Segundo o artigo postado abaixo, “Ipea defende fim da dedução do IR dos gastos com planos de saúde”, “quando o governo federal abre mão de receber impostos e isso “favorece as famílias” ??? a comprarem plano de saúde, indiretamente está patrocinando esse mercado. O governo está subsidiando esse setor e beneficiando os estratos superiores de renda.”
A bem da verdade, o fato de as pessoas se refugiarem nos planos de saúde deve-se, antes de tudo, ao abandono do sistema público de saúde brasileiro para atender interesses políticos e econômicos diversos.
Quando o governo instituiu a cpmf, de triste memória, a contribuição arrecadada pelos bancos e destinada a saúde pública, na verdade, tinha como destino uma outra rubrica governamental. Com a palavra a “Presidenta Dilma”!
Quem tem memória, e boa vontade, há de se recordar que à época do regime militar os hospitais públicos, e porque não, as escolas públicas, prestavam serviços à população brasileira de boa qualidade, o que não se verifica no Brasil dos discursos demagógicos dos dias de hoje. Por que será?
Ipea defende fim da dedução do IR dos gastos com planos de saúde
– Segundo estudo do instituto, valor deduzido aumentou de 2003 a 2011
– Para pesquisador, governo está subsidiando classe mais alta
Por Nice De Paula, O Globo, 28/05/2013
RIO – Os planos de saúde estão consumindo uma fatia cada vez maior do valor que o governo abre mão para o setor. De acordo com estudo do pesquisador do Ipea Carlos Octávio Ocké-Reis, entre 2003 e 2011, enquanto a renúncia fiscal do governo para o setor de saúde comos deduções do Imposto de Renda (IR) caiu de 26,3% para 22,5% das despesas do Ministério da Saúde, os gastos com planos de saúde avançaram.
O montante representava 43,2% do valor que o governo deixava de arrecadar do IR de pessoas e empresas, por causa do abatimento nas declarações e passou a corresponder a 49,1%.
Pelas contas de Ocké-Reis, em valores absolutos, em 2011 o governo federal abriu mão de R$ 7,7 bilhões em impostos, correspondente a 9,18% faturamento das empresas. Segundo ele, é um benefício contraditório com a politica do governo de redução da pobreza e da desigualdade, porque atinge a faixa da população de renda mais alta, que é a que declarara pelo formulário completo, além das operadoras de saúde, que são empresas lucrativas. Dados do estudo mostram que, entre 2003 e 2011 o lucro das empresas cresceu 2,7 vezes acima da inflação.
— Quando o governo federal abre mão de receber impostos e isso favorece as famílias a comprarem plano de saúde, indiretamente está patrocinando esse mercado. O governo está subsidiando esse setor e beneficiando os estratos superiores de renda.
As pessoas que estão indo ao SUS e não têm esse benefício fiscal recebem menos do governo federal em termos per capita. Por isso, há um problema injustiça distributiva — afirma ele.
Mais justo, na visão do pesquisador, seria aplicar esse dinheiro no SUS que atenda a toda a população. No estudo, o Ocké-Reis não levou em conta o impacto da nova classe média e o aumento do trabalho formal na elevação das deduções dos gastos com planos de saúde no Imposto de Renda.
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MORADORES DO 4º ANDAR
Crônica
Um prédio de 4 andares foi totalmente destruído pelo fogo; um incêndio terrível.
Todas as pessoas das 10 famílias de Sem-teto, que haviam invadido o 1º andar, filhos de presidiários que ganham salário de R$ 850,00, faleceram no incêndio.
No 2º andar, todos os componentes das 12 famílias de retirantes, que viviam dos proventos da “Bolsa Família”, também não escaparam.
O 3º andar era ocupado por 4 famílias de ex-guerrilheiros, todos beneficiários de ações bem sucedidas contra o Governo, filiados a um ParTido político influente, com altos cargos em estatais e empresas governamentais, que também faleceram.
No 4º andar viviam engenheiros, médicos, advogados, professores, empresários, bancários, vendedores, comerciantes, policiais, e trabalhadores com suas famílias. Todos escaparam!
Imediatamente a “Presidenta da Nação” indignada e toda a sua assessoria mandou instalar um inquérito para que o “Chefe do Corpo de Bombeiros” explicasse a morte dos “queridos cumpanheiros” e por que somente os moradores do 4º andar haviam escapado.
O Chefe
dos Bombeiros prontamente respondeu:
– “Eles não estavam em casa. Tinham saído para trabalhar!!!”
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