei o que tem feito na África, na Costa do Marfim em particular, e cada vez que recebem o pedido para que apoiem países que podem passar fome ou pela desolação da guerra”, disse Hollande.

O discurso de Hollande aconteceu poucos minutos depois do anúncio de uma “associação de exceção” entre França e Japão, que inclui a cooperação política pela paz no mundo e a luta contra o terrorismo.

Durante a visita, Hollande destacou o interesse pela política de estímulo orçamentário e de flexibilidade monetária do primeiro-ministro japonês Shinzo Abe, chamada de “Abenomics”. Hollande aproveitou o exemplo japonês para pedir a Europa que estimule o crescimento econômico. Mas o presidente francês também reconheceu que existem diferenças entre os dois países, já que o Japão dispõe de um Banco Central autônomo.

AFP

 

Fonte: Terra

Japão e França firmam cooperação em defesa e tecnologia nuclear

O primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, e o presidente da França, François Hollande, firmaram nesta sexta-feira em Tóquio uma cooperação bilateral em matéria de defesa e segurança, além de desenvolvimento e exportação de tecnologia nuclear.

Em uma entrevista coletiva, concedida logo após o encontro que mantiveram, Abe e Hollande explicaram que, para potenciar intercâmbios em relação à luta contra o terrorismo, a proliferação nuclear e o desenvolvimento de equipes militares, os chanceleres e ministros da Defesa do Japão e França terão vários encontros em breve.

Após o encontro em questão, Tóquio espera conseguir uma limitação na exportação de equipamentos franceses à China, os quais podem ser utilizados com fins militares.

No último mês de maio, após a venda da França à China de sistemas para facilitar a aterrissagem de helicópteros em embarcações, o Japão manifestou sua preocupação, já que, segundo Abe, as autoridades chinesas instalariam os equipamentos nas patrulheiras que rondam as ilhas Senkaku/Diaoyu, cuja soberania é alvo de uma disputa entre Pequim e Tóquio.

Embora a União Europeia mantenha um embargo de armas sobre China desde o massacre de Praça da Paz Celestial em 1989, a França considerou que o equipamento vendido não entra dentro dessas restrições, um discurso que Hollande usou para tranquilizar Tóquio nesse sentido.

O presidente francês assegurou hoje ter dado “todas as garantias” ao governo japonês que a venda desse material “não terá nenhuma consequência militar”.

No plano de segurança, os dois chefes de Governo também concordaram em compartilhar mais informações relacionadas às ameaças terroristas no Oriente Médio e no norte da África, especialmente depois que o ataque terrorista a uma usina petrolífera realizado em janeiro na Argélia, o qual resultou na morte de dez cidadãos japoneses.

Ambos os lideres manifestaram que Tóquio e Paris se encontram na mesma sintonia com relação ao conflito na Síria, no qual, assegurou Abe, os dois governos querem “seguir contribuindo com a melhora da situação”.

Neste sentido, Hollande insistiu que ambos os países compartilham a necessidade de enviar ajudas ao país, além de reconhecer à resistência como governo legítimo da Síria.

No setor atômico, um terreno no que o Japão e França são pioneiros, ambos os países concordaram em promover as exportações de tecnologia atômica a economias emergentes de maneira conjunta.

Esta fórmula teve grande êxito até agora, como prova o acordo firmado entre a francesa Areva e a japonesa Mitsubishi Heavy Industries para erguer uma usina atômica na Turquia em maio, o que constituiu o primeiro grande pedido de unidades de fissão nuclear após o acidente de Fukushima de 2011.

Hollande chegou ontem ao Japão para realizar uma visita de três dias, no que supõe a primeira viagem de Estado de um presidente francês ao país asiático em 16 anos.

O chefe de Governo, que viajou acompanhado pela primeira-dama, Valerie Trierweiler, seis ministros e um grupo de empresários, também foi recebido hoje pelos imperadores do Japão, Akihito e Michiko, no Palácio Imperial de Tóquio.

EFE

 

Fonte: Terra

7 Comentários

    • Pode ter o efeito inverso! Japão passar a ter mais autonomia. Voz, consequentemente coragem para acordos militares e expansão fora do eixo estadunidense.

  1. Bom! Falar o que neste jogo existem muitas jogadas duvidosas, se a França é nossa parceira, porque apoiar o Japão e não o Brasil.

  2. realmente depois da segunda guerra mundial o japao é apenas um marionete dos americanos ,com bases yankes em quase todo seu território ,mas o japao quer se ver livre disso e uma das possibilidades seria o conselho de segurança
    se esse conselho não fosse nada ,não teria tantas nações fortes atraz dessa cadeira
    mas novamente os entreguistas que se dizem direita ,mas na verdade são desertores enrustidos dizem que o brasil não precisa ,Não falo nada vai que é doença!!!!!

  3. França ao apoiar o Japão da mais um passo errado na reta final do FX2, pra agir de maneira errada os franceses perderam a noção do certo ou errado.

  4. Realmente.. “que parceiro estratégico duma figa é esse que nos fornece tecnologia pra submarino nuclear, promete tot do rafale.. e faz isto..”

    Tem que abrir uma frente mais forte do outro lado senão a UE vai dançar. Pode ter a ver somente com os interesses europeus. De qualquer jeito estará cortando as asinhas dos EUA. Mais players fortes nas jogadas..

  5. A França sempre apoio a reivindicação Japonesa da mesma forma que a Brasileira. Assim como Brasil e Japão apoiavam as reivindicações mútuas. Uma forma de um tentar fortalecer o pedido do outro.

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